Lino Damião dá forma ao projecto Paragens

Lino Damião dá forma ao projecto Paragens O projecto Paragens começou em Angola: uma sociedade de arquitectos apoia através de espaços artistas que contribuem também para a decoração dos seus edifícios levando artistas a lugares onde possue escritórios. As exposições são o resultado da liberdade de criação nessa residência artística. Lino Damião foi um dos escolhidos, juntamente com o Nelo Teixeira, o Hamílton, o Sabby, a Zizi. Pudemos ver a “Primeira paragem: Lisboa” até ao final de Janeiro, sendo a próxima paragem Maputo e com um desvio em direcção a Macau onde Lino se dirigiu a convite do festival de literatura.

29.02.2012 | por Marta Lança

“Não se festeja a morte de ninguém”, entrevista a Pepetela

“Não se festeja a morte de ninguém”, entrevista a Pepetela Filho de portugueses, não suportava o racismo e esteve cinco anos na luta armada pelo MPLA, combatendo os próprios primos. Começou a ensinar, trocou a arma pela caneta e tornou-se um dos grandes escritores angolanos, vencedor do Prémio Camões.

16.01.2012 | por Pepetela

"Lembro-me que ele saiu da prisão com um sorriso"

"Lembro-me que ele saiu da prisão com um sorriso" Durante os anos em que Nelson Mandela esteve preso, a sua imagem estava interdita ou tinha sido diabolizada. Da prisão, surge um homem alto, de expressão digna, andar lento e sorriso sereno. Um gigante mas não no sentido que o apartheid lhe tinha querido dar.

11.11.2011 | por Ana Dias Cordeiro

O mundo está cheio de estórias, basta estar atenta - entrevista a Aline Frazão

O mundo está cheio de estórias, basta estar atenta - entrevista a Aline Frazão Muitos lhe admiram o profissionalismo e a consistência com uma idade tão jovem. Uma voz doce e firmeza na guitarra, alma de poeta e convicção no sonho de uma Angola com maior horizonte e igualdade, Aline Frazão já conquistou o coração de muitos ouvintes. Fala de uma particular forma de sentir e criar, da qual resulta o seu primeiro disco "Clave Bantu", cujo lançamento está em curso nas suas várias geografias afectivas.

09.11.2011 | por Marta Lança

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro"

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro" Não é apenas a derrocada de ditadores reinantes, mas também é um movimento de protesto duradouro desafiando, ao mesmo tempo, várias dimensões da ordem social interna, especialmente evidenciando as desigualdades na distribuição de renda, e a ordem internacional, o lugar dos países árabes na ordem econômica global.

10.10.2011 | por Samir Amin

Aristides Pereira nos Trilhos da História

Aristides Pereira nos Trilhos da História Ali estava Aristides Pereira, nos seus 87 anos de idade, já transformado em símbolo. O projecto Angola – Nos Trilhos da Independência estava diante de um dos fundadores do PAIGC, precisamente aquele que, depois do assassinato de Amílcar Cabral em 1973, o haveria de substituir na direcção da luta de libertação nacional, que não tardaria em triunfar pouco depois. Tornar-se-ia, a partir de 1975, o primeiro Presidente de Cabo Verde.

02.10.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters Quem quiser ter uma ideia do que de novo se está a fazer em Angola, está no local certo. A exposição Ghostbusters, patente até dia 1 de Outubro de 2011 na Galeria Savvy em Berlim-Neukölln, trata da metáfora da memória enquanto fantasma na sociedade angolana pós-colonialista, pós-socialista e do pós-guerra.

23.09.2011 | por Inês Thomas Almeida

Entrevista a Pepetela

Entrevista a Pepetela As relações [entre Brasil e Angola] estão mais desenvolvidas do ponto de vista político e económico, e também no trânsito de pessoas de um lado para o outro. A parte cultural é onde há menos relacionamento, e deveria ser mais intenso. É verdade que alguns escritores (angolanos) vêm ao Brasil, e escritores brasileiros vão a Angola, ainda que raramente. Às vezes vai um músico, sai um livro, aparecem algumas coisas. Mas é muito pouco, tinha que ser muito mais.

14.09.2011 | por Pepetela

Dor de Mar de Tcheka

Dor de Mar de Tcheka Tcheka descreve sua música como sendo “música tradicional de Cabo Verde com influência erudita e do jazz”. O seu novo trabalho “Dor de Mar” surge após quatro anos de pausa em que o músico amadureceu a sua experiência profissional. “Dor de Mar” é um álbum “mais Tcheka”.

02.09.2011 | por Carla Fernandes

Onze perguntas para Mia Couto, uma entrevista inspiradora

Onze perguntas para Mia Couto, uma entrevista inspiradora Essa África que eu conheço sobrevive por um espírito de solidariedade, de abertura e de respeito com os outros. A forma que os africanos têm de se abordar, de saber um dos outros é uma coisa genuinamente autêntica. Quando eu estou cumprimentando alguém, quando estou falando com alguém, eu dou espaço para o outro. Então há uma lição de escutar os outros. Eu nunca falo quando o outro está falando, dou espaço, não tenho medo do silêncio, que é uma coisa que acontece aqui. As pessoas estão conversando, de repente há um silêncio, e isso é um peso, é uma coisa da qual temos que nos libertar, é uma ausência. Na África, essa ausência não existe. Nesse silêncio, há sempre alguém que fala. São os mortos. Por exemplo, a relação com o corpo.

01.09.2011 | por Mia Couto

Quando a palavra fere mais que a lança, entrevista a Azagaia

Quando a palavra fere mais que a lança, entrevista a Azagaia Já foi acusado de incitar à violência. Processado pela Procuradoria Geral da República. Preso horas antes de um concerto para o lançamento de um novo vídeo clipe, há cerca de 20 dias. Chamado de Edson Mandela, difamado na capa dos jornais, aclamado pelo povo. Com músicas provocadoras e políticas, Azagaia, o principal nome do hip hop moçambicano, tornou-se herói para o povo e ameaça para o governo.

24.08.2011 | por Juliana Borges

Entrevista a Carlos Kangamby, o Vº Mukuva do Cuchi

Entrevista a Carlos Kangamby, o Vº Mukuva do Cuchi Entrevista a Carlos Kangamby, o V Mukuva do Cuchi, considerado município-sede ou a capital dos Ngangela, que se situa a 95 quilómetros, de Menongue, sede da província do Kuando Kubango. Nesta conversa ficamos a saber da trajectória deste povo, o que os levou a si fixarem naquele território, a relação com os colonos, a forma como a primeira mulher que obteve o título de Mukuva, ascendeu ao trono, entre outras coisas.

12.08.2011 | por Cláudio Fortuna

Música, um veículo de aproximação - entrevista a Celina Pereira

Música, um veículo de aproximação - entrevista a Celina Pereira Há muitos anos em Lisboa (onde encontrou o seu Cabo Verde singular), a cantora caboverdiana dedica-se à educação pela música, divulgando a riqueza e diversidade das cantigas e saberes populares. Nisto, também a auto-estima dos afro-descendentes vai-se conquistando. Pela sua natureza nómada, a música sempre viajou muito e, nessas trocas e tricas, há uma memória colectiva a conhecer, naquilo que nos une e diferencia.

10.08.2011 | por Marta Lança

À conversa com Joel Zito Araújo - posicionamento, estéticas e cinematografias.

À conversa com Joel Zito Araújo - posicionamento, estéticas e cinematografias. Tenho um projeto estético de criar cada vez mais histórias que estejam, de alguma forma, ligadas à história e à cultura afrodescendente. Acho que temos um universo rico, pouco trabalhado no cinema brasileiro. Considero que a cultura brasileira traz, dentro de si, especialmente no seu comportamento afetivo e sexual uma enorme herança africana e indígena. Ou se vive da influência ou se vive da recusa, mas consciente ou inconscientemente estamos sempre relacionados a essa herança. Trazer isso para os filmes é uma tarefa que considero fascinante.

08.08.2011 | por Sumaya Machado Lima

Manifestações para além do custo do pão - entrevista ao historiador moçambicano Carlos Serra

Manifestações para além do custo do pão - entrevista ao historiador moçambicano Carlos Serra Com "Chaves das portas do social (notas de pesquisa e reflexão)", Carlos Serra, um dos mais intervencionistas sociólogos, revisita as manifestações de 2008 e 2010, que para ele são merecedoras de pesquisa aturada. Nesta viagem pelo “político-social”, que incidiu sobre os “cismos sociais”, passando pelos linchamentos, desafios dos nossos políticos e intelectuais, assim como pela questão da insegurança e direitos humanos, Serra esclarece que as suas abordagens não consistem em defender as “massas” acusando os governantes.

17.07.2011 | por Celso Ricardo

Contadores da sua própria história

Contadores da sua própria história Consumimos histórias sobre África no tempo antigo e o velho Portugal: branco. Os negros com quem nos cruzamos todos os dias ainda não chegaram à ficção portuguesa. Fomos conhecer dois actores portugueses nascidos em Angola que querem contar histórias do novo Portugal

01.07.2011 | por Susana Moreira Marques

Políticas, Arte, Brasilidade - entrevista a Afonso Luz

Políticas, Arte, Brasilidade - entrevista a Afonso Luz Segundo Paulo Emílio Salles, ao inventarmos o Brasil desenvolvemos a consciência aguda, de não sermos um povo com identidade positiva. A negatividade começa já na palavra que nos nomeia e guarda sentido depreciativo, bem observado, na atribuição da língua portuguesa ao povo de eiros' (como sapateiros, açougueiros, brasileiros). A rarefação talvez esteja na configuração de um ambiente problematicamente internacional entre nós.

15.06.2011 | por Afonso Luz

Pai (Cabé)

Pai (Cabé) O amanhã era já hoje e por aquelas noites fora – no Kilamba, no If, no Kandandu, no Kudissanga, no Chá, no Marítimo, em Carnaxide e depois nos Combatentes, o teu silêncio cúmplice no calor dos papos transpirados mas cheios de verdade e de vontade, faziam-me pensar, estás a ver, o Cabé é o único de nós que aprendeu ser inútil esta vida de queixas e lamúrias. A vida é para viver. Pai (Cabé):

12.06.2011 | por Carlos Ferreira (Cassé)

Urban Africa: Pan-African View

Urban Africa: Pan-African View Creio que tenho um discurso distinto sobre a noção de habitar e de espaço público, mesmo inconscientemente. Foi através da pesquisa que me tornei mais consciente das minhas próprias práticas. Tenho uma necessidade constante de tornar coisas públicas, uma noção aberta de espaço público, mesmo quando isso não está lá, e isso é uma característica da minha sensibilidade africana. Uma ideia de um espaço público aberto. Ver. Não esconder, ver! Isso está presente no meu trabalho. Outra coisa - não sei se é uma característica africana ou não - é um certo encanto com o potencial dos materiais. Há muitas maneiras de entender isto. Por exemplo, quando vejo certos bairros de lata, fico impressionado com o encanto da materialidade.

01.06.2011 | por Rita Palma

1º aniversário BUALA - feedback

1º aniversário BUALA - feedback O BUALA iniciou actividade a 25 de Maio de 2010, dia de África, e faz agora um ano de existência. Os comentários positivos e a vasta adesão dos leitores e colaboradores, de todos os países de língua portuguesa e de muitos outros lugares do mundo, tem sido um sinal de que esta é uma plataforma necessária e desejada, afirmando-se como um canal de reflexão e divulgação importante no âmbito da cultura africana contemporânea.

24.05.2011 | por Buala