Das ruas de Kinshassa até Sines: KONONO Nº 1 meets BATIDA (dia 29)

Das ruas de Kinshassa até Sines: KONONO Nº 1 meets BATIDA (dia 29) À conversa com o BUALA, Pedro Coquenão (BATIDA) contou-nos que o encontro com os KONONO Nº1 começou no WOMEX (World Music Expo): “estava lá a dar um concerto e estavam várias pessoas próximas dos Konono a assistir que acharam que havia ali um ponto qualquer de contacto entre o que eu faço e a banda deles. Além de ser muito lisonjeiro terem pensado nisso, eu identifico-me muito com o que a banda faz e com essa ideia de música africana urbana e experimental que eles fazem e que já tem tanto tempo e que continua a ser sempre actual.” Mais tarde decidiram então encontraram-se, “fui ter com eles, jantámos – comer junto é importante – e foram todos muito simpáticos, o sentimento foi de amizade, de proximidade, e quisemos voltar a estar juntos”.

03.08.2016 | por Mariana Pinho e Giorgio Gristina

Com BIXIGA 70 gritámos bem alto: FORA TEMER! e depois dançámos até ao alvorar na companhia de DJ SATELITE (28 de Julho)

Com BIXIGA 70 gritámos bem alto: FORA TEMER! e depois dançámos até ao alvorar na companhia de DJ SATELITE (28 de Julho) Quando perguntámos aos BIXIGA 70 se a música reflectia a tensão política que se vive no Brasil hoje, afirmaram logo que “o que vem acontecendo desde o golpe, desde o governo de Temer - um governo que a gente não reconhece - é um governo ilegítimo. A nossa música quer resistir a este momento político! A gente participa bastante nos movimentos sociais, sempre tivemos juntos. Tocámos nas escolas ocupadas e estamos juntos contra este governo”. Durante o concerto gritaram bem alto: FORA TEMER! e o público acompanhou com assobios e palavras de protesto.

01.08.2016 | por Mariana Pinho

O mundo inteiro em Sines (27 de Julho)

O mundo inteiro em Sines (27 de Julho) Numa breve conversa com o BUALA, MOH contava que cresceu a ouvir os clássicos de blues, rock e jazz mas afirma a sua grande inspiração na tradição mandinga e nos artistas guineense mais antigos.

28.07.2016 | por Mariana Pinho e Giorgio Gristina

De Rhode Island à Buraca, uma história alternativa da música africana

De Rhode Island à Buraca, uma história alternativa da música africana Os tempos estão definitivamente a mudar, apesar do peso – que Conductor diz ser tão “asfixiante” na Cidade da Praia como em Luanda – da tradição musical. É uma história em que ele se vê ao espelho (uma banda de kuduro na Buraca, e a gravar com M.I.A.?), e não gosta lá muito da imagem: “O que eu sinto muito em Cabo Verde, sobretudo sendo um meio tão pequeno, em que é muito difícil não incomodares o teu inimigo, é que há muitos jovens a fazerem coisas incríveis que não encontram aqui plataformas adequadas ao seu percurso musical. Demasiados artistas bons precisam de penar muito”

18.04.2016 | por Inês Nadais

Entrevista a Faustin Linyekula

Entrevista a Faustin Linyekula Faustin Linyekula haveria em 2006 de fazer o percurso contrário ao desejo de muitos congoleses democráticos, completou o círculo e regressou a casa, a Kisangani, capital da Província Oriental (onde fica a cidade onde nasceu, Ubundu) da República Democrática do Congo, terra de Patrice Lumumba, o primeiro chefe de governo do Congo independente que Mobutu Sese Seseko conseguiu que os separatistas do Katanga mandassem fuzilar. Conversa com o coreógrafo e bailarino que dirige em Kisangani (RD Congo) os Studios Kabako e durante um ano vai ser o artista na cidade de Lisboa.

23.02.2016 | por António Rodrigues

Visões de mundo, ações do corpo que dança - parte 2

Visões de mundo, ações do corpo que dança - parte 2 A interculturalidade em Portugal tende ainda a existir mais no plano dos discursos. A falta de estudos sobre fenómenos interculturais e as poucas estratégias efetivas do Estado comprometem que Portugal assuma uma posição mais consistente no âmbito dos encontros entre as “Áfricas” e as “Europas”. O país vive, ainda hoje, um contexto de reafirmação do racismo e xenofobia, pelo que fomentar uma reflexão crítica sobre estes temas pode contribuir para o reconhecimento de direitos e de histórias conjuntas e na construção de um presente.

14.01.2016 | por Teresa Fabião

Danças africanas em Portugal: contextos artísticos e pedagógicos - parte 1

Danças africanas em Portugal: contextos artísticos e pedagógicos - parte 1 A dança surge assim como um terreno frutífero para trabalhar com culturas diferenciadas, já que tem por base o corpo, instância onde se inscrevem e onde se traduzem todas as experiências de um sistema cultural. Para esse entendimento, é importante reconhecer o trânsito corpo-cultura-sociedade como uma relação de mútua contaminação, em que a possibilidade de experimentar outra cultura, não só por informações e pensamentos, mas também pelo corpo, é uma porta que se abre para aprender novas perspectivas acerca do mundo e de si próprio.

20.11.2015 | por Teresa Fabião

A matéria ardente de que somos feitos

A matéria ardente de que somos feitos Contado a muitas vozes e sempre na primeira pessoa, "Portugal Não é Um País Pequeno" é um espectáculo que nos interroga, aqui e agora, sobre o que fomos e como somos. “Um país que não discute o seu passado é, de certa forma, um país que deixa de existir. E é por isso que estamos aqui, para deixar que alguma dessa memória continue viva dentro de nós”.

06.10.2015 | por Maria João Guardão

Noite passada em B.Leza

Noite passada em B.Leza A quizomba é a música que está na berra, fala de amor e paixão nas suas letras, e tem diferentes passos, desde os mais básicos até às passadas mais profissionais. “Para dançar bem quizomba é preciso deixá-la entrar dentro de nós”, diz um amigo que anda a aprender o ritmo africano. O funaná é de origem cabo-verdiana, fácil e rápido de dançar, tem muito do folclore português, sobretudo do corridinho.

05.10.2015 | por Catarina Andresen Bouça

Indígenas, imigrantes, pobres: o afropolitanismo no rap crioulo - parte 2

Indígenas, imigrantes, pobres: o afropolitanismo no rap crioulo - parte 2 O gueto da Cova da Moura se expande para ganhar conexões com outros guetos pelo mundo: o local é global e remete à condição de discriminação nas periferias em geral onde a injustiça social é um fardo mais suportável se narrado e enfrentado pelo grupo.

24.08.2015 | por Susan de Oliveira

Indígenas, imigrantes, pobres: o afropolitanismo no rap crioulo - parte 1

Indígenas, imigrantes, pobres: o afropolitanismo no rap crioulo - parte 1 O rap crioulo rompe com o grafocentrismo em primeiro lugar, depois com o imaginário da lusofonia e, finalmente, com a perspectiva canônica de tradução. Por tal relação epistêmica que tem como único aporte a oralidade e o nomadismo da palavra e da voz, o rap crioulo se engaja ao enlace comunitário afropolitano e fundante de sua própria crioulidade.

24.08.2015 | por Susan de Oliveira

Da Paraíba para o Chiado, a música brasileira em Lisboa pela voz de Natureza

Da Paraíba para o Chiado, a música brasileira em Lisboa pela voz de Natureza O desafio para ouvir algum protagonista desta rede de músicos brasileiros na cidade chegou por via do projeto “O trabalho da arte e a arte do trabalho – circuitos criativos de formação e integração laboral de artistas imigrantes em Portugal”, coordenado pela Lígia Ferro e Otávio Raposo, do ISCTE-IUL, CIES-IUL, que o Buala está a acompanhar.

29.06.2015 | por Marta Lança

O rap e o ativismo pelos direitos humanos em Angola - parte 2

O rap e o ativismo pelos direitos humanos em Angola - parte 2 A inocência fabrica e multiplica as vítimas da escravidão moderna/ Como a massa desconhece a técnica da/ M.anipulação P.opular de L.ixamento A.ngolense/ ninguém sente o peso da algema./ Cultivam em ti o medo que semearam nos teus pais/ As tuas atitudes dependem da rádio e da televisão/ já sei que não vais compreender o refrão/ isto é uma figura de estilo irónica, pede explicação. MCK

28.05.2015 | por Susan de Oliveira

O rap e o ativismo pelos direitos humanos em Angola - parte 1

O rap e o ativismo pelos direitos humanos em Angola - parte 1 No Movimento Revolucionário, que apoia a transformação cultural e política dos jovens angolanos, estão vários rappers que, nas suas letras, vídeos e participações ativas nos protestos, produzem um discurso de forte impacto e penetração social sobre a violência policial e os ataques aos direitos humanos por parte do governo. Promovem valores igualitários dos jovens das periferias angolanas.

20.05.2015 | por Susan de Oliveira

Dança: um património universal, sem nacionalidades e sem fronteiras

Dança: um património universal, sem nacionalidades e sem fronteiras A verdade é que a máquina do progresso funciona a uma velocidade inflexível. Assim, ao mesmo tempo que protegemos as nossas tradições, urge que nos abramos ao mundo, urge que se dê à sociedade angolana o direito de ver mais além; há que perceber que as danças patrimoniais não são tudo o que um povo acumula, pois as criações modernas e contemporâneas integram igualmente o património artístico dos povos e do mundo.

28.04.2015 | por Ana Clara Guerra Marques

Do finason ao rap: Cabo Verde e as músicas de intervenção

Do finason ao rap: Cabo Verde e as músicas de intervenção Em Cabo Verde, ponto de passagem dessa imensa diáspora africana, o griot metamorfoseou-se dando lugar ao finason, cantado pelos escravos nas senzalas de Ribeira Grande de Santiago, mais tarde introduzidas nas sessões do batuku. Princezito, Artista, activista sociocultural e investigador das várias vertentes do batuku, entre os quais o finason, que, nos anos de 2000, juntamente com outros artistas, evidenciaram a nova tendência do estilo batuku, através do Projeto Ayan, dando início a uma nova vaga musical cabo-verdiana, cujos integrantes ficaram conhecidos como “Geração Pantera”, considera o finason como sendo uma espécie de pré-rap cabo-verdiano, pelos seus temas e pela forma como é praticada.

06.04.2015 | por Redy Wilson Lima

Souls’ Landscapes

Souls’ Landscapes Souls’ Landscapes é uma performance concebida a partir da leitura de “Les Damnés de la Terre” de Frantz Fanon, que incorpora música, movimento, luz e texto.

23.02.2015 | por vários

África Negra

África Negra O início da lenda do ‘Conjunto África Negra’ é oficialmente atribuído ao ano de 1974, quando a formação original da banda mais amada e conhecida além-fronteiras de São Tomé e Príncipe sentiu que tinha chegado a hora de começar a tocar ao vivo no circuito dos ‘fundões’ da capital São Tomé. Os fundões eram os bailes ao ar livre que juntavam as diferentes comunidades locais: os mestiços, descendentes de colonialistas portugueses e escravos africanos, os Angolares, descendentes de escravos angolanos naufragados que se fixaram em comunidades piscatórias na zonal sul, e os descendentes de trabalhadores contratados Cabo-verdianos e Moçambicanos que tinham vindo trabalhar para as plantações de café e cacau da ilha.

27.05.2014 | por Filho Único

Percepções e contestações: leituras a partir das narrativas sobre o narcotráfico na música Rap da Guiné-Bissau

Percepções e contestações: leituras a partir das narrativas sobre o narcotráfico na música Rap da Guiné-Bissau Apesar de entre os anos 80 e os anos 90 do século XX o tráfico ilegal da cocaína ter atingido proporções globais, infiltrando não apenas os mercados tradicionais como o dos Estados Unidos da América e da América Latina, mas também os da Europa ocidental, da Rússia e mais recentemente alguns países da costa ocidental africana, que têm-se tornado em países de “trânsito” dos cartéis da droga. Foi sobretudo no início do novo milénio que a região oeste africana foi marcada por um maior envolvimento no tráfico internacional da cocaína com destino à Europa ocidental.

24.01.2014 | por Miguel de Barros e Patrícia Godinho Gomes

Okaimpas da Adroana

Okaimpas da Adroana Okaimpas é um grupo de dança guineense da localidade da Adroana (Cascais) que faz parte do colectivo Netos da Amizade.

17.01.2014 | por vários