A Bienal de Cultura e Arte de São Tomé e Príncipe parte “à (re)Descoberta de nós”

A Bienal de Cultura e Arte de São Tomé e Príncipe parte “à (re)Descoberta de nós” “Como transformar São Tomé e Princípe, antigo entreposto de escravos, num território permanente de criação artística e de intercâmbios culturais, investigação científica, residências literárias e artísticas, cenário natural de produções audiovisuais, num destino de turismo cultural com especificidades únicas em África e no mundo?” É a esta complexa questão que o santomense João Carlos Silva pretende responder na XI edição da Bienal de Cultura e Arte de São Tomé e Príncipe.

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27.06.2022 | por João Moreira da Silva

Celebração: dor, raiva, tristeza e muito riso. Entrevista a Zia Soares

Celebração: dor, raiva, tristeza e muito riso. Entrevista a Zia Soares A narrativa construída sobre este episódio é dada pela parte portuguesa, a do “massacre”, que ofusca e apaga o movimento de resistência dos santomenses. Daí ter optado por referi-lo enquanto Guerra da Trindade (1953). Claro que foi desigual, mas houve confronto, os santomenses não se baixaram perante a atitude do governador Carlos Gorgulho. E esse movimento de resistência organizada, pensada e estruturada é algo sobre o qual não se ouve falar.

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17.05.2021 | por Marta Lança e Zia Soares

Gestos solenes na poeira do terreiro, o tchiloli em São Tomé e Príncipe

Gestos solenes na poeira do terreiro, o tchiloli em São Tomé e Príncipe Nas ilhas atravessadas pelo Equador gerou-se um dos mais curiosos fenómenos performativos de imaginário popular no qual o encontro de culturas - por violências da história -, e a transformadora crioulização, deu origem a um surpreendente teatro tradicional, etno-teatro, cerimónia que combina música, movimento e um texto do século XVI.

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13.03.2020 | por Marta Lança

Observar o Tchiloli do grupo Boa Ventura

Observar o Tchiloli do grupo Boa Ventura "Quis dar-lhes [ao grupo Boa Ventura do bairro da Boa Morte] a conhecer alguns exercícios ocidentais de teatro sobre a preparação do actor, proporcionando-lhes ferramentas válidas para o seu trabalho como intérpretes. São, basicamente, exercícios de aquecimento e de concentração: para aquecer o corpo e a voz, seguindo a técnica de Augusto Boal, do Teatro do Oprimido."

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07.12.2011 | por Íris Toivola Cayatte

Muito com pouco - uma bienal de arte em São Tomé e Príncipe entre a precariedade e a utopia

 Muito com pouco  - uma bienal de arte em São Tomé e Príncipe entre a precariedade e a utopia Em vez de produzir uma bienal em grande parte pré-fabricada no exterior, como era muito mais a edição anterior, a opção deste ano teve o cuidado de conjugar estas reflexões no próprio terreno. Artistas de países africanos como Angola, Moçambique, Cabo verde, Guiné, Zimbabwe ou de Portugal, França, Brasil e Timor puderam usufruir de residências artísticas de várias semanas e de contaminar as suas propostas artísticas com experiências locais.

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14.11.2011 | por Celso Martins

Carlos Magno no Equador - A introdução do "Tchiloli" em São Tomé

Carlos Magno no Equador - A introdução do "Tchiloli" em São Tomé Os grupos do "Tchiloli", conhecidos na ilha por tragédias, têm cerca de trinta elementos cada um, e pertencem todos a uma determinada localidade de forros (assim se chamam os crioulos nativos de São Tomé). Dentro de certos limites dramatúrgicos, cada tragédia representa uma versão própria da peça. Conforme a tradição medieval, exclusivamente os homens representam todos os papéis, inclusivamente os de mulheres. Além disso, o mesmo actor amador representa sempre a mesma personagem. Os papéis, o guarda-roupa e os textos transmitem-se no seio das famílias.

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24.08.2010 | por Gerhard Seibert

Tchiloli de S.Tomé ou Carlos Magno em África

Tchiloli de S.Tomé ou Carlos Magno em África Dir-se-ia que o Tchiloli tem um carácter exemplar, representando a difícil harmonização entre duas culturas (africana e europeia) que se encontraram por imperativos históricos, mas cujos sujeitos africanos conseguiram ultrapassar o vazio cultural resultante de um encontro catastrófico, reinventando os empréstimos europeus e criando uma cultura própria mas universal.

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11.08.2010 | por Agnela Barros