"Fénix, O Impossível Não Existe", de Gisela Van-Dunann

A psicóloga Gisela Van-Dunann lança no dia 7 de agosto, sábado, às 16h, o seu primeiro livro intitulado Fénix – O Impossível Não Existe, no Espaço Espelho d’Água, em Lisboa. O evento conta com a presença da autora, da apresentadora Nádia Silva, da cantora Khira, de Marcelo Camargo e Bianca Camargo. A obra é uma espécie de autobiografia de Van-Dunann e traz ao debate questões como a naturalização do abuso sexual, da parentalidade violenta, da depressão, dos efeitos dos maus tratos na infância e um questionamento pertinente: “É possível conciliar a fé e a ciência na recuperação da depressão e dos traumas?”

Até que ponto o ser humano é posto à prova? Esta é a pergunta que Gisela Van-Dunann vai tentar responder, após ter “morrido várias vezes” e ter renascido, como uma fénix, nome que veio a entitular o seu livro.

Existem sociedades onde há abusos que não são vistos como tal. O abuso sexual de menores tem, em muitos países africanos, uma dimensão que quase podemos chamar cultural. As vítimas costumam ser raparigas menores porque, em determinados países, “quando uma menina atinge a puberdade, já não é abuso” e a parentalidade violenta é vista como educação.

Neste relato biográfico, como paciente e terapeuta, Gisela faz uma descrição detalhada de situações traumáticas a que esteve sujeita, desde: rejeição, abusos, tortura, entre outras calamidades, o que veio facultar-lhe uma visão interna do funcionamento do trauma no ser humano a nível emocional e fisiológico.

O livro soluciona muitas dúvidas que as pessoas costumam ter sobre esta doença silenciosa e invisível a que se dá o nome de depressão. Como funciona a mente destas pessoas? Se é possível recuperar? Se a recuperação depende de força de vontade? Gisela vai responder como é que se chega e o mais importante como é que se saí de um dos piores destinos da atualidade, a depressão.

Numa altura que se fala imenso sobre saúde mental ou depressão, a doença que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) afeta cerca de 120 milhões de pessoas no mundo, fazendo com que a doença seja a principal causa de invalidez e uma das principais causas das baixas laborais em países desenvolvidos. A OMS prevê que em 2030 a depressão será a segunda maior causa de incapacidade em todo o mundo.

Fénix – O Impossível Não Existe é uma história de resiliência humana. Um livro que fala sobre as alterações que acontecem a nível cerebral especificamente nas vítimas dos maus tratos e do abuso sexual, como é que funciona o cérebro das pessoas que passam por traumas. Traumas que a Psicologia por si não consegue explicar como se superam, nem a medicina criou ainda medicamentos que os convalesçam.

Desta forma, Gisela traz para o debate um questionamento pertinente, será que é possível conciliar a fé e a ciência no estudo e na recuperação do ser humano. A obra mostra aos leitores qual foi a chave da cura da autora.

Gisela Van-Dunann é natural de Lisboa. Psicóloga Clínica formada na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Criadora do Fénix Bootcamp, um grupo de terapia intensiva online estruturada de modo a alcançar o maior número de pessoas possível em resposta à crescente procura de apoio psicológico derivada à pandemia da Covid-19. É coordenadora do Grupo de Apoio às Mulheres, diaconisa e líder de equipa no Arena Jovem na Comunidade Evangélica SNT Lisboa.

Poliglota e autodidata, é uma amante do conhecimento, o que a permite intervir terapeuticamente na terapia individual, de casal e familiar em 5 línguas diferentes e em vários países.

Nas suas redes sociais partilha vídeos, sábias e edificantes reflexões sobre os mais variados temas da Psicologia como parentalidade, autoestima, ansiedade, entre outros.

Desde janeiro de 2021, apresenta na RTP África o programa Viva Saúde. Participou também em palestras e programas televisivos.

02.08.2021 | por martalanca | abuso sexual, Fénix

UNA - União NEGRA das Artes

AṢẸ! SOMOS A UNA!

É com alegria que lançamos publicamente a UNA - União NEGRA das Artes, constituída em Abril de 2021, no seio da luta antirracista em Portugal e na sequência das diversas manifestações e debates recentes em torno da reivindicação de direitos humanos, da descolonização do conhecimento e da valorização do legado artístico-cultural protagonizado por pessoas negras. Estamos felizes por constituir esta associação que visa defender os interesses específicos da negritude no setor cultural, tendo em conta as continuidades históricas do racismo colonial que, até hoje, mantém assimetrias profundas que dificultam a criação, a fruição, o acesso, a produção, a programação e, consequentemente, a representatividade negra no setor artístico em Portugal.

Somos um espaço aberto para quem se reveja nos nossos princípios - celebração, denúncia, transparência, interseccionalidade, horizontalidade, representatividade e ancestralidade - e pretenda combater as desigualdades raciais historicamente construídas assim como celebrar o nosso longo e rico legado artístico.

Os nossos principais objetivos são a promoção, elevação e fortalecimento da representatividade negra no campo artístico, assim como o reconhecimento e a valorização do património imaterial da população negra em Portugal.
O nosso foco principal é contribuir para a elaboração de políticas de reparação e medidas de ação afirmativa no setor cultural, em articulação com artistas, movimentos sociais, entidades públicas e privadas. Cabe-nos também produzir dados e ferramentas que evidenciem as desigualdades raciais, através de um auto-mapeamento ao nível nacional.

Somos uma equipa diversificada composta por 35 pessoas que desenvolvem o seu trabalho no setor cultural em vertentes artísticas abrangentes, enquanto artistas, mas também nas áreas da gestão cultural, agenciamento, curadoria, programação, investigação e arte-educação.

O nosso trabalho já começa a dar frutos, e este é um momento de importante celebração para o setor artístico e a sociedade civil, pois a ponte de diálogo estabelecida entre a União Negra das Artes e a Direção Geral das Artes, resultou na adição de um novo subcritério de apreciação no Programa de Apoio a Projetos 2021, que valoriza a inclusão de elementos que representem a diversidade étnico-racial, designadamente de afrodescendentes.

ARTE, UNIDADE E LUTA!

UNA - União Negra das Artes

www.uniaonegradasartes.pt

geral@uniaonegradasartes.pt

comunicacao@uniaonegradasartes

02.08.2021 | por Alícia Gaspar | arte, cultura, DGA, multiculturalidade, negritude, Portugal, união negra das artes

VI FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA - 12 a 18 de setembro

Acontece em setembro a 6a edição do Festival de Poesia de Lisboa com participação do autor moçambicano Mia Couto.

O tema do VI FPL, que acontece de 12 a 18 de setembro de maneira virtual, é Terra: uma poética de nós, com o objetivo de amarrar as narrativas que estão pelos territórios da língua portuguesa. 

Poetas de 6 países diferentes participam desta edição. Entre os destaques, além do homenageado Mia Couto, estão nomes como Boaventura de Sousa Santos, Heloísa Buarque de Hollanda, Luz Ribeiro, Ondjaki, Fado Bicha, TRANSarau e Judite Canha Fernandes. Serão 9 mesas, 6 saraus, 3 oficinas e 3 espetáculos poéticos, além da Cerimônia de Premiação, que contemplará o primeiro lugar com o Troféu de participação, certificado e publicação de um livro de poesias com lançamento na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP de 2022).

A programação é aberta ao público geral através das redes sociais do Festival.  As inscrições, que encerraram em maio, oferecem aos poetas inscritos acesso às três oficinas de criação literária, um espetáculo poético exclusivo, participação no concurso de poesias, publicação do poema na antologia Terra: uma poética de nós e ainda três exemplares do livro. 

A sexta edição do FPL tem apoio do Instituto Camões, do Espaço Espelho D’Água, do Museu da Língua Portuguesa e da Associação ILGA de Portugal.

Sobre o Festival 

O Festival de Poesia de Lisboa é uma iniciativa sem fins lucrativos criada em 2016, que tem como principal objetivo a valorização da Língua Portuguesa e o incentivo à leitura. Ao longo dos últimos anos, ele tem fomentado a democratização da palavra através da participação de poetas lusófonos de diversas idades, classes, géneros e raças. 

É um Festival aberto ao público e a todas as nacionalidades, mas apenas pessoas que tenham a língua portuguesa como língua materna podem participar da antologia comemorativa e concorrer aos prémios nos termos e condições estabelecidos no regulamento.

Idealizado por Jannini Rosa e Carla De Sà Morais, o FPL tem apoio institucional do Instituto Camões desde 2018.

Sobre o curador

João Innecco é poeta, curador e educador em prisões. Editor da Antologia Trans (Invisíveis Produções, 2017), organizador do livro Sarau Asas Abertas : Penitenciária Feminina da Capital (Tietê, 2019) e autor das publicações artesanais Fumaça (2017), Tinto (2018), Solo (2019) e Baby (2019). Integra o TRANSarau, que recebeu o Prêmio Mix Brasil 2018, e foi um dos poetas do Sarau Asas Abertas, sarau indicado ao Prêmio Jabuti 2020. Participa como educador do Entre Versos e Vigas, laboratório de comunicação com LGBTs encarcerados no CDP III de Pinheiros.

29.07.2021 | por Alícia Gaspar | festival de poesia, lisboa, lusofonia, Mia Couto, poesia

Temos de Falar, à conversa com Gisela Casimiro

Já está online a primeira sessão da rubrica mensal do BUALA Temos de Falar, no Lugar da Cultura (CML)/ Livraria Barata, com Gisela Casimiro a moderar, o filósofo André Barata e o advogado Francisco Teixeira da Mota sobre “A era digital e o desligamento do mundo”

Vale muito a pena ouvir: 

22.07.2021 | por Alícia Gaspar | a era digital e o desligamento do mundo, André barata, buala, francisco Teixeira da mota, livraria barata

Augusta Conchiglia - exposição de fotografia no Museu do Aljube

Inauguração dia 22 de julho às 12h. Entrada livre.

 

22.07.2021 | por Alícia Gaspar | angola, Augusta Conchiglia, exposição de fotografia, fotografria

Lançamento do Livro "Latinamerica 2020", de Gabriela Noujaim

LATINAMERICA 2020

Lançado nesta quarta-feira (14), o livro-experiência “Latinamerica 2020”, de Gabriela Noujaim, é composto por serigrafias em diversos suportes.

A partir desta quarta-feira (14), a Simone Cadinelli Arte Contemporânea apresenta o livro de artista “Latinamerica 2020”, idealizado e produzido durante a pandemia pela artista Gabriela Noujaim, o livro-experiência é composto por serigrafias em diversos suportes – com imagens visíveis e “ocultas”, em tinta ultravioleta e só reveladas com luz negra –, um vídeo (em pendrive) e textos realizados por mulheres que relataram suas experiências durante o período da pandemia em 2020.

Gabriela Noujaim criou a série de serigrafias com o mapa da América Latina sobre máscaras cirúrgicas – “Cov19 Latinamerica” – que foram enviadas para profissionais da saúde e para mulheres de diversas regiões e áreas de atuação. Como parte do trabalho, as mulheres, em seu ambiente de trabalho, faziam selfies com a máscara, e enviavam a foto para a artista. Seus retratos integram o vídeo, e ilustram sete relatos, sobre suas experiências durante a pandemia. A serigrafia “Mulheres Latinamerica 2020” é feita sobre espelho, permitindo uma dupla imagem ao ser vista: a criada pela artista, e o rosto do espectador.

Nesses tempos de reinvenções diárias, no sentido de reexistir, Gabriela Noujaim cria formas inusitadas de questionar o estabelecido, abrindo diálogos para uma interação. Uma performance do objeto-máscara no campo das experimentações com o outro, que passa a ser de alguma forma parte da obra da artista no ato de vestir a máscara registrado pelos destinatários, nos apresenta estratégias de coletividades humanas e enfatiza um estado de atenção para as questões sociais e humanitárias.

“Latinamerica 2020” está exposto em um espaço dedicado à artista dentro da exposição “Modo Contínuo”.

A visitação se dará por agendamento prévio. As obras, com suas informações específicas, poderão ser vistas também no site da galeria: https://www.simonecadinelli.com.

“MODO CONTÍNUO”

Simone Cadinelli Arte Contemporânea

Artistas: Claudio Tobinaga, Gabriela Noujaim, Isabela Sá Roriz, Jeane Terra, Jimson Vilela, Leandra Espírito Santo, Pedro Carneiro, PV Dias, Roberta Carvalho e Virgínia Di Lauro.

Período de exposição: 23 de junho a 27 de agosto de 2021, sob agendamento prévio.

De segunda a sexta, das 13h às 18h.

Agendamento: +55 21 3496-6821 | +55 21 99842-1323 (WhatsApp).

Entrada gratuita.

15.07.2021 | por Alícia Gaspar | gabriela noujaim, latinamerica 2020, livro-experiência, pandemia

Plataforma Buala | Estudo das formas digitais do debate cultural pós-colonial

A Alícia Gaspar está a concluir o Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, e selecionou o BUALA para estudar as formas digitais do debate cultural pós-colonial.

Assim, ela pede 2 minutos do vosso tempo para responderem a este mini-inquérito:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfwUzK3Mxwj2FK6tNnyMdF-rStj37GM...

A pertinência deste estudo reside no facto de o BUALA ser um portal online que se insere nas novas formas de promoção de debate cultural no campo digital, concebido para promover, divulgar e partilhar artigos sobre o pós-colonialismo dando prioridade à lusofonia, reunindo contributos de vários autores e estudiosos de todo o mundo, e reconhecido pela abordagem de temas pouco investigados nos media tradicionais.

13.07.2021 | por Alícia Gaspar | buala, cultura, inquérito, lusofonia, Portugal, pós-colonialismo

Julho no Padrão dos Descobrimentos

“No Padrão dos Descobrimentos há fotografias para debater impérios e colonialismo”—Vasco Rosa, Observador

A fotografia foi um elemento fundamental da história do moderno colonialismo português. Sem ela, a idealização e o conhecimento sobre os territórios coloniais, seus recursos e populações, teriam sido diferentes. Visões do Império, com curadoria de Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo, dá-nos um vislumbre dos contextos de produção e dos usos da fotografia, relacionando-os com alguns dos eventos e processos mais relevantes da história do império colonial português.

25 julho, 11 horas - Visita Conversada com Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo

O que aconteceu a Belém depois da Exposição do Mundo Português? 
Este é mote para o próximo passeio Lembrar Belém, dia 18 de julho, às 10h30, uma das muitas atividades propostas pela equipa de Serviço Educativo, entre oficinas para os mais novos, passeios em família e visitas guiadas. Mais informações através do email se@padraodosdescobrimentos.pt

No passado dia 10 de junho, apresentamos em parceria com o Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH o Prémio Amílcar Cabral, destinado a promover a investigação científica sobre as resistências anticoloniais. O prémio consiste numa bolsa atribuída anualmente a um/a investigador/a recém-doutorado/a numa universidade estrangeira ou nacional. As candidaturas estão a decorrer até ao dia 1 de outubro. 

13.07.2021 | por Alícia Gaspar | Belém, colonialismo, exposição, Padrão dos Descobrimentos, prémio Amilcar Cabral, visões do império

JORNADA com Suzanne Daveau, Duarte Belo e Luísa Homem

Atlas Suzanne Daveau

EXPOSIÇÃO | 16 abr. - 30 jul. ‘2 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre

exposição Atlas Suzanne Daveau na Biblioteca Nacional de Portugal, continua patente até ao final do mês, dia 30 de julho.
filme SUZANNE DAVEAU, realizado por Luísa Homem, será exibido no Cinema Nimas no dia 14 de julho, seguido de uma conversa com a realizadora.

“As fotografias de Suzanne Daveau registaram o tempo longo das sociedades rurais ocidentais ou tribais de África, as paisagens quase intocadas pela mão humana, mas também o enunciar de um mundo em progressiva mudança. O Atlas Suzanne Daveau é este percurso por um singular universo fotográfico que procurou uma ideia de verdade. Este é o retrato, o mapa, a geografia de uma mulher incansável que procurou conhecer e transmitir a sabedoria humana que se revela da terra. Talvez o que essa busca hoje nos devolva seja a inquietação do tempo presente. As suas fotografias dizem-nos, também, que o conhecimento é a melhor ferramenta que temos para lidar com um mundo aberto e em mudança permanente.

Esta abordagem ao universo fotográfico de Suzanne Daveau constitui uma interpretação concreta das imagens com que nos deparámos. Este não é um trabalho definitivo, na medida em que muitas outras leituras poderão ser feitas por outras pessoas. Este trabalho não tem um carácter monográfico. Foi nosso desejo construir um objeto de comunicação que, de algum modo, consiga transmitir a força das imagens e ao mesmo tempo fazer uma ponte com a contemporaneidade, com alguns dos problemas com que a humanidade hoje se depara, nomeadamente aqueles que se prendem com a terra que nos acolhe.

A exposição organiza-se em quatro grandes áreas temáticas: RuralHumanidadeCidade; e NaturezaEstes são os elementos que, diríamos, emanam da representação que Suzanne Daveau procurou com as suas fotografias. Na referência ao carácter científico das suas imagens, adicionámos as fichas que se encontram em arquivo no Centro de Estudos Geográficos, no núcleo Processo. Um sexto grupo de imagens, Tempo, é constituído por fotografias do seu avô, Léon Robert.

Considerámos ainda dois grupos de imagens que, de algum modo, são unidades «flutuantes» nesta exposição, estabelecendo relações de descontinuidade com os grupos anteriormente referidos. Há um conjunto de imagens em que estão representadas pessoas, quase sempre isoladas, que contemplam a paisagem. Nessas diferentes pessoas quase que podemos ver Suzanne Daveau a ler, perscrutar, a interpretar as paisagens. Um último conjunto de fotografias é definido por imagens que tivemos dificuldade em ligar a qualquer uma das categorias anteriormente apresentadas. São imagens, por vezes, enigmáticas e inquietantes. São descontinuidades no seu trabalho que abrem portas para outras leituras, à margem de um pensamento geográfico.” — Duarte Belo / Madalena Vidigal

*Suzanne Daveau, hoje com 96 anos, começou pelo ensino secundário, mas seria quase toda a vida Professora Universitária em Besançon, Dakar, Reims e Lisboa. Investigou em temas variados como Geomorfologia e Climatologia, Geografia Histórica e Regional, História da Geografia e Cartografia. A partir de 1965 colaborou estreitamente com Orlando Ribeiro (1911-1997). Entre as suas obras destacam-se Les Régions Frontalières de la Montagne Jurassienne (tese de doutoramento, 1959), O Ambiente Geográfico Natural (1970, 5ª ed., 2019), La Zone Intertropicale Humide (com O. Ribeiro, 1973), Distribuição e Ritmo de Precipitação em Portugal (1977), Portugal, o Sabor da Terra (com J. Mattoso e D. Belo, 1998, 2ª ed., 2010) e Um Antigo Mapa Corográfico de Portugal (2010).

10.07.2021 | por Alícia Gaspar | cinemas nimas, convite, doc's Kingdom, Duarte Belo, jornada, Luísa Homem, Suzanne Daveau

Uma jornada com António Ole, por Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos

No domingo, 11 de julho, o Doc’s Kingdom convida para uma jornada na Casa da Cerca, com António Ole, Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos.

10.07.2021 | por Alícia Gaspar | Ana balona de oliveira, António Ole, casa da cerca, convite, doc's Kingdom, Isabel Carlos

Festival do Conhecimento UFRJ - Futuros Possíveis

Bate papo com Michelle Sales, Elisa de Magalhães, Marta Lança e Mariah Rafaela Silva que tem como interesse refletir sobre a descolonização como agenda política no campo da arte. Iremos debater o tema a partir do questionamento da função social do museu como imaginário do aparato colonial e seus desdobramentos no campo simbólico e de formação de memórias coletivas e individuais. Além disso, abordaremos a questão das coleções e dos arquivos nas instituições de arte, pensando os modos de circulação, legitimação e preservação das obras, bem como a problemática em torno das restituições. Ademais, no caso do Brasil, discutiremos as curadorias, editais, espaços de visibilidade e circulação para a arte contemporânea, abordando as relações étnico-raciais e de gênero e de sexualidade.

dia 12 de julho 11h30 - 13h30 

+ infos 

08.07.2021 | por martalanca | campo da arte, descolonizar, Festival do Conhecimento

'Pele Escura': "um problema que estamos com ele"

Uma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria AbranchesUma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria Abranches

Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais.O breve documentário de Graça Castanheira conta a história da visita de um pequeno grupo de pele escura que mora na Trafaria, ao Centro Cultural de Belém. Ironicamente e como se se tratasse de um espelho, a visita tinha por fim fazer com que o grupo assistisse ao próprio documentário acerca dessa mesma visita. Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais. 

Trata-se de uma relação ou de um conjunto de relações que se encaixam, em parte, numa ideia bastante essencializada do contacto de culturas. Resta saber qual a margem que o próprio documentário cria para conceber relações que escapem ao previsível, sobretudo, a representações geradoras de tantos estereótipos. (…)

Diogo Ramada Curto sobre o filme Pele Escura, de Graça Castanheira. Continue a ler a crónica no jornal Contacto.

07.07.2021 | por martalanca | centro, filme, Graça Castanheira, lisboa, Paulo Pascoal, periferia, racismo

Convite | Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana Séculos XV-XXI

Sinopse

Lisboa, cidade de tantos vales e colinas quantos os mitos que envolvem a sua história e as populações que a inventaram, estende-se ao longo do Tejo, no lugar onde o rio termina o seu percurso por terras ibéricas e mergulha no oceano Atlântico. Lisboa nasceu na colina do Castelo de São Jorge, onde um povoado da Idade do Bronze deixou os seus vestígios, que cruzaram com muitas outras marcas gravadas por gregos, fenícios, lusitanos, romanos, visigodos, árabes, judeus e cristãos. Um longo caminho de gentes e de culturas, de estórias e de lendas, de deuses e de heróis que, como Ulisses o fundador mítico da cidade – Olisipo – que lhe deve o nome, construíram e reconstruiram este espaço urbano.

Autora

ISABEL CASTRO HENRIQUES nasceu em Lisboa em 1946, tendo-se licenciado em História em 1974, na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne. Em 1993, doutorou-se em História de África na mesma universidade francesa, com uma tese consagrada ao estudo da Angola oitocentista, numa perspectiva de longa duração. Professora Associada com Agregação do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, introduziu os estudos de História de África em 1974, orientou teses de mestrado e doutoramento e ensinou durante quase 40 anos História de África, História do Colonialismo e História das Relações Afro-Portuguesas, desenvolvendo hoje a sua investigação histórica sobre África e sobre os Africanos no CEsA/ISEG-Universidade de Lisboa.

Além de trabalhos científicos de natureza diversa, como projectos de investigação, programas museológicos, exposições, documentos fílmicos, colóquios e congressos, seminários, conferências, publicou dezenas de artigos e livros centrados nas temáticas históricas africanas.

Livro

06.07.2021 | por Alícia Gaspar | convite, Lisboa africana, palácio pimenta, roteiro, roteiro histórico

Ângela Ferreira, structures et gestes — Indépendance Cha Cha & #BucketsystemMustFall

Exhibition from 04 July 2021 to 25 September 2021

#BucketsystemMustFall - Centre d’art Ygrec-ENSAPC, Aubervilliers (93)

-Opening on Saturday 03 July from 2.30 pm to 7 pm

-Open from Wednesday to Saturday from 1pm to 7pm 

Indépendance Cha Cha  - Centre d’art de l’Abbaye de Maubuisson, Saint Ouen-L’Aumône (95)

-Opening on Sunday 04 July from 2.30 pm to 6.15 pm 

-Booking mandatory - 01.34.33.85.00 

Open each day except for Tuesday from 1pm to 6.15pm Wednesday 9.30am - 11.45am and 1pm - 6.15pm


From July 4 to September 25, 2021, the exhibition  Ângela Ferreira, structures and gestures - Independence Cha Cha & #BucketsystemMustFall unfolds on two sites: the art center of the Abbaye de Maubuisson, located in Saint Ouen-L’Aumône (95) and Ygrec-ENSAPC, art center of the Ecole nationale supérieure d’arts Paris-Cergy located in Aubervilliers (93).  Ângela Ferreira proposes two distinct installations in relation to the two specific contexts: on the one hand the architectural heritage of the abbey’s gardens, and on the other hand the urban density and the history of migration in Aubervilliers.

In the barn of the Maubuisson Abbey Art Center,  Ângela Ferreira presents Independence Cha Cha, an installation composed notably of a large-scale wooden sculpture. Inspired by her participation in the Lubumbashi Biennial (Democratic Republic of Congo) in 2013, the sculpture borrows its modernist form from that of the façade of a service station located in the center of Lubumbashi created by the Belgian architect Claude Strebelle in the late 1950s. This sculpture serves as a support for the projection of two videos. The first documents a performance organized by the artist during the Lubumbashi Biennale, in which two singers sing the song «Je vais entrer dans la mine» (I’m going to enter the mine). In the second, which gives its title to the work, the musical group of the Hôtel du Parc of Lubumbashi interprets «Independence Cha Cha», an emblematic hymn of the African Francophone independence movement. Interacting with the sculpture is a series of collages that include photographs and various documents related to the events presented in the videos.

At Ygrec-ENSAPC,  Ângela Ferreira proposes a new installation specially designed for the art center. Entitled #BucketsystemMustFall, it refers to the South African student protest movement #RhodesMustFall, initially directed against the memorial statue of Cecil John Rhodes (British colonialist, 1853-1902), a symbol of the persistence of institutional racism within the University of Cape Town. On March 9, 2015, in order to call for its removal, activist Chumani Maxwele grabbed a bucket of excrement and dumped it on the statue. This highly publicized gesture led to the removal of the statue and initiated a strong mobilization across South Africa advocating for the decolonization of education and universities. By bringing together the images of the fallen statue with precarious latrines, Ferreira articulates the ideas of debunking, political activism with the symbolism of the “bucket system toilet”, a blatant revelation of social inequalities and segregation. Finally, “and by implication only, it points to the question and meaning of using human feces as a tool for political statement. An image which seems to have become central to South African urban problems.”

From facades to monuments,  Ângela Ferreira’s double exhibition bears witness to her interest in architecture and the investigative work that the artist carries out to make visible the political agendas and ideologies that constructions - in all their forms - convey. Combining research and artistic experimentation, her works - be they sculptural, video or photographic - explore the survivals and ghosts of colonialism and post-colonialism in contemporary society. They contribute to uncovering unofficial memories and narratives and the insidious mechanisms of oppression, while problematizing the revolutionary utopias of the euphoric period surrounding African independence movements and nation building.

In order to share the artistic and social interrogations inherent to  Ângela Ferreira’s work beyond the two exhibition sites, a series of discussions and a seminar will be organized with the Théâtre de La Commune d’Aubervilliers in the fall of 2021, inviting students, researchers and associations. 

Curated by: Corinne Diserens, Marie Menèstrier et Guillaume Breton

*Ângela Ferreira 

Originally from Mozambique, where she was born in 1958, Ângela Ferreira grew up in South Africa where she received her MFA at the Michaelis School of Fine Art at the University of Cape Town. She lives and works in Portugal and teaches at the University of Lisbon where she completed a PhD in 2016. 

Her work has been presented in Portugal, Africa and internationally in solo exhibitions which include: A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture, Hangar, Lisbon (2021); Talk Tower for Forough Farrokhzad, Tensta Konsthall, Stockholm (2021); 1 Million Roses for Angela Davis, Staatliche Kunstsammlungen, Dresden (2020); Dalaba: Sol d’Exil, Fidelidade Arte, Lisbon (2019); Pan African Unity Mural, MAAT – Museu Arte Arquitetura Tecnologia, Lisbon, (2018); Boca, Centre Régional de la Photographie, Douchy-les-Mines (2016); Wattle and Daub, Old School, Lisbon (2016); Hollows Tunnels, Cavities and more…, Filomena Soares Gallery, Lisbon (2015); A Tendency to Forget, Museu Berardo, Lisbon (2015); Messy Colonialism, Wild Decolonization, Zona MACO SUR, Mexico (2015); Revolutionary Traces, Stroom, Den Haag (2014); SAAL Brigades, Museu de Serralves, Oporto (2014); Independance Cha Cha, Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha (2014); Political Cameras (from Mozambique series), Stills, Edinburgh (2012); For Mozambique, Michael Stevenson Gallery, Cape Town (2008); Hard Rain Show, Berardo Museum, Centro Cultural de Belém, Lisbon and La Criée art center, Rennes (2008)… 

She has participated in numerous group exhibitions as well as several international biennials such as the 3rd Lubumbashi Biennial (2013), the 28th São Paulo Biennial (2008)  the 52nd Venice Biennial (2007).

02.07.2021 | por Alícia Gaspar | #bucketsystemmustfall, ângela ferreira, Art, exhibition, indépendance cha cha, South Africa

Álbuns de Guerra

SALA DO REPOSITÓRIO | Domingo 4 JULHO, 11H00 E 15H00


“Álbuns de Guerra” é uma criação artística sobre a Guerra Colonial, a partir das imagens e memórias partilhadas por mulheres da zona do Vale do Ave que, ao longo dos 24 meses de serviço militar dos então namorados, noivos ou maridos, materializaram a sua relação amorosa trocando fotografias, aerogramas e cartas. Combinando o carácter ficcional e documental do testemunho, com a presença material da correspondência guardada, estas mulheres são convidadas a reinterpretar as suas memórias e narrativas da Guerra Colonial, imaginando outras histórias, para além daquela que viveram. Mais do que o homem que foi para a guerra, interessa a mulher que ficou à espera e cujos amores de juventude são o fio condutor para uma outra história, mais privada e sensível, sobre este conflito global.

Um projeto de Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis

Imagens e Interpretação Catarina Laranjeiro e Tânia Dinis a partir das memórias de um grupo de mulheres da zona do Vale do Ave

Espaço Sonoro Rui Lima

Coprodução Teatro Oficina e Associação Cultural Tenda de Saias

Apoio Fundação Calouste Gulbenkian

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | álbuns de guerra, exposição, fotografia, guerra colonial, memórias

Online Distortion / Border Line(s)

ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S), a mais recente criação do coletivo OS PATO BRAVO, tem estreia marcada no Teatro Viriato, em Viseu, a 16 e 17 de julho. Seguem-se depois dez apresentações em Lisboa, no espaço Casa do Capitão, no Hub Criativo do Beato, de 21 de julho a 1 de agosto.

Um espetáculo-instalação desenvolvido a partir da experiência de uma viagem à Arménia e do cruzamento entre diferentes contextos aí vividos, ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) é uma criação de Pedro Sousa Loureiro, que conta com criação musical e espaço sonoro de Francisco Barahona

O espetáculo parte do contraste experienciado por Pedro Sousa Loureiro quando, em setembro de 2019, realizou uma residência artística em três localidades da Arménia, com o objetivo de filmar um documentário, e aí contactou com o trabalho de diversas artistas plásticas feministas e com um enorme confronto urbano/rural. A este cruzamento entre contextos urbanos e rurais vivido em Yerevan (capital da Arménia), Byurakan e Talin (duas localidades rurais), junta-se o regresso ao quotidiano, em Portugal, e a experiência pandémica que se seguiu.  

ONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) relaciona estas questões com a obra da artista plástica Cindy Sherman, procurando abordar os conceitos de feminidade, excentricidade e insólito, e questionando se a realidade, tal como a conhecemos, é resultado da perceção ou da distorção. O espetáculo-instalação contará com filmagem e projeção em tempo real, ferramentas que ampliarão o tamanho do corpo dos performers e criarão uma diferença de escala, explorando assim os limites físicos e psicológicos, as disfunções e contrastes, as diferentes relações hierárquicas e a luta de egos.

Com criação e direção de Pedro Sousa LoureiroONLINE DISTORTION / BORDER LINE(S) contará com interpretação do próprio e de Joana Cotrim, Marta Barahona Abreu e Susana Blazer. O espetáculo é uma produção do coletivo OS PATO BRAVO, em coprodução com o Teatro Viriato.

ENSAIO DE IMPRENSA - LISBOA: 5 DE JULHO (SEGUNDA-FEIRA):

15h: Ensaio corrido, seguido de entrevistas

Local: Liceu Camões (Praça José Fontana, 1050-129 Lisboa)

ENSAIO DE IMPRENSA - VISEU: 14 DE JULHO (QUARTA-FEIRA):

15h: Ensaio corrido, seguido de entrevistas (possibilidade de filmar e fotografar)

Local: Teatro Viriato

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | espetáculo, lisboa, música, pato bravo, teatro Viriato, Viseu

Memória e pós-colonialismo | Curso de Verão

O curso de verão Memória e pós-colonialismo resulta de uma parceria do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra com a Brotéria no âmbito das suas atividades de extensão e disseminação.

O curso visa analisar e pensar criticamente a questão pós-colonial em Portugal, na Europa e no mundo a partir de vários tópicos que têm vindo a preencher e a questionar a nossa atualidade do século XXI e as suas relações com o social, o político, o tempo e o espaço.

Através do projeto Memoirs – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias financiado pela Conselho Europeu de Investigação e coordenado por Margarida Calafate Ribeiro, o Centro de Estudos Sociais desenvolveu investigação pioneira sobre o impacto das heranças coloniais e dos processos de descolonização nas gerações seguintes, ou seja, naqueles sujeitos que já não viveram estes processos, mas que, através das memórias familiares e das memórias públicas os herdaram, e que hoje os questionam, transformando, muitas vezes, essas heranças e interrogações em gestos artísticos. Estas questões estão a diversificar o debate europeu, a partir de uma perspetiva cosmopolita e democrática, e estes gestos artísticos estão a renovar a arte europeia e a densificar as formas de intervenção individual e coletiva.

Em diálogo com a Brotéria, este curso pretende apresentar alguns conceitos e contextos em que este trabalho se desenvolveu e assim contribuir para enriquecer a discussão pública, plural, informada e democrática em curso em Portugal, na Europa e no mundo.

Onde e quando?

O curso decorrerá de 5 a 10 de julho de 2021 na Brotéria, em Lisboa em regime pós- laboral: de segunda-feira a sexta-feira das 18h às 20h e no sábado de manhã das 10h às 12h, com uma visita de estudo. O horário total do curso é de 15 horas.

Como decorre e em que regime?

Cada seminário tem a duração de 50’ dividido em uma parte expositiva (até 30’) e uma parte de debate com o público ou com um convidado (20’). O uso de materiais audiovisuais é recomendado. Devido à crise pandémica o curso decorrerá de forma mista: presencial e online.

Para quem?

Estudantes, docentes, agentes culturais públicos e privados, outros interessados no tema.

Objetivos

+ Colocar em diálogo pensadores, atores e o público
+ Refletir sobre o pós-colonialismo e a contemporaneidade
+ Refletir sobre questões de ética
+ Refletir sobre os atuais debates de revisitação da história
+ Pensar o Brasil hoje
+ Refletir sobre o afropolitanismo e a arte
+ Refletir sobre migrações e hospitalidade
+ Refletir sobre a Europa como projeto para as gerações seguintes

Programa

Dia 1
Pós-colonialismos: abordagens teóricas e consequências práticas

António Sousa Ribeiro

O pensamento pós-colonial definiu, sobretudo a partir dos anos 80 do século passado, um paradigma que obriga a pensar criticamente muitas dimensões da contemporaneidade. Partindo de uma abordagem sucinta de alguns conceitos fundamentais, o módulo estrutura-se como introdução a vários aspetos do debate contemporâneo que serão desenvolvidos ao longo do curso.

Dia 2
Pós-Memória e a noção de contemporâneo na Literatura-Mundial

Paulo de Medeiros

Os Estudos de Memória e Pós-Memória têm vindo a constituir-se como fundamentais para pensar não só a nossa relação com o passado, mas também para melhor compreender o presente. Este módulo delineará alguns pontos fulcrais dos estudos de pós-memória, com relevo para a condição pós-imperial e a noção de contemporâneo, numa abordagem comparativa de várias obras da literatura-mundial.

Memória e responsabilidade: a perspetiva da ética da intenção

Marta Mendonça

O olhar retrospetivo que dirigimos às intervenções de alcance social e político, como as que marcaram a experiência colonial, tem habitualmente algo de parcial: é fácil que as olhemos e julguemos com base apenas nas suas consequências. Esse olhar determina também o juízo ético sobre a atuação e a responsabilidade dos seus protagonistas. A intervenção aborda e problematiza o modo como a ética da intenção julga a moralidade dos atos humanos e como lida com a noção de responsabilidade.

Dia 3
Padre António Vieira e depois

Pedro Calafate

Analisaremos as conceções éticas, políticas e antropológicas do Padre António Vieira com destaque para a ideia de paz universal fundada na justiça, mostrando o modo como esta tese depende, em Vieira, do reconhecimento da unidade substancial do género humano, afastando à partida qualquer assomo de inferioridade natural de comunidades ou povos. Esta será a base a partir da qual Vieira analisará, no difícil contexto brasileiro, a questão da escravatura dos índios e dos negros, a par a questão da legitimidade das soberanias indígenas, para assumir, na fase final da sua obra, que o império universal deveria resultar de um pacto ou acordo entre os príncipes da terra, a fim de garantirem a paz como expressão da irmandade entre os homens.

Se este é o fio condutor do seu pensamento, cumprirá não esquecer que parte relevante dos seus escritos corresponde a respostas estratégicas a desafios concretos, na medida em que não foi um académico, obrigando-se antes a escrever a sua obra “à face do mundo”.

Os Eternos presentes do Brasil

Roberto Vecchi

Uma reflexão sobre a contemporaneidade brasileira mostra algumas permanências históricas que abrem uma critica a um “tempo brasileiro” próprio, onde o passado parece não se deixar descolonizar. Por isso, a alternância de momentos
apocalíticos e messiânicos é recorrente, condicionando em profundidade narrativas e memórias culturais. Cria-se assim um espaço fértil tanto para as utopias como para as distopias.

Dia 4
Afropolitanismo e arte (à conversa com Zia Soares)

António Pinto Ribeiro

O afropolitanismo, que começou por ser um instrumento de valorização das práticas artísticas de atores africanos no séc. XXI, é hoje um conceito fundamental para entender um “mundo novo” na Europa. O Teatro Griot e a sua diretora artística Zia Soares são um excelente exemplo com quem dialogar.

Racismo e textos bíblicos Francisco Martins SJ

Comunicação sobre a chamada “maldição de Cam”, o filho de Noé (Génesis 9). O assunto é interessante, porque este texto não fala de “negritude” e, no entanto, graças a uma inacreditável história de receção, tornou-se o texto-base da justificação teológica do racismo e da escravatura nos países onde o Islão e o Cristianismo tomaram a dianteira do ponto de vista religioso.

Dia 5
Migrações e hospitalidade
JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados

Partindo da experiência do Serviço Jesuíta aos Refugiados, apresenta-se nesta comunicação uma releitura da virtude da “Hospitalidade”. A hospitalidade é capaz de transpor qualquer fronteira e falar mais alto que qualquer discurso de ódio. Transforma processos em rostos: em homens, mulheres e crianças com uma história, iguais a todos nós. Convida-se, assim, a conhecer o outro lado de uma narrativa dominada pelo ódio, através das lentes de quem foge e de quem acolhe por missão.

A Europa das segundas gerações – visões a partir da Europa e do Sul Global

Margarida Calafate Ribeiro e Maria Paula Meneses

Qual o impacto das heranças coloniais e da descolonização nas gerações seguintes na Europa e em África? Através de um seminário partilhado entre Margarida Calafate Ribeiro e Maria Paula Meneses algumas respostas serão apresentadas a partir da Europa e de África num diálogo entre as duas investigadoras. Para tal serão usados exemplos específicos e situados.

Dia 6
Visita de estudo

Notas biográficas

André Costa Jorge é licenciado em Antropologia e desde 2008 Diretor Geral do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) em Portugal É também membro da Direção e do Conselho do JRS Europa. Foi membro do Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração (COCAI) entre 2008 e 2014. É atualmente membro fundador. É autor de dois documentários que abordam a temática das migrações e colaborador na Rádio Antena 1 no espaço de comentário “Causas Públicas”.

António Pinto Ribeiro é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário geral de “Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero- Americana da Cultura 2017”. Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas publicações destacam-se: os seus últimos livros de autor Peut-on Décoloniser les Musées? (2019), África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana (2017) e a organização dos dois volumes O Desejo de Viver em Comum (2018) no âmbito das conferências da Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017.

António Sousa Ribeiro é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Estudos Sociais da mesma universidade. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das literaturas e culturas de expressão alemã, dos estudos sobre a violência, dos estudos de memória, dos estudos pós-coloniais e dos estudos culturais comparados. Tem publicado extensamente em áreas muito diversas. Destaque-se Representações da Violência (2013), Geometrias da Memória: configurações pós- coloniais (2016); Einschnitte. Signaturen der Gewalt in textorientierten Medien (2016). Dedica-se também à tradução literária, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nacional de Tradução, 2017: Karl Kraus, Franz Kafka, Thomas Mann e Bertolt Brecht são alguns dos autores traduzidos.

Francisco Martins SJ é doutorando no departamento de Bíblia Hebraica da Universidade Hebraica de Jerusalém e bolseiro da FCT. Fez estudos de Filosofia em Braga, Teologia em Madrid e História do Antigo Oriente Próximo e Filologia Semítica em Paris. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da Bíblia Hebraica/Antigo Testamento, Literatura das Culturas do Antigo Oriente Próximo (Mesopotâmia, reino de Ugarit, reinos aramaicos), História Antiga de Israel e História do Antigo Oriente Próximo. No ano letivo de 2021-2022, será Research Fellow na Universidade de Notre Dame (Indiana, USA), onde desenvolverá um projeto de investigação sobre a receção das tradições bíblicas na literatura do segundo Templo. É Fellow-at-Large da Brotéria.

Margarida Calafate Ribeiro é investigadora-coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e membro da Cátedra Eduardo Lourenço da Universidade de Bolonha/ Camões. Em 2015 recebeu uma bolsa Consolidator Grant do Conselho Europeu de Investigação, com o projeto “MEMOIRS - Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias”. Os seus interesses de investigação reúnem memória e pós- memória do colonialismo, identidades, pós-colonialismo e património. Das suas diversas publicações destacam-se Uma História de Regressos: Império, Guerra Colonial e Pós-colonialismo (2004). África no Feminino – as mulheres portuguesas e a Guerra Colonial (2007) e a co-organização de Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial (2011), com Roberto Vecchi, Geometrias da Memória: Configurações Pós- Coloniais (2016) com António Sousa Ribeiro.

Maria Paula Meneses é investigadora coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. De entre os temas de investigação sobre os quais se debruça destacam-se os debates pós- coloniais em contexto africano, o pluralismo jurídico - com especial ênfase para as relações entre o Estado e as ‘autoridades tradicionais’ no contexto africano -, e o papel da história oficial, da(s) memória(s) e de ́outras ́ narrativas de pertença nos processos identitários contemporâneos. Co-coordena com Boaventura de Sousa Santos e Karina Bidaseca o curso internacional ‘Epistemologias do Sul’ (CLACSO-CES). Anteriormente foi professora da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). Tem o seu trabalho publicado em diversos países, incluindo Moçambique, Espanha, Portugal, Brasil, Senegal, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Alemanha, Holanda e Colômbia.

Marta Mendonça é professora associada do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. É licenciada em Filosofia pela Universidad de Navarra e Mestre e Doutora pela Universidade Nova de Lisboa (2001). Tem publicado sobretudo nos domínios da Filosofia Moderna, História e Filosofia da Ciência, Filosofia da Natureza e Bioética. Colaborou como professora visitante em diversas universidades de Espanha, França, Brasil, Chile e Reino Unido. Integra o grupo de “Pensamento Moderno e Contemporâneo” do CHAM-Centro de Humanidades da NOVA FCSH. É membro de várias academias e sociedades científicas internacionais e membro fundador da Rede Iberoamericana Leibniz.

Paulo de Medeiros é professor catedrático de Estudos Ingleses e Literatura Comparada na Universidade de Warwick. Lecionou em várias universidades em Portugal, Brasil, Espanha e Países Baixos. É membro honorário do Instituto de Pesquisa em Línguas Modernas da Escola de Estudos Avançados da Universidade de Londres e foi presidente da American Portuguese Studies Association. O seu trabalho de investigação desenvolve-se dentro dos temas: pós-colonialismo, memória, teoria literária, literatura de língua portuguesa e cinema. Dos seus livros destacam-se: Pessoa’s Geometry of the Abyss: Modernity and the Book of Disquiet, (2013), O Silêncio das sereias - Ensaio sobre o Livro do Desassossego, (2015) e Contemporary Lusophone African Film: Transnational Communities and Alternative Modernities, com Lívia Apa.

Pedro Calafate é professor catedrático na Universidade de Lisboa (Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras) e investigador no Centro de Filosofia Universidade de Lisboa. Principais campos de investigação: História da Filosofia Moderna (Renascimento, Barroco e Iluminismo) em Portugal, Espanha e no mundo Ibero-Americano. Recentemente (2012-2019): pensamento ético, legal e político da “segunda escolástica” nas universidades de Coimbra e Évora (séc. XVI e XVII), em diálogo com a “Escola de Salamanca”. Obras principais: A ideia de Natureza no Século XVIII em Portugal (Imprensa Nacional-CM, Lisboa, 1994); História do Pensamento Filosófico Português (Caminho, Lisboa, 1999-2004, 5 vols.); Portugal como Problema (Fundação Luso-Americana, Lisboa 2006, 4 vols.); A Escola Ibérica da Paz nas Universidades de Coimbra e Évora (Almedina, Coimbra, 2015-2020, 3 vols.).

Roberto Vecchi é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas Modernas da Universidade de Bolonha. Coordena a Cátedra Eduardo Lourenço (Universidade Bolonha/ Camões), sendo também investigador associado do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É atualmente presidente da Associação Internacional de Lusitanistas (2014-2017). Os seus principais interesses de investigação centram-se na teoria e história das culturas de língua portuguesa. Das suas publicações mais recentes destacam-se: Excepção Atlântica. Pensar a Literatura da Guerra Colonial (2010) e a co-organização de Do Colonialismo como Nosso Impensado (2014) e Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial (2011), com Margarida Calafate Ribeiro e, com Vincenzo Russo, La letteratura portoghese. I testi e le idee (2017).

29.06.2021 | por Alícia Gaspar | brotéria, curso, memória, pós-colonialismo

Mulheres sem cabeça na arte pública, Porto

Tour Mulheres e Monumentos com Mariana Morais

27 de junho 11h

Saída do ex-Palácio dos Correios R. Dr. António Luís Gomes 320, 4000-010 Porto

A aapA organiza com Mariana Morais uma tour pela estatuária do Porto à procura de uma escultura alada feminina, desaparecida do espaço público em 2006, e pelo caminho perguntamos o que foi feito das cabeças, braços e pernas dessas mulheres de pedra e bronze, que tanto caem no esquecimento dos seus criadores. 

A tour irá à procura de uma escultura alada feminina, desaparecida do espaço público em 2006, e pelo caminho perguntar o que foi feito das cabeças, braços e pernas dessas mulheres de pedra e bronze, que tanto caem no esquecimento dos seus criadores.

Inscrição aapa.anja@gmail.com

A Tour é um dos roteiros de @headlesswomeninpublicart e faz parte do programa “Didascália” sede provisória da Associação de Amigos da Praça do Anjo” da @amigosdapracadoanjo com o apoio do Criatório design de @joana_e_mariana

23.06.2021 | por martalanca | monumentos, mulheres, porto

Sarah Maldoror: Tricontinentale

La première exposition consacrée à l’œuvre de Sarah Maldoror (1929-2020). Elle est l’occasion de faire découvrir l’œuvre cinématographique, mais aussi théâtrale, poétique et politique, d’une cinéaste à la production, alternant fiction et documentaire, au service d’un cinéma révolutionnaire et décolonial résolument anti-raciste.


Conçue comme une cartographie, l’exposition revient sur les géographies traversées par Sarah Maldoror – Moscou, Conakry, Alger, Fort-de-France ou Saint-Denis. Celle-ci rend compte des dialogues entretenus avec des figures intellectuelles, artistiques et politiques telles que Mario Pinto de Andrade, Aimé Césaire, Marguerite Duras, Jean Genet, Chris Marker ou William Klein, tout en créant des liens avec des artistes contemporains – certains avérés, d’autres fantasmés.

À la fois recherche poétique et outil de lutte, le cinéma de Sarah Maldoror doit être regardé à l’aune de courants de pensées qui ont rythmé le 20ème siècle – et trouvent de nouveaux échos aujourd’hui  – tels que le surréalisme, la négritude, le panafricanisme et le communisme. Une des constances de son œuvre est l’antiracisme, qu’elle déploie à l’image par un travail de scénario, du cadrage et du montage, dirigeant la focale sur l’absurdité des discours sur lesquels se fondent le racisme.

Considérée comme pionnière du cinéma africain – et réalisatrice guadeloupéenne – mais française née dans le Gers, Sarah Maldoror refuse les catégories et son œuvre défie les frontières des genres, remet en jeu les valeurs et les hiérarchies des goûts. L’exposition explore également les difficultés qu’elle a rencontré pour faire reconnaître son travail cinématographique et le faire financer, en présentant nombre de ses projets non réalisés.

Sarah Maldoror : Tricontinentale permet enfin de rendre compte de l’engagement profond de Sarah Maldoror pour la poésie, le théâtre, la musique et les arts visuels. Son nom – qu’elle emprunte aux Chants de Maldoror (1868) du Comte de Lautréamont – en est le premier témoin. Ainsi seront convoqués la troupe de théâtre des Griots (la première compagnie en France d’actrices et acteurs noirs, qu’elle a contribué à fonder en 1956), l’Art Ensemble de Chicago, le saxophoniste Archie Shepp, le poète Louis Aragon, les artistes Ana Mercedes Hoyos et Joan Miró ainsi que les écrivains Maurice Pons et François Maspero, parmi d’autres.

Afin de déplier ces relations tout en célébrant le cinéma de Sarah Maldoror, l’exposition se divise en deux espaces contigus : (1) un espace de projection permettant d’y déployer un programme de films et de programmes publics, prises de parole et performances (2) un espace d’exposition mêlant vidéo, peintures et installations. Cet espace se déploie à partir d’une scénographie retraçant l’œuvre de Sarah Maldoror, au sein de laquelle s’inscrivent des éléments d’archives, en dialogue avec une fresque de l’artiste Maya Mihindou qui présente un récit de vie documenté et rêvé sur la réalisatrice.

Trois films importants de Sarah Maldoror seront aussi montrés, en parallèle de l’exposition au Palais de Tokyo, dans trois institutions parisiennes et franciliennes, afin de décliner sa ciné-géographie : au Musée de l’Homme, au Musée de l’Histoire de l’Immigration ainsi qu’au Musée d’Art et d’Histoire de Saint-Denis.

Curators​ : Cédric Fauq & François Piron
Assistant curatorial : Clément Raveu

Exposition en partenariat avec l’INA,

Le Musée national de l’histoire de l’immigration,

Le Musée de l’Homme,

Le Musée d’art et d’histoire Paul Eluard de Saint-Denis

 

21.06.2021 | por martalanca | cinema, Sarah Maldoror

Conversa “Octopus e Miopia” Titos Pelembe, Ilídio Candja Candja

Visita aberta e conversa em torno da exposição individual Octopus e Miopia orientada pelo artista e investigador Titos Pelembe. A sessão dialogante desenvolver-se-á centrada na exploração das principais questões latentes, das quais corporizam o universo imaginário e pictórico do Octopus e Miopia. A percepção visual mediática que se estabelece diante da pintura do Ilídio Candja Candja sugere a imersão expandida dos espectadores sob domínios da espiritualidade e ressignificação dos objetos culturais, memórias e traumas do passado ainda presentes na contemporaneidade. A cada gesto espontâneo resultante da experimentação pictórica, textural, formalmente imprecisa em jeito de manchas, recortes, colagens, pichagens e linhas irregulares visa traduzir a subjetividade criativa de novos horizontes. É sobre esta imersão cheia de novas possibilidades imaginárias desprendidas das fronteiras físicas que se convida o público a estabelecer um diálogo subjetivo com as obras expostas e, simultaneamente, com o artista e os demais participantes, como meio de reflexão conjunta e problematização dos desafios que Octopus e Miopia nos impõem.


Ilídio Candja Candja nasceu em 1976 em Maputo, Moçambique. Estudou na Escola de Artes Visuais de Maputo e vive e trabalha no Porto, Portugal. As exposições individuais recentes incluem Memória e fantasia parte #2 na Galeria São Mamede, Porto e Legacy, Galerie Le Sud, Zurique (ambos 2019), bem como Nada está perdido, tudo se torna … Cosmos parte #2, Galerie Frederic Storme, Lille e Freedom, Out of Africa Contemporary Gallery, Barcelona (ambas 2018).

Titos Pelembe (n.1988), é doutorando em Educação Artística, mestre em Arte e Design para o Espaço Público pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – FABUP. Em Moçambique licenciou-se em Artes Visuais pelo Instituto Superior de Artes e Cultura – ISArC. Igualmente graduou-se nos cursos médios de Cerâmica e Formação psicopedagógica pela Escola Nacional de Artes Visuais. Atualmente desenvolve pesquisas multidisciplinares no domínio dos estudos pós-coloniais em triangulação com questões problemáticas concernentes ao espaço público, prática das artes visuais e respetivo ensino da história de arte dominante.

ler menos.

 

data 19.06.2021 horário 15h local Jardim da Galeria Quadrum I lotação 30 lugares I marcações I bilheteira@galeriasmunicipais.pt

 

18.06.2021 | por martalanca | Ilídio Candja Candja