BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho

BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho "O filme é sobre a espera, sobre os tempos de espera. Se pode haver diferenças entres as acções das pessoas de cá e as pessoas de lá, a espera permite-nos reconhecer uma unidade e uma semelhança. Por definição, quando esperamos estamos dependentes de alguma coisa exterior que não controlamos e de que estamos dependentes e esse estado de vulnerabilidade é universal. O quotidiano da espera é comum a todas as pessoas do mundo e facilmente reconhecível e identificável." Pedro Pinho

10.07.2012 | por Marta Lança

Lisboa Mestiça, de José Manuel de S. Lopes, João Vilhena e Vitor Belanciano

Lisboa Mestiça, de José Manuel de S. Lopes, João Vilhena e Vitor Belanciano Um dia na cidade de Lisboa. Do nascer do dia à noite e os lugares mágicos da cidade, cheios de história e prontos a receber novas memórias. O nascimento, o casamento, a refeição, a morte, actos principais e comuns à humanidade, aqui observados nas várias comunidades imigrantes de Lisboa, fragmentos da história diária.

20.06.2012 | por José Manuel de S. Lopes

Património Fotográfico: Quem é Dono da Memória do "Antes"?

Património Fotográfico: Quem é Dono da Memória do "Antes"? Um pouco por todo o continente africano assiste-se ao renascer de uma indústria da cultura e da memória, mesmo de um culto da memória. E talvez seja uma boa novidade.

10.05.2012 | por P.J. Marcellino

A mídia, as cotas e o sempre bom e necessário exercício da dúvida

A mídia, as cotas e o sempre bom e necessário exercício da dúvida 'Tudo isso que está sendo defendido hoje pelos que são contra as cotas, esses homens da classe de cor dos séculos XIX e XX também já defenderam, em vários momentos, coagidos ou de livre vontade. Quando livres, porque os escravos eram proibidos de frequentar a escola pública, brigaram por educação de qualidade e, quando tinham a oportunidade de estudar, agarravam-se a ela como a única esperança de um futuro mais digno. Esperança que morreu frente ao descaso, a promessas nunca cumpridas, à constatação de que seus sonhos de serem cidadãos plenos e de direito, iguais a todos os outros como sempre pregou a constituição, nunca esteve nos planos de quem os governava.'

08.05.2012 | por Ana Maria Gonçalves

Arquétipos e caricaturas do negro no cinema brasileiro

Arquétipos e caricaturas do negro no cinema brasileiro É um tipo recente, mas que veio para ficar. Trata-se do cidadão brasileiro de pele negra, que procura ressaltar seus traços culturais africanos (ou que acredita ser africano) nas roupas, penteados etc. Os exemplos mais evidentes encontram-se na música popular (os blocos afro do carnaval de Salvador, Gilberto Gil, Carlinhos Brown), já ironizados em programas humorísticos da televisão (Arnaud Rodrigues e Chico Anísio fazendo Baiano e os Novos Caetanos, ou as charges do programa Casseta e Planeta).

20.03.2012 | por João Carlos Rodrigues

O homem que fazia acontecer

O homem que fazia acontecer História do guineense que chegou a Lisboa sem dinheiro e transformou o Bairro Alto no ponto de encontro da elite artística e intelectual dos anos 80.

06.02.2012 | por Raquel Carrilho

Cine africano, registro de la pluralidad - entrevista a Mariano Bartolomeu

Cine africano, registro de la pluralidad - entrevista a Mariano Bartolomeu Las audiencias están acostumbradas al cine comercial y las películas africanas tratan de nuestros problemas con un lenguaje elaborado, fuera de los esquemas tradicionales. Por eso se necesita ir formando un público para que reflexione sobre la realidad desde el cine; un proceso lento, pero posible. Los jóvenes hoy son muy mediáticos y debemos tener en cuenta también el producto de estas visiones, sin esperar que tengan una codificación compleja.

06.12.2011 | por Mariano Bartolomeu

O cinema africano entre sonho e realidade

O cinema africano entre sonho e realidade Os festivais de cinema africanos nasceram nos anos sessenta, num ambiente de revolução cultural e independências políticas, e foram em parte fruto de iniciativas privadas, que foram mais tarde institucionalizadas pelo estado. Ao longo dos anos, o cinema africano foi ganhando cada vez mais visibilidade internacional.

22.11.2011 | por Inês Thomas Almeida

Kilombos: um filme-resgate sobre o Brasil quilombola

Kilombos: um filme-resgate sobre o Brasil quilombola Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

21.11.2011 | por Paulo Nuno Vicente

Espectros da Guerra Fria

Espectros da Guerra Fria "Cartas de Angola" é um filme sobre o que foi a presença dos cubanos em Angola. Angola nunca aparece fisicamente e é apenas uma referência na capacidade de evocação dos cubanos. Ou seja, o que eles se lembram do que foi a passagem por Angola. Ouvir esses cubanos falar sobre Angola, lembra, às vezes, pessoas acabadas de acordar que contam os seus sonhos ou pesadelos. É intenso.

24.10.2011 | por António Tomás

Memória do esquecimento: a invisibilidade da História negra no Rio de Janeiro

Memória do esquecimento: a invisibilidade da História negra no Rio de Janeiro Este ensaio propõe discutir a escassa visibilidade da história e da memória escravas na paisagem urbana do Rio de Janeiro, especialmente no contexto de processos históricos de reconversão urbana, ideologias nacionais de mestiçagem e políticas afirmativas recentes a favor da população afro-brasileira.

24.10.2011 | por André Cicalo

Licínio de Azevedo: Crónicas de Moçambique

Licínio de Azevedo: Crónicas de Moçambique Dar a voz aos outros. Ouvir os outros. Ancorar o seu trabalho na observação de uma determinada realidade histórica e social. Pôr as pessoas a representarem-se a si mesmas. Estas são as premissas do trabalho de Licínio e que se podem resumir numa frase: o desejo de ir ao encontro de alguém.

15.10.2011 | por Margarida Cardoso

Dockanema 2011

Dockanema 2011 Não poderia haver melhor escolha, ao abrir o 6º Dockanema, que o filme de Patrício Guzman “Nostalgia da Luz “, numa edição que se propõe render homenagem ao cineasta Ruy Guerra, para mais uma vez reafirmar esse propósito. Os primeiros filmes do Patrice Guzman foram mostrados em Moçambique logo após a independência, e ele é um dos raros realizadores cuja toda a obra cinematográfica foi mostrada no nosso país. Escolhi a Nostalgia da Luz, por ser, na minha opinião, o melhor exemplo disponível do documentário como memória de um povo.

07.09.2011 | por Pedro Pimenta

Salazar vai ao cinema - A “Política do Espírito” no Jornal Português

Salazar vai ao cinema - A “Política  do Espírito” no Jornal Português Os temas que o Jornal Português – produzido de 1938 a 1951 com patrocínio do Estado Novo – abordou clarificam como o regime quis projectar a nação e pensou a relação do cinema com o público. Salazar vai ao cinema - O Jornal Português de actualidades filmadas não pôde desenvolver a análise desses temas nem tão pouco dar conta do caso de intercâmbio noticioso com o congénere espanhol, NO-DO. Salazar vai ao cinema - A “Política do Espírito” no Jornal Português propõe-se complementar, assim, a abordagem a essa colecção de actualidades cinematográficas.

08.07.2011 | por Maria do Carmo Piçarra

Passagem de imagens, imagens da passagem

Passagem de imagens, imagens da passagem Ao lado de expressões já consagradas, como expanded cinema, migração das imagens, film exposé e mesmo terceiro cinema, a noção de “passagens da imagem” foi usada, num determinado momento, para descrever o movimento da imagem cinematográfica para fora da sala, constitutiva e definidora do dispositivo clássico. A partir dos anos 1970, o cinema não só conquistou espaços (museus, galerias, centros de arte), como adquiriu novas formas. Uma das importantes exposições que iluminam esse processo intitulava-se justamente Passages de l'image.

07.07.2011 | por Lúcia Ramos Monteiro

O NASCIMENTO DE UMA IMAGEM Mueda, Memória e Massacre, de Ruy Guerra (1979)

O NASCIMENTO DE UMA IMAGEM Mueda, Memória e Massacre, de Ruy Guerra (1979) O filme "Mueda, Memória e Massacre" (1979), de Ruy Guerra, definido oficialmente como a primeira longa-metragem de ficção moçambicana, poderia ser considerado, numa primeira leitura, como uma reconstituição cinematográfica.No dia 16 de Junho de 1960, a administração portuguesa de Mueda reprimiu violentamente uma manifestação pacífica em prol da melhoria das condições de vida e de trabalho. As circunstâncias do Massacre permanecem ainda hoje ambíguas, particularmente no que respeita ao número de vítimas - 14, segundo o relatório oficial português; mais de 600, de acordo com a Frelimo.

02.07.2011 | por Raquel Schefer

"Terceira Metade": Transnacionalização de talentos e tecnologias no cinema moçambicano

"Terceira Metade": Transnacionalização de talentos e tecnologias no cinema moçambicano Os primeiros filmes contra o colonialismo português em Moçambique foram feitos por realizadores estrangeiros a convite da FRELIMO, transformando o país em um laboratório de experiências para Ruy Guerra, Jean Rouch, Jean-Luc Godard, Murilo Salles, José Celso Martinez Corrêa, Santiago Alvarez, e muitos outros cineastas. Uma reflexão sobre um capítulo da história do cinema moçambicano apresentada no seminário 'Terceira Metade', no Museu de Arte moderna do Rio de Janeiro.

24.06.2011 | por Alessandra Meleiro

Cinema guineense: referências a Amílcar Cabral

Cinema guineense: referências a Amílcar Cabral O artigo apresenta uma análise comparativa da figura do líder pró-independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau, Amílcar Cabral (1924-1973), presente na comédia musical Nha Fala (2001) e na comédia dramática Udju azul di Yonta (1992), ambas do cineasta guineense Flora Gomes. Objetiva-se demonstrar a complexidade que é conferida à sua atuação e aos rumos tomados por seus seguidores.

21.06.2011 | por Kelly Mendes Lima

Africanas!

Africanas!  Submissão, independência, mulheres negras nuas, mulheres brancas de véu, rituais de sacrifício, mulheres solteiras, casamentos poligâmicos, aids, amor: durante uma viagem pela África conheci mulheres de culturas completamente diferentes mas que vivem, igualmente, conectadas em seus espaços e tempos. A partir destes encontros surgirá um documentário longa metragem dando voz a estas mulheres e falando sobre o choque cultural entre estes vários mundos.

20.06.2011 | por Eliza Capai

'48': Imagens que gritam - entrevista com Susana de Sousa Dias

'48': Imagens que gritam - entrevista com Susana de Sousa Dias As fotografias de cadastro têm histórias para contar. Em 48, Susana de Sousa Dias dá voz a imagens fixas, para que a memória não se cale. É uma experiência estética e emocional que não deixará ninguém indiferente. E também uma das grandes obras do cinema português recente. A realizadora fala das imagens que nos olham e da forma como nós olhamos as imagens.

07.06.2011 | por Manuel Halpern