OS TRANSPARENTES, de Ondjaki Estreia a 31 de outubro no Teatro Estúdio Ildefonso Valério

O romance Os Transparentes, de Ondjaki, chega ao palco numa criação da companhia Cegada, com encenação de Manuela Paulo e dramaturgia de Marta Dias. O espetáculo estreia a 31 de outubro e estará em cena até 16 de novembro, de quinta a sábado às 21:00 e Domingos às 16:00 no Teatro Estúdio Ildefonso Valério, Vila Franca de Xira.

Distinguido com o Prémio José Saramago e reconhecido internacionalmente como uma das vozes mais originais da literatura de língua portuguesa, Ondjaki construiu em Os Transparentes um retrato poético e político de Luanda - uma cidade onde o quotidiano e o fantástico se entrelaçam, revelando as pequenas resistências e afetos de quem nela vive.

companhia Cegada transporta agora esse universo para o palco, dando corpo às personagens e atmosferas da obra, que descrevem Luanda como uma cidade viva, feita de vozes, cheiros, poeiras e presenças invisíveis. É dessa matéria - feita de afetos, ausências e esperanças - que nasce o espetáculo. Entre o humor, a crítica e a ternura, Os Transparentes é um encontro entre literatura e teatro, entre Angola e Portugal, entre o visível e o invisível.

Da encenação aos intérpretes o elenco é inteiramente composto por criadores luandenses: Anílson Eugénio, Eduarda Oliveira, Kássia Laureano e Kévin Cassule que, dirigidos por Manuela Paulo, contam esta história com a autenticidade de quem reconhece, por dentro, a pulsação de Luanda e da sua diáspora. No palco trabalham as memórias, sonoridades e os afetos que habitam a obra de Ondjaki, oferecendo ao público uma leitura viva e verdadeira da cidade e das suas gentes.

Durante o processo criativo, a companhia recebeu a visita de Ondjaki, num encontro de partilha e diálogo entre literatura e teatro que marcou o percurso de construção do espetáculo e reforçou a ligação entre o autor e os intérpretes. Este trabalho reflete ainda o trabalho contínuo da companhia em adaptar obras literárias originalmente não escritas para teatro, transformando textos narrativos em peças dramáticas, consolidando um percurso de diálogo entre literatura e palco.

Após a temporada no Teatro Estúdio Ildefonso Valério, “Os Transparentes” seguirá em digressão por várias cidades de Portugal e Espanha, com apresentações em Zaragoza, Lagos, Badajoz, Covilhã, entre outras.

Em cena de 31 de outubro a 16 de novembro
Quinta a sábado às 21h00 | Domingo às 16h00

Teatro Estúdio Ildefonso Valério – Alverca

Interpretação
Anílson Eugénio, Eduarda Oliveira, Kássia Laureano e Kévin Cassule

Dramaturgia

Marta Dias

Encenação

Manuela Paulo

Cenografia e Adereços

Marta Fernandes da Silva

Figurinos

Simone Rodrigues

Direção Artística

Rui Dionísio

Direção de Produção e Comunicação

Vladimiro Cruz

Produção Executiva

Rafael Pires e Tatiana Antunes

Criação

Companhia Cegada (Entidade de Utilidade Pública)

 

Estrutura financiada por
República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

 

Gratos pela atenção, ficamos ao dispo para qualquer esclarecimento ou envio de mais matérias de comunicação.

 

Atentamente,

Vladimiro Cruz

Dir. Produção e Comunicação

Tlm. 925 444 874

06.11.2025 | por martalanca | ondjaki

Olivette Otele no ICS

Olivette Otele, historiadora, vem a Lisboa falar sobre Representações e Trajetórias de Europeus Africanos, na quinta-feira dia 27 de novembro às 16h00A professora catedrática do SOAS, Universidade de Londres, é a convidada da Palestra Sedas Nunes, evento anual que tem lugar no ICS-ULisboa (Entrecampos) e que este ano é organizada por Filipa Lowndes Vicente. A conferência é gratuita e aberta ao público.

Olivette OteleOlivette Otele

Licenciada em Literatura Britânica e Americana, Olivette Otele é também Mestre em História e Doutora em História Colonial Europeia e Política da Memória. ocupando atualmente o cargo de Professora Distinta de Investigação sobre os Legados e a Memória da Escravidão no Departamento de Direito da SOAS – Universidade de Londres. Tem uma vasta obra publicada sobre a história e os legados da escravidão colonial e sobre as heranças do passado. O seu próximo livro, 15 Ports that Made European Empires through Slavery (Basic Books, 2026), analisa os portos que moldaram os impérios europeus através do tráfico de escravos.

É Membro da Learned Society of Wales e também da Royal Historical Society, da qual foi vice-presidente. Recebeu um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Concordia, no Canadá (2022), e foi professora visitante na Universidade de Huron (Canadá) e no Collège de France. Foi júri do International Man Booker Prize e presidiu ao PEN Hessell-Tiltman Prize, bem como ao Prix Goncourt des Lycéens du Royaume-Uni (Embaixada de França em Londres).

Otele é colaboradora regular de diversos meios de comunicação — BBC, The Guardian, CNN, The New Yorker, Elle, Vogue Italia e GQ — e consultora de cinema nos Estados Unidos. Entre os projetos mais recentes estão a docuficção African Queens (Netflix) e o filme Chevalier (Disney+).

 O seu terceiro livro, African Europeans (2020), foi selecionado como um dos “Melhores Livros do Ano” pelo The Guardian, e finalista do Orwell Prize for Political Writing (2021) e do Los Angeles Times Book Prize (2022). A Professora Otele também conselheira de  governos, bancos e organizações de solidariedade sobre história colonial e justiça reparatória, incluindo a auditoria do Governo do País de Gales sobre Escravidão e Colonialismo e o projeto Cotton Capital do jornal The Guardian.

É amplamente difundida - e aceite, pela generalidade das pessoas - a ideia de que a presença de africanos na Europa é recente. Em Europeus Africanos, Olivette Otele, desfaz esse lugar-comum e oferece-nos a inédita história dos europeus de ascendência africana na Europa.

Do século III até ao século XXI, a autora resgata a longa herança africana através da vida de pessoas comuns e extraordinárias, traçando uma história até agora muito desconhecida. Nada é deixado ao acaso: o longo caminho de Europeus Africanos vai do imperador Sétimo Severo aos escravizados africanos que viveram na Europa do Renascimento, terminando nos atuais movimentos migratórios que hoje vemos nas cidades do velho continente.

E é precisamente por investigar, explorar e recuperar em linhas bem definidas uma história tão esquecida  - sem com isso deixar de pôr em evidência os matizes, as razões e as contradições - que Olivette Otele dá um enorme contributo para pensarmos algumas das questões mais importantes da atualidade: racismo, identidade, cidadania, poder.

 

06.11.2025 | por martalanca | Olivette Otele

As Nossas Complexas Democracias I Lançamento do livro «A Palavra e o Poder»

26 nov 2025 quarta, 18:30 no Auditório 2, Fundação Calouste Gulbenkian, Entrada livre

Sujeita à lotação do espaçoUm debate sobre os desafios das democracias contemporâneas, com Rodrigo Tavares, José Miguel Wisnik, Milena Britto e Capicua, com moderação de Mafalda Anjos, por ocasião do lançamento, pela primeira vez em Portugal, do livro A Palavra e o Poder: Uma Travessia Crítica por 40 Anos de Democracia Brasileira.

O que pode o Brasil ensinar – e aprender – sobre democracia, quarenta anos depois do fim da ditadura? A democracia brasileira continua a produzir sinais contraditórios. O arcabouço institucional do país permanece sólido, mas as suas desigualdades persistentes limitam a cidadania plena.

Em Portugal, o percurso brasileiro desperta interesse não apenas pela afinidade histórica, mas porque levanta perguntas que também ressoam deste lado do Atlântico: como reforçar a confiança nas instituições e ampliar a participação democrática? E como pode a cultura continuar a ser o território onde a democracia se testa, se questiona e se reinventa?

No centro desta reflexão está o livro A Palavra e o Poder: Uma Travessia Crítica por 40 Anos de Democracia Brasileira, lançado no Brasil em outubro e agora apresentado, pela primeira vez, em Portugal.

O projeto distingue-se pela pluralidade e pela relevância das vozes reunidas, oferecendo um retrato rigoroso e intergeracional da experiência democrática brasileira. A obra reúne mais de 80 personalidades – entre ex-presidentes da República, intelectuais, jornalistas, economistas, ativistas e artistas –, organizadas em pares que dialogam entre si, num raro exercício de confronto e complementaridade de ideias sobre a democracia brasileira, das promessas de 1985 aos desafios contemporâneos.

Organizado por Rodrigo Tavares, Flavia Lima e Naief Haddad, o livro é publicado pelo Grupo Editorial Record, em parceria com a Folha de S.Paulo.

Este evento faz parte da programação complementar da exposição complexo brasil, com curadoria de José Miguel Wisnik, Guilherme Wisnik e Milena Britto. 

06.11.2025 | por martalanca | Brasil

O Projecto Ágora no Cacém

O Projecto Ágora procura promover a consciencialização política, a participação no debate e a formação em cidadania. A primeira sessão terá lugar no espaço da Universidade Sénior Intergeracional de Agualva e Mira Sintra (Travessa da Capela, 2), às 19h30 de sexta-feira, 7 de Novembro de 2025. Contará com a presença especial da activista e poetisa Vânia Andrade.

Sexta-feira, 7 de Novembro às 19h30 Local: Espaço da Universidade Sénior Integeracional de Agualva e Mira Sintra (USIAMS) na Travessa da Capela, 2 2735-521 Agualva-Cacém

Nota: A sessão será gravada para fins de registo e divulgação do projeto. 

05.11.2025 | por martalanca | agora, Vânia Andrade.

Apresentação de "Virá que eu vi, Amazónia o cinema" e exibição de filmes, em Braga

Apresentação do livro, no dia 11 de novembro às 18h30 na Centésima Página, Braga, com a presença da autora, Anabela Roqueno âmbito de Braga 25, Capital Portuguesa da Cultura 2025. 

Projeção dos filmes: 

Ka’a zar ukyze wà - Os donos da floresta em perigo

Ano de Lançamento (Brasil): 2019 Realização: Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara. A Terra Indígena Araribóia (MA) é uma das mais ameaçadas da Amazónia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de indígenas, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá, um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta e, se a destruição continuar, está com os dias contados.  

Zo’é rekoha – Modo de vida zo’é

Realização: Lia Malcher. Narrado pelas vozes de Tokẽ, Se’y, Awapo’í e Supi, quatro lideranças do povo indígena Zo’é, o documentário “Zo’é rekoha – modo de vida zo’é” é a primeira produção do especial “Os povos se apresentam”, que traz conteúdos feitos em colaboração com pessoas e organizações indígenas para a Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil [https://povosindigenas.org.br], do Instituto Socioambiental (ISA). Fruto de uma parceria com a Tekohara Organização Zo’é e com Instituto Iepé [https://institutoiepe.org.br], o vídeo abre uma nova janela de comunicação com o mundo zo’é, apresentando, em primeira pessoa, o território, os cantos, as festas, o artesanato, as roças e casas desse povo de língua tupi-guarani que vive no Norte do Pará.   

Primeiro livro da coleção Buala /Tigre de Papel

PREFÁCIO Ellen Lima Wassu IMAGEM  João Salaviza CAPA Ágata Ventura.
Virá que eu vi, a Amazónia no Cinema, de Anabela Roque 

“Procurei escrever sobre filmes cuja temática permitisse uma reflexão sobre a Amazónia e, entre estes, aqueles que dedicam especial atenção às cosmologias indígenas. O meu objetivo é evidenciar a diversidade de modos de fazer cinema na região, traduzidos em narrativas enraizadas nas realidades locais, capazes de resgatar ou expor fatos históricos, culturais e ambientais dos diferentes territórios do bioma.” Anabela Roque.

Ler a introdução do livro.

 

05.11.2025 | por martalanca | amazônia, Amazónia o cinema, Braga, Virá que eu vi

Mulheres na Luta Contra o Fascismo e o Colonialismo

Pela primeira vez em Portugal, o Congresso Mulheres na Luta contra o Fascismo e o Colonialismo juntou, em 2024, vozes fundamentais da memória histórica das mulheres que lutaram contra o fascismo em Portugal e contra o colonialismo nos países africanos de língua portugueses - académicas, militantes e activistas, testemunhas vivas da memória da luta das mulheres e das suas organizações que estiveram, e continuam a estar, na vanguarda do desenvolvimento, do pensar e transformar da(s) sua(s) sociedade(s).
Nos 50 anos do 25 de Abril e das independências das colónias portuguesas em África, as discussões agora publicadas neste livro demonstram a convergência entre a resistência antifascista em Portugal e os movimentos anticoloniais e pela independência em Africa. A literatura, as cartas clandestinas, a organização comunitária e militante, mas também dados concretos sobre a realidade da vida e do quotidiano das mulheres, emergem como ferramentas da sua resistência, revelando como as mulheres não só combateram a violência da colonização e do fascismo, mas estão também a construir novas identidades políticas e culturais.
Um projecto promissor de articulações na senda de Abril.

 

05.11.2025 | por martalanca | colonialismo

Biblioteca Negra

Lançamento Oficial: 7 de novembro às 19h | Casa do Comum Link: www.bibliotecanegra.pt II @biblioteca__negra

A Casa do Comum acolhe dia 7 de novembro o lançamento da Biblioteca Negra, uma nova plataforma online que se afirma como espaço de encontro entre literatura, diáspora e negritude. Concebida por Fábio Silva — realizador e doutorando em Estudos Artísticos —, a Biblioteca Negra nasce como um território vivo de partilha e criação, onde livros, autores e leitores se cruzam para ampliar o imaginário da presença negra.

Mais do que um repositório digital, a Biblioteca Negra propõe uma leitura da história através das vozes que a reescrevem, reunindo obras que exploram temas de negritude, identidade, colonialismo, memória e resistência. O projeto afirma-se como um gesto de visibilidade e valorização de narrativas afrodescendentes, assumindo a literatura como ferramenta de transformação social.

A festa de lançamento traduz esse espírito através da palavra, da música e do movimento. A noite começa com Poetry Slam, em que Poeta da Cidade convida Kenny Caetano para uma performance de palavra viva. Segue-se um círculo de conversa moderado por Fábio Silva, com as escritoras Maíra Zenun, Telma Tvon e Nuna, que partilham reflexões sobre o papel da escrita, da arte e do ativismo na criação de novos futuros. O encerramento será em tom de celebração, com atuações de Batida, André Cabral e Fábio Krayze (DJ Robe).

Com este lançamento, a Biblioteca Negra dá início a uma plataforma de reconhecimento e diálogo contínuo, dedicada a afirmar e valorizar a produção literária negra e afrodescendente.

Fábio SilvaFábio Silva

Sobre o Projeto

A Biblioteca Negra nasce como um espaço de celebração, memória e resistência.

Dedicada à literatura negra e afrodescendente, propõe-se a reunir, divulgar e valorizar obras, autores e autoras que exploram temas como identidade, colonialismo, diáspora, pertença, ancestralidade e liberdade.

O projeto conta com o apoio de Casas Parceiras — espaços comunitários, coletivos e culturais onde é possível doar, trocar ou aceder a livros, promovendo uma circulação viva entre leitores, territórios e histórias.

O seu propósito é dar visibilidade a vozes e obras historicamente silenciadas, criando um espaço de partilha, escuta e aprendizagem.
A Biblioteca Negra convida-nos a repensar o arquivo literário, tornando-o mais plural, inclusivo e representativo.

Biografia

Fábio Silva (Lisboa, 1992) fez mestrado em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2018 co-realiza o seu primeiro filme, o Hip to da Hop. Realiza as curta-metragens A Morte de Isaac e Fruto do Vosso Ventre, ambas selecionadas em vários festivais nacionais e internacionais. Atualmente trabalha na sua próxima longa documental intitulada de As Tuas Costas Ainda Ardem.

Contactos

bibliotecanegra.oficial@gmail.com 

 

04.11.2025 | por martalanca | biblioteca negra, Fábio Silva

Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco

No dia 15 de novembro, a partir das 17h, a Galeria Municipal do Porto (GMP) inaugura um novo ciclo de exposições com três propostas distintas. Em destaque estarão o trabalho da dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela, uma exposição coletiva de Kiluanji Kia Henda com três artistas angolanos - Lilianne Kiame, Flávio Cardoso e Raul Jorge Gourgel -, e ainda uma mostra a dois tempos dedicada a Elvira Leite.

Com curadoria de João Laia, a exposição Estado de espírito constitui a mais ampla apresentação já dedicada a Mariana Caló e Francisco Queimadela. Com mais de 15 anos de trabalho, os artistas exploram o filme e o vídeo através de técnicas analógicas e digitais, integrando também fotografia, desenho e escultura. A exposição reúne uma vasta seleção de obras — algumas inéditas — que se articulam em torno da ideia de comunidade, entendida como diálogo entre cultura e natureza, e que aqui surge expressa em imagens de dinâmicas sociais ligadas a costumes, crenças, hábitos e ritos, evocando o trabalho no campo, a vida familiar, a oralidade e a espiritualidade ancestral. Estado de espírito pode ser visitada no piso 0 da Galeria Municipal.

No piso 1, ficará patente Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel Centra-se no diálogo entre a obra de Kiluanji Kia Henda e três artistas angolanos — Flávio Cardoso, Lilianne Kiame e Raul JorgeGourgel — para refletir sobre as promessas, fracassos e ruínas da modernidade. A exposição é articulada pela ideia de recursão: um processo orgânico de retorno que compreende passadoe presente, marcado por movimentos recorrentes, inacabados e em constante mutação. Com fortes ligações ao território e à paisagem, as obras desenham ciclos de memória e especulação,propondo Angola como um arquivo vivo de imaginação coletiva.  Através de diferentes linguagens como a fotografia, a pintura, a instalação, o vídeo ou a performance, Recursões propõe um mapa que analisa o impacto atual das heranças coloniais. Superando narrativas históricas fixas, a exposição apresenta-se como uma bússola provisória que localiza um território de contornos instáveis a partir do qual novos horizontes podem emergir.

KKH, Rusty MirageKKH, Rusty MirageGourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023Gourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023

Já no piso -1, com curadoria de Matilde Seabra, a GMP apresenta Aprender a ensinar, ensinar a aprender com Elvira Leite. Revelando o universo singular desta artista, que também é figura incontornável na reinvenção do ensino das artes em Portugal, a exposição organiza-se em dois tempos: uma mostra de pinturas raramente vistas e uma recriação do seu atelier. O primeiro momento agrupa trabalhos de início de carreira em diálogo com uma seleção de obras recentes e inéditas, estabelecendo um diálogo entre figuração e abstração. O segundo momento transforma a galeria num espaço onde “se brinca” espacialmente com as geometrias, formas e desenhos dos seus livros-jogos, albergando também o seu arquivo, incluindo cartas, fotografias e objetos.

Com entrada gratuita, as exposições podem ser visitadas entre 15 de novembro e 15 de fevereiro, na Galeria Municipal do Porto, nos Jardins do Palácio de Cristal.

04.11.2025 | por martalanca | Galeria Municipal do Porto

Black Gaze – Mostra de Cinema Negro em Portugal

Ciclo de filmes / 08, 09, 15 e 16 nov

Esta mostra pretende dar a conhecer o Cinema Negro feito em Portugal nas últimas décadas e contribuir para o debate público em torno destes filmes e das muitas questões que suscitam.

Construídas em torno dos temas Entre-LugarMemória e AncestralidadeEcologia e FeminismoAntirracismo – Família e Rua, as sessões contam com a presença de cineastas para conversar com o público sobre as obras apresentadas. A seleção inclui obras de Denise Fernandes, Fábio Silva, Falcão Nhaga, Lolo Arziki, Melissa Rodrigues, Mónica de Miranda, Pocas Pascoal, Raquel Lima, Silas Tiny, Vanessa Fernandes e Welket Bungué.

O título deste ciclo, que tem curadoria de Kitty Furtado, parte da ideia de que to gaze não é o mesmo que olhar (to look), implica uma relação de poder assimétrico entre quem olha e quem é objeto desse olhar.

É possível adquirir um passe diário ou um passe geral, para além do bilhete individual de cada sessão.

Ler entrevista de Marta Lança a Kitty furtado.  VER PROGRAMA

Latitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket BunguéLatitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket Bungué

 


04.11.2025 | por martalanca | cinema negro, Kitty Furtado

Seminário “50 anos de independências. A descolonização portuguesa e os seus legados”

11/11/2025 14h00 • 18h00 Conferências e Cursos • Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, CESOP Universidade Católica Portuguesa • Lisboa

O seminário «50 Anos de Independência. A Descolonização Portuguesa e os seus Legados» tem por objetivo aprofundar a reflexão em torno dos resultados da sondagem «50 Anos de Independências — A descolonização portuguesa e os seus legados», realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, sob coordenação de João António e António Costa Pinto, em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril e a RTP. 

Com inquéritos conduzidos em Portugal, Angola e Cabo Verde, esta investigação inédita analisa como os cidadãos destes países percecionam hoje os processos de descolonização e os seus legados. 

O encontro reúne académicos e especialistas num espaço de reflexão plural sobre as memórias, significados e impactos duradouros da descolonização portuguesa, meio século após as independências. 

PROGRAMA:

14h00: Receção dos participantes 

14h30: Abertura institucional 

  • Representante da Reitoria (Universidade Católica Portuguesa) 
  • Comissária Executiva Maria Inácia Rezola
  • (Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril) 

14h45: Apresentação dos resultados  

  • António Costa Pinto (ICS-ULisboa; Universidade Lusófona) e João António (CESOP-UCP) 

15h30: Pausa para café  

16h00: Mesa-redonda 

  • Bernardo Pinto da Cruz (FCSH-NOVA)  
  • Edalina Sanches (ICS-ULisboa)  
  • Catarina Valdigem (FCH-UCP)  
  • Raul Tati (CIEP-UCP) 
  • Carlos Maurício (ISCTE-IUL) 

Moderação: António José Teixeira (RTP)  

18h00: Encerramento – Ricardo Reis (CESOP-UCP) 

03.11.2025 | por martalanca | seminário