Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político"

Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político" É ao mesmo tempo marroquino e francês. Escreve em língua francesa e olha hoje para as transformações sociais e culturais nos países na Primavera Árabe. E espera da nova França uma postura diferente em relação às ditaduras. Com os seus dois passaportes e a crença no papel de escritor "que critica, denuncia, intervém", Tahar Ben Jelloun esteve no fim de Junho na Fundação Calouste Gulbenkian para dar uma conferência onde se propôs "explicar a Primavera Árabe". Convidado para participar no programa Próximo Futuro, que este ano se centra no Norte de África em revolução, Ben Jelloun veio também apresentar o livro “O Primeiro Amor É Sempre o Último”, de 1995 (lançado agora pela Quidnovi). Falou-nos dos islamistas que "se aproveitaram das revoltas", das mulheres do seu país de nascimento, Marrocos, que aproveitam novas leis para "recuperarem as suas liberdades" e das suas expectativas face à "nova França", país que fez seu.

20.07.2012 | por Sofia Lorena

"A música africana, ou lá o que isso é, vai ter mais protagonismo internacional", entrevista a Benjamin Lebrave

"A música africana, ou lá o que isso é, vai ter mais protagonismo internacional", entrevista a Benjamin Lebrave Visitou estúdios nos musseques, conversou com produtores para alimentar a sua Akwaaba Music, uma plataforma digital que se dedica à música africana e cultura pop, dando visibilidade aos fenómenos de música que carecem de estrutura para chegar mais longe. Nos últimos 3 anos, Lebrave editou mais de 70 artistas de 15 países africanos e tem vindo a desenvolver uma rede global que abrange a produção de conteúdos, distribuição digital, marketing e licenciamento.

11.07.2012 | por Marta Lança

Sérgio Afonso, o rapaz da câmara fotográfica

Sérgio Afonso, o rapaz da câmara fotográfica A produtora de que faz parte, a enérgica Geração 80, nasce numa ótima altura: “o mundo está em crise, o dinheiro cada dia mais difícil para alguns, e a tecnologia cada dia mais acessível a todos.” Não depender de investimentos milionários para poder trabalhar na área, ser possível filmar com uma máquina fotográfica são vantagens dos nossos dias que descomplicam. Sérgio Afonso empenha-se em trazer novas imagens do seu país, nascido na vontade de criar uma nova Angola.

15.06.2012 | por Marta Lança

Entrevista a Mark McKinney

Entrevista a Mark McKinney Entrevista a Mark McKinney, a propósito do seu livro The Colonial Heritage of French Comics. "Quer a série Tintin quer Zig et Puce estão pejadas de cenas de racismo colonial e antisemita. O busílis está em saber o que se deve fazer com essas obras. Eu estou em crer que a coisa mais acertada seria estudá-las de uma forma crítica, e utilizá-las para ensinarmos os outros, sobretudo os mais jovens, sobre o passado e a sua representação na banda desenhada. Quer Tintin no Congo quer A Estrela Misteriosa deveriam conter introduções fortemente críticas e independentes que analisassem como é que esses títulos são racistas e não diminuem a responsabilidade do artista em propagar essas perspectivas repreensíveis, como é usualmente feito pelos muitos hagiógrafos de Hergé."

05.06.2012 | por Pedro Moura

o Buala faz dois anos e é dia de África!

o Buala faz dois anos e é dia de África! PARABENS BUALA !!!!!

25.05.2012 | por Marta Lança

Na guerra, a vida sem filtro - entrevista a Cândida Pinto

Na guerra, a vida  sem filtro - entrevista a Cândida Pinto Nunca somos imparciais. A imparcialidade não existe. Nós podemos e devemos aproximar-nos o mais possível da verdade. (...) A minha profissão permite-me transmitir essa força que está a acontecer no momento, com distanciamento. Um jornalista que se torna porta-voz perde um bocado a razão de ser de estar ali, passou para outro campeonato.

15.05.2012 | por Marta Lança

Batchart: rapper de Mindelo quer ser Ministro da Juventude

Batchart: rapper de Mindelo quer ser Ministro da Juventude Batchart pegou da sua formação universitária para criar uma mensagem mais “cientificada” dentro do hip-hop crioulo. Com um discurso forte de quem sabe que a intervenção social é também política, o rapper já tem a “Wikileaks”, sua compilação de originais, pronta para lançar no final deste mês. Um jovem político que canta ou um rapper com consciência política? Só o tempo e a aceitação deste trabalho discográfico dirão.

09.05.2012 | por Odair Varela

Yonamine, de Luanda para o mundo

Yonamine, de Luanda para o mundo A forma de trabalhar de Yonamine é muito espontânea: pensa em imagens ou objectos, fotografias velhas, maços de cigarros, texturas curiosas e segue-lhes o rasto para criar e subverter certas utilizações e dar-lhes novas leituras semióticas, reinventando os fragmentos de memórias outras num registo de inteligibilidade composta.

19.03.2012 | por Marta Lança

Só China de Yonamine

Só China de Yonamine Texto sobre a exposição “SÓ CHINA” de Yonamine, na Galeria Cristina Guerra.

18.03.2012 | por João Silvério

Lisboa nas ruas, entrevista com o rapper Chullage

Lisboa nas ruas, entrevista com o rapper Chullage  O rap é só mais uma tradição oral africana como o spoken ou as finasons cabo-verdeanas. O meu rap leva cada vez mais com samples de CV e a minha métrica, fonética e cosmovisão têm sempre também coisas que a minha terra me deixou ou que ando a resgatar.

13.03.2012 | por Luca Fazzini

O contributo africano: entrevista a Jean-Yves Loude

O contributo africano: entrevista a Jean-Yves Loude O etnólogo francês Jean-Yves Loude regressou à “cidade negra” para um workshop sobre a figura de Lisboa na literatura, e insiste em contrariar a manipulação dos factos que rasura o contributo africano dos grandes feitos do mundo.

04.03.2012 | por Marta Lança

Kalaf Angelo, músico e escritor

Kalaf Angelo, músico e escritor Kalaf Angelo, um dos entusiastas do projeto Buraka Som Sistema, um dos responsáveis pela expansão além fronteiras do ritmo kuduro, lançou recentemente o seu primeiro livro, Estórias de Amor para Meninos de Cor. Com este ensaio, o músico angolano desafia a escrita em homenagem a Lisboa, cidade mulata que o fascinou desde que nela aterrou, depois de ter deixado Luanda nos anos 90. O autor prepara já o seu próximo título: um romance.

29.02.2012 | por João Carlos

Lino Damião dá forma ao projecto Paragens

Lino Damião dá forma ao projecto Paragens O projecto Paragens começou em Angola: uma sociedade de arquitectos apoia através de espaços artistas que contribuem também para a decoração dos seus edifícios levando artistas a lugares onde possue escritórios. As exposições são o resultado da liberdade de criação nessa residência artística. Lino Damião foi um dos escolhidos, juntamente com o Nelo Teixeira, o Hamílton, o Sabby, a Zizi. Pudemos ver a “Primeira paragem: Lisboa” até ao final de Janeiro, sendo a próxima paragem Maputo e com um desvio em direcção a Macau onde Lino se dirigiu a convite do festival de literatura.

29.02.2012 | por Marta Lança

“Não se festeja a morte de ninguém”, entrevista a Pepetela

“Não se festeja a morte de ninguém”, entrevista a Pepetela Filho de portugueses, não suportava o racismo e esteve cinco anos na luta armada pelo MPLA, combatendo os próprios primos. Começou a ensinar, trocou a arma pela caneta e tornou-se um dos grandes escritores angolanos, vencedor do Prémio Camões.

16.01.2012 | por Pepetela

"Lembro-me que ele saiu da prisão com um sorriso"

"Lembro-me que ele saiu da prisão com um sorriso" Durante os anos em que Nelson Mandela esteve preso, a sua imagem estava interdita ou tinha sido diabolizada. Da prisão, surge um homem alto, de expressão digna, andar lento e sorriso sereno. Um gigante mas não no sentido que o apartheid lhe tinha querido dar.

11.11.2011 | por Ana Dias Cordeiro

O mundo está cheio de estórias, basta estar atenta - entrevista a Aline Frazão

O mundo está cheio de estórias, basta estar atenta - entrevista a Aline Frazão Muitos lhe admiram o profissionalismo e a consistência com uma idade tão jovem. Uma voz doce e firmeza na guitarra, alma de poeta e convicção no sonho de uma Angola com maior horizonte e igualdade, Aline Frazão já conquistou o coração de muitos ouvintes. Fala de uma particular forma de sentir e criar, da qual resulta o seu primeiro disco "Clave Bantu", cujo lançamento está em curso nas suas várias geografias afectivas.

09.11.2011 | por Marta Lança

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro"

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro" Não é apenas a derrocada de ditadores reinantes, mas também é um movimento de protesto duradouro desafiando, ao mesmo tempo, várias dimensões da ordem social interna, especialmente evidenciando as desigualdades na distribuição de renda, e a ordem internacional, o lugar dos países árabes na ordem econômica global.

10.10.2011 | por Samir Amin

Aristides Pereira nos Trilhos da História

Aristides Pereira nos Trilhos da História Ali estava Aristides Pereira, nos seus 87 anos de idade, já transformado em símbolo. O projecto Angola – Nos Trilhos da Independência estava diante de um dos fundadores do PAIGC, precisamente aquele que, depois do assassinato de Amílcar Cabral em 1973, o haveria de substituir na direcção da luta de libertação nacional, que não tardaria em triunfar pouco depois. Tornar-se-ia, a partir de 1975, o primeiro Presidente de Cabo Verde.

02.10.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters

A Tropa do Indivíduo: Nástio Mosquito e os Ghostbusters Quem quiser ter uma ideia do que de novo se está a fazer em Angola, está no local certo. A exposição Ghostbusters, patente até dia 1 de Outubro de 2011 na Galeria Savvy em Berlim-Neukölln, trata da metáfora da memória enquanto fantasma na sociedade angolana pós-colonialista, pós-socialista e do pós-guerra.

23.09.2011 | por Inês Thomas Almeida

Entrevista a Pepetela

Entrevista a Pepetela As relações [entre Brasil e Angola] estão mais desenvolvidas do ponto de vista político e económico, e também no trânsito de pessoas de um lado para o outro. A parte cultural é onde há menos relacionamento, e deveria ser mais intenso. É verdade que alguns escritores (angolanos) vêm ao Brasil, e escritores brasileiros vão a Angola, ainda que raramente. Às vezes vai um músico, sai um livro, aparecem algumas coisas. Mas é muito pouco, tinha que ser muito mais.

14.09.2011 | por Pepetela