Foi para caminhar que aqui cheguei

16.05.2023 | por mariadias | concertos, conferências, conversas, exposições, foi para caminhar que aqui cheguei mostras, Performances, workshops

Programação Alkantara Festival 2022

O Alkantara Festival 2022 aproxima-se. De 11 a 27 de novembro, criamos espaços para a fruição, reflexão e participação em 13 espetáculos, 5 conversas - 4 após espetáculos e uma ágora junto ao rio-, 3 workshops e 3 conferências, 2 festas e ainda 3 partilhas de processos de criações que estreiam no próximo ano. Propostas para que em conjunto possamos observar, caminhar, dançar, experimentar e refletir sobre como podemos agir sobre o passado e construir novos futuros. 

Nesta edição procuramos ainda identificar e diminuir barreiras para que uma maior diversidade de pessoas possa acompanhar o programa, apresentando vários espetáculos com recursos de audiodescrição, LGP e legendas para pessoas surdas. Temos também sessões descontraídas e políticas de bilhetes acessíveis.

Conhece o programa do Alkantara Festival 2022 em alkantara.pt.


28.10.2022 | por Alícia Gaspar | alkantara festival 2022, conferências, conversas, cultura, espetáculos, festival, workshops

Festival Imaterial | Património pensado e vivido

1 — 9 OUT 2022
Évora, Portugal

Em época de globalização, é comum pensar-se que o mundo cabe no ecrã de qualquer telemóvel. Mas a imensa riqueza das culturas e dos povos que se espalham pelo planeta, e as suas formas de expressão só são verdadeiramente partilhadas quando público e artistas se olham e estabelecem um diálogo real.

O Imaterial acredita que é nessa presença que a escuta se apura, que as barreiras se destroem, que as diferenças e as afinidades se tornam uma ponte capaz de ligar duas margens. Uma ponte entre lugares e visões da vida, mas também entre passado e presente, entre os legados recebidos de gerações anteriores e reinventados para o agora.

No Imaterial, o “outro” só existe enquanto espelho de cada um. Só existe na descoberta de que o muito que nos separa é, afinal, aquilo que mais nos aproxima.

Programa


Mais informações.

03.10.2022 | por Alícia Gaspar | artes, ciclos de cinema, cinema, conferências, cultura, évora, festival imaterial

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios TMM

Conferencias, debates e filmes em torno das questões ameríndias no Brasil e países vizinhos com alguns dos mais importantes antropólogos e lideranças indígenas. Pensar em solidariedade com os indígenas na América do Sul enquanto conhecemos as suas culturas ou lutas políticas é o grande desafio que propomos neste programa. Éticas ou estéticas indígenas, a Terra como ser sensível e a expressão de potencialidades múltiplas de interação, a Amazónia e a Patagónia como espaço de resistência e confronto, mas também de proposição de formas de viver em conjunto que diferem do modo que ali tem sido imposto pelo projeto colonial serão parte deste diálogo. Ao pensarmos com os indígenas, veremos que a ideia antiga de que culturas, línguas ou sociedades minoritárias indígenas estão ou estiveram em vias de extinção são afinal expressão de ameaças que, ao tocarem um povo indígena, tocam um projeto de mundo sobre o qual iremos debater e no qual nós, Europeus, também estamos implicados.

curadoria: Liliana Coutinho com Susana de Matos Viegas ilustração: Pedro Lourenço

ver programa

28.04.2017 | por martalanca | ameríndias, antropólogos, Brasil, conferências, debates, filmes, índigenas, Teatro Maria Matos

CICLO DE CONFERÊNCIAS, 18 de julho, BISSAU

CICLO DE CONFERÊNCIAS:
QUE PRIORIDADES PARA O ORÇAMENTOS DE ESTADO:DILEMAS E DESAFIOS:

Qual é o historial dos Orçamentos de Estado em termos de prioridades e eficácia desde a independência do à actualidade? Que sectores mereceram maior atenção e porquê?
Quais as prioridades sectoriais do orçamento de estado no contexto pós-golpe de 12 de Abril?
Os mecanismos de controlo e de avaliação do OGE de transição: qual é o papel, a capacidade de ação e a autoridade do Tribunal de Contas no contexto de transição?
Em que medida a Sociedade Civil pode construir e instituir mecanismos de monitoria e fiscalização do OGE de transição e OGEs futuros na Guiné-Bissau?

Comunicações de:
Amarildo Lopes Correia (Relações Internacionais e Económicas)
Totas João Correia (Economista)
Moderação de: Anaximandro Menut (Administrador)

Centro Cultural Franco Bissau Guineense,18 de Julho, 17h.

 

17.07.2012 | por candela | Centro Cultural Franco Guineense, conferências, Guiné Bissau

CONFERÊNCIA: Inviabilidade dos Estados Sahelianos - FERRAN INIESTA | ISCTE-IUL

6 Junho (4ª feira) 18h, Sala C2.02 (Edificio II)
Entrada Livre


04.06.2012 | por martacacador | conferências, Estudos Africanos, ISCTE

CONFERÊNCIA: Clientelismo e corrupção em África - FERRAN INIESTA | ISCTE-IUL

5 Junho (3ª feira) 18h, Sala C2.02 (Edificio II)
Entrada Livre


04.06.2012 | por martacacador | conferências, Estudos Africano, ISCTE

Sons, Sabores e Saberes de Cabo Verde

31 Maio a 3 Junho | 10h-23h| Alameda D. Afonso Henriques, Lisboa

ENTRADA LIVRE

Esta iniciativa pretende promover a valorização da cultural cabo-verdiana, contribuindo para a sua divulgação junto da comunidade. Pretende, igualmente, proporcionar o acompanhamento das dinâmicas culturais contemporâneas, facultando o contato direto com algumas das mais significativas expressões.

O evento terá música, dança, gastronomia, conferências e diversas atividades culturais. A abertura teve lugar no dia 31 de maio, pelas 13 horas, e a sessão solene será pelas 18 horas.

Para consultar o programa: https://www.facebook.com/sonssaboressaberescaboverde?sk=info

Fundo de Apoio Social de Cabo-verdianos em Portugal

UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa)

02.06.2012 | por martacacador | cabo verde, conferências, cultura cabo-verdiana, dança, gastronomia

ConferênciaS de Estudos Africanos: Clientelismo e Corrupção em África

5 Junho 18h | Sala C202 - Edifício II - ISCTE-IUL

 

31.05.2012 | por martacacador | conferências, Estudos Africanos, ISCTE

CBDPT 2012 Call for Papers | 2ªs Conferências de Banda Desenhada em Portugal


Na biblioteca Orlando Ribeiro, dias 28 e 29 de Setembro de 2012.
‘A banda desenhada pode ser entendida enquanto arte e disciplina artística, meio e modo de expressão, mas também uma rede específica de relações sociais e uma tecnologia, um conjunto de instituições e uma relação económica. Isso permite que possa, a um só tempo, ser estudada por disciplinas tão variadas quanto a estética, a teoria da cultura, a economia, a sociologia, a semiologia, a narratologia, a mediologia, a psicanálise, os estudos pós-coloniais, os estudos feministas, a queer theory, a história da arte, a história do livro, assim como estruturações muito específicas dos discursos desenvolvidos no interior da área dos já chamados Estudos de Banda Desenhada (Comics Studies) como do cruzamento interdisciplinar entre as disciplinas indicadas ou além delas.
Estão abertas as inscrições a todos aqueles que desejem apresentar uma comunicação em torno destes objectos artísticos.’
Para mais informações consulte: http://www.cbdpt.blogspot.pt/.

28.05.2012 | por joanapereira | banda desenhada, conferências, Portugal

CONFERÊNCIA: Geopolítica dos tráficos e rebeliões no Saara-Sahel e no Noroeste de África - ISCSP-UTL

16 Maio 11:30h

Sala 5, Piso 1 - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa

15.05.2012 | por martacacador | conferências, Eduardo Costa Dias, geopolítica, Saara-Sahel

Ciclo de comunicações sobre a história do desporto - LISBOA

Todas as terças-feiras 8, 15, 22 e 29 de Maio entre 18h e 20h na Livraria Pós dos Livros

Comunicações de José Neves [IHC-FCSH/NOVA]

8 Maio - De Mário Filho a Eusébio da Silva Ferreira – as várias vidas de Gilberto Freyre (Comentário de Miguel Vale de Almeida [ISCTE-IUL])

15 Maio - José Mourinho e a história do treinador de futebol

22 Maio - De Fernando Piteira Santos a João Saldanha – a nacionalização comunista do futebol

29 Maio - Eduardo Souto Moura, o arquitecto e o estádio global

08.05.2012 | por martacacador | conferências, desporto, Gilberto Freyre

Ciclo de conferências Estudos Africanos - OS ARQUIVOS NACIONAIS E A ESCRITA LUSÓFONA

31.10.2011 | por joanapires | conferências, Estudos Africanos

Colloque internacional: Revisiter l'histoire des musiques modernes d'Afrique - Retour aux sources

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17.10.2011 | por joanapires | concertos, conferências, exposição, filmes

Grandes lições- Programa Gulbenkian Próximo Futuro 2011

2011-06-17 09:30:00
Sexta, 17 Jun 2011
09:30
Aud.3
Entrada livre
Transmissão directa online: Link aqui

Achille Mbembe
Democracia e a Ética do Mutualismo. Apontamentos sobre a Experiência Sul-africana
Nasceu nos Camarões, em 1957, e é investigador em História e Política na University of the Witwatersrand (Joanesburgo, África do Sul). Faz parte da coordenação do The Johannesburg Workshop in Theory and Criticism (JWTC). Escreveu largamente sobre política, cultura e história africanas, sendo autor de múltiplas obras em francês, como “La Naissance du maquis dans le Sud-Cameroun” (1996). O seu livro “On the Postcolony” (2001) recebeu o Bill Venter/Altron Award, em 2006. A sua mais recente publicação é &ldquo! ;Sortir de la grande nuit. Essai sur l’Afrique décolonisée” (Paris, 2010).

Eucanãa Ferraz (Brasil)
Da poesia – o futuro em questão
Qual o futuro próximo da poesia? Estaríamos, enfim, assistindo hoje à sua morte, largamente anunciada por pensadores e poetas ao longo do século XX? Há quem julgue haver sinais de que estamos, ao contrário, distantes do fim ou do esgotamento da poesia. Longe de extremos, talvez fosse possível considerar politicamente a actuação contínua e renovada dos poetas, avaliando-a como estratégia de manutenção e/ou criação de espaços viáveis para a inteligência, a subjectividade e a imaginação num mundo largamente dominado pela imagem e pela circulação tão avassaladora quanto a crítica de mercadorias. Mas os poetas nos dias de hoje acreditam nisso? Acreditar nisso não seria uma ilusão a ser descartada?Foto do Cartaz do Programa Gulbenkian Próximo Futuro de 2009

Ler mais sobre a programação? Clique aqui.

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02.06.2011 | por ritadamasio | conferências, cultura, debate, economia mundial, poesia, transmissao online gulbenkian

GRANDES LIÇÕES - dia 13 - PRÓXIMO FUTURO


Um conjunto de 4 conferências apresentadas por intelectuais, professores e escritores oriundos de África, América Latina e Europa e personalidades fundamentais da cultura contemporânea destas regiões culturais.
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13 DE MAIO DE 2011 Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian - 9h30 -17h

A 1.ª parte das Grandes Lições inicia com a conferência de PATRICK CHABAL, dedicada ao “Racionalismo ocidental depois do pós-colonialismo”. Seguir-se-ão as comunicações de KOLE OMOTOSO, sobre “A ambiguidade perigosa da tribo Wabenzi: Áfricas dos Próximos Futuros”, e de YUDHISHTHIR RAJ ISAR, intitulada “Política Cultural: enfrentando uma hidra”. Por razões alheias à organização do Próximo Futuro, o professor Breyten Breytenbach não poderá estar presente.

Para além dos diversos links que já aqui tivemos oportunidade de disponibilizar sobre os convidados desta 1.ª parte, vale a pena rever as respectivas sinopses das comunicações no site do Próximo Futuro. A entrada para assistir às Grandes Lições élivre e haverá tradução simultânea.

PATRICK CHABAL (França)
 The Politics of Suffering and Smilling (2009) The Politics of Suffering and Smilling (2009)«RACIONALISMO OCIDENTAL DEPOIS DO PÓS-COLONIALISMO»

O futuro do Ocidente está estreitamente ligado ao do mundo não ocidental. As questões ambientais que o mundo enfrenta e o crescimento inexorável do poder económico da China e de outros países asiáticos fazem com que o Ocidente não possa olhar "para o que vem a seguir" da mesma forma que o fazia antes. Mas o desafio é bem mais profundo do que o actual debate sobre o "declínio do Ocidente" sugere. A minha intervenção centrar-se-á no modo como o desafio pós-colonial colocado à perspectiva que o Ocidente tem do mundo e a influência de cidadãos não ocidentais a viver no Ocidente se juntaram para evidenciar os limites daquilo a que posso chamar o racionalismo ocidental - com o que me refiro às teorias que utilizamos para entender e agir sobre o mundo. A incapacidade crescente do pensamento social ocidental para explicar de forma plausível e abordar com êxito algumas das suas questões sociais e económicas, e alguns dos desafios contemporâneos cruciais a nível da política internacional, deixaram a nu a inadequação das ciências sociais do Ocidente à medida que se foram desenvolvendo nos séculos subsequentes ao Iluminismo. Aquilo de que o Ocidente precisa, mas que ainda não aceitou, não é de mais e melhor teoria, mas de uma nova forma de pensar.
Patrick Chabal é francês e estudou em França, nos EUA e na Grã-Bretanha. Fez investigação e deu aulas na Universidade de Cambridge (onde se doutorou em Ciências Políticas) e é actualmente professor no Departamento de História do King's College (Londres). Para além disso, foi professor visitante em Itália, em França, na Suíça, na Índia, em Portugal, na Venezuela e na África do Sul. Está envolvido num projecto a longo prazo em que se conjuga o estudo da cultura na política comparada e a pesquisa da teoria das ciências sociais. Entre as obras que deu à estampa, muitas delas traduzidas para diversas línguas, incluem-se: Amílcar Cabral (1983), Power in Africa (1992), Vozes Moçambicanas: Literatura e Nacionalidade (1994), The Postcolonial Literature of Lusophone Africa (1996), Africa Works: Disorder as Political Instrument (1999), A History of Postcolonial Lusophone Africa (2002), Culture Troubles: Politics and the Interpretation of Meaning (2006), Angola: The Weight of History (2008), Africa: The Politics of Suffering and Smiling (2009). Em 2012, deve sair The End of Conceit: Western Rationality after Postcolonialism.

KOLE OTOMOSO (Nigéria)
A AMBIGUIDADE PERIGOSA DA TRIBO WABENZI: ÁFRICAS DOS PRÓXIMOS FUTUROS

A descolonização marcou o início da sociedade industrial moderna, tanto no que se refere àqueles que lutaram contra ela como aos que eram a favor dela. Na América do Norte, na América do Sul, na Ásia e em África os povos descolonizados e os descolonizadores na Europa e no Sudeste Asiático tiveram uma nova oportunidade para reorganizar [remodelar] o mundo. Os EUA emergiram na América do Norte; o Japão apareceu (?) no Sudeste Asiático, levando consigo os locais que antes tinha ocupado, colonizado e explorado. A América do Sul ainda está a lutar para aparecer. O Norte de África e o Médio Oriente viram o futuro como o regresso às glórias pretéritas do Islão. Os Árabes eram grandiosos quando o Islão foi grandioso. O Islão precisava de ser novamente grandioso para que os Árabes recuperem a sua grandeza. Na África a sul do Saara, incluindo o Haiti, o futuro foi uma rejeição total do seu passado de escravatura, colonização e exploração por parte da Europa e da América do Norte. A nível nacional, estados como o Haiti (1804), Nigéria (1960), África (1994) e Sudão do Sul (2011) aprovaram leis que combateram o passado em vez de os direccionarem (encaminharem?) para o futuro. É como se a experiência de escravatura, colonização e pilhagem de recursos abrangesse a totalidade da sua história. Qualquer coisa que seja proveniente da Europa e da América do Norte é rejeitada quase de imediato. Mas, a nível pessoal, existe a ambiguidade do consumismo sem sequer haver a pretensão de substituir a importação. A expressão cultural é a de um período de anomia subsequente à descolonização. Romances como Things Fall Apart and No Longer at Ease, de Achebe, The BEautyful Ones are Not Yet Born, de Ayi Kwi Armah, No Sweetness Here, de Ama Ata Aidoo, e Season of Anomy, de Wole Soyinka, dizem tudo. Há ainda My Mercedes is Bigger than Yours, de Nkem Nwankwo. As questões culturais que estes romances abordam ― ressentimento, auto-estima e vingança ― não se resolvem através do suicídio ou da emigração do indivíduo africano para a Europa ou a América do Norte. A Europa e a América do Norte têm de ajudar o Africano a sentir menos ressentimento, a recuperar a sua auto-estima, pela compreensão de que a escravatura, a colonização e a pilhagem de recursos não constituem a totalidade da experiência africana e de que o melhor reside no futuro. (A tribo WaBenzi é classe moderna africana que possui um Mercedes!)
Kole Otomoso
nasceu em Akure (Nigéria), em 1943, e vive em Joanesburgo (África do Sul). Estudou no King’s College de Lagos, na Universidade de Ibadan, antes de se doutorar em Teatro e Cinema Árabe Contemporâneo na Universidade de Edimburgo. Regressou à Nigéria para leccionar nas universidades de Ibadan e de Ife (mais tarde chamada Obafemi Awolowo University). Prosseguiu a carreira académica na Escócia, no Lesoto e na África do Sul: leccionou na University of the Western Cape (Cidade do Cabo) e na University of Stellenbosch. Entre as suas obras incluem-se The Combat (1972), Just Before Dawn (1988), Season of Migration to the South (1994), Achebe or Soyinka: a study in contrasts (1996). O livro de memórias Witness to Possibilities aguarda publicação (África do Sul, Setembro de 2011; Nigéria, Julho de 2011).
YUDHISHTHIR RAJ ISAR (França)
«POLÍTICA CULTURAL»: ENFRENTANDO UMA HIDRA

A expressão «política cultural» tornou-se um guião global mas, como quase todas as palavras relacionadas com o conceito contemporâneo de 'cultura', a «política cultural» é entendida de formas muito diversas. Estas noções são muitas vezes utilizadas em relação com outros tropos contemporâneos, como 'identidade', 'democracia' ou 'direitos'. Assim, constituem corpos de conhecimento e de prática motivados por tensões e paradoxos e cujo ordenamento pode ser tão esclarecedor quanto obscuro. Algumas destas questões serão abordadas numa perspectiva internacional e transcultural.
Yudhishthir Raj Isar é um analista cultural independente, assessor e conferencista. É professor de Estudos de Políticas Culturais na Universidade Americana de Paris, Maître de Conférence no Institut d’Etudes Politiques e professor visitante noutras universidades. É co-editor e fundador da The Cultures and Globalization Series. Foi presidente da plataforma Culture Action Europe (2004-2008). É membro e/ou assessor de organizações na Europa, América do Norte e Ásia; consultor em fundações privadas, organizações intergovernamentais e na Comissão Europeia. Durante três décadas foi broker of ideas na UNESCO, onde desempenhou as funções de secretário executivo da Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento e de director e do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura.
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22:00 / EXPOSIÇÃO / Salas 1 e -1 Sede «FRONTEIRAS» / MALI
Bienal Africana de Fotografia «Bamako’09»

Exposição de fotografias de artistas africanos e afro-americanos que resulta dos 8.ºs Encontros de Fotografia de Bamako, a mais importante bienal de fotografia africana. São várias dezenas de fotografias e vídeos de 53 fotógrafos, todos eles glosando o tema «Fronteiras». A questão, abordada sob múltiplos ângulos e com o recurso a várias técnicas, não deixa de ser pertinente no mundo globalizado actual, mas surge associada  de forma particular ao sofrimento e à exclusão, à esperança e às utopias de quem vive em África ou faz parte da diáspora africana. Ao contrário do que foi hábito durante muitos anos, com as imagens de africanos e da sua realidade a serem apresentadas por fotógrafos e realizadores não africanos, desta vez há um discurso fotográfico e imagens cuja autoria é daqueles que habitam neste continente ou que a ele regressam por pertença e dessa realidade fazem a sua representação.
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24:00 / BAILE / Garagem da Fundação Calouste Gulbenkian com DJ’s
KENNETH MONTAGUE e LYNDON BARRY

(entrada livre)

11.05.2011 | por martalanca | conferências, Patrick Chabal, próximo futuro

O ESTADO DAS ARTES EM ÁFRICA E NA AMÉRICA DO SUL

5.º WORKSHOP DE INVESTIGAÇÃO12 DE MAIO DE 2011
Auditório 3 da FCG. 09h30 – 17h30 / ENTRADA LIVRE
Quando propusemos como tema de investigação “O Estado das Artes em África e na América do Sul” no âmbito do Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea – centrado nos países, nos criadores, pensadores, artistas, nos problemas dos países da América Latina e Caraíbas, de África e da Europa –, não imaginávamos que no momento em que este Workshop se realiza, parte destes países estivesse a viver mutações tão profundas com consequências para toda a humanidade.
Mas sabíamos das alterações profundas em todos os domínios da vida que três décadas de democracia acrescidas de progresso económico tinham alterado significativamente a maioria dos países da América Latina. Sabíamos também que em África, dada a sua profunda diversidade e desigualdade económica e política, muitos países se preparam para atingir os objectivos do milénio, enquanto outros, já se prevê, não os atingirão. Sabíamos também que as relações Sul – Sul, que têm uma história muito mais longa do que os media descrevem, se acentuaram na última década, o que veio alterar relações de força, comerciais e de fluxos de pessoas e bens. A abordagem feita do ponto de vista cultural, e não exclusivamente artística, ao longo destes três anos que o Programa já leva, confirma-nos que o Próximo Futuro para toda a humanidade passa necessariamente pelo que acontecer nestas regiões culturais, com as enormes diferenças que, é preciso reafirmar, existem entre os países e, melhor, entre as cidades e as zonas rurais que os constituem.
À semelhança dos quatro Workshops anteriores, queremos contribuir com a produção e difusão de teoria nos campos das ciências sociais e das artes, e uma vez mais em colaboração com Centros de Investigação de excelência, nacionais e internacionais.
09h30
IMAGINÁRIOS POST-UTÓPICOS EN LA ACTUAL NARRATIVA CUBANA
Magdalena López (CEC-Centro de Estudos Comparatistas/UL)
A partir de los años noventa, la narrativa cubana indaga sobre el derrumbe de la utopía revolucionaria. Generalmente, la crítica literaria ha tendido a establecer una diferenciación entre aquellos narradores que fueron hijos de la utopía, nacidos apenas unos pocos años antes de 1959 y los posteriores, que nacieron en el fracaso de esa misma utopía, con posterioridad a aquel año. Ambos grupos se distinguen por un rasgo fundamental: los primeros llegaron a compartir una fe en las premisas de la revolución que los más recientes nunca tuvieron. A pesar de este rasgo distintivo, es posible encontrar puntos de encuentros entre los “desengañados” y los “novísimos” que nos llevan a replantear cómo abordar nuevas subjetividades en un nación que aparenta no tener futuro. Mi investigación comprende un estudio comparativo de las novelas El libro de la realidad (2001) de Arturo Arango, Las bestias (2006) de Ronaldo Menéndez (2006), Paisaje de otoño (1998) de Leonardo Padura y Cien botellas en una pared (2002) de Ena Lucía Portela.  La obras coinciden en la necesidad de deconstruir los parámetros identitarios y teleológicos del discurso revolucionario al tiempo que, las últimas dos, lejos de anunciar el fin de la historia; sugieren nuevas posibilidades de agenciamiento que se resisten a la debacle post-utópica.

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11.05.2011 | por martalanca | conferências, próximo futuro