Cabemos nesta BUALA há 10 anos! -depoimentos

Um portal importante e necessário em vários sentidos: 1. conecta Portugal com países africanos e o Brasil de uma forma que nenhum projecto do Estado conseguiu; sem paternalismos, põe de pé uma rede de colaboradores a disponibilizar informação, pesquisa, ideias, imagens; 2. conhece a fundo o terreno de que fala…coisa rara; 3. distancia-se, cada vez mais, de uma linha curatorial “de cima para baixo”, e compreende que a orgânica das trocas e a fragmentação do meio é o grande “acelerador”; 4. colmata com eficiência e criticismo a lacuna do debate cultural nas trocas do sul, o qual tem vivido à mercê de projetos peregrinos de privados e do Estado. 

Marta Mestre, curadora

 

Para mim o BUALA é um espaço de reencontro com um mundo que não deixará de existir, mas sem o qual a existência faz pouco sentido.

Elísio Macamo, investigador e professor moçambicano

 

Se não fosse o Buala eu viveria num cantinho escuro recheado de privilégios brancos. Seria pobre, pobre sem mais mundo.

Miguel Vale de Almeida, antropólogo

 

BUALA é para mim um canal de expressão livre e emancipado de “sutilezas exclusivistas”. Felizmente, este portal (r)existe graças à articulação sensível e atenta da Marta Lança. Aqui o pensamento afro-centrado tem voz e consequências construtivas (pois daí se dissemina para toda a parte), podemos ler e acrescentar pensamento e discurso baseados na nossa subjetividade, sempre acompanhados por um repertório genuinamente comprometido com o progresso da informação e produção de conhecimento em transparência.

Welket Bungué, realizador e actor

 

Parabéns à BUALA e à Marta Lança. Uma década a juntar gente das mais diversas áreas disciplinares. 10 anos a construir um arquivo de vozes insurgentes de múltiplas geografias deste mundo (pós)colonial. Venham mais 10 de contra-narrativa!

Cristina Roldão, investigadora e professora

 

BUALA: Embondeiro digital, democrático e interseccional. 

Gisela Casimiro, escritora e artista

 

Importante como um espaço que traz reflexões/produções sobre um mundo do qual os africanos e os negros pelo mundo se sentem parte. O Buala é um “disparador” de muito potencial e um objeto/sujeito em si feito de narrativas que vêm de tantos lados. Aqui nada há de exótico ou que esteja fora da humanidade, mas sim diversidade de perspetivas, interesses, agendas, narrativas e sonhos para o futuro, ou seja, a normalidade que caracteriza o enfrentamento cotidiano em qualquer lugar do mundo.    

Iolanda Évora, psicóloga social e investigadora

 

Certa vez disse à Marta Lança que ela já tinha a sua tese de doutoramento concluída. A sua tese era a BUALA, o lugar onde há dez anos ela tece e monta encontros, reflexões, cumplicidades e que hoje extravasa já o triângulo secular - Áfricas, Portugal e Brasil - a partir do qual Lança pensou o seu objecto.
Objecto pós-colonial, a BUALA facilitou a consolidação do debate nos países de língua oficial portuguesa e nela estão inscritas as suas sucessivas fases, incluindo as mais recentes “exigências” decoloniais, e os seus protagonistas. Em Portugal, não há outro lugar - livro ou revista - onde esse debate se congregou tão extensivamente e com tantas ramificações, muito por conta do ímpeto generoso, mas também transgressor da Marta. A verdade é que a Buala é um apparatus, no sentido Benjaminiano do termo, um protótipo exemplar do qual outros podem fazer uso (e até replicar). Somos leitores e, sobretudo, tornamo-nos produtores da BUALA. Muitos de nós reconhecemo-nos e criámos solidariedades e afectos porque nos lemos e nos revemos uns aos outros lá nesse lugar que a Marta co-cria connosco há 10 anos. Um projecto destes sobreviver tanto tempo é um absoluto feito no contexto português, sempre precário. A BUALA é, por tudo isto, serviço público ao mais alto nível.  

Inês Beleza Barreiros, historiadora de cultura visual

 

BUALA é a casa. Nos últimos dez anos, foi o espaço onde escrevemos as histórias e conversas, que, de outra forma, ficariam em silêncio. Durante anos, o projeto da Marta Lança amplificou o meu trabalho jornalístico em Angola. Acompanhou-me também na mudança de rumo e virou o foco para cá – o México – ponto zero de histórias sobre América Latina, de África, histórias de gente. O Mundo cabe nesta buala. Como cabia na casa da ilha de São Vicente, Cabo Verde, onde conheci a Marta. Ou no “Sete e Meio”, onde a reencontrei em Luanda. Aqui somos comunidade, com voz forte para escrever, falar e sussurrar todas as vidas por contar.

Pedro Cardoso, jornalista

 

Como pouco projectos, o Buala conseguiu criar uma comunidade digital de debates, diálogos e encontros, revelando-se fundamental para divulgar os trabalhos de artistas, produtores culturais, jornalistas e cientistas das áreas das humanidades e das ciências sociais. Para diversos colegas das ciências sociais e das humanidades, o Buala é importante para levar trabalhos, inicialmente realizados num contexto académico restrito, a públicos mais vastos, especialmente em língua portuguesa.

Nuno Domingos, investigador

 

O BUALA é um espelho da mulher que o faz, Marta Lança, a quem devemos — devo — tanto: um espaço mantido e pensado por alguém para quem a partilha e o sentido de comunidade é o principal valor. Obrigada Marta, por esta corrente de vozes que fizeste maior que tu e do que nós e que já não se pode parar.

Djaimilia Pereira de Almeida, escritora

 

Pela sua amplitude e dimensão transformadora, falar com profundidade do projeto BUALA implicaria dispor de mais e melhor economia de espaço e tempo. Não obstante isso, podemos resumidamente dizer que o projeto BUALA, enquanto espaço de reformulação e proposição de mundos que cosem o passado e o presente para vestir o futuro, é um projeto de resgate e de reinvenção de múltiplas formas de possíveis. O BUALA foi e continua a essencialmente ser uma lufada de ar fresco no debate teórico e na disputa epistemológica em torno da produção de saberes e conhecimentos em contexto pós-colonial. Contribui significativamente para mudar o panorama e o paradigma do debate. Esforça-se por abrir horizontes novos ao trazer uma singular capacidade de pôr em diálogo diversas disciplinas e áreas epistémicas com práticas criativas e militantes quotidianas mais amplas. 

Não seria de todo exagerado dizer que o BUALA iniciou em Portugal uma ruptura com a tradicional rigidez canónica do olhar eurocentrado sobre a colonialidade que marca as relações entre antigos poderes coloniais e espaços outrora colonizados. O BUALA não só desprovincializou edesterritorializou a perspetiva teórica sobre a colonialidade e o debate pós-colonial em Portugal ao abri-lo a outros contextos históricos e geográficos, como o libertou das esteiras, por vezes fechadas, da redoma académica em que esteve fechado durante muito tempo, conectando-o a outros espaços de produção de significados sobre o passado colonial e as suas continuidades históricas contemporâneas. Por outro lado, a polissemia da sua articulação interdisciplinar e transnacional é um valioso contributo para desobstruir o caminho entre academia e militância, entre teoria e prática, entre territorialidades e geografias, rompendo com a hierarquização de saberes na leitura e restituição de narrativas sobre passado, presente e futuro. 

Este paradigma ajudou a recentrar o debate num horizonte mais alargado e com maior alcance e tal exercício tem o potencial de ruptura com a lógica colonial do significado das projeções políticas em organizações de disputas geopolíticas através das filiações linguísticas herdadas do colonialismo, como a Lusofonia, a Francofonia ou o Commonwealth, por exemplo. Com a sua generosa capacidade de subversão da ordem instituída, o BUALA veio ajudar a reinventar o mundo e as múltiplas formas de o restituir.

Mamadou Ba, ativista e investigador

 

A plataforma de informação e partilha de conhecimento que se edifica num devir comunidade pós-abissal. Falo da comunidade como um espaço de partilha de pensamento, de leituras, de vozes e também de sentimentos. A comunidade como resultado de um processo comunicativo e não como algo que o precede. O resultado não é previamente conhecido, não está garantido de antemão e pode perfeitamente fracassar. Além disso, esta comunidade não se fixa, pelo contrário, é um devir contínuo com dinâmicas e compromissos que necessitam reinventar-se permanentemente.  A invenção da comunidade perpetua-se no tempo e partilha-se com todos os elementos, de todas as latitudes, que dela fazem parte. E é também por este motivo que a digo pós-abissal. Obrigada Marta Lança e todos os ‘bualenses’.

Kitty Furtado, investigadora Univ. Minho e Univ Eduardo Mondlane 

 

Como o nome referencia, sempre que acesso ao portal BUALA, tenho esse feeling, de estar num bairro familiar, com a oportunidade de revisitar e de “re”conhecer amigos distantes, mas bem presentes. Velhos debates, mas, sobretudo, novas ideias. Muitos parabéns!

Ery Cláver, cineasta angolano

 

A primeira vez que contactei a BUALA foi em 2010 quando vivia em Paris e queria escrever algo sobre o bairro onde morava, no 18éme em Chateau Rouge e sobre o festival Rue d’Óran em que participei. Apesar disso nunca ter acontecido, senti que esse era o espaço acolhedor porque organizava (e organiza) conteúdos variados, atravessando disciplinas e formas de escrita, assim como diferentes modos de contar e descrever mundos com os quais me identificava (e identifico). Mais tarde surgiram parcerias de colaboração para realizar eventos, depois escrevi artigos e notas, e finalmente tive o apoio fundamental para o lançamento do meu primeiro livro e áudio livro de poemas. Passaram 10 anos e continuo a sentir-me em casa, no bairro, na povoação, na terra, na buala. Parabéns Marta, e que continuemos a habitar aqui.

Raquel Lima, poeta, arte-educadora e investigadora

BUALA tem sido uma casa polifônica para pensar. Fricção e crítica desmancham a ideia de “casa” e toda a modelagem de divisões e ocupações convencionais. Buala é a casa dxs que não tem casa, dxs que rejeitam a casa dominante, dxs que saqueiam, dxs que tocam, dxs que fogem, dxs que fazem questão de mostrar de que BUALA não “tem” casa, a não ser para criar a segurança de pensar em fricção. “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada. Ninguém podia pisar nela não porque na casa não tinha chão.” (Vinicius de Moraes).

Rita Natálio, artista e investigadora

 

Acompanho o BUALA desde o aparecimento, em 2010, quando escrevi sobre as Áfricas imaginadas por Alain Resnais, Chris Marker e Pier Paolo Pasolini. O BUALA prova, hoje, que é possível desenvolver, a longo termo e num país tantas vezes desavindo com os seus e desorientado no enredo em que se inventou, um lugar de reflexão dedicado às questões pós-coloniais e ao sul global. Na construção transdisciplinar e orgânica de campos semânticos, o BUALA tem contribuído ativamente, ao longo de dez anos, para as questões complexas da co-habitação cultural em diversas escalas. Bem-haja por este trabalho esclarecido, raro e necessário. E que as novas discursividades estéticas e audiovisuais, híbridas, indisciplinadas e cidadãs tenham cada vez mais no BUALA o seu lugar de encontro. Imprevisto, como os bons encontros. 

João Sousa Cardoso, artista e professor universitário 

 

O BUALA tem desempenhado um papel singular na produção e difusão de conhecimento, não só para um grupo restrito de investigadores ou artistas, mas para uma comunidade global de leitores. Sem ceder à tentação doutrinária, ou à cristalização de saberes, o BUALA tem sido um espaço de debate e acolhimento de diferentes perspectivas teóricas. A sua relevância é transversal a várias áreas do saber, em particular para quem se move entre as teorias pós-coloniais e os movimentos decoloniais, e encontra no portal uma via útil para questionar e desestabilizar o que está estabelecido.

Marcos Cardão, historiador

 

BUALA entrou na minha vida já um pouco tarde, quase perdia o comboio, mas corri e afinal entrei na carruagem, com aquela sensação boa do peito ofegante, quase a rebentar, mas vitorioso. Tinha-me esquecido das coisas boas desta viagem. Mas foi tão bom encontrar estas pessoas, o que têm para dizer, a sua respiração, a mundo novo que os seus textos abrigam e protegem. Dizemos BUALA e pensamos no bairro africano, e há um outro som, um outro cheiro, apetece ficar, lembrar os passos da dança antiga, sentir o pulso. O bairro tornou-se imenso, é complicado cruzar as esquinas todas, há tanta vida e cosmopolitismo nesta comunidade de afetos e conhecimento. Gosto de estar aqui! 

Carla Baptista, jornalista, professora e investigadora

 

I think BUALA is the result of a necessity on the earth. Necessity of creating, necessity of understanding and necessity of connecting. I am happy to be part of this platform by contributing with my way of telling human stories around the world. Because actually this is what Buala does in some ways. 

Sinem Tassi, documentarista curda

 

O ou A BUALA é um dos sítios na internet que frequento com mais regularidade, e há muitos anos, partilhando-o com outrxs amigxs, porque é dos sítios onde ainda se podem encontrar desafiantes regimes de representação e esquemas de pensamento alternativos e críticos aos modelos preponderantes e estabelecidos - onde também estou, por vezes, por defeito. É sítio de memória, de arquivo, de acordo e desacordo, de descoberta e de revelação de outras perspectivas históricas essenciais para melhor entendermos variadas tensões contemporâneas. É sítio de crítica, de ensaio, de experiência, de divulgação, de activismo sobre práticas culturais/ intelectuais e políticas que, muitas vezes, infelizmente, parecem não caber ainda nos paradigmas mais institucionais. É desconforto bom. É sítio para cuidar.

Pedro Faro, curador

 

O BUALA tem sido uma plataforma de informações e partilhas muito importantes para todos nós. Sempre que olho para ele penso numa casa com um quintal enorme, onde há lugar para cada um de nós: um lugar para sentarmos e falarmos uns com os outros sobre temas que nos afetam e marcam as nossas trajetórias enquanto seres humanos. Lembra-me sempre o quanto sermos diversos enriquece infinitamente as nossas formas de ver e estar no mundo!

Leopoldina Fekayamãle, professora angolana

 

Fonte privilegiada de investigação e de inspiração. Espelha e produz as melhores reflexões e criações de um espaço que se quer pós-colonial, sem deixar de chamar a atenção para quanto ainda precisamos do pensamento e das práticas anticoloniais.

Sílvia Roque, investigadora do CES

 

Desde Bissau, passando por Londres e agora a partir de Bruxelas leio e consulto o BUALA. Para mim um dos melhores sites de informação cultural e académica. Um projecto que merece o respeito de muitos e o apoio de todos! O fecho que um site dessa qualidade num tempo de mediocridade digital e não só, não pode acontecer. 

Monica Musoni, artista

 

Obrigada ao BUALA por existir enquanto espaço de partilha para reflexão, análise, crítica. Espaço para múltiplas questões, afirmações, conclusões, mas também reticências. Obrigada Marta por não desistires.

Ariana Furtado, professora

 

Projeto de vanguarda, surgiu provocando grandes questões que só mais tarde se popularizariam no debate público cravado no mapa da língua portuguesa, como a descolonização do pensamento e a desobjetificação dos sujeitos. Ao abrir um espaço democrático de escuta, Buala inscreve uma narrativa contra-hegemônica e contribui para a construção de um novo imaginário sobre grupos sociais historicamente relegados à invisibilidade. A partir de uma abordagem ampla e consistente, vem produzido um conhecimento fundamental para nos ajudar a enfrentar os desafios urgentes da contemporaneidade. Vida longa!

Mirna Queiroz, jornalista, editora e diretora da revista Pessoa.

 

Conheci o BUALA quando ainda residia em Portugal, pela incansável Marta Lança. A real guinada para as discussões que promovia decorreu, entretanto, de demandas colocadas pelos meus alunos da universidade pública brasileira. BUALA é, para eles e para mim, um meio democrático de acesso à informação, uma via de descentralização do saber, um universo de possibilidades críticas.

Sílvia Correia, historiadora e professora da Federal do Rio de Janeiro

 

Shortly arriving at a decade of urgent and vigorous editorial activity, BUALA, our media partner, esteemed colleague, and most importantly, the only media platform in Portugal in conscious dialogue with its colonial past and present-tenseness, is arriving at a full stop. Lacking funding, tired of chasing after mindless institutional bureaucrats and their regal policies, and claiming the right to resentment. 

Prospections for Art, Education and Knowledge Production

 

BUALA é dos poucos projetos editoriais que de facto faz crítica em Portugal; que conecta com outros mundos e faz Portugal maior do que o seu umbigo. 

Pedro Neves Marques, artista

 

BUALA é um desses empreendimentos que se tornam marcos históricos. A idéia de unir os povos que usam a língua portuguesa como forma de expressão não é nova, mas a maneira como Buala se oferece como espaço de criação e diálogo, é o que o torna um sítio originalíssimo e essencial.

Luiz Ruffato, escritor brasileiro   

 

BUALA vem mostrar a vitalidade da cultura africana contemporânea, e a sua inserção no mundo. Uma janela que é importante manter aberta.

José Eduardo Agualusa, escritor angolano

 

Repetir que não nos conhecemos, nós africanos, as nossas culturas, a contemporânea, é já desnecessário. O (pouco) que conhecemos é de ouvir uma coisa aqui e ali, para além de especular. E como especulamos! Um projecto como o Buala parece tão lógico que espanta não ter aparecido há mais tempo. De repente, a avalanche de informação que nos traz enche-nos de energia e dá-nos a certeza que temos muito que trabalhar, muitas parcerias a estabelecer, muitos diálogos a activar, para que esta rede que o Buala nos mostrou que existe em potência seja, na realidade, uma rede de realizações felizes. 

César Schofield Cardoso, artista e crítico caboverdiano

 

Como artista do continente africano, uma das preocupações que me afligem é a falta de um espírito de colectivo mais forte e conciso, tanto no campo político, como no sócio-cultural. Esta falta de colectividade advém de muitos factores, e um deles é a falta de estruturas. Esta falta de estruturas já esteve muito mais sujeita ao aspecto físico, as tais paredes que, na verdade, são as molduras que protegem o que criamos. Felizmente a tecnologia permite-nos hoje criar paredes virtuais, onde não precisamos de pregos ou estantes para podermos partilhar o que pensamos, e o que é a cultura se não a partilha do pensamento e da criação? É aí que o portal Buala se torna perspicaz e urgente, na construção de paredes virtuais. Tijolo-a-tijolo constrói, com intenções claras e objectivas, a estrutura que alberga a preocupação de um colectivo, por vezes numa perspectiva pessoal, mas sempre alimentando o sonho da buala (aldeia) global que todos nós temos orgulho em fazer parte, pois quem trabalha no campo da criação, está sempre disposto a quebrar fronteiras e encurtar distâncias. 

Kiluanji Kia Henda, artista angolano

 

Um espaço único e uma ferramenta para quem quer andar de olhos abertos para o mundo e resistir às lacunas sistemáticas dos meios de informação generalistas. É o meu encontro com as vozes de autores e artistas africanos que me inspiram à criação todos os dias.

Vanessa Fernandes, artista

 

É vital a manutenção de uma plataforma como a BUALA para todos nós, como demonstram os depoimentos desta comunidade a celebrar os dez anos de existência. Nela encontramos um porto seguro de informação fidedigna sobre cultura, encontros, comunicação, intercâmbio, debate e partilha. Por trás está um grande esforço e uma grande vontade de fazer ainda melhor. E no entanto, paradoxalmente, o maior desafio que enfrentam plataformas como a BUALA hoje é … a sobrevivência. Pensemos juntos como enfrentar os próximos dez anos e continuar. A luta é de todos.

Victor Gama, músico angolano

 

O que entendo do BUALA nestes dez anos de existência é que ao criar um espaço de encontro, diálogo e partilha de saberes de e sobre o continente africano, acabou por nos oferecer um território digital de referência e uma plataforma de procura obrigatória no que a cultura africana contemporânea diz respeito, em todas as suas dimensões.

Redy Lima, investigador caboverdiano

 

BUALA formou-se no mesmo ano em que iniciei a investigação de doutoramento. Desde cedo, de forma informal e despreocupada, aqui encontrei uma plataforma para partilhar o progresso do meu trabalho, através de pequenos artigos e recensões sobre exposições, publicações e marcos académicos. Os textos, às vezes meus, outras vezes de colegas e cúmplices, têm sido sempre acompanhados por uma atenta seleção de imagens - este cruzamento entre investigação prática e cultura visual faz deste portal um meio de reflexão pioneiro sobre sensibilidades pós-coloniais. O Buala é hoje o meu recurso favorito para conhecer novos discursos sobre estas questões, sempre transmitidos  com a mesma curiosidade e consistência que encontrei há 10 anos.

Paulo Moreira, arquitecto e investigador

 

Como amante de boas histórias e escritor, tenho seguido o trabalho do BUALA de perto. A visão alargada e singular que dedicam à cultura que é produzida no mundo, com especial enfoque no mundo que se expressa em português, sempre foram vitais para a minha atividade profissional. Diante dos desafios que o mundo enfrenta atualmente, é importante que uma plataforma como o BUALA se mantenha viva.

Kalaf Epalanga, escritor e músico angolano

 

Como utilizadora regular desta plataforma, considero o BUALA ferramenta fundamental para a investigação e divulgação cultural. Tem contribuído excelentemente para uma discussão crítica e política sobre a contemporaneidade cultural e artística, e para uma prática descolonizante das epistemologias lusófonas, através do diálogo sobre produção artística, teórica e crítica entre Portugal, África e Brasil.

Filipa César, artista portuguesa 

 

 

J’ai vu dans BUALA une magnifique façon de traverser les frontieres africaines - plus hermetiques qu’on ne le dit souvent - a mes textes… En somme, ce site a déjà été crée, il s’agit a present de le faire exister!

Boubacar Boris Diop, ensaista senegalês

 

Dez anos de informação, critica e debate. Precisamos do Buala porque precisamos de pensar mais e melhor a nossa condição pós-colonial.

Miguel Cardina, historiador

 

Um projeto que paulatinamente constroi pontes com a investigação de ponta que é feita nos quatro cantos do globo, que ajudam a promover o trabalho de qualidade que é feito intramuros, e que colocam o país num mapa de que todos podem, ou em todo o caso devem, orgulhar-se. É incompreensível a abundância de orelhas moucas com que ela se depara sempre que gestão voluntária e filantrópica deste projeto não é suficiente para garantir a sua sobrevivência. O BUALA é uma bolha de oxigénio no panorama cinzento da partilha livre de saberes.

Pedro Schacht, professor universitário

 

O BUALA já faz parte da minha vida, o sítio onde vejo pela primeira vez certo tipo de informação, como lançamento de livros, exposições, etc. E que gosto também no Buala é o facto de dar uma visão de África que vai muito para além da África lusófona. Conheci muitos escritores e artistas africanos através do Buala e acho importante não nos restringirmos à África lusófona quando falamos sobre África. Outro aspecto importante no Buala é ter criado a possibilidade para a publicação, ou pelo menos a circulação, de material que é difícil encontrar noutros sítios, seja pelo tamanho: não há muitos espaços para a publicação de conteúdos extensos, seja pelo escopo, ensaio de cariz mais ou menos académicos. E mais importante ainda é que o Buala constitui um arquivo onde este material está sempre disponível.

António Tomaz, antropólogo e professor angolano

 

Lugar fundamental e insubstituível na produção cultural informativa no horizonte das questões coloniais, descoloniais e afropeístas de elevada qualidade e pertinência crítica. Contribui para que todos os que se interessam por questões africanas - investigadores, artistas - tenham uma ferramenta válida e rara no panorama europeu da edição online.

António Pinto Ribeiro, investigador e programador

 

Vida Longuíssima ao Buala! Um dos projetos mais interessantes, dinâmicos e importante do eixo Portugal - Brasil e África!

Michelle Salles, curadora brasileira 

 

Buala = serviço público de muito amplo alcance.

Cristiana Bastos, antropóloga  

 

O BUALA é o melhor projeto na área. Seria uma lamentável perda e uma terrível injustiça deixarmos de contar com um projeto que nos tem dado tanto!

Lurdes Macedo, professora Universidade do Minho

 

O BUALA tem feito um trabalho notável e merece toda a minha solidariedade. Caminhamos para uma marcelização da sociedade, quer dizer, cada vez mais a qualidade é preterida em prol do espectáculo, no pior sentido do termo. Urge apoiar projectos sólidos como o BUALA, que preenchem vazios incompreensíveis nos meios culturais e educativos lusófonos.

João Albuquerque, professor universitário 

 

Um abaixo-assinado de investigadores, professores, estudantes a dizer quanto a BUALA é importante para o nosso trabalho, para o que produzimos e em sala de aula? Somos uma grande comunidade de investigadores, professores, estudantes, agentes culturais de diferentes países para quem a BUALA é uma porta para o conhecimento do Sul.

Margarida Paredes, antropóloga e escritora   

 

Pelo conhecimento que, nos últimos anos, o BUALA tem gerado, pela possibilidade que a tantos tem dado de publicar e divulgar tanto trabalho, pela continuidade do portal…

Nuno Duarte, arquitecto entre Brasil e Cabo Verde 

 

Para quem, no Brasil, em Portugal e nos países africanos que falam português, não conhece o Buala vejam este “Portal multidisciplinar de reflexão, crítica e documentação das culturas lusófonas contemporâneas”.

Alexandra Lucas Coelho, escritora 

 

Há dez anos que a Marta Lança e um grupo alargado de voluntários fazem o Buala, um portal multidisciplinar de reflexão, crítica e documentação das culturas africanas contemporâneas em língua portuguesa. Um arquivo com milhares de utilizadores no mundo inteiro, um exemplo do que os Estados deviam ser capazes de fazer e promover. 

Oriana Alves, editora da BOCA 

 

BUALA tem-me ajudado tanto neste processo de construir uma nova identidade, no país (Angola) e num continente a que agora também pertenço. Espreitem e ajudem a divulgar. Bom sentir que a marta conseguiu resistir à falta de apoios a ao cansaço, que sempre nos atinge a dado momento de persisitir em fazer sem meios, é um tónico fantástico. Não conhecem,ora espreitem,vejam como cabem lá,cabemos todos. Vão ver como ficam muito mais ricos.

Fernanda Bandos, em Luanda 

 

BUALA tem feito um trabalho inestimável de divulgação cultural e de partilha horizontal de discussões sul-sul e sul-norte, e onde, pessoalmente, tive o prazer de publicar alguma da minha escrita. Seria uma lástima se deixasse de existir por falta dos apoios que, inquestionavelmente, merece. Particularmente nos tempos que correm… 

Ana Balona de Oliveira, investigadora 

 

Fui sendo surpreendido pela vossa energia e pela qualidade (o design e a eficácia) do BUALA. Acho que corresponde a uma confluência de situações inéditas, que altera a lógica anterior das acções interessadas por África (o facto de, pela primeira vez, haver uma população africana de 2ª geração residente ou nascida em Portugal - e o facto do trabalho cultural nesta área se tornar, aqui, na diáspora e em especial no continente de origem, um destino ou uma direcção possíveis). Depois da curiosidade, da boa vontade, do paternalismo, etc, agora pode ser a sério, num novo quadro que permita enfrentar os traumas e as más-consciências coloniais.

Alexandre Pomar, crítico de arte português

 

Obrigatório acompanhar o BUALA! É o primeiro portal multidisciplinar em língua portuguesa de reflexão, crítica e documentação das culturas africanas contemporâneas. E está muito bem conseguido, excelente mesmo.

José Pimentel Teixeira, antropólogo

 

Sou jornalista cultural moçambicano, gostaria que me associassem a este grande projecto de divulgação da cultura africana.

Albino Moisés, jornalista moçambicano

 

Lugar online onde todos podemos adquirir informação de qualidade, enraizada no sentido de responsabilidade que apenas o amor nos dá. BUALA presta um tributo fundamental, contribuindo para a cultura de reconhecimento do valor global e para o século XXI.  
Micaela Maia, atriz 

 

O site veio dar grande dignidade às questões africanas.

Mito Elias, artista Cabo Verde

 

Desde que nascemos como colectivo que trabalha o intercâmbio cultural entre África e Brasil, sempre fomos grandes admiradores do trabalho do BUALA. É para nós um imenso orgulho e um prazer enorme trabalhar em parceria com o BUALA, formando os elos entre Brasil, Portugal e África, criando projetos, debatendo ideias e revelando novos olhares sobre o universo da cultura contemporânea africana. Portal fundamental que liga passados, presentes e futuros possíveis.

Fernanda Polacow, argumentista e jornalista

 

Parabéns para a vossa BUALA que está cada vez mais consistente, alguns dos artigos em três idiomas diferentes. Impressionante.

Luaty Beirão, músico e ativista angolano

 

Parceria sólida, activa e atenta à história e realidade contemporânea, nas áreas comuns da cultura, arte e educação. Plataforma de referência qualitativa e quantitativamente, para qualquer projeto de abordagem interdisciplicar e colaborativa à cultura contemporânea.

Nuno Lisboa, diretor do Doc’s Kingdom 

 

Quando conheci o BUALA interessei-me logo pelos seus conteúdos, pela facilidade de navegação na webpage, pelo tratamento cuidado da imagem e pela inovação que trazia ao panorama das culturas africanas em português. Decidi partilhá-lo com amigos de muitas paragens (produtores, estudiosos ou simples apreciadores da cultura africana) e todos foram unânimes em considerá-lo como um referência de qualidade na forma e na essência.

Cátia Miriam Costa, professora em Estudos Africanos

 

Uma rede junta, apresenta, suporta, tece, constrói, agrupa, liga. O BUALA é a rede que faltava para conhecer, pensar com e reflectir sobre a cultura contemporânea africana. Para sabermos uns dos outros, para nos encontrarmos uns aos outros, para interrogarmos a realidade juntos mas com infinitos pontos de observação. 

Maria João Guardão, jornalista

 

É visível a importância do BUALA enquanto plataforma de circulação de informação e estimulo à reflexão e aprendizagem. O olhar abrangente sobre África que coloca em relação três continentes permite, por um lado, compreender melhor a contemporaneidade nas culturas africanas e por outro, criar pontes entre pensadores, criadores e projectos, constituindo-se como um instrumento de trabalho para muitos profissionais do sector. O seu vasto campo de acção que integra as origens dos conteúdos que disponibiliza, é ainda reforçado pela abrangência dos destinatários, já que a informação é também veiculada em inglês e francês, num meio de grande acessibilidade como é a internet. Entre outras características e para além de um layoutapelativo, o BUALA é actualmente reconhecido pela seriedade na abordagem crítica e no tratamento da informação. 

Paula Nascimento, gestora cultural 

 

BUALA é site, sítio, lugar, espaço de encontros de idéias, eventos e autorias. Os formatos diversos de escritas cruzam-se nesse espaço, mixando informações, reflexões e estudos. Um espaço de construção em polifonia lusófona e transcontinental.

Ariel de Bigault, realizadora sobre temáticas lusófonas

 

Amazing! finalmente alguém com capacidade crítica que vai bombar nas reflexões que vêm do sul.

Natxo Checa, director ZDB, Portugal

 

BUALA é uma refrescante, gratificante e desempoeirada janela sobre as realidades culturais, sociais e artísticas africanas. Sem exotismos, nem lugares comuns, tenho que confessar que é um projecto que me surpreendeu pela positiva, ao contrário de outros que por aí tem aparecido. Os textos são muito bem escolhidos e revelam profundidade e seriedade de abordagem. É um privilégio e um prazer poder associar-me ao vosso projecto.

Francisco Noa, professor de literatura, Moçambique.

 

por vários
A ler | 25 Maio 2020 | Buala, depoimentos, opinião