HISTÓRIAS DE ROSTOS: Variações Belting

HISTÓRIAS DE ROSTOS: Variações Belting Uma história do rosto, de Hans Belting, esta exposição, concebida como um ensaio visual, explora as dimensões antropológicas e artísticas do rosto, combinando uma seleção de obras das coleções Berardo, de outros acervos nacionais e internacionais e de diferentes âmbitos disciplinares. Artes gráficas, registos de arquivos, matérias científicas, formas comunicacionais e obras de arte compõem uma tessitura que busca exprimir — sem pretender esgotar — a «aventura» visual dos rostos.

30.04.2019 | por vários

Padrão Crioulo de Francisco Vidal

Padrão Crioulo de Francisco Vidal Francisco Vidal está mais interessado noutras figuras e depois da série em construção dos retratos a tinta da china ei-lo a enveredar por uma pintura iconoclasta da comunidade dos seus heróis e amigos. A série mais recente é composta por cinco retratos que têm a particularidade de serem de músicos negros: Dj Nervoso, Marfox, Niga Fox, Dj Nídia e Dj Firmeza.

24.04.2019 | por António Pinto Ribeiro

Programa da ARCOlisboa 2019 e a arte e os seus públicos

Programa da ARCOlisboa 2019 e a arte e os seus públicos A ARCOlisboa 2019 acolhe a participação de mais de 70 galerias de 17 países. A secção inédita ÁFRICA EM FOCO, organizada pela curadora Paula Nascimento, reúne 6 galerias de Angola, Uganda, Moçambique e África do Sul, e apresenta uma série de conversas temáticas sobre as artes e as culturas contemporâneas do continente africano.

24.04.2019 | por vários

OFICINAS em BISSAU

OFICINAS em BISSAU Durante esses dias foi um prazer contar com a participação de rapazes e raparigas guineenses, estudantes e profissionais, e conhecer um pouco os seus contextos de vida e de trabalho e as suas preocupações com o país e problemáticas sociais e culturais. Fizemos uma apresentação do portal BUALA, em relação ao seu historial, dinâmica e conteúdos, no sentido de convidar todos os participantes a colaborarem.

14.04.2019 | por Marta Lança

Mangueira 2019: a noite em que o Carnaval mudou a História

Mangueira 2019: a noite em que o Carnaval mudou a História Éramos 3500 a desfilar na Mangueira “a história que a História não conta”. E connosco estava o país que resiste desde 1500 até Bolsonaro. A Mangueira não ganhou só o Carnaval. Deu uma nova bandeira ao Brasil. O morro desceu para a História.

08.03.2019 | por Alexandra Lucas Coelho

Sobrevivemos?

Sobrevivemos?  Para um colombiano que viveu (e ainda vive) o conflito armado através da imprensa e da televisão, este itinerário museológico pelos trilhos da memória (dos indivíduos e da terra) resulta numa experiência tão perturbadora quanto renovadora a propósito dessas vozes no silêncio. Enquanto percorria esta segunda exposição e as suas histórias de dor e esperança, recordei-me de uma das peças do museu de Medellín acima referido, intitulada Susurros: historias para gritar, e que se compõe de pequenas caixas em madeira com altifalantes, das quais emanam, murmurantes, os testemunhos das vítimas de uma realidade atravessada pela brutalidade. São todas estas vozes que, afinal, sobreviveram e sobrevivem.

12.02.2019 | por Felipe Cammaert

Mulher

Mulher A imagem parece preservar a subjetividade e individualidade das pessoas fotografadas, a mulher e a criança. Mas o texto manuscrito vem perturbar a imagem, transformando esta mulher, num“tipo”,representativode“todas” as mulheres do norte de Angola em relação às quais o “Vitor” faz um comentário racista. Muitas destas imagens foram feitas em contexto de grande desigualdade – étnica, social, sexual. Mas a dignidade humana e o olhar da mulher sem nome, e da filha ou filho que leva ao colo, desafiam as palavras manuscritas que carrega às costas.

07.02.2019 | por Filipa Lowndes Vicente

Muitas vezes marquei encontro comigo próprio no ponto zero

Muitas vezes marquei encontro comigo próprio no ponto zero Pois o que é o silêncio? A resposta clássica seria ausência de vibrações mecânicas transmitidas pelo ar. O silêncio pressupõe que qualquer coisa exterior ao ser humano estaria em estado de repouso ou seria anulada por algum efeito. O ruído seria neste sentido tudo aquilo que, não desejado, imprime uma qualidade de perturbação ao sinal: ou o próprio sinal. Na verdade, nunca houve silêncio. Sempre houve muito ruído. O silêncio é, por vezes, a representação do vazio, da ausência de algo, de um termo, de outro elemento ou pessoa.

06.02.2019 | por Marta Rema

Escrita

Escrita Porque este bastão não é apenas uma insígnia de poder africano. Ele é também um suporte de escrita, já que apresenta aposto um lacre, marcado com um carimbo daquela chefia. Atrás desta peça está uma longa história que começa no século XVI,

04.02.2019 | por Catarina Madeira Santos

Arquivo, da exposição Contar Áfricas!

Arquivo, da exposição Contar Áfricas! Os documentos preservados pelos Estados ou chefaturas Ndembu (Jindembu) em Angola são testemunhos importantes da centralidade plurissecular de práticas africanas de arquivo. Em 1934, o antropólogo português António de Almeida tomou posse (alegadamente “por empréstimo”) do Arquivo de Estado do Dembo Caculo Cacahenda, trazendo-o para Lisboa, para seu estudo.

24.01.2019 | por Ricardo Roque

(RE)MEMBERING / (FOR)GETTING de Rita GT

(RE)MEMBERING / (FOR)GETTING de Rita GT No centro de todos os poderes imperialistas, Portugal incluído, existiu sempre uma incrível habilidade para esquecer, uma fábrica incrível de esquecimento. A tarefa dos artistas, escritores e pensadores é de analisar este processo de ‘lembrar e esquecer’.

22.01.2019 | por George Shire

Aquilo que existe nos museus e nos arquivos pode ser dito de outra maneira, conversa com António Camões Gouveia

Aquilo que existe nos museus e nos arquivos pode ser dito de outra maneira, conversa com António Camões Gouveia É uma exposição muito aberta. Passa por uma chamada de atenção sobre os tesouros, no sentido da acepção da palavra, de África. Por isso museologicamente cada peça assume uma unidade. Não é uma exposição de totalidade, mas de casos individuais: são 41 peças, 41 curadores, 41 palavras e nunca as quisemos mexer ou misturar. A ideia é que se possa contar e não dizer África, recuperar o que já se traz, o que se sabe e não se sabe e poder, não tanto “acrescentar um ponto” mas “rever um ponto”.

14.01.2019 | por Marta Lança

“Frente, Verso, Inverso”

 “Frente, Verso, Inverso” Quando pensamos no universo da lusofonia somos remetidos para uma comunidade internacional de pessoas que partilham a língua portuguesa e que comungam aspetos culturais semelhantes. Porém, há que ter presente que a lusofonia congrega identidades culturais diversas, bem como diferentes perspetivas do real comum e particular, que importa dar a conhecer na sua pluralidade. O conceito desdobrado “Frente, Verso, Inverso” que denomina esta mostra pretende dar uma visão alargada da arte desenvolvida por artistas de várias gerações do século XX que, em momentos e contextos díspares, com recurso a múltiplas linguagens da criação artística, da pintura ao desenho, da escultura ao vídeo e à instalação, nos trazem abordagens distintas sobre o mundo lusófono.

09.11.2018 | por Adelaide Ginga

Um arquiteto Abaporu a desenhar “The Monumental Lighthouse Which the Nations of the world will Erect in the Dominican Republic to the Memory of Christopher Columbus”

Um arquiteto Abaporu a desenhar “The Monumental Lighthouse Which the Nations of the world will Erect in the Dominican Republic to the Memory of Christopher Columbus” Odiaria fazer qualquer discurso pós-colonial ou adotar qualquer outra estratégia para dar lugar de consolo a um troço qualquer, pois o que teríamos que aceitar aqui é uma evidência desconhecida apenas pela própria ignorância dos livros; sabe-se lá quais são as tantas razões que há. Prefiro não pensar no quanto nos tornamos preguiçosos e nos desvencilhamos da análise de fontes primárias, neste conforto teorizante de citar livros para provar aquilo que os novos livros querem escrever e buscam atualizar da historieta toda. Nada disso vem ao caso pois no achado do artista só vale entender a sua potência própria.

07.11.2018 | por Afonso Luz

Exposição '⌾'

Exposição '⌾' Todas as obras presentes na exposição possuem conotações alegóricas, míticas, intuitivas e se utilizam de símbolos para emanar novas ideias e propostas de existência e relação, ativando tanto cosmologias ancestrais quanto situações históricas de resistência, luta e ativismo.

21.10.2018 | por Catarina Duncan

Toda a imagem é pele: cartografia do afecto ou os mundos outros na fotografia de Pieter Hugo

Toda a imagem é pele: cartografia do afecto ou os mundos outros na fotografia de Pieter Hugo Antes de quaisquer pretensões estéticas, no entanto, interessa ao fotógrafo sobretudo agir com sinceridade e ser frontal – criar espelho. Por isso, aposta em tornar visível o que lhes reconhece: um “equilíbrio entre [a] dignidade, [a] autoridade e [a] vulnerabilidade”.

08.10.2018 | por Madalena Dornellas Galvão

Tomorrow is another day

Tomorrow is another day  	   	Poderíamos pensar numa espécie de teatro decolonial com sua dramaturgia própria, personagens, atores sociais, narrativas, em que se explicita as dinâmicas que animaram e ainda animam as relações que se perpetuam na contemporaneidade com referencias ao passado e construção do presente, da filosofia da estética em relação com a cidade, e que questiona quem somos nós nesta peça?

27.09.2018 | por Cristiana Tejo

O Museu Casa da Memória (Medellín) e a memória como passado-presente

O Museu Casa da Memória (Medellín) e a memória como passado-presente A proposta museológica passa pois por utilizar a memória como ferramenta reflexiva que permita ressignificar esse passado-presente e que abra espaço para modos partilhados e plurais de contar o acontecido, um elemento que se evidencia percorrendo a exposição permanente Medellín: Memorias de Violencia y Resistencia e - de forma ainda mais evidente – nos processos participativos de construção das exposições Geografías de la Verdad (que esteve patente ao público até agosto) e Medellín ES (atualmente visitável e que terá uma segunda parte inaugurada em final de setembro). Museologia viva em conexão com as comunidades, o MCM tem no recurso à expressão artística um eixo fundamental do seu labor.

25.09.2018 | por Miguel Cardina

A Festa do Avante apesar de não parecer os conflitos estão lá nos três dias

A Festa do Avante apesar de não parecer os conflitos estão lá nos três dias A reconhecida mobilização militante dos comunistas, uma solidariedade internacional dos artistas e na gestão da Festa configuram-na como uma organização profissional e internacional, atributos pouco comuns na programação artística quando esta começou há quatro décadas. A integração de géneros musicais e de reportórios extra-europeus (que hoje erradamente se designa como músicas do mundo) e que muito deve a Ruben de Carvalho, membro do Comité Central do PCP mas que para aqui importa mais como um dos programadores culturais pioneiros em Portugal, enformaram uma programação musical e artística em leque passível de atrair públicos muito diversos.

09.09.2018 | por António Pinto Ribeiro

Nova Lisboa, a imagem versus a amnésia coletiva

Nova Lisboa, a imagem versus a amnésia coletiva Estas fotografias permitem visualizar um período da história que moldou, profunda e permanentemente, a nossa contemporaneidade, e que sentimos grande relutância em abordar. Embora representem uma época na qual a fotografia era exclusiva de uma classe dominante, dádiva a que poucos acediam, no processo criativo de Jasse estes retratos são um importante legado. Para além da sua estética apelativa, permite-nos reunir os estilhaços da história hostil de um país, onde os sucessivos episódios traumáticos causaram um apagamento irreversível da memória.

06.09.2018 | por Kiluanji Kia Henda