Clebynho, o babalorixá aprendiz

Clebynho, o babalorixá aprendiz é a história de um menino da
periferia carioca que vai estudar em uma escola mágica de macumba e candomblé. Ali, ele tem aulas como “Hidrólios e Etnobotânica do Amazonas”, “Voodoo haitiano”, “Comidas ritualísticas”, “Danças ritualísticas”, “Pontos de evocação”, “Entidades”, “Zoologia mística” e vive estranhas aventuras com outros coleguinhas, entre eles Guaraná, um índiozinho brasileiro do amazonas e Erínia, uma estudante intercambista da Islândia. Durante sua jornada para salvar o Uirapuruaçu, um pássaro mágico sagrado, eles enfrentam perigosas criaturas como o peixe-boi-vampiro e a terrível entidade do Exu Penhauer.

Clebynho, o babalorixá aprendiz
Leandro Müller
Editora Pallas

 

10.09.2010 | por martalanca | literatura brasileira

Jornalista da rádio Despertar morto a tiro

O jornalista angolano e apresentador de rádio, Alberto Chakusanga, foi morto em sua casa, na cidade de Viana, Luanda, no último dia 05. Chakusanga é o primeiro jornalista morto em Angola desde 2001, informa a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Ele foi atingido por um tiro pelas costas.
Chakusanga era apresentador de um programa de língua Umbundu - maior grupo étnico do país - na Rádio Despertar, estação criada após os acordos de paz entre o partido governista MPLA e a oposição UNITA em 2002, quando esta encerrou sua rebelião armada.
Segundo a RSF, a morte do jornalista “veio em momento de tensão entre o MPLA e UNITA, partido o qual a Rádio Despertar demonstra apoio”.

“Os investigadores não devem, portanto, eliminar qualquer hipótese, incluindo a possibilidade de o assassinato ser motivado pelas alianças políticas da vítima ou trabalho como jornalista”, afirma a organização.
O porta-voz do MPLA, Rui Falcão, criticou a estação de rádio dois dias depois do crime: “Afiliada ao partido UNITA, a Rádio Despertar continua chamando pela desobediência civil”.
Em seguida, comunicados do governo pediam ações legais contra a estação por parte de entidades como o Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS), regulador de mídia no país, “assumindo responsabilidades sobre Radio Despertar”.
De acordo com a RSF, três dias antes da morte de Chakusanga, o MPLA mandou avisos a cidadãos que “conspiram” com estrangeiros contra o presidente José Eduardo dos Santos e seu governo.

 

Redação Portal IMPRENSA

10.09.2010 | por martalanca | Chakusanga, jornalismo, liberdade de imprensa

Música do Dia: Les Nubians - Voyager

 

Em 1998 as irmãs franco-camaronesas Célia e Hélène Faussart lançaram o seu cd de estreia o clássico Princesses Nubiennes, tornaria as irmãs mundialmente conhecidas e uma das referências principais da nova cena musical francesa. O álbum, uma mix perfeita de soul, jazz e hip-hop, nasce no cenário da neo soul e é apontado como um marco no movimento que na Europa mistura música africana com black music, Zap Mama é outra das principais referências.

10.09.2010 | por keitamayanda

intolerância religiosa no brasil

10.09.2010 | por martalanca

1º Festival Internacional de Cinema em Cabo Verde @ santa maria, sal

 

Sob a liderança da V!VA !magens, o objectivo do Festival é abranger Arte, Cinema, e Indústria, ao criar um bazar global de excepcionais filmes e realizadores de filmes. Em parceria com o Município da Ilha do Sal, o Festival terá lugar de 14 a 17 de Outubro do ano corrente, na Vila de Santa Maria e Espargos. A cerimónia oficial de abertura está prevista para a noite de 14 de Outubro, altura em que serão apresentados os parceiros e patrocinadores oficiais do Festival e bem como o programa oficial do mesmo. A apresentação dos filmes, os workshops e os eventos culturais decorrerão no período compreendido entre 15 e 16 de Outubro, finalizando com a cerimónia de encerramento e entrega de prémios calendarizada para o dia 17 de Outubro.

 

mais info aqui

09.09.2010 | por samirapereira

@ lisboa city

LISBON UNPLUGGED: 1º FESTIVAL DESLIGADO DE PRECONCEITOS

10 e 11 SETEMBRO 2010
INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA
TAPADA DA AJUDA
LISBOA

 

http://www.lisbonunplugged.com/

09.09.2010 | por samirapereira

Buala na RDP África

Quem ligar hoje a RDP Africa às 19h 35, no programa Coisas da Terra - moçambique,  ML fala sobre o BUALA.

quem desconseguir e tiver interesse poderá ouvir aqui

09.09.2010 | por martalanca

encontrarte - Maputo

09.09.2010 | por martalanca

La colère gronde à Maputo

Les émeutes qui ont éclaté le 1er septembre ont fait sept morts dans la capitale mozambicaine. Les habitants des quartiers populaires se révoltent contre la flambée des prix. L’armée réprime. Le régime ne comprend plus les préoccupations des populations les plus pauvres qui l’ont pourtant porté au pouvoir.

Maputo a connu le 1er septembre une journée sous le signe de barricades de pneus brûlant dans la rue, de jets de pierres sur des voitures et des vitrines, et de citoyens tués par les balles des forces de police. Comme lors de ce mois de février, la révolte a été convoquée via SMS et le bouche à oreille et s’est
répandue telle une boule de neige d’un quartier populaire à un autre, à mesure que la fumée des barricades voisines devenait visible. Comme en 2008, la cause immédiate des protestations a été l’augmentation brutale des prix. A l’époque, c’était les tarifs des “chapas”, des fourgonnettes brinquebalantes qui servent de moyen de transport à l’immense majorité des habitants. Aujourd’hui, c’est celui de l’eau, de l’électricité, et du pain et du riz - leur base alimentaire.
Ajoutons que dans les deux cas, les augmentations menacent les perspectives de survie d’une population qui a besoin de toute son ingéniosité et de sa débrouillardise pour, simplement, se maintenir au bord du précipice. Pour ces pauvres, le plus irritant ce ne sont pas les augmentations, mais ce qu’elles signifient : une déconsidération de la part de ceux qui décident face à leurs difficultés et leurs besoins les plus élémentaires.

Avec la fin de la guerre civile, le Mozambique est passé d’un régime socialisant et paternaliste à une politique ultralibérale qui a entraîné l’augmentation du chômage et l’apparition d’une élite économique issue ou proche de l’élite politique. Mais aussi l’érosion du contrôle local de la population à travers les institutions partisanes qui, si elles pouvaient être à l’origine d’abus, jouaient également le rôle de canalisateur des besoins et des demandes populaires. Le sentiment qui se propage actuellement dans les quartiers populaires du Grand Maputo est celui d’une incertitude globale quant au futur et à leur propre survie et l’idée que leurs difficultés sont devenues sans intérêt pour les puissants, qu’il n’y a pas de canaux où communiquer de façon efficace leurs demandes. Cette situation et cette vision expliquent que les révoltes comme celle de mercredi sont perçues comme la seule forme viable de protestation. Et qu’elles se peuvent se produire chaque fois qu’une nouvelle mesure menacera leur survie alors qu’ils voient défiler devant eux de véritables ostentations de richesse et d’inégalité.

Cela ne signifie pas que ceux qui protestent violemment prétendent mettre en cause le gouvernement ou le parti qui le dirige depuis l’indépendance. Maputo est un bastion du FRELIMO [le Front de libération du Mozambique, qui a conduit dès le début des années 1960 la lutte pour l’indépendance de cette ex-colonie portugaise] et la majorité des manifestants ont vraisemblablement voté pour lui lors des  législatives de l’an passé. Sauf que la vision des droits et desd evoirs entre gouvernants et gouvernés qui prédomine chez les habitants des quartiers populaires ne coïncide pas avec la tradition européenne (et celle des élites politiques locales). Pour eux, il suffit qu’un gouvernement légitime prenne des décisions légales pour que celles-ci soient de la sorte légitimes. Ils considèrent plutôt que le pouvoir n’a pas à être menacé mais, en contrepartie, il doit garantir un minimum de bien-être et de dignité aux personnes qu’il gouverne. Le gouvernant peut “manger plus”, mais pas “manger tout seul” au prix de la faim des autres.

Les révoltés du 1er septembre (tout comme ceux de 2008) protestaient contre une décision politique concrète, contre la façon dont le pouvoir politique est exercé. En fin de compte, ils protestaient contre ce qu’ils considèrent être une rupture du “contrat social” qu’ils établissent avec le pouvoir et auquel ils se soumettent. Une rupture qu’ils ne tolèrent plus. Bien sûr, chaque fois qu’une révolte est couronnée de succès (celle de 2008 était un véritable motif d’orgueil dans les quartiers pauvres), cela renforce l’idée populaire que c’est la seule forme efficace de protestation. Ce qui met le gouvernement mozambicain face à un dilemme épineux : soit il ne cède pas aux demandes et il augmente de façon exponentielle la répression policière, risquant de la sorte de perdre l’appui financier international dont il dépend ; soit il agit d’une façon plus “traditionnellement” africaine, en étant plus à l’écoute, en dialoguant, ce qui fragiliserait ses pratiques autoritaires et la concentration de richesse telle qu’elle existe aujourd’hui.

 

Paulo Granjo, Público 3 / 9 /10

09.09.2010 | por martalanca

entrevista ao BONGA

Bonga no Café da Manhã com José Rodrigues, LAC

09.09.2010 | por martalanca | Bonga

a minha periferia é o mundo

08.09.2010 | por martalanca

Salah, an African Toubab?

08.09.2010 | por martalanca

hungu

O animador canadense Nicolas Brault resolveu ilustrar através de uma animação com perfeito mix de técnicas a história do ancestral do Berimbau, na animação HUNGU, produzida na National Film Board do Canadá, citada tempos atrás quando falei sobre Moustapha Alassane (primeiro animador africano a lançar um filme do gênero, formado lá por Norman Mclaren).

O Hungu, com esta nomenclatura que se expandiu para todos os pontos do continente africano onde é utilizado, teria surgido em Angola, mas este instrumento que aqui conhecemos como Berimbau tem registros de existência há muitos séculos A.C.
O Berimbau se tornou no Brasil o instrumento fundamental da Capoeira e um dos souvernis prediletos na Bahia, e porque não dizer, no Brasil, onde a percussão tem funções que vão muito além da música.

 

atlanticonegro

08.09.2010 | por martalanca

petit à petit

08.09.2010 | por martalanca | Jean Rouch

Tempo Glauber no Cineclube Atlântico Negro - Rio

08.09.2010 | por martalanca

olhar Angola cotemporânea - em Lisboa

A Cultura constitui uma forma múltipla de saberes e de experiências. Vamos dedicar uma noite a Angola, homenageando os HEREROS, a Poesia e a Antropologia do saudoso Ruy Duarte de Carvalho e aliar a tudo isto, a belísssima Música de Angola. Ao Vivo, teremos a oportunidade de ouvir pelas mãos dos Músicos Aldo Milá, Mestre Capitão, Chalo, Nelito dos Santos, Gino Ramos e Rui Leandro, vários géneros de música angolana e fazer uma viagem à escolha do Imaginário de cada um. Assim nasceu as IDEIASDOSUL com o Eldmir Faria ( Gu para os mais intimos ).

Com diz o Chico Buarque, outro grande nome da Música e como ensinou-me o meu querido primo GéGé Belo, despeço-me Com Açucar, Com Afecto.
Gabriel Baguet Júnior
noite temática “Olhar Angola - contemporânea”, 6ª feira, 10 de Setembro a partir das 19h30 nas instalações da Perve Galeria, em Alfama e que se realiza no âmbito da exposição Hereros, de Sérgio Guerra.
IDEIASDOSUL em Co-Produção com a Galeria Perve.Alfama - Rua das Escolas Gerais nº 17, Lisboa

08.09.2010 | por martalanca

BUALA no 7º Congresso Ibérico Estudos Africanos, 11 Set. no ISCTE

08.09.2010 | por franciscabagulho | buala, Estudos Africanos

Música do Dia: Sibongile Khumalo - Xola Moya

 

O álbum Quest lançado em 2002, foi o meu primeiro contacto com essa senhora do Jazz sul africano e viria a se tornar num ponto de partida para eu pesquisar sobre cantores de jazz sul africanos. Para mim Quest continua incontornável e no topo dos meus cds preferidos made in South Africa.

08.09.2010 | por keitamayanda

II TRIENAL DE LUANDA

08.09.2010 | por franciscabagulho | arte contemporânea, Luanda, Trienal de Luanda

Vum Vum de regresso à banda

Já com 66 cacimbos completos nos ombros, Vum Vum Kamusasadi (VV), de seu nome completo Manuel Rosário das Neves, sem dúvidas um dos maiores vultos do music-hall angolano das décadas de  encantar em Luanda, após mais de 40 anos de ausência dos nossos palcos.

Não se tratou propriamente de um espectáculo. Nem pouco mais ou menos.

Foi apenas um “cheirinho” que soube a muito pouco, mas que deu para constatar que as suas enormes qualidades vocais continuam intactas, como se o tempo não tivesse passado por ele, a prometer novos desafios.

Aconteceu na passada sexta-feira no restaurante “Buraco”, localizado na floresta do Kinaxixi, numa homenagem à sua figura que Sabu Guimarães, Pedro Ramalhoso e outros amigos organizaram naquele simpático e sossegado local da nossa urbe.

Vum Vum vive na Alemanha onde se radicou há várias décadas e onde continua a desenvolver a sua veia artística, da qual, a espaços, vamos tendo algumas notícias, muito poucas por sinal.

Antes de ouvirmos Vum Vum, alguns dos seus colegas presentes fizeram questão de o homenagear cantando ao som de um fabuloso trio composto por Carlitos Vieira Dias (viola), Rui César (Piano) e Hénio Braz (Percussão).

Desfilaram assim para a nossa integral satisfação de ouvir boa música angolana em boa companhia, bem longe de alguns conhecidos e insuportáveis ruídos, Elias Dia Kimuézu, Cirineu Bastos com o seu inconfundível “Palhaço”, Dionísio Rocha, Mário Gama e a sua sobrinha.

Depois foi a vez de Vum Vum interpretar dois temas, tendo começado por declamar primeiramente dois poemas da sua lavra das letras, que já tem na forja alguns projectos.

Para além do clássico “Monami” e num dueto com o anfitrião Sabú Guimarães, Vuvum brindou-nos seguidamente com o “Meu nome é ninguém” do brasileiro Miltinho.

Estava assim encerrada a homenagem e este breve regresso de VV aos palcos luandenses, de onde saiu há 40 anos com uma história de sucessos que ultrapassaram as nossas fronteiras, fazendo dele uma das referências mais aclamadas da música angolana no estrangeiro.

Quem ainda se lembra do “Muzangola” e do “Xé Xé Kangrima” que fazem parte do seu primeiro LP gravado em Lisboa com a participação de Teta Lando?

São, para que conste na história, as duas primeiras bombas do soul/funk angolano, onde, como disse alguém com quem nos cruzamos recentemente na Net, “o cantor gritou tudo o que lhe ia na alma”.

 

Wilson Dadá, Morro da Maianga 

 

08.09.2010 | por martalanca | Vum vum