Lançamento da REVISTA 'Jeux Sans Frontières #2 – espaços de resistência
Lançamento da REVISTA ‘Jeux Sans Frontières #2 – espaços de resistência e práticas de invenção’ no âmbito de Tomar Posição, o político e o lugar em organização da plataforma baldio. Dia 12 às 18.30 no Pólo Cultural Gaivotas | Boavista, Escola das Gaivotas 8inserido na programação Lusco Fusco do Pátio das Gaivotas.
A revista será apresentada por Maria Alice Samara e Luhuna Carvalho, seguindo-se uma conversa com os editores Sandra Lang, Ana Bigotte Vieira e Nuno Leão onde se procurará abordar especificamente a ligação entre o território metropolitano e uma série de formas de resistência contemporâneas que passam pelo habitar colectivo comum de espaços concretos.
A JSF#2 parte das ocupações das praças que desde 2011 se fizeram sentir um pouco por todo o lado – motivo inicial que orienta, mas não esgota, a leitura deste conjunto de textos. Dar conta das formas de resistência política desenvolvidas ao longo dos últimos anos, passa por situá-las na relação com os espaços que então se abriram ou fecharam. Passa igualmente por inventariar algumas das práticas que jogaram mais ou menos positivamente com o conjunto das limitações – materiais tanto quanto subjectivas – que em cada caso, e segundo as incidências do lugar, definiram um ou outro conflito mais ou menos declarado, mais ou menos próximo ou afastado da visibilidade e dos holofotes dos media.
Luhuna Carvalho nasceu em Lisboa em 1980 e estuda Filosofia, Artes Marciais e Mecânica de Motociclos
Maria Alice Samara nasceu em Lisboa, em Abril de 1974. Doutorada em História Institucional e Política Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é investigadora do Instituto de História Contemporânea (FCSH/UNL). Investigou sobre o tema Espaços e Redes de Resistência na grande Lisboa.
JOGOS SEM FRONTEIRAS (J-S-F) é uma plataforma transdisciplinar situada na intersecção entre arte, política e teoria crítica. Tendo começado em 2007 com a edição da revista Jogos Sem Fronteiras #1 dedicada à fronteira sul da Europa – a cujos massacres de Ceuta e Melilla em 2005 tentava responder –, foi reactivada em 2011 em Nova Iorque, no quadro do ciclo Crisis of Everything Everywhere organizado pelo 16 Beaver Broup no rescaldo das experiências de Occupy Wall Street. A revista Jogos Sem Fronteiras #2, dedicada ao que se chamou ‘espaços de resistência e zonas de invenção’ –incide sobre os levantamentos que tiveram lugar entre 2011 e 2013, em particular a experiência das praças. Devendo o seu nome ao programa de televisão Jeux Sans Frontières, a mais longa co-produção da história da televisão Europeia, a acção desta plataforma – sem fronteiras de linguagens – tem-se pautado pelo seu carácter situado e relacional, em articulação estreita com o contexto e o momento histórico em que ocorre. Neste quadro, tem vindo a privilegiar uma abordagem curatorial e de convite/encomenda à realização de trabalhos artísticos e teóricos (que por vezes se traduz numa abordagem editorial) temática, agrupando sob conjuntos de ideias-chave uma série propostas que incluem muitas vezes a criação de conteúdos originais, em diversos suportes – e sua posterior tradução e itinerância. Pensada como objecto que circula e que se troca, a revista Jogos Sem Fronteiras serve então de mote para a organização de eventos críticos que procuram sempre aliar o discursivo ao sensorial, recorrendo para tal a exposições, projecções de filmes, performances, leituras, etc.
Entre as suas últimas apresentações contam-se eventos como Art in Resistance, Spielart Festival 2015, (Munique, 2015); Institutions, Politics, Performance (Atenas, 2015) The Art of Being Many, Kampnagel (Hamburgo, 2014); The New Abduction of Europe, Museo Reina Sofia/ Fundación de Los Comunes (Madri, 2014); Wake Up! Assembly for a Diferent Europe, Spielart Festival (Munique, 2013); Sound Development City: Trienal de Arquitectura de Lisboa/Capitale Européenne de La Culture (Lisboa/ Marselha 2013); Truth is Concrete (Graz, 2012); Crisis of Everything Everywhere, 16 Beaver group (Nova Iorque, 2011).