Tributo aos Ancestrais em Lagos

Mais de cem pessoas reuniram-se no Algarve, no dia 26 de julho, para recordar e homenagear os antepassados encontrados em Lagos, num programa que incluiu uma cerimónia de atribuição de nomes, uma procissão musical e uma homenagem aos antepassados. Com a Sociedade de Arqueólogos Africanistas, Tributo aos Ancestrais, Vicky Olze, Anson Street African Burial Ground, Grupo Firmeza Batucadeiras de Almancil e a National Geographic. A Câmara Municipal de Lagos, apesar de ter sido convidada, esteve ausente neste dia histórico.

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Ancestor Tribute Excursion Lagos, with the Society of Africanist Archeologists, Tributo aos Ancestrais, Vicky Olze, Anson Street African Burial Ground, Grupo Firmeza Batucadeiras de Almancil, and National Geographic. More than 100 people came together to remember and honor the ancestors found in Lagos, in a full day program that included a naming ceremony, a musical procession, and an ancestor tribute. 

Créditos das fotos: José Sarmento de Matos/National Geographic.

Tributo aos Ancestrais Tributo aos Ancestrais

 

Minigolfe no topo do Parque de Estacionamento.Minigolfe no topo do Parque de Estacionamento.

 

Cerimónia de atribuição de nomes.Cerimónia de atribuição de nomes.

 

A investigadora Vicky Oelze.A investigadora Vicky Oelze.

 

Coroa de flores depositada ao lado do minigolfe.Coroa de flores depositada ao lado do minigolfe.

 

Cortejo ao Parque de Estacionamento Liderado por Berimbaus do Colectivo Tributo aos AncestraisCortejo ao Parque de Estacionamento Liderado por Berimbaus do Colectivo Tributo aos Ancestrais

 

Tributo aos Ancestrais, junto do Parque de EstacionamentoTributo aos Ancestrais, junto do Parque de Estacionamento

 

Sandra Barros, Grupo Firmeza, Batucadeiras de AlmancilSandra Barros, Grupo Firmeza, Batucadeiras de Almancil

 

 

NomesNomes

 

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O filme continua em sala, em Lisboa, pela 5ª semana. O filme continua em sala, em Lisboa, pela 5ª semana.


CONTOS DO ESQUECIMENTO, de DULCE FERNANDES 2023, 63’

Achados arqueológicos recentes em Lagos, no sul de Portugal, revelaram o passado esquecido do papel de Portugal no tráfico transatlântico de africanos escravizados. Invocando a distância entre o que queremos esquecer e a urgência da memória, Contos do Esquecimento é um território de revelação do passado no presente.

“Contos do Esquecimento instala-nos num processo de revisitação de factos de uma memória histórica, trazidos à tona por escavações arqueológicas recentes, realizadas em Lagos, Portugal. O que se descobre pertence ao passado da escravatura que revela o papel de Portugal no tráfico transatlântico de africanos. Uma lixeira do séc. XV, e todos os detalhes que se apresentam, na enumeração da recolha dos despojos, vai-nos informando e dizendo mais, cada vez mais. O tempo da imagem, a envolvência sonora e a narração marcam um ritmo que conduz o nosso olhar e percepção numa descoberta sensível que mergulha em vários suportes, textos, ilustrações, materiais dispersos e descrições cuidadas.  Entre presente e passado é estabelecido um jogo temporal cruzado, onde somos colocados no centro desta memória relembrada e projectada. Pretexto, ainda, para uma reflexão sobre o tempo, a marca da morte e o inexorável desaparecimento. É preciso lembrar, é preciso não esquecer.” – Carlota Gonçalves (via Indie).

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Vou lá visitar | 1 Agosto 2025 | Contos do Esquecimento, escravatura, Lagos, restituições, Rota da Escravatura, Tributo aos ancestrais