O início da lenda do ‘Conjunto África Negra’ é oficialmente atribuído ao ano de 1974, quando a formação original da banda mais amada e conhecida além-fronteiras de São Tomé e Príncipe sentiu que tinha chegado a hora de começar a tocar ao vivo no circuito dos ‘fundões’ da capital São Tomé. Os fundões eram os bailes ao ar livre que juntavam as diferentes comunidades locais: os mestiços, descendentes de colonialistas portugueses e escravos africanos, os Angolares, descendentes de escravos angolanos naufragados que se fixaram em comunidades piscatórias na zonal sul, e os descendentes de trabalhadores contratados Cabo-verdianos e Moçambicanos que tinham vindo trabalhar para as plantações de café e cacau da ilha.
27.05.2014 | por Filho Único
Apesar de entre os anos 80 e os anos 90 do século XX o tráfico ilegal da cocaína ter atingido proporções globais, infiltrando não apenas os mercados tradicionais como o dos Estados Unidos da América e da América Latina, mas também os da Europa ocidental, da Rússia e mais recentemente alguns países da costa ocidental africana, que têm-se tornado em países de “trânsito” dos cartéis da droga. Foi sobretudo no início do novo milénio que a região oeste africana foi marcada por um maior envolvimento no tráfico internacional da cocaína com destino à Europa ocidental.
24.01.2014 | por Miguel de Barros e Patrícia Godinho Gomes
Okaimpas é um grupo de dança guineense da localidade da Adroana (Cascais) que faz parte do colectivo Netos da Amizade.
17.01.2014 | por vários
Nesta edição experimental do programa Vozes Globais da Lusofonia, ampliamos para a rádio as vozes de quem vive na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, partilhando as histórias escondidas deste rendilhado de variações linguísticas, as mudanças políticas, o uso das redes sociais a favor dos direitos humanos e as transformações na sociedade.
17.01.2014 | por Global Voices (Vozes Globais)
Em Cabinda não é só o rap que está em péssimas condições, reflecte-se em todos os estilos musicais, desde o kuduro, kizomba, semba, kintueni e mayeye. Na verdade há pouca divulgação da música feita em Cabinda, temos uma secretaria provincial da cultura fictícia e comunicação social inexistente. Nada justifica que, numa província com artistas de talento, saiam dois álbuns num um ano e que as poucas rádios que temos se recusem a apoiar iniciativas como as nossas e demais personalidades interessadas. O Rap é o menos solicitado nas atividades e comícios governamentais, mas tem muita voz devido ao esforço dos companheiros como: Cabmusic, hip-hop de gavetas, agora a Miller Team e não só. A cada dia que passa surgem novas propostas, novos mc´s e produtoras interessados em dar mais vida ao movimento. Fico feliz com isto.
09.01.2014 | por vários
Este trabalho, estas palavras, estas melodias e sonoridades são originalmente o que me sobrou da perda de meu pai, da perda do meu pai e de todas as memórias que se avivaram em mim depois dessa perda. Dos lugares, dos cheiros, do tempo que tinha muito mais tempo dentro de si, mas principalmente das pessoas. Das pessoas de meu pai, assim crédulas, próximas umas das outras. Avivaram-se memórias dos casamentos de três dias em que o meu pai tocava (dj) nos quintais da cidade...
29.11.2013 | por Paulo Flores
Ouço novamente o álbum. Todo. E é como se o Nástio me perguntasse: e se fossemos ainda mais angolanos? Se ouvíssemos mais a voz da sabedoria dos poucos que ainda a têm. Se nos autorizássemos a ter uma voz mais plural, e portanto a aceitar melhor a voz dos outros. Se nos sentássemos mais vezes a falar de outras coisas que não o carro, os dólares, as discotecas, as amantes, os whisky's. Seriamos menos angolanos? Seremos menos angolanos?
14.08.2013 | por Ondjaki
Esta é a história de Nigga Fox, de Marfox, de Maboku, da editora Príncipe, e do encontro suado e festivo entre a ‘periferia’ e o ‘centro’ na pista de dança. Uma massa de corpos move-se freneticamente e sempre que um novo tema é lançado pelo DJ ouvem-se gritos de júbilo. São quase três da manhã, noite de fim-de-semana, num dos espaços mais conhecidos de Lisboa, o MusicBox, ao Cais do Sodré, e dança-se com uma tenacidade que não vê muito por aí, mistura de satisfação e sensualidade.
04.08.2013 | por Vítor Belanciano
Neste livro apresentam-se e complexificam-se os conceitos de lusofonia e “espaço lusófono” tendo em conta a história colonial, identidades locais e diáspora. Todos os artigos estão orientados para o entendimento da questão da juventude a partir de sua diversidade, em oposição à sua homogeneização, e todos confluem também para ressaltar o protagonismo juvenil nas diferentes modalidades.
02.05.2013 | por Rosana Martins
Directamente da Lama é o primeiro single do Rapper e Poeta conhecido pelas “leads” do Mercado HiPHop e de outras áreas por Mano António, o integrante do colectivo Jazzmática (JM).
23.04.2013 | por Faradai e Chrisguy Oliveira
No álbum de estreia "Grito de Liberdade" (interpretado 80% em inglês), apresentam uma espécie de manifesto contra as correntes neoliberais - com inclinação para a extrema-esquerda -, contra a gestão política sul-africana e a gestão política africana em geral, contra a influencia ocidental nas decisões políticas dos países africanos, contra a xenofobia e contra o racismo.
08.03.2013 | por Tribo Sul
Abordando a música como um ponto de conexão social numa cidade pós-colonial onde empreendedores culturais utilizam o termo político de lusofonia, busco compreender como alguns músicos migrantes oriundos de países ‘lusófonos’ em Lisboa interagem neste processo, aos níveis de comunidade, associações voluntárias e instituições governamentais. De maneira geral, a minha pesquisa mostra uma falta de reconhecimento pela contribuição de músicos migrantes de língua portuguesa à cultura expressiva de Lisboa.
16.01.2013 | por Bart Paul Vanspauwen
Sábio, naturalmente participante desta cultura nova equivocadamente batizada pelos inimigos de “inferior” “primitiva” “oportunista” “superficial”, sempre confiou em sua intuição soberana. Já intuiu há tempos atrás o soul music, o disco, e foi um dos primeiros a sincretizar o rock, mais do que Roberto Carlos ou Erasmo, em sua definitiva e profunda aparição nacional contemporânea.
16.01.2013 | por Jorge Mautner
A música liga: esta é uma das mais antigas sabedorias. Há já muito tempo que também os ritmos africanos marcam posição nas discotecas da Europa. Com o projeto Ten Cities, dezenas de DJs, músicos e produtores querem agora aproximar ainda mais as culturas de discoteca de ambos os continentes.
09.01.2013 | por Vanja Budde
Fernando Cabral fez as campanhas da H&M, Benetton, desfilou Hugo Boss. Não chegou à lista de nomeados e gerou polémica: há racismo na moda em Portugal? Várias pessoas dizem abertamente que sim.
11.12.2012 | por Joana Gorjão Henriques
Há aproximadamente 25 festivais no Zimbabwe: seis internacionais, oito nacionais, seis provinciais e cinco distritais. A maioria destes festivais começou na última década, quando o panorama político estava em colapso, sobretudo a economia.
08.11.2012 | por Nicholas Moyo
As Tchipie representavam a mulher guerreira, uma agente pró-activa, que através do uso de roupas militares, bonés e da encenação de batalhas contra os homens nos espetáculos com gesticulações bruscas e agressivas, desafiando-os a responderem as suas provocações, redesenharam o conceito da feminilidade e trouxeram autoconfiança a muitas jovens.
06.11.2012 | por Redy Wilson Lima
A Galiza acolheu pela primeira vez estes colóquios que já passaram pelo Brasil, Macau, China e agora visitaram a terra berço da língua galego-portuguesa. O nosso mais sincero agradecimento a todas as pessoas que o tornaram possível.
12.10.2012 | por Xurxo Nóvoa Martins
Masta Tito explora as lutas políticas para controlo dos recursos do Estado numa perspetiva patrimonial, através de caricaturas corriqueiras que as representações de um simples cidadão comum consegue reconhecer e através dela manifestar-se.
24.09.2012 | por Miguel de Barros
Yuri da Cunha vai conquistar o mundo à moda angolana – com música cheia de balanço, com cores e “griffes” da moda, com histórias do povo, com passadas arriscadas mas severas, com um pouco de “banga” (estilo) e uma pausa muito própria. Yuri da Cunha – que em criança chorava ao ouvir semba - é isto tudo. Angola também.
24.07.2012 | por Miguel Gomes