Jovens e adultos vão pensar a história colonial este fim de semana, em Paredes de Coura, com a estreia de descobri-quê?

descobri-quê?, uma criação de Cátia Pinheiro, Dori Nigro e José Nunes, tem estreia marcada para o próximo sábado, dia 18 de março, no Centro Cultural de Paredes de Coura, no âmbito da Odisseia Nacional do Teatro Nacional D. Maria II.

descobri-quê? é um espetáculo que pretende contribuir para a descolonização – enquanto gesto inacabado, portanto constante e continuado – do ensino do período histórico designado como descobrimentos, quebrando uma série de narrativas oficiais que romantizam esta época e procurando uma confrontação com o passado invasor, expansionista e colonialista português.

Destinado ao público juvenil, o espetáculo resulta da colaboração dos criadores da companhia Estrutura (Cátia Pinheiro e José Nunes) com o artista, performer e arte-educador Dori Nigro. Em palco, estarão Joyce Souza, Tiago Jácome e Waldju Kondo.

Depois da estreia em Paredes de Couradescobri-quê? vai passar por mais de uma dezena de concelhos de norte a sul do país e também pela Madeira, integrado na programação da Odisseia Nacional do D. Maria II. Paralelamente ao espetáculo, serão ainda desenvolvidos, em vários concelhos do país, Laboratórios Teatrais destinados a alunos do ensino secundário e ao público em geral, onde se pretende promover o pensamento crítico e criar espaços de reflexão/ação em torno da história colonial, do passado e do presente. O primeiro Laboratório decorre já a partir de amanhã, dia 16 de março, em Paredes de Coura.

Odisseia Nacional é um projeto do Teatro Nacional D. Maria II, composto por centenas de propostas artísticas, que vão passar por 93 concelhos de todas as regiões de Portugal continental e ilhas, ao longo do ano de 2023. Depois do primeiro trimestre do ano passado na região Norte, seguem-se o Centro do país, de abril a junho, os Açores, em julho, a Madeira, em setembro, e as regiões do Alentejo e Algarve, de outubro a dezembro.

20.03.2023 | por mariadias | arte, juventude, odisseia nacional, paredes de coura

Sharjah Biennial 15 Thinking Historically in the Present

Beginning February 2023, Sharjah Art Foundation (SAF) brings together over 150 artists and collectives from more than 70 countries for the 15th edition and 30-year anniversary of the Sharjah Biennial. Conceived by the late Okwui Enwezor and curated by the Foundation’s Director Hoor Al Qasimi, Sharjah Biennial 15: Thinking Historically in the Present reflects on Enwezor’s visionary work, which transformed contemporary art and has influenced the evolution of institutions and biennials around the world, including the Sharjah Biennial.
Al Qasimi interprets and elaborates on Enwezor’s proposal with a presentation of more than 300 artworks — including 70 new works — critically centring the past within contemporary times. These works, as well as a wide-ranging programme of performance, music and film, activate more than 19 venues in 5 cities and towns across the emirate of Sharjah: Al Dhaid, Hamriyah, Kalba, Khorfakkan and Sharjah. Among the many venues are sites within Sharjah’s historical quarter; buildings recently restored and transformed by the Foundation including The Flying Saucer and Kalba Ice Factory; and repurposed structures that once served as a vegetable market, medical clinic and kindergarten.
Free and open to the public, Sharjah Biennial 15 runs 7 February through 11 June 2023, with opening week events taking place from 7 February to 12 February.
“Two decades ago, I experienced Okwui’s Documenta 11 which, with its radical embrace of postcolonialism, transformed my curatorial perspective. His idea of ‘thinking historically in the present’ is the conceptual framework for the Biennial, which we’ve sought to honour and elaborate on while also reflecting on the Foundation’s own past, present and future as the Biennial marks its 30-year anniversary. We look forward to welcoming local audiences and visitors from around the world to reflect on the Biennial’s themes and the artists’ wide-ranging perspectives on nationhood, tradition, race, gender, body and imagination,” said Al Qasimi.
For Enwezor, the contemporary art exhibition provided a means to engage with history, politics and society in our global present. Enwezor’s proposition of the ‘postcolonial constellation’ and its pluriverse of key concepts form one point of departure for the 15th edition of the Sharjah Biennial. Re-envisioning the proposal by the late curator, Al Qasimi builds upon her own long-term relationship with the Biennial, as visitor, artist, curator, and eventually as director of the Foundation.
The 19 venues spread across the emirate of Sharjah — from heritage buildings and historical landmarks to modern architecture of the late 1900s and contemporary spaces — connect different moments of Sharjah’s history as well as its diverse communities and landscapes. Through more than 300 artworks, the Biennial proposes a transcultural universe of thought embedded into this local social fabric, involving Sharjah’s own lived past in a nuanced conversation around postcolonial subjectivity, the body as a repository of memories, restitution, racialization, transgenerational continuities, and decolonisation. Rooted in intimate and caring observations of everyday lives and vernacular traditions, performances, concerts, workshops and other public programmes will activate the venues as well as regional art centers located in each city, forming a capillary reach across the emirate throughout the four-month duration of the Biennial.
Expanding upon Enwezor’s initial proposal, Al Qasimi has collaborated with artists to embark on more than 70 new works, including many major commissions, that relate and respond to SB15’s overarching theme of centering the past within the present, thereby bridging diverse postcolonial histories.
Major new commissions by John Akomfrah, Maria Magdalena Campos-Pons, Doris Salcedo, Berni Searle and Barbara Walker testify to the lingering after-effects of colonialism. A feature-length film by Coco Fusco, installation by Bouchra Khalili, multimedia work by Almagul Menlibayeva and sound installation by Hajra Waheed reactivate and reimagine the political conflicts precipitated by the modern nation-building process.
Brook Andrew and Isaac Julien reflect upon museumised objects and their restitution, while Destiny Deacon, Robyn Kahukiwa and Tahila Mintz assert the significance of indigenous identities and values. In the works of Gabrielle Goliath, Amar Kanwar, Wangechi Mutu and Carrie Mae Weems, individual histories are interwoven with collective notions of memory, grief and transformation.
Also premiering in SB15 are works that engage with the local context of Sharjah. Kerry James Marshall proposes an outdoor installation in the form of an archaeological find inspired by fact, myth and tales, while Lubaina Himid and Nil Yalter dive into the urban fabric of Sharjah with their public interventions. Basel Abbas and Ruanne Abou-Rahme, Asma Belhamar, Kambui Olujimi, Prajaka Potnis and Veronica Ryan present site-specific projects that converse with and recontextualise the old and new architecture of the Foundation.
Performances and theatrical presentations will be on offer throughout the Biennial. Gabriela Golder, Hassan Hajjaj, Rachid Hedli, Tania El Khoury, The Living and the Dead Ensemble and Aline Motta will activate their work during the opening week in February. In conjunction with the annual March Meeting, Marwah AlMugait, Shiraz Bayjoo, Naiza Khan and Akeim Toussaint Buck will perform in early March. Musical programmes featuring musicians Youssou N’Dour and Abdullah Ibrahim will follow in March and April, with additional performances to be announced later.

16.03.2023 | por mariadias | arte, atuações, comunicação, política, teatro

"ATLAS DA SOLIDÃO" programa interdisciplinar que se dedica a pensar sobre a solidão

Realiza-se de 31 de março a 29 de abril, na Appleton - Associação Cultural, em Lisboa, o programa interdisciplinar Atlas da Solidão, cujo objetivo é chamar a atenção para o tema da solidão, para o analisar dos pontos de vista teórico, simbólico e prático, através da participação de intervenientes de várias disciplinas artísticas, académicos e especialistas. Ocupando a galeria Appleton Square com atividades ao longo de um mês, o espaço torna-se uma plataforma de encontro entre o público e os intervenientes do projeto.

Composto por sete momentos, o programa quer refletir sobre as perguntas:De que falamos quando falamos de solidão? Para que serve a solidão? Porque se torna ameaçadora? Como podemos usufruir da nossa solidão num mundo que se tornou mais veloz do que nunca?Antes da pandemia, a solidão e o isolamento social eram tão preponderantes na Europa, EUA e China, que tinham já sido descritos como uma «epidemia comportamental». Vivemos no tempo mais conectado da história da humanidade e, paradoxalmente, sentimo-nos isolados. Mas a solidão e a monotonia têm também um lado positivo, uma vez que são essenciais para a fruição da criatividade. A solidão facilita o desenvolvimento da empatia e é um movimento de reconstrução tão positivo como a própria socialização. Gostar de estar sozinho é, por outro lado, descobrir a abertura ao pensamento crítico e original. 

O programa arranca no dia 31 de março com a inauguração de Quero um dia em que não se espere nada de mim, uma exposição coletiva, com obras de Bert Timmermans, Horácio Frutuoso, Isabel Cordovil, Joana Ramalho, Luís Barbosa, Mag Rodrigues e Pedro Lagoa.

Com um formato de áudio-caminhada, Paula Diogo apresenta nos dias 4 e 5 de abril Terra Nullius, uma peça que transborda o espaço da galeria, ocupando a geografia urbana da cidade e o espaço virtual de discussão e pensamento. O espetáculo inicia-se e termina na Appleton, havendo lugar a uma caminhada solitária nas imediações da galeria, com apoio de um mapa. No final, cada espetador recebe um livro. 

Num mundo em que estamos em constante comunicação, como é que imaginamos a solidão dos outros? Vrndavana Vilasini concebe um curso online, de 10 a 13 de abril, onde irá abordar a representação da melancolia na arte e na literatura a partir de exemplos teóricos e poéticos, procurando a anatomia da natureza melancólica e a sua pluralidade de manifestações. Através de material histórico, médico, filosófico e artístico, o curso irá dedicar-se a refletir sobre o temperamento da condição melancólica.

No dia 14 de abril, Margarida Garcia e Manuel Mota apresentam-se emconcerto, numa linguagem sonora proto-cinematográfica onde o silêncio perfura, desvia e perturba constantemente a forma musical, como um ponto de charneira que catapulta o som para o universo da matériPara o público jovem, Joana Cavadas dirige, no dia 15 de abril, O Mapa uma oficina de criação artística com cerca de cinco sessões de exercícios para pensar sobre diferentes perspetivas da solidão e responder à pergunta: porque fugimos da solidão? 

O bailarino e coreógrafo David Marques, apresenta nos dias 20 e 21 de abril, uma criação nova intitulada Comoção e, no dia 28 de abril, Vânia Rovisco apresenta a performance Approach and enter, que explora os movimentos de aproximação entre sujeitos e corpos, os limites da intimidade, da proximidade física e do corpo como superfície de inscrição de sentido.

O programa termina no dia 29 de abril com as conferências de encerramento Uma comunidade de solidões, que contam com vários especialistas com investigação sobre o tema da solidão, que estabelecem diálogo com a observação crítica artística e que são abertas à participação do público: com Adalberto Carvalho (Filosofia), Sónia Martins (Psicologia) e Rui Miguel Costa (Ciberpsicologia).

Programa:

  • 31 março 

Quero um dia em que não se espere nada de mim - exposição coletiva, com obras de Bert Timmermans, Horácio Frutuoso, Isabel Cordovil, Joana Ramalho, Luís Barbosa, Mag Rodrigues e Pedro Lagoa (artes visuais)

  • 4 e 5 abril 

Terra Nullius, de Paula Diogo (caminhada-espetáculo) - versão DIY
Horário: áudio e livro disponíveis das 14H às 17H50

  • 10 a 13 abril

Melancolia, arte e literatura, por Vrndavana Vilasini (formação online)
Duração: 1H30 
Sala aberta: 18H40 
Horário: 19H

  • 14 abril 

Margarida Garcia e Manuel Mota (concerto)
Horário: 21H

  • 15 abril 

O Mapa, por Joana Cavadas (oficina com adolescentes)
Duração: 2H30 
Horário: 15H

  • 20 e 21 abril 

Comoção, de David Marques (dança)

Duração: aprox. 40 minutos
Horário: 19H

  • 28 abril  

Approach and Enter, de Vânia Rovisco (performance-instalação)

Duração: 2H
Horário: 17H

  • 29 abril

Uma comunidade de solidões - conferências de encerramento

14H-16H: Adalberto Carvalho + Sónia Martins / Marta Rema (moderação)

16H30-18H30 - Rui Miguel Costa + [orador/a a definir] / Marta Rema (moderação)

Duração (cada): 2H00 com intervenções do público 
Horário: das 14H às 18H30 com intervalo 

15.03.2023 | por mariadias | arte, associação cultural de lisboa, atlas da solidão, solidão

O samba como guerrilha por Luca Argel ao vivo na Escola das Artes

No próximo dia 16 de março, às 18h30 e com entrada livre, o conhecido cantor, compositor e activista Luca Argel, vai estar na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto para a conferência-performance “Olha o dia de ontem chegando - Samba: guardião da memória”. Conhecido por integrar os grupos “Samba Sem Fronteiras” e “Orquestra Bamba Social”, Argel promete mostrar como no samba se conta a história de resistência e resiliência do povo brasileiro.


Luca Argel, que reside em Portugal há dez anos, é cantor e compositor. Faz parte de vários grupos musicais, entre os quais “Ruído Vário”, onde trabalhou com a cantora portuguesa Ana Deus, sobre poemas musicados de Fernando Pessoa. É licenciado em música pela UNIRIO e mestre em literatura pela Universidade do Porto. Tem cinco álbuns de estúdio, que resultam de uma incessante pesquisa sobre a história, a política, e as relações com a música popular brasileira. O seu álbum mais recente, “Sabina”, aborda os temas da tensão pós-abolição da escravatura, do racismo e da descolonização.

Luca Argel assinala ainda a sua presença na literatura, com livros de poesia publicados no Brasil, em Portugal e em Espanha. O livro “Uma pequena festa por uma eternidade” foi um dos semifinalistas do Prémio Oceanos em 2017. Além disso, assina rubricas de rádio e desenvolve bandas sonoras

Esta performance do brasileiro faz parte do Ciclo Internacional de Conferências, Exposições e Performances 2023 da Escola das Artes da Universidade Católica, que tem como título “Pisar Suavemente a Terra” que tem como inspiração o pensamento do filósofo e ativista Ailton Krenak. Trata-se não só de uma homenagem ao pensador, mas de um movimento subtil de admitir a urgência desses e outros ensinamentos, humanos e não humanos, como possibilidades de compreender e transformar nossa relação com a Terra.

O conferência-performance de Luca Argel com o título “Olha o dia de ontem chegando- Samba: guardião da memória”, terá lugar dia 16 de março, pelas 18h30, no Auditório Ilídio Pinho da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. A entrada é gratuita.

13.03.2023 | por mariadias | arte, Brasil, escola de arte, luca argel, samba

Evidências - Uma retrospectiva de A. Roque

A VOARTE inicia este mês um novo ciclo de celebração dos 25 anos de percurso, com o objectivo de continuar o seu trajecto na criação e promoção cultural.

No dia e mês do início das comemorações dos 25 anos de percurso, a Vo’Arte apresenta a exposição Evidências: uma retrospectiva de A. Roque. Exposição comemorativa dos últimos 25 anos da Associação Vo’Arte com um tributo a A. Roque, que esteve presente desde a sua concetualização. Por uma seleção de imagens e objectos cuidadosamente escolhidos, é apresentada uma retrospectiva do trabalho produzido pela Vo’Arte, destacando o trabalho inovador e as contribuições para o panorama cultural português no último quarto de século.

Uma exposição que reflecte o olhar documental e artístico de A. Roque, mentor e impulsionador do nascimento da Vo’Arte, sobre o trabalho artístico que a estrutura tem vindo a desenvolver desde 1998.

Durante 15 dias serão dinamizados encontros com o público em momentos culturais e artísticos que remetem ao panorama artístico de que A. Roque faz parte.

20 Março – Inauguração . Performance

23 Março – Poesia

29 Março – Cinema

1 Abril – Música

3 Abril – Encerramento . Surpresa

04.03.2023 | por mariadias | a. roque, arte, evidências, voarte

Exposição Individual de Francisco Vidal na Galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE

Inaugura hoje, dia 4 de março a partir das 17h, na galeria THIS IS NOT A WHITE CUBE, em Lisboa, a inauguração da exposição do artista de origem angolana e cabo-verdiana, Francisco Vidal.Trata-se de um projecto totalmente inédito, que refle um dos mais ignotos aspectos do universo criativo do artista: a sua marcada ligação à música.
Todos os detalhes estão disponíveis no Press Kit. Esta exposição estará patente até 22 de Abril.

04.03.2023 | por mariadias | arte, exposição, Francisco Vidal

ICI JE SUIS DÉJÀ EN TRAIN DE DISPARAÎTRE

 

ICI JE SUIS DÉJÀ EN TRAIN DE DISPARAÎTRE de Ana Gandum

Photo-performance

10 de março, 19h30

Casa de Portugal – André Gouveia

Cidade Internacional Universitária – Paris

Entrada gratuita

aqui já está sumindo eu é uma acção performativa a partir de fotografias encontradas na rua, em casas em vias de demolição e em gavetas, álbuns e caixas de sapatos dos arquivos de família portuguesas no Brasil.

Em cena estará um dispositivo narrativo e visual em cadência de rapsódia, onde as imagens são convocadas enquanto actos postais, derivas, errâncias e fragmentos luminosos.

Criação e performance: Ana Gandum

Criação de luz e régie de som: Gisèle Pape

Vídeo e cenografia: Nina da Silva

Gravação e mistura de som: Filipe Ferraz no Estúdio 21

Fotografia de divulgação: Ana Marta

Co-produção: ICNOVA- NOVA Institute of Communication

Parcerias: Maison du Portugal – André de Gouveia, Camões – Instituto da Cooperação e da Língua

02.03.2023 | por mariadias | ana gandum, arte, foto performance, fotografia, ICI JE SUIS DÉJÀ EN TRAIN DE DISPARAÎTRE

Espaços mentais / Espaços reais – O arquivo digital sobre o Bairro do Alto dos Barronhos e os modos de o habitar

No próximo dia 4 de março às 16:00 vai acontecer na sala Manuela Porto, pertencente ao Teatro do Bairro Alto (TBA), a exposição “Espaços mentais / Espaços reais – O arquivo digital sobre o Bairro do Alto dos Barronhos e os modos de o habitar” com participações de Carlos Alvarenga, Esmael Graça, Ivone Rodrigues, Lucinda Correia, Luísa Sol, Paula Cardoso e Sara Goulart.

Tudo começa com o corpo no espaço: 910 fogos, 2730 moradores estimados. O que é habitar um bairro social? Como é que a arquitetura delineia a apropriação emocional que humaniza o espaço? E como potencia dificuldades, resistências, esforços e lutas? Como fomenta o conforto e a felicidade? E como estigmatiza? Contando com o apoio do programa governamental Bairros Saudáveis, lançado durante a pandemia, 910 Fogos envolveu a comunidade local do bairro do Alto dos Barronhos, o maior bairro social do concelho de Oeiras, num conjunto de ações participativas em torno da ligação entre Arquitetura e Saúde Mental – abordando criticamente a relação casa-bairro-cidade – e realizou um ciclo de debates. Questionou-se o que é habitar um bairro social e transformar o espaço público – quatro praças – num espaço de redefinições críticas sobre aqui- lo que é considerado bem-estar e qualidade de vida.

A apresentação pública do arquivo digital Espaços Mentais / Espaços Reais serve de mote a uma conversa aberta entre moradores, arquitetas, psicólogas, antropólogas, dinamizadoras comunitárias, sociólogas, artistas, investigadoras e quem quiser aparecer. Entrada livre (sujeita à lotação).

19.02.2023 | por mariadias | arte, bairro social, Carlos Alvarenga, Esmael Graça, fotografia, Ivone Rodrigues, Lucinda Correia, Luísa Sol, paula Cardoso, sara Goulart, tba

Tacita Dean: o acaso da história - João Oliveira Duarte

12 de janeiro, 11h30 (Sala A6) |ESAP
A história e o percurso da artista visual britânico/germânica Tacita Dean serão analisadas por João Oliveira Duarte que será o timoneiro desta viagem. 

João Oliveira Duarte é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre em Estética pela Universidade Nova de Lisboa, instituição na qual se encontra a concluir um doutoramento em História da Arte. É também bolseiro FCT e publicou diversos artigos em revistas científicas. Faz ainda crítica literária, destacando-se, neste âmbito, os trabalhos publicados pelo Colóquio-Letras e pelo Jornal i.

Organização: Mestrado em Artes Visuais (MAV) e Licenciatura em Artes Visuais - Fotografia (AVF).

11.01.2023 | por catarinasanto | arte, artes visuais, João Oliveira Duarte, Tacita Dean

Exposição colectiva de BABU x SUEKÍ de nome “Pedras no Caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

A exposição colectiva de BABU x SUEKÍ de nome “Pedras no Caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…” esta sexta feira, dia 2 de Dezembro de 2022, a partir das 18:00. 

Entrada é livre.

 

Segundo Dominick A Maia Tanner: “Em finais de 2021, ainda sob a ameaça da pandemia, os artistas angolanos Babu e Suekí participaram na terceira edição de uma residência artística na África do Sul com o apoio de organizações locais ´AVA´ e ´Worldart Gallery´, e do ´ELA-Espaço Luanda Arte´ à distância. Provou ser um momento difícil para ambos artistas,  cheio de imprevistos, e muitas vezes exacerbado pela familia distante e ansiedade por elas transmitida (que é normal). Mas as “pedras no caminho” e as obras que os artistas criaram, fruto das vivências frustradas e menos agradáveis vividas na Cidade do Cabo, provaram e continuam a provar que foram necessárias para se chegar a um lugar bom: esta exposição a dois. 

O ´ELA´ é um espaço de arte contemporânea com mais de 7 anos de existência, situado na Rua Alfredo Troni 51/57, na baixa de Luanda ao lado do Ministério das Relações Exteriores. 

Depois da inauguração, esta mostra poderá ser visitada entre terça e domingo, das 12h às 20h, até 25 de Janeiro 2023.

 

30.11.2022 | por catarinasanto | arte, BABU, Babu x Sueki, exposição, SUEKÍ

Exposição de Cássio Markowski & Lisbon Art Weekend

Inauburação da Exposição de Cássio Markowski & Lisbon Art Weekend. No periodo de 26 Novembro a 21 de Janeiro. 

07.11.2022 | por catarinasanto | arte, cássio markowski, exposição, Inauburação, lisbon art weekend

Call for artists — NZINGA II - Artistic Residency

Procuramos mulheres artistas oriundas dos PALOP’S e Timor Leste para participar na segunda edição do Projecto NZINGA. Serão selecionadas três candidatas para realização de uma residência  artística que decorrerá na Galeria Movart em Luanda entre 20 de novembro e 20 de dezembro de 2022.

Prazo de inscrição: até 31 de outubro de 2022.

O NZINGA é um projecto de residências artísticas da Movart Gallery concebido exclusivamente para mulheres artistas plásticas e curadoras, naturais dos PALOP’S e de Timor-Leste, que desenvolvem a sua prática no âmbito da arte contemporânea africana, com o objetivo de emancipar e empoderar o papel da mulher e promover a igualdade de género na vida social e cultural. A primeira edição do projecto NZINGA decorre na MOVART Luanda até 6 de novembro de 2022, com os artistas selecionados Filomena Mairossi, Isabel Landama e Sarhai, sob orientação da artista Ana Silva.

Mais informações.

17.10.2022 | por Alícia Gaspar | arte, movart, mulheres artistas, NZINGA, nzinga residency, palops, timor leste

Movart na AKAA 2022 - Art & Design Fair

Para esta edição, a galeria irá expôr obras dos seguintes artistas:

 

 

Fidel Evora na IDEM PARISFidel Evora na IDEM PARIS

O artista Fidel Évora estará presente no stand da MOVART na AKAA Paris 2022,  e em  residência artística durante o mês de outubro, no âmbito da parceria entre a Movart e Association des Amis d’Idem, o patrocinador do projeto de residência artística no Idem Paris, uma gráfica de arte construída em 1881 e localizada no coração do bairro de Montparnasse, em Paris.

A Idem Paris é um ponto de encontro de grandes artistas franceses e internacionais que colaboram com esta gráfica para criar edições especiais. Este local histórico abriga as prensas litográficas de Fernand Mourlot que trabalhou com Matisse, Picasso, Miro, Chagall, Braque, Giacometti, e os principais artistas do século XX. Um lugar de inspiração e criação numa vasta oficina de 1.400 m2 sob uma bela cobertura de vidro, onde as pessoas se encontram e trocam histórias.

17.10.2022 | por Alícia Gaspar | akaa 2022, alice marcelino, art and design fair, arte, cultura, fidel evora, Keyezua, kwame sousa, movart, movart paris

O impulso fotográfico: (Des)arrumar o arquivo colonial

“O impulso fotográfico” alude à expansão da fotografia pelo mundo, e consequentemente à sua apropriação considerada fidedigna e realista.

Prova do Crime, Nkaka Bunga Sessa e Soraya Vasconcelos, 2021. A partir de imagem original da missão de delimitação de fronteira em Lourenço Marques [Maputo], 1890-91. UL-IICT-Col. Foto-MGG 4003Prova do Crime, Nkaka Bunga Sessa e Soraya Vasconcelos, 2021. A partir de imagem original da missão de delimitação de fronteira em Lourenço Marques [Maputo], 1890-91. UL-IICT-Col. Foto-MGG 4003

Quando: 26 de Novembro de 2022 a 31 de Maio de 2023

Onde: Museu Nacional de História Natural e da Ciência

“O impulso fotográfico” alude à expansão da fotografia pelo mundo, e consequentemente à sua apropriação considerada fidedigna e realista.

Nesta exposição, a expansão da fotografia associa-se à expansão científica colonial, e a uma certa vocação colonial da fotografia sob a forma de uma tecnologia usada pela ciência para medir, classificar e arquivar documentos de modo potencialmente infinito, reprodutível e difundido de modo massificado.

Partindo desta obsessão pela medição e classificação, mostra-se os modos como territórios e corpos africanos foram medidos e apropriados durante as missões científicas de geodesia, geografia e antropologia e como se difundiram as narrativas da ciência colonial. Mas também se mostra como resistiram, através de outras histórias (ficcionais ou não), desvendadas e criadas pelo sentido crítico da curadoria participativa de artistas e investigadores(as) e ativistas.

A exposição é o resultado destes encontros, dúvidas e questionamentos da equipa multidisciplinar que se envolveu em diferentes fases do projeto, desde a conservação e restauro à digitalização de fotografias e filmes, desde a investigação teórica à propostas artísticas, até à própria construção museográfica.

Qual o significado destas coleções de fotografias e objetos, no presente, para as diferentes comunidades?  Que marcas deixaram enraizadas na sociedade?

Esta é uma exposição concebida para questionar e ser questionada.

Site PhotoImpulse

Photo ImpulsePhoto Impulse

Photo Impulse visa contribuir para a história e a teoria portuguesas da fotografia e do filme científicos, trazendo para este campo as imagens produzidas em diversas expedições geográficas e antropológicas realizadas às então colónias portuguesas em Africa e na Ásia, entre 1883 e 1975. A maioria dessas missões foram promovidas pelas autoridades portuguesas através da Comissão de Cartografia e das instituições que lhe sucederam, a última das quais o Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT). Atualmente, grande parte do material em estudo pertence ao Museu de História Natural e Ciência, parceiro do projeto.

Pretendemos contribuir para a análise das especificidades políticas e comunicativas desses meios visuais, da sua cultura visual e contexto histórico, bem como das relações que as imagens desenvolvem com a produção dos saberes na Geografia e na Antropologia portuguesas.

Produzido principalmente no contexto da política colonial, o material de estudo abrange diferentes regimes políticos: a monarquia tardia (especificamente o período de 1890 a 1910), a Primeira República (1910-1926), a ditadura fascista (1926-1974) e a viragem para democracia (1974-1975).

Foco principal

O ponto de partida do projeto é a ideia de que a fotografia e o filme são formas de apropriação simbólica, uma apropriação que se tornou efetiva tanto no terreno como nos espíritos. São, também, formas de produção do espaço (Henri Lefebvre) e de o habitar (Heidegger).

Tomamos como princípio norteador e ideia inspiradora as relações entre mapas, fotografias e filmes nos seus sentidos mais latos: mapas como “fotografias” do território; fotografias como um tipo de mapa; filmes como histórias espaciais (De Certeau) e os atos de fotografar ou filmar como atividades de mapeamento (Denis Wood).

Consideramos que a fotografia e o filme fixam relações de poder no exato momento de tirar a fotografia ou de fazer o filme. Quer seja de forma consciente ou não, certas relações tendem a ser replicadas ao longo dos muitos usos das imagens. Diante do nosso arquivo colonial, além de procurar entender como as imagens eram utilizadas, pretendemos investigar como podemos descolonizar esse legado visual.

Porquê o nome “Photo Impulse”?

Photo Impulse é uma referência ao trabalho incontornável da historiadora de arte Svetlana Alpers, que identificou um “impulso cartográfico” na pintura holandesa do século XVII. No nosso contexto, as práticas fotográficas e cinematográficas aqui estudadas visavam a constituição de mapas geográficos mas também de um Atlas Colonial dos territórios e dos povos sob dominação portuguesa. Foram aplicadas metodologias para mensurar terras e corpos. Identificamos assim um “impulso fotográfico” que revela como estes media eram percebidos como instrumentos modernos e fidedignos.

 

Nota: Exposição criada pelo projeto O Impulso Fotográfico: Medindo as Colónias e os Corpos Colonizados, O arquivo fotográfico e fílmico das missões portuguesas de geografia e antropologia”, financiado pela FCT (PTDC/COM-OUT/29608/2017). Este projeto está sedeado no Instituto de Comunicação da Nova, da NOVA Faculdade Ciências Sociais e Humanas, e tem como parceiros o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa e a NOVA.ID. da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

12.10.2022 | por Alícia Gaspar | arquivo colonial, arte, colonialismo, exposição, fotografia, impulso fotográfico, pós-colonialismo

Maria Gil estreia "Avieiras, Viagem de Lamas"

As pessoas continuam a relacionar-se com e a preservar as suas histórias. Este espectáculo é sobre ouvir histórias para voltar a contá-las com tudo o que se acrescenta mas também com tudo o que fica nos esquecimentos. Alguém disse, uma rede é uma colecção de buracos.

— Maria Gil

Avieiras, viagem de Lamas tem como ponto de partida relatos e testemunhos actuais de mulheres pertencentes a comunidades avieiras das aldeias Palhota e Escaroupim e ainda de Vila Franca de Xira e da Praia da Vieira de Leiria. Trata-se da continuação de um projecto de etnografia artística desenvolvido por Maria Gil desde 2018 (Mulheres em Terra, Homens no Mar), junto a mulheres de comunidades piscatórias e ligadas ao mar. O espectáculo parte ainda do trabalho realizado pela jornalista Maria Lamas em, As Mulheres do Meu País, para apresentar uma visão contemporânea do processo emancipatório da condição feminina dentro destas comunidades desde a segunda metade do século XX até aos dias de hoje. Após uma primeira apresentação na aldeia de Palhota para a comunidade local, o espetáculo terá estreia em Sintra, na Casa de Teatro de Sintra/Chão de Oliva a dia 28 de outubro. Os bilhetes para a data de Sintra custam €7,50 (bilhete normal) e €5 (com descontos), podendo ser reservados através do email teatrodosilencio@gmail.com. A peça ficará em cena até dia 6 de novembro.  

A comunidade avieira era constituída sobretudo por famílias de pescadores da Praia da Vieira de Leiria, mas também da zona da Murtosa que, quando o mar estava bravo durante o inverno, se deslocavam em carroças, barcos, e até a pé, na direção do Tejo, para aí se dedicarem à pesca. Inicialmente, viviam dentro das embarcações - os saveiros - mas com o passar dos anos acabaram por se fixar ao longo das margens, onde construíam casas de madeira, cobertas com caniços e assentes em palafitas, que os protegiam das cheias do rio e dos efeitos do solo arenoso. As mulheres avieiras sabem pescar, lançar, lavar, coser e remendar as redes. Eram elas quem remava o barco e ainda quem carregava o peixe à cabeça para o ir vender de porta em porta, pelos caminhos ou junto aos mercados - tudo a pé.
Partindo da realidade desta comunidade, este projecto visa incentivar e envolver as comunidades a apropriarem-se crítica e criativamente do seu património imaterial. Para tal, a par de todo o trabalho de recolha e investigação dos testemunhos e histórias de vida, a comunidade terá a oportunidade de ver o espetáculo final e participar de um debate sobre o mesmo.

Datas e locais 
21 outubro às 19h00 | 22 Outubro e 23 de outubro às 18h00
Casa do Avieiro/Projecto Palhota Viva, Aldeia da Palhota, Valada, Cartaxo
Acesso livre
28 e 29 outubro, 4 e 5 de novembro às 21h30 | 30 de outubro e 6 de novembro às 16h00
Casa de Teatro de Sintra/Chão de Oliva, Sintra
Preço:
7,50€ (bilhete normal) 
5,00€ (Bilhete desconto - grupos + de 5 pessoas; <25 anos; >65 anos; profissionais e estudantes de Artes Performativas) 

26 Novembro às 16h00
Centro Cultural de Escaroupim, Escaroupim, Salvaterra de Magos
Acesso livre
Reservas e marcações
e-mail - teatrodosilencio@gmail.com
telm. - + 351 91 463 26 75 - produção Teatro do Silêncio

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«Desembaraçadas e aguerridas, as mulheres da Praia de Vieira são das mais corajosas, na luta pela vida, e também das mais sacrificadas. Para elas não há limite de trabalho nem escolha de tarefas…»
«A avieira é verdadeiramente, a camarada do marido, a sua companheira de todas as horas, trabalhando com ele e suportando as mesmas agruras que ele suporta. Não é camponesa nem nasceu na região. Veio de longe, da praia de Vieira, mas fica ali, às vezes, o resto da vida. O lar é o barco, no barco lhe nascem os filhos, e raramente consegue construir uma casa - suprema aspiração de todas. Quando o rio não lhe dá peixe e a fome é a mais trágica realidade, a avieira vende fruta, trabalha no campo ou no que lhe apareça. É das figuras mais impressionantes e corajosas do nosso povo! »
—Maria Lamas, As Mulheres do Meu País, p.331 e p.297

Ficha Artística |
Criação, dramaturgia e interpretação: Maria Gil
Realização de vídeo e edição de imagem: Joana Linda
Sonoplastia e desenho de luz: Maria Gil
Apoio à dramaturgia: Tiago Pereira
Apoio ao desenho cénico: João Ferro Martins
Mediação/apoio à produção e à criação: Aleixa Gomes, Beatriz Baião
Comunicação: Sara Cunha
Produção: Teatro do Silêncio 2022
Parceria: Projecto Palhota Viva, Chão de Oliva - Casa de Teatro de Sintra
O Teatro do Silêncio é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa-Cultura/Ministério da Cultura - Direcção-Geral das Artes e pela Junta de Freguesia de Carnide

11.10.2022 | por Alícia Gaspar | arte, avieiras viagem de lamas, cultura, documentário, etnografia artística, Maria Gil, mulheres, teatro, Teatro do silencio

Teatro GRIOT apresenta "No meio do caminho"

No Meio do Caminho, o próximo espectáculo do Teatro GRIOT — que parte de Dante Alighieri e da sua A Divina Comédia e tem encenação de Miguel Loureiro — estreia em Loulé, no Cineteatro Louletano dia 7 de outubro (onde também se apresenta dia 8, sempre às 21h00).

Depois disso, continua carreira em Odivelas, no Centro Cultural Malaposta, nos dias 22 e 23 de outubro

No Meio do Caminho tem como base A Divina Comédia, epopeia medieval que narra a viagem de Dante pelos três lugares do Além — Inferno, Purgatório e Paraíso. Três actores estão num lugar impreciso, uma sala, um gabinete, um estúdio ou nada disto, em que vão tentando reproduzir o texto, as personagens, os mitos e os vícios de raciocínio ligados a esta obra-prima, que não foi originalmente pensada para ser drama, para ser cena. Uma certeza, atravessar três projecções metafísicas: Inferno, lugar de condenação e de dor; Purgatório, onde o humano se penitencia e purifica; e Paraíso, pináculo de redenção e meta da aventura. Sustentam-se as coordenadas desta empreitada nos seguintes pontos: o ponto da fábula, a peregrinação de Dante ao Centro do Mundo, com os diálogos, as acções, as passagens de um círculo ao outro, etc., que poderia bem configurar um drama medieval em estações, à semelhança de obras sacras do teatro litúrgico da época; o ponto moral, questão central na obra. Como dialogar com a moral cristã nos nossos tempos fortemente seculares?; o ponto da alegoria, em si, as questões das personagens, o que representam de nós, como nos aproximamos desta escrita alegórica e a reclamamos para nós, nem que seja por uns momentos?; por fim, o ponto simbólico, tornar em matéria teatral tudo o que na obra se joga no oculto, a começar desde logo pelo número 3: Santíssima Trindade, os 33 cantos, as tercenas… as espirais, os vórtices, os estreitos, as bifurcações e os passos em falso deste lugar, a meio do nosso caminho de criadores.

Ficha Técnica e Artística 

Texto: Dante Alighieri

Dramaturgia: Miguel Graça, Miguel Loureiro

Interpretação: Daniel Martinho, Tiago Barbosa, Zia Soares

Cenografia: André Guedes

Iluminação: Daniel Worm

Figurinos e Adereços: Neusa Trovoada

Sonoplastia: Mestre André

Movimento: Miguel Pereira

Fotografia: Joana Linda

Vídeo promocional: António Castelo

Produção Executiva: Aoaní d’Alva

Produção: Teatro GRIOT

Coprodução: Cineteatro Louletano

Apoios: Batoto Yetu, Câmara Municipal de Loulé, Centro Cultural da Malaposta, DeVIR/CAPa - Centro de Artes Performativas do Algarve, Junta de Freguesia da Misericórdia, Khapaz, Polo Cultural Gaivotas Boavista

O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa

22.09.2022 | por Alícia Gaspar | a divina comédia, arte, cultura, miguel loureiro, no meio do caminho, teatro, teatro griot

Gisela Casimiro à conversa com Gilda Barros

Gisela Casimiro, escritora e artista, conversa com a artista mural Gilda Barros na sua cidade natal, Mindelo.

Ligadas pelo livro “Raízes Negras”, escrito por Lúcia Vicente, ilustrado por Gilda Barros, e apresentado por Gisela Casimiro, este é o seu primeiro encontro presencial. A conversa decorreu no Centro Cultural do Mindelo e estendeu-se aos lugares onde Gilda fez a sua formação e tem intervido artisticamente nos últimos anos. As temáticas abordadas são:

- A sua colaboração com o Centro Cultural Português

- As tensões entre o design corporativo e a arte de rua

- A relação entre a nova geração de artistas e a tradição estabelecida

- A influência das mulheres da sua vida na arte

- As lutas feministas e LGBTQIA+ em Cabo Verde

Ouçam aqui o episódio.

 

22.08.2022 | por Alícia Gaspar | arte, cultura, gilda barros, Gisela Casimiro, LGBTQIA+, lutas feministas, Mindelo, raízes negras, street art

Artistas em Cena no Teatro Romano

Museu de Lisboa - Teatro Romano

30 junho a 31 dezembro 2022

Terça a domingo, das 10h às 18h

Créditos Tiago MouraCréditos Tiago MouraCelebrando o património humano do território envolvente do teatro romano, a nova exposição temporária apresenta obras de 36 artistas que habitam, nasceram ou aqui trabalham.

Esta exposição é o resultado de um processo colaborativo com uma comunidade de artistas que vive e trabalha na envolvente do monumento que é o palco mais antigo de Portugal.

Entre artes plásticas, música, ourivesaria, fotografia, pintura, cerâmica, teatro, prosa e poesia, este território caracteriza-se pela sua riqueza, arqueológica e patrimonial, mas, especialmente, pelo valor humano dos que o habitam e aqui trabalham e pelos que aqui viveram.

Resgatando o génio criativo deste lugar ancestral, devolve-se ao público a produção artística hoje produzida neste território. Uma mostra de artistas feita por muitos e para muitos.

Artistas: Alexandre O’Neill, Alexandre Delgado O’Neill, António Jorge Gonçalves, António Gedeão, Ary dos Santos, Augusto Rosa, Carlos No, Cátia Pessoa, Cláudia Chaves, Constança Pinto Gonçalves, Fernanda Fragateiro, Fernando Calhau, Henrique Pavão, Inês Simões, João Cristino da Silva, João Pimentel, Joana Passos, José Faria, Marcos Magalhães, Marta Araújo, Marta Mateus, Menez, Nininha Guimarães, Nuno Cera, Nuno Saraiva, Paula Delecave, Pedro de Castro, Pedro Reis Gomes, Pierre Pratt, Ronaldo Bonachi, Rui Moreira, Rui Sanches, Rute Reimão, Sara Domingos, Teresa Pavão e Tomaz Hipólito.

16.08.2022 | por Alícia Gaspar | arte, artes plásticas, exposição temporária, fotografia, lisboa, música, pintura, poesia, teatro romano

Exposição “Nirivalele hi kuxwela” para visitar em Maputo

A exposição está patente no Centro Cultural Franco-Moçambicano, entre 5 de Julho a 20 de Agosto de 2022.

Pode visitar a Exposição “Nirivalele hi kuxwela” de Hugo Mendes até o dia 20 de Agosto no Centro Cultural Franco-Moçambicano de Maputo.

“Nirivalele hi kuxwela” é uma alegoria para o tempo que a pandemia nos tirou – foram dois longos anos de incertezas e ansiedade – e também brinca com o facto de artistas terem sobre si a conotação (não totalmente infundada) de serem imprevisíveis e com problemas com deadlines.

“Com obras de arte resultantes das reflexões durante o tempo de isolamento causado pela pandemia, e que tencionam representar aspectos do quotidiano, referindo-se à história colectiva dos Moçambicanos.”

Hugo Mendes é um artista visual que nasceu e cresceu em Maputo. Sendo Moçambique um país com uma cultura muito rica e diversa, e com uma forte tradição no artesanato e escultura em madeira, Hugo inspira-se nesses processos. Através do seu trabalho, tenta representar os aspectos do quotidiano, referindo-se à história colectiva dos Moçambicanos, aos seus sonhos, e procurando explorar elementos mais íntimos, relacionados com o lado mais obscuro do seu próprio imaginário.

09.08.2022 | por Alícia Gaspar | arte, centro cultural franco-moçambicano, exposição, hugo mendes, Maputo, Nirivalele hi kuxwela, pandemia

Não há cura

Alice Marcelino / Carlota Bóia Neto / Daniela Vieitas /  Gabriela Noujaim / Indira Grandê / Pamina Sebastião / Sofia Yala

 21 de julho - 3 setembro

Performance “Na Porta ao Lado” de Daniela Vieitas.

Sessões | 19h-20h-21h

DJ Mistah Isaac apresenta“Wako Kungo Sessions” Hosted by Diaza 18h-22h

Galeria MOVART em Lisboa apresenta uma nova interpretação da exposição NÃO HÁ CURA, a coletiva que há um ano inaugurou no Instituto Camões em Luanda. A exposição é agora transportada para uma outra cidade, num outro país e continente. Embora num contexto sócio-político diferente, NÃO HÁ CURA reúne um conjunto de obras que refletem sobre problemáticas universais, e que fazem sentido serem agora mostradas no espaço lisboeta da Galeria MOVART.

A conversa e a desconstrução são os pontos de partida desta mostra que questiona a imposição dos espaços, das diretrizes curatoriais e das convenções sociais. Um diálogo, por ora, sem fim à vista, que se propõe redescobrir e resignificar o eu, o corpo e a mulher, procurando relançar e repensar radicalmente o papel da arte.

A exposição, inicialmente comissariada por Keyezua, conta com a participação de Alice Marcelino (Angola), Carlota Bóia Neto (Portugal), Daniela Vieitas (Portugal), Gabriela Noujaim (Brasil), Indira Grandê (Angola), Pamina Sebastião (Angola) e Sofia Yala (Angola) que irão apresentar obras inusitadas entre instalação, performance, fotografia, video e colagem.

Galeria MOVART,  Rua João Penha 14A, 1250 - 131 Lisboa

18.07.2022 | por Alícia Gaspar | alice marcelino, arte, Carlota Bóia Neto, cultura, Daniela Vieitas, exposição, feminismo, gabriela noujaim, Indira Grandê, movart, NÃO HÁ CURA, Pamina Sebastião, Sofia Yala