RAMONERA, da poeta muxe' Elvis Guerra, Lançamento com a autora em Óbidos e Lisboa

 

  A Embaixada do México em Portugal, o Folio Mais e as edições Orfeu Negro convidam para o lançamento do livro RAMONERA, de Elvis Guerra, no dia 11 de Outubro, Sábado, às 11h30, na Tenda Vila Literária, em Óbidos. Em Lisboa, a autora apresenta a obra na Casa do Comum, no dia 12 de Outubro, Domingo, às 16h. Em Óbidos e em Lisboa, Elvis Guerra estará à conversa com André Tecedeiro, poeta e artista plástico, e autor do posfácio a esta edição.

Ramonera é a primeira obra poética no catálogo das edições Orfeu Negro, e a primeira edição bilingue publicada em Portugal na língua indígena zapoteca e em português. Traduzida a partir da versão de Elvis Guerra para espanhol por Margarida Amado Acosta, conta com um posfácio de André Tecedeiro e ilustração de capa da autoria de Amanda Baeza.

 

Elvis Guerra é uma das convidadas em destaque desta edição do FOLIO, no âmbito da programação FOLIO Mais, com curadoria de Candela Varas, marcando presença em dois outros momentos do festival. A autora integra ainda a programação do BoCA — Bienal de Artes Contemporâneas, no dia 15 de Outubro, e participa na Noite da Literatura Ibero-Americana, no dia 16 de Outubro.

Toda a programação:

FOLIO Mais x Orfeu Negro | Óbidos
Sábado, 11 Out, 11h30, Tenda Vila Literária
Lançamento do livro de poesia RAMONERA, com Elvis Guerra e André Tecedeiro

FOLIO Mais | Óbidos
Sábado, 11 Out, 21h30, Livraria Artes e Letras
Sessão de leitura «À Volta do Fogo», com Maria Fernanda Ampuero, Fernanda Garcia e Elvis Guerra

Domingo, 12 Out, 11h30, Escola de Hotelaria
Conversa «Ramoneras, Marronas Libres, Insubmissas», com Elvis Guerra, Brisa Flow e Luna Vitrolira e moderação: Lizett Aceves e João Innecco

CASA DO COMUM x Orfeu Negro | Lisboa
Domingo, 12 Out, 16h, Livraria da Casa do Comum
Apresentação do livro de poesia RAMONERA, com Elvis Guerra e André Tecedeiro

BoCA — Bienal de Artes Contemporâneas | Lisboa
Quarta-feira, 15 Out, 19h30, Espaço BoCA
Leitura performativa em língua zapoteca por Elvis Guerra

Noite da Literatura Ibero-Americana | Lisboa
Quinta-feira, 16 Out, 18h, Biblioteca da Imprensa Nacional — Casa da Moeda
«Direito ao Presente», encontro com jovens poetas da Ibero-América, com Elvis Guerra (México), Roberto Saraiva (Angola), Valeria Sandi (Bolívia), André Osório (Portugal)

 
 
 
Ler um excerto aqui.
RAMONERA
Elvis Guerra

Tradução do espanhol
Margarida Amado Acosta
Posfácio
André Tecedeiro
Revisão
Guilherme Pires
Ilustração de capa
Amanda Baeza

1.ª Edição
Outubro 2025
112 pp. | 12,3 x 18 cm | 13,50 €
EAN 9789892252312

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© Amanda Baeza
Elvis Guerra é uma poeta muxe’ de Juchitán de Zaragoza, no México, e tradutora de língua zapoteca. Através da sua obra indígena e cuir, reflecte sobre a dissidência de género e a etnicidade, propondo uma crítica da exclusão e da violência exercida sobre os corpos que se reconhecem em identidades não-binárias. É autora das obras Muxitán (2022), Ramonera (2019, Orfeu Negro 2025) e Xtiidxa’ ni ze’/Declaración de ausencia (2018). Traduziu do zapoteco o livro Guidiladi Yaase’ / Piel oscura, cuentos eróticos al zapoteco (2017). Em 2015 recebeu o prémio Casa Creación Literaria en Lengua Zapoteca e foi beneficiária do Fondo Nacional para las Culturas y las Artes. Os seus poemas estão traduzidos para espanhol, português, inglês, ayöök e sueco.

09.10.2025 | por martalanca | Ramonera

Cidade da Praia vai acolher a 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa

A cidade da Praia, em Cabo Verde, será palco, de 16 a 18 de outubro, da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (EELP), que este ano se realiza sob o tema “Independência, Literatura, Inteligência Artificial”. O evento é organizado pela UCCLA em conjunto com a Câmara Municipal da Praia.

A abertura oficial contará com a intervenção do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, e o encerramento do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga.

O encontro reunirá escritores, investigadores, editores, professores, críticos literários e leitores de vários países e regiões do espaço lusófono, promovendo o diálogo em torno do tema em análise. O programa coloca a Inteligência Artificial no centro das questões que hoje atravessam a criação literária e o futuro do livro. 

Nesta edição estará, também, em foco o V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, num ano em que se assinala o cinquentenário das independências em vários países lusófonos. 

Escritores confirmados:

Angola: Israel Campos; 

Brasil: Ozias Filho; 

Cabo Verde: Adolfo Lopes, Arménio Vieira (texto), Dina Salústio, Germano Almeida, Hélio Varela (vídeo), Manuel Pereira Silva, Nardi Sousa, Paulo Veríssimo, Princezito e Sérgio Raimundo; 

Galiza: Teresa Moure Pereiro; 

Guiné-Bissau: Emílio Tavares Lima; 

Macau/China: Joaquim Ng Pereira;  

Moçambique: Sérgio Raimundo; 

Portugal: Hélia Correia, Isabel Castro Henriques (vídeo), João de Sousa (editora A Bela e o Monstro - edição comentada Os Lusíadas), Manuel Alegre (texto) e Ricardo Araújo Pereira;  

São Tomé e Príncipe: Alice Goretti Pina; 

Angola/Portugal: Cláudio Silva - Vencedor do Prémio de Revelação Literária.  

Folheto da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa - https://www.uccla.pt/sites/default/files/2025-10/XIII-EELP_Cabo-Verde_2025.pdf 

09.10.2025 | por martalanca | litratura

Juliet and Juliet MURMUR #2 - Isabel Cordovil

8 Out. / 15h - MACAM

Isabel Cordovil reflete sobre a personagem de Julieta de Shakespeare num gesto de emancipação e alteridade. A personagem de Julieta, protagonista da tragédia Romeu e Julieta de William Shakespeare, tornou-se ao longo dos séculos um ícone universal do amor romântico. No entanto, reduzir Julieta à imagem de uma jovem apaixonada e vítima do destino é limitar a sua complexidade. É a partir desta perspetiva que Isabel Cordovil (1994) apresenta Juliet and Juliet, uma instalação que recria a célebre varanda de Julieta, em Verona, Itália, duplicando-a e abrindo espaço para a possibilidade da existência de duas Julietas. Sem recontar a narrativa shakespeariana, Cordovil isola esta personagem, deslocando-a da sua história original e reinscrevendo-a num espaço especulativo. Nesta nova dimensão, deixa de ser objeto de fatalidade para se afirmar como sujeito de descoberta, emancipação e liberdade. A duplicação da varanda pode ser interpretada como a evocação de uma relação amorosa entre duas mulheres, mas também como metáfora de espelhamento: um desdobramento identitário no qual o sujeito se reconhece e se reinventa.

Com Juliet and Juliet, Isabel Cordovil convida a refletir sobre o amor, a alteridade e a possibilidade de habitar um espaço onde autenticidade e liberdade se sobrepõem às imposições sociais. Curadoria: Carolina Quintela

Inauguração: 10 Outubro 2025 – 18.30h | Grande Hall De 10 Outubro 2025 a 02 Março 2026 Com o apoio da Artworks.

Isabel Cordovil (Lisboa, 1994). O trabalho de Cordovil investiga a política de revisitar narrativas — seja no mito, no folclore, na religião, na literatura, nos sonhos ou em torno do inconsciente coletivo — e as novas navegações ou manipulações possíveis das mesmas. Aceitando a linguagem e os símbolos como o processo de construção de significados, a artista trabalha no sentido de alargar os seus espectros de agência. Apesar da sua ausência física, o corpo, na prática de Isabel Cordovil, funciona como um sujeito principal, como um mediador entre o eu e o mundo exterior, um dispositivo de medição, destinado a explorar temas relacionados com a identidade (de género), locais de discurso político, finitude e morte. Principalmente através da instalação e da escultura, o seu trabalho reflete uma linguagem poética de metáfora lúdica, uma liberdade e desobediência visual, enquanto procura novas formas de pertencer/ desafiar e celebrar a alteridade.

O projeto MURMUR integra-se no programa de exposições temporárias dedicado à apresentação de obras inéditas de artistas, portugueses e estrangeiros, concebidas especialmente para as paredes do Grande Hall da ala nova do Museu MACAM, e para uma intervenção única. Partindo da ideia de murmúrio, e como referência ao próprio espaço, o projeto MURMUR estabelece um diálogo entre cada artista, a arquitetura e o público. As duas paredes do Grande Hall deixam de ser apenas um suporte, tornando-se parte integrante do processo criativo

O MACAM reúne no mesmo espaço o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins e um hotel de 5 estrelas – o primeiro do género em Portugal e na Europa. Inaugurado em 22 de março de 2025, ocupa o histórico Palácio Condes da Ribeira Grande, em Lisboa, entre Alcântara e Belém. Num espaço de 13.000 m², integra arte moderna e contemporânea, arquitetura, hotelaria, gastronomia e artes performativas. O museu apresenta a Coleção Armando Martins, com mais de 600 obras de artistas portugueses e internacionais, a par de uma programação dinâmica de exposições temporárias e instalações site-specific. Com um hotel de 64 quartos, restaurante, bar, jardim, auditório e uma capela convertida em bar com música ao vivo, o MACAM é um novo marco cultural e turístico da cidade dedicado a tornar a arte acessível a todos e a proporcionar uma experiência única aos visitantes. 

07.10.2025 | por martalanca | MACAM

Companhia de dança contemporânea de Angola,

2ª TEMPORADA 2025 (DE 09 A 12 DE OUTUBRO DE 2025) 

A Companhia de Dança Contemporânea de Angola apresentará na Sky Gallery (Edifício Escom), entre os dias 09 e 12 de Outubro, a sua 2ª Temporada de espectáculos da peça O Vendedor de Inutilidades, o primeiro espectáculo de dança imersivo a ser produzido no país. 

Com a duração de uma hora, a peça que tem a assinatura de Andy Rodriguez, reflecte sobre um universo onde a tecnologia redefine a maneira como nos vemos e nos relacionamos, expondo um conjunto de personagens que oscilam entre o tangível e o efémero, entre o humano e o sintético. 

A peça, com direcção artística de Ana Clara Guerra Marques, é interpretada pelos bailarinos da CDC Angola Andy Rodriguez, António Sande, David Daniel, Gabriel Lopes, Jéssica Sanga, José Ndumbu, Marcos Silva e Samuel Curti. A videografia é de Alexis Anastasiou e a produção executiva de Jorge António. 

Andy Rodriguez que se estreia como coreógrafo coma peça “O Vendedor de Inutilidades”, é formado em dança pela Escola Nacional de Arte em Cuba, seu país natal, onde se iniciou como bailarino na Companhia Rosario Cárdenas. 

Esta temporada, sob o alto patrocínio do Banco BFA, tem também o apoio da Total Energies, da Sky Gallery e da Saudabel, além das parcerias com a Criacom e a Tipografia Corimba. 

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e no exterior, sendo hoje a referência da dança cénica angolana no mundo. Em 2017 foi galardoada com o Prémio Nacional de Cultura e Artes. 

Com quase 34 anos de existência, esta companhia ocupa um lugar privilegiado na História de Angola, ao ter semeado o “novo” no vasto terreno da dança onde continua a desenvolver um trabalho artístico único e original. 

Após esta Temporada a CDC Angola segue para uma digressão internacional. 

(Fotografias de Rui Tavares)

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Fundada em 1991, pela coreógrafa Ana Clara Guerra Marques, a COMPANHIA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE ANGOLA edificou, através de um percurso de inovação e singularidade, uma história exclusiva que faz dela um colectivo histórico e único, num contexto artístico que permanece frágil, conservador e fortemente cunhado pelas danças patrimoniais e recreativas urbanas e pela ausência de um movimento de criação de autor, no plano da dança. 

Provocando uma ruptura estética na cena da dança angolana e tornando-se, em 2009, uma companhia de Dança Inclusiva, a CDC Angola inaugurou o regime de Temporadas e criou uma linha de trabalho que, dispensando as narrativas de estruturação convencional, preferencia propostas que confrontem o público com as suas próprias histórias, aspectos do seu quotidiano, das suas realidades sociais, da sua condição de cidadãos de universos que se cruzam. Numa época em que as barreiras geográficas e culturais são superadas pelos recursos disponibilizados pelas novas tecnologias, estas, conjuntamente com outras linguagens, passaram a integrar o discurso artístico e estético da CDC Angola, onde o corpo e o movimento constituem o elemento catalisador. 

A utilização da dança como meio de intervenção social, expondo o Homem enquanto cidadão do mundo e protagonista da cena social angolana, é a marca desta companhia, como revelado nas peças Mea Culpa (1992); Imagem & Movimento (1993), Palmas, por Favor! (1994); Neste País… (1995), Agora não dá! ‘Tou a Bumbar… (1998), Os Quadros do Verso Vetusto (1999), O Homem que chorava sumo de tomates (2011), Solos para um Dó Maior (2014), Ceci n’est pas une porte (2016), O monstro está em cena (2018), Isto é uma mulher? (2022), Onde o vento não sopra (2024) e, agora, O Vendedor de Inutilidades (2025). 

Por outro lado, com Corpusnágua (1992); Solidão (1992); 1 Morto & os Vivos (1992), 5 Estátuas para Masongi (1993) Introversão versus Extroversão (1995) ou Ogros… da Oratura… e do Fantástico (2008), e com a intenção de deslocar a dança para fora dos palcos interiores dos teatros, a CDC Angola introduz o público a diferentes formas e conceitos de espectáculo. 

No âmbito da pesquisa e experimentação, propõe a revitalização e a releitura da cultura de raiz tradicional com obras criadas a partir de estudos de investigação efectuados em várias regiões de Angola; A Propósito de Lweji (1991), Uma frase qualquer… e outras (frases) (1997), Peças para uma sombra iniciada e outros rituais mais ou menos (2009), Paisagens Propícias (2012), Mpemba Nyi Mukundu (2014) e (Des)construção (2017), são alguns dos exemplos. 

Divulgar, surpreender, ensinar, provocar e contribuir para a educação estética do público, trazendo-o à apreciação das artes são os grandes objectivos desta companhia angolana, para o que complementa a sua acção artística com a realização de workshops, seminários, palestras, encontros, aulas abertas e outros programas de educação e divulgação da dança. 

Hoje, perto de completar 34 anos de existência e ainda pouco compreendida no seu país, a CDC Angola procura a internacionalização como forma de validação do seu trabalho no exterior de Angola onde é reconhecido. 

Para além das apresentações no país, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola partilhou já os seus espectáculos com 17 países e 39 cidades, em África, América, Europa e Ásia, onde foi vivamente aplaudida. 

05.10.2025 | por martalanca | Companhia de dança contemporânea de Angola