Caçando Histórias

Com nove anos de existência, o projeto itinerante Caçando Histórias promove espetáculos com atividades lúdicas e narrativas afro-brasileiras para o público infantil. A ideia vem de Kemla Baptista, pedagoga pernambucana que viveu um período no Rio de Janeiro. Kemla é uma equede, nome dado no candomblé ao posto de “zeladora dos orixás”.

As apresentações têm como objetivo difundir a cultura afro-brasileira. O trabalho permite que as crianças tenham contato com obras e contos clássicos de tradições de origem africana. A musicalidade também é desenvolvida por meio da inclusão de ritmos como o samba, o jongo e o maracatu. Após os espetáculos, acontecem atividades em grupos com base em técnicas de arte-terapia e ligadas à dança e expressão corporal.

O projeto começou entre as crianças de axé nas comunidades de terreiro no Rio de Janeiro. Hoje também ocorrem oficinas em escolas, organizações não-governamentais e espaços públicos. Kemla está agora em Pernambuco e nessa nova temporada propõe, por meio dos contos míticos, o encontro das tradições do candomblé Ketu com a tradição Nagô Egbá, tão forte no estado. O local que vai acolher a temporada é o Ilê Axé Orixalá Talabí, terreiro reconhecido como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), situado no município de Paulista, na região metropolitana de Recife.

17.11.2017 | por martalanca | Caçando Histórias, cultura afro-brasileira

PROJETO DE CURSOS E PALESTRAS DO COLETIVO FANON

Descolonizando a Educação!

Coordenadores: Professor Walter Lippold (Ver Lattes) e Professor Orson Soares. ·
Contato: (51)91092262 (51)85293260
E-Mail: coletivofanon@gmail.com
E-mails individuais: w.lippold@gmail.com, prof.orson@hotmail.com
Site: http://coletivofanon.blogspot.comTwitter:@ColetivoFanon

1 APRESENTAÇÃO:
A Educação formal brasileira tem deixado de lado as contribuições fundamentais da cosmovisão africana em nossa história. O Brasil e o Rio Grande do Sul tiveram a influência dos africanos e sua cultura, devido ao longo período de escravismo colonial vigente no nosso País, onde grande parte da produção era fruto de mãos negras seqüestradas na África. Mas a ideologia racista – justificativa para a superexploração da força de trabalho africana – escamoteou a história desses povos, perpetuando o racismo, e criando estranhamentos nos próprios afro-descendentes, que muitas vezes adentram num processo de embranquecimento cultural, que Frantz Fanon chama de processo de epidermalização.
No caso específico do nosso Estado, tem-se aqui a construção da ideologia do Rio Grande do Sul europeu: muitos brasileiros de outros estados acreditam que aqui só existem brancos, louros e cultura européia imigrante. Essa invisibilidade do negro deve-se em grande parte ao apagamento de sua história e da cultura afro-gaúcha, que ao longo da nossa história vem sendo diluída e despersonalizada. Cabe combater esta ideologia e a sala de aula é um espaço essencial para efetivar esta luta. Para isso são necessárias pesquisas acerca das relações sobre o racismo e a educação, construindo possibilidades de superação dessa ideologia dentro da sala de aula.
Dentro do contexto da “história tradicional” do Rio Grande do Sul, nunca houve espaço ao protagonismo do negro, nem para suas contribuições essenciais no nosso Estado. O negro é invisível na História Gaúcha, é recente o interesse por episódios como o Massacre de Porongos, onde os soldados farrapos negros foram desarmados e logo massacrados pelas tropas imperiais, em mais um exemplo de limpeza étnico-racial no Brasil. Somos obrigados a concordar que existe uma ideologia do Rio Grande “Europa”, onde o negro é apagado e onde o imigrante europeu, com sua arquitetura e estética, etc., é exaltado e exportado como ideal do nosso Estado. A maioria dos brasileiros vê o Rio Grande do Sul como um lugar distante, onde não há miséria, onde só há brancos louros ou imensa maioria de descendentes europeus. Não é o que vemos na Rua da Praia em Porto Alegre, onde há muitos afro-descendentes passando, não é o que vemos na periferia de Uruguaiana, onde a maioria é descendente de índios e mestizos. A população de afro-descendentes no Rio Grande do Sul, beira os 20%! O que queremos afirmar é que muitos dos educadores de nosso Estado partilham de uma ideologia onde o negro é negado como sujeito histórico.
Neste sentido criamos em 1999 um projeto de educação popular anti-racista e desde lá fomos aprofundando nossos estudos e pesquisas e aumentando o leque de palestras que são ministradas em quadras de samba, praças, escolas de periferia buscando efetivar uma ligação entre a academia e a periferia, produzindo conhecimento através desta interação necessária na sociedade brasileira. Já visitamos os mais variados lugares nas periferias da Grande Porto Alegre e em algumas cidades do interior e este movimento já formou uma pequena rede de educadores engajados na luta anti-racista que visa a interação entre estes.

2 EIXOS-TEMÁTICOS:

O Projeto de Educação Continuada do Coletivo Fanon possui cinco eixos temáticos que se interpenetram organicamente e que formam cinco palestras diferenciadas, que podem ser ministradas separadamente, pois possuem uma autonomia, mas que se complementam entre si. Todas as palestras necessitam de no mínimo duas horas de duração, sendo ideal quatro horas para a efetivação de cada uma delas. O Curso completo têm vinte horas de duração.

A) A História e Cultura da África e da Diáspora Negra e o Eurocentrismo;
Uma palestra voltada para estudantes e professores de Ciências Humanas e Artes, onde abordamos a formação de educadores e a invisibilidade da África neste processo e as relações étnico-raciais dentro da sala de aula trazendo uma análise da Lei 11.645/2008, da Lei 10.639/2003 e do Parecer do Conselho Nacional de Educação 003/2004 que estão ligadas à implementação do Ensino de História e Cultura Africanas e Afro-brasileiras e a um projeto maior de Ações Afirmativas, que inclui o polêmico debate acerca do ingresso através de cotas raciais no Ensino Superior. Esta palestra visa compreender na atual formação de professores de História os efeitos deflagrados pela Lei 10.639/2003 no que tange ao ensino de História da África, colocando em ênfase a importância de mudanças no currículo, este produto que traz em seu corpo as influências da formação social em que foi produzido. Assim para analisar o currículo como síntese inserida em uma totalidade, adentrei em outros fenômenos como a da interpenetração da realidade de classe e de raça no Brasil, o processo de internalização com aspectos de epidermalização que ocorre em uma sociedade capitalista e racista e como tudo isso se vincula com a educação. Os estudos sobre estas questões estão se desenvolvendo na sociedade brasileira, mas não numa quantidade expressiva que possibilite uma mudança fundamental no ensino de História. Defendemos uma proposta de formação de professores que não dissocie a realidade brasileira dos conteúdos ensinados, discutidos e aprendidos em aula, uma formação onde a História da África e da Diáspora seja uma disciplina obrigatória, que gere curiosidade científica nos educandos, onde ocorra o desocultamento de conhecimentos tornados invisíveis pela ideologia da branquitude.

B) Pensadores Africanos e da Diáspora;
Palestra que introduz o pensamento africano e da diáspora através das teorias de Frantz Fanon, Albert Memmi, Kwame Nkrumah, Leopold Sedar Senghor, Aimé Cesaire, Martin Luther King, Malcom X, Abdias do Nascimento, Florestan Fernandes, Ibn Khaldum, entre outros. Também são abordados aspectos da cosmovisão africana incluindo as mitologias bantu, yorubá e ewe-fon. A palestra é uma tentativa de produzir interesse acerca do pensamento africano e sua contribuição para as ciências humanas.

C)História da Diáspora Negra na América através da Música;
Um mergulho na História da Diáspora Africana através da música, buscando uma compreensão das diferenças entre o racismo estadunidense e o brasileiro. Adentramos nas origens bantu, yorubá e ewe-fon da cultura negra brasileira e suas manifestações musicais: a umbigada, o jongo, as congadas, passando pelo lundu, samba e seus estilos, choro, côco de embolada, maracatu, entre outros. Abordamos o surgimento do blues, do gospel, do Ragtime, do Jazz e seus estilos, do Soul, Rock e Funk e finalmente do RAP nos Estados Unidos. Abordamos a música afro-caribenha como o salsa, o reggae e o raggamuffin` .  Cada estilo é contextualizado históricamente ao som da música da época.

D) Panteras Negras e Hip Hop;
Esta palestra é voltada para a juventude, onde abordamos as relações entre a organização política dos Panteras Negras nos Estados Unidos e o surgimento do Movimento Hip Hop que engloba manifestações culturais da periferia, entre elas o RAP, o grafite e o Break. A história do movimento negro nos EUA e Brasil é abordada através da história da música RAP. Também abordamos questões ligadas a mercadificação da cultura popular, da sua resistência e absorção pelos status quo.

E) Educação, Racismo e Mídia: a epidermalização na propaganda e cinema;
O objetivo nesta palestra é questionar a reprodução sistemática dos esteriótipos do negro na propaganda e cinema, buscando criticas a atual formação de professores de História que não prepara o futuro educador/pesquisador para compreender e utilizar as mídias dentro da sala de aula buscando possibilidades de romper com a nossa condição passiva de espectador, trazendo métodos de análise da mídia e a importância cabal da formação estética do professor de História. Uma análise de propagandas e filmes onde as representações sociais denotam ideologias racistas. Uma introdução metodológica para a análise do filme, através do pensamento de Marc Ferro, Guy Debord e Frantz Fanon.

3 OBJETIVOS:

Objetivo Principal: Estimular a contra-epidermalização, ou seja, criar possibilidades de uma educação anti-racista no campo da Ciências Humanas.
Objetivos secundários: Fomentar a pesquisa em história da África, dar visibilidade aos pensadores africanos e da diáspora; conhecer as Lei Educacionais ligadas a questão do ensino de História Africana; conhecer a cosmovisão africana e suas influências no Brasil; compreender as diferenças entre o racismo brasileiro e o estadunidense; criticar o eurocentrismo nas ciências humanas, principalmente no campo da História.

4 JUSTIFICATIVA:

A formação de professores de História, em geral, tem se mostrado extremamente pobre quanto ao ensino ligado a temas africanos e também afro-brasileiros. O conhecimento histórico acerca do continente africano é incipiente no Brasil e isso se deve, em parte, à internalização do eurocentrismo que por sua vez permite o descaso em termos de pesquisa, de formação de professores, de acesso a bibliografias e materiais didáticos adequados ao conhecimento das realidades africanas. A sociedade brasileira, durante séculos de colonialismo português, de escravismo colonial, de imperialismo inglês e posteriormente estadunidense, importou e forjou a seu modo ideologias que inferiorizavam os africanos e seus descendentes. Para dominar um povo, além da violência coercitiva, faz-se necessário apagar sua história, manipulá-la, fragmentá-la a tal modo que se torne um engodo ou até mesmo invisível. A classe senhorial branca dos tempos do escravismo educava seus filhos muitas vezes na Europa e a intelectualidade brasileira impregnou-se do eurocentrismo e também de teorias racistas tão em voga no final do século XIX. A manutenção do status quo exigia que a educação tivesse um papel preponderante de reprodução de ideologias que ajudam na sustentação daquele modo de produção escravista colonial.
Os educadores brasileiros, nos últimos dois anos, estiveram em pleno debate sobre a aplicabilidade da Lei 10.639/2003, trocaram informações sobre experiências, apresentaram críticas e propostas, reuniram-se em seminários, buscaram construir um sentimento coletivo crítico à educação atual. Muitos professores estão perdidos, não sabem como e por onde começar. Algumas escolas continuam a pensar que aplicar a Lei 10.639/2003 é apenas efetuar a Semana da Consciência Negra. O ensino de História e Cultura Africanas e Afro-brasileiras depende de transformações na formação de professores, que unidas ao estudo das relações étnico-raciais, e ao fim dos mecanismos que impedem o negro de entrar na universidade, semearão as sementes que germinarão as possibilidades de supressão da invisibilidade da História Africana no ensino fundamental e médio.
Temos a esperança que este projeto incentive outros estudos, que por sua vez desenvolvam publicações, debates, ações individuais e coletivas, livros didáticos, que combatam o racismo e o eurocentrismo, que ajudem na construção de uma contra-consciência anti-racista, ou seja, que corroborem no processo de contra-epidermalização, visando destruir a ideologia da branquitude vigente na educação brasileira.

5 METODOLOGIA:
Através da aula-expositiva, do choque do olhar (imagens e vídeos), da interação entre palestrante e os sujeitos presentes, da musicalidade, buscamos ministrar uma palestra que rompa com a linearidade monótona que considera o conhecimento como um somatório mecânico de fatos sobre fatos, trazendo uma tentativa de ensino-aprendizagem que não se separe do gozo estético.

6 MATERIAL UTILIZADO:
- Fotocópias de textos, mapas e letras de música.
- Computador com Power Point, reprodução de vídeo e música, caixas de som e data –show.
- Som com CD.
-Retro-projetor (alternativa em caso de não ter data-show).
- CDs/DVDs virgens para a gravação do disco “História da Música Negra” e para gravação de material didático e paradidático sobre o ensino e História Africana (bibliotecas digitais, mapas, música, vídeos, etc).

 

Walter Lippold é Professor da Rede Municipal de Porto Alegre, graduado em Licenciatura em História pela FAPA. Especialista em História do Mundo Afro-Asiático também pela FAPA  e mestre em educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS).Orson Soares é Graduado em Licenciatura em História pela UNISINOS e Professor da rede pública em São Leopoldo e sólida experiência na Educação Popular.

 

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06.02.2011 | por martalanca | cultura afro-brasileira, educação, Fanon

ESTAR AQUI OU ALI? um projecto de Kleber Lourenço

“O que alcançamos são algumas generalizações válidas que lançamos aqui e ali, iluminando passagens. É, porém, irresistível, como aventura intelectual, a procura dessas generalizações. É também indispensável, porque nenhum povo vive sem uma teoria de si mesmo. Se não tem uma antropologia que a proveja, improvisa-a e difunde-a no folclore.”

Darcy Ribeiro – O povo brasileiro

 

Estar aqui ou ali? é um projecto de pesquisa solo de dança contemporânea, do intérprete-criador brasileiro Kleber Lourenço, em cruzamento com as linguagens do teatro e da performance. Pretende abordar através do corpo a relação entre identidade x territorialidade. Conceitos bastante explorados na arte contemporânea, mas investigados aqui, sobre o recorte CORPO X ESPAÇO X EIXO.

Algumas das questões levantadas na pesquisa são: como construir/desconstruir um estereótipo de corpo que o identifica? Como trabalhar as semelhanças, diferenças e particularidades de um corpo identificado como nordestino e brasileiro? Como este corpo em contacto com outras culturas se reconhece e se distancia? Que corpos se encontram aqui e ali?

No recorte CORPO, pretendo explorar o contacto com a população de Lagos, na troca de experiências entre minhas memórias e as memórias reveladas. Diálogo directo com o homem da cidade, seu comportamento e expressões culturais. No recorte ESPAÇO, a exploração do espaço público e privado, através de intervenções externas na cidade e nos espaços do LAC. No recorte EIXO, problematizar em reflexões e na prática corporal a ideia de Centro X Periferia.

O projecto abrange esta mesma pesquisa em cidades do nordeste do Brasil, em cidades de outras regiões do país e em outros países.

Kleber Lourenço

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03.01.2011 | por martalanca | cultura afro-brasileira, Kleber Lourenço

"Meu avô africano", de Carmen Lucia Campos | Ilustrações de Laurent Cardon

No dia da consciência negra, saiba mais sobre a cultura africana

O garoto Vítor Iori descobre que a vinda dos africanos para o Brasil foi bem diferente da dos imigrantes europeus. Ele aprende com seu avô Zinho a história de seus antepassados, como era a vida no período da escravidão, a origem de seu próprio nome e descobre a importância de preservar as raízes de seu povo. Com a ajuda de sua tia e de seu avô, Vítor apresentará na escola um trabalho que será uma verdadeira aula sobre a riqueza da cultura africana.

A coleção Imigrantes do Brasil propõe uma introdução à cultura do imigrante. O objetivo é que os leitores conheçam outros hábitos e costumes e identifiquem as influências culturais deste Brasil tão heterogêneo. Neste volume, o leitor vai descobrir os vários laços que unem a cultura africana com a brasileira, como a música, a comida e a dança, os esportes em que os africanos se tornaram campeões, e, principalmente, a maneira como eles chegaram ao país, escravizados pelos europeus. Ao final do livro há uma seção informativa com fotos e dados da cultura africana.

 

Carmen Lucia Campos nasceu em São Paulo e não conheceu nem seu avô materno – um neto de italianos – nem o paterno – um descendente de africanos. Quando criança fazia de conta que o avô de alguma amiguinha era também dela e aproveitava todo o amor que recebia desse parente “emprestado”. Já adulta continuou a ter muito carinho pela figura do avô e nos quase vinte livros infantojuvenis que já publicou sempre tem um que faz a alegria dos netos. Escrever Meu avô africano foi a forma que encontrou de inventar um avô legal, como ela gostaria de ter.

 

18.11.2010 | por martalanca | cultura afro-brasileira

Pensar o "corpo-imagem dos terreiros" - Amanhã no Rio de Janeiro

Está a decorrer Corpo-imagem dos terreiros, conjunto de debates cujo objetivo é discutir a produção de imagens fotográficas, no contexto dos rituais religiosos de matriz africana e gerar um repertório capaz de pensar, criticamente, essa manifestação cultural brasileira.

Amanhã, dia 11 de Novembro, às 14h30 – Rio de Janeiro (UFRJ – auditório Anexo do CFCH 3º andar– Av. Pasteur, 250 fundos – Praia Vermelha), terá lugar a seguinte programação:
Mohammed ElHajji, professor da UFRJ (Outros terreiros, o mesmo corpo: Gnawa, diáspora e dupla possessão)
Projeção de fotografias:  Márcio Vasconcelos, fotógrafo  (Zeladores de voduns e outras entidades, do Benin ao Maranhão)
Mirian Fichtner, fotógrafa (Cavalo do santo: religiões afro-gaúchas)
Vantoen Pereira Júnior, fotógrafo (“Nego véio”, o resgate do Brasil negro)

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura

11.11.2010 | por martamestre | cultura afro-brasileira, Terreiros