O país que nasceu meu pai, novo álbum

O país que nasceu meu pai, novo álbum Este trabalho, estas palavras, estas melodias e sonoridades são originalmente o que me sobrou da perda de meu pai, da perda do meu pai e de todas as memórias que se avivaram em mim depois dessa perda. Dos lugares, dos cheiros, do tempo que tinha muito mais tempo dentro de si, mas principalmente das pessoas. Das pessoas de meu pai, assim crédulas, próximas umas das outras. Avivaram-se memórias dos casamentos de três dias em que o meu pai tocava (dj) nos quintais da cidade...

Palcos

29.11.2013 | por Paulo Flores

O que faço eu no reto de Paul Theroux?

O que faço eu no reto de Paul Theroux? Olhando para um mapa, ele descreve a fronteira entre a Namíbia e Angola como «uma terra desconhecida e por descobrir». Ousa ​​referir-se a Angola como «sobretudo terra incógnita» e até como um país em «isolamento». Estas descrições são inconcebíveis

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27.11.2013 | por Lara Pawson

Nos Trilhos da Independência: 90 dias pelo Leste de Angola

Nos Trilhos da Independência: 90 dias pelo Leste de Angola  A partir de 1966, a luta pela independência de Angola teve como um dos principais cenários a região que se estende pela Lunda-Sul, Moxico, Kuando-Kubango e parte do Bié. O MPLA abriu a Frente Leste em 1966, desdobrando-se progressivamente em regiões e zonas várias. A UNITA começou a sua acção no mesmo ano, estabelecendo-se principalmente no Moxico entre os rios Luanguinga e Lungué-Bungo. A FNLA também actuou, em menor escala, no Alto Chicapa.

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30.09.2013 | por Associação Tchiweka de Documentação

Mais um dia de vida - Angola 1975

Mais um dia de vida - Angola 1975 Cheirava mal em toda a parte, um fedor ácido, e uma humidade pegajosa e abafada espalhava‐se pelo edifício. As pessoas transpiravam de calor e de medo. Havia um ambiente apocalíptico, uma expectativa de destruição. Alguém chegou com o boato de que se preparavam para bombardear a cidade durante a noite. Uma outra pessoa ouvira dizer que, nos bairros dos negros, se afiavam facas para cortar a garganta aos portugueses. A insurreição explodiria a qualquer momento. «Que insurreição?», perguntei, para poder informar Varsóvia. Ninguém sabia exactamente. Apenas uma insurreição, e descobriremos de que natureza é quando nos atingir.

Mukanda

27.09.2013 | por Richard Kapuschinski

Kuito coração do país

Kuito coração do país Olhando o mapa de Angola é evidente que a província do Bié, para lá de ter a forma de coração, é o centro do país. Mas o centro geodésico de Angola situa-se num ponto específico, nas imediações do aeródromo de Kamacupa. Um Cristo Rei com os braços amputados assinala o local. Dizem que assim ficou, porque Savimbi mandou levarem-lhe os braços do Cristo como prova que a cidade tinha sido realmente tomada pelas suas tropas. Os historiadores que se ocupem de verificar esta e outras histórias recentes do país. Facto é que o Cristo de Kamacupa está lá, de braços abertos, mas sem parte deles.

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07.09.2013 | por Nuno Milagre

O futuro já começou?

O futuro já começou? Que sentido faz ainda hoje adiantar, em relação a Angola, expressões como "transições liberais" e "novo dado para os grupos sociais", quando elas são referidas a uma situação em que as políticas nunca deixaram de ser as da guerra e as da disputa do poder pela força ? (texto de 1994)

Ruy Duarte de Carvalho

01.09.2013 | por Ruy Duarte de Carvalho

Nos Trilhos da Independência: 90 dias pelo Leste de Angola

Nos Trilhos da Independência: 90 dias pelo Leste de Angola 90 dias de viagem, por terra, no leste de Angola com passagem pela Zâmbia. O objectivo mantém-se desde o início do projecto, em 2010: recolher depoimentos e registar imagens de locais históricos relacionados com a luta de libertação nacional, numa perspectiva o mais abrangente possível. Isso significa entrevistar combatentes e não combatentes, personagens bem conhecidos e outros anónimos, militantes de organizações políticas ou crentes de diversas igrejas que também sofreram a repressão colonial.

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01.09.2013 | por Associação Tchiweka de Documentação

O nacionalismo militante em o "Livro dos rios", de José Luandino Vieira

O nacionalismo militante em o "Livro dos rios", de José Luandino Vieira A expressão “nacionalismo militante” confunde-se, em conceito, com o termo “resistência” - já pensado e formulado entre os anos 1930 e 50, quando vários intelectuais se engajaram na luta contra o fascismo, nazismo, franquismo, salazarismo e, sobretudo contra o colonialismo. Ao longo desses anos firma-se uma frente de carácter libertador que, nas lutas de guerrilha, procura a libertação do jugo colonial.

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19.03.2013 | por Francisco Kulikolelwa Edmundo

O angolano que começou a escravatura nos Estados Unidos

O angolano que começou a escravatura nos Estados Unidos Uma história que começa no início do século XV11 de um angolano capturado por traficantes de escravos que o terão vendido na cidade São Paulo de Luanda. Depois de liberto, António de seu nome, tornou-se um grande proprietário de terras de cultivo trabalhadas pelos escravos que foi comprando.

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13.03.2013 | por Joaquim Arena

O luso-tropicalismo e o colonialismo português tardio

O luso-tropicalismo e o colonialismo português tardio Analisa-se a relação do Estado Novo português com o luso-tropicalismo no período do colonialismo tardio, com base na leitura crítica de documentos políticos. A visita de Gilberto Freyre a Portugal e às suas colónias, em 1951-1952, marca um ponto de viragem entre a rejeição e à apropriação das máximas lusotropicais para legitimar a soberania portuguesa no ultramar. Depois do início da luta de libertação em Angola, esse processo é ‘radicalizado’: paradoxalmente, o regime português esforça-se por inculcar a norma anti-racista nos portugueses e conformar o comportamento dos funcionários administrativos e dos colonos ao ideário luso-tropicalista.

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05.03.2013 | por Cláudia Castelo

Algumas linhas sobre a urbanização colonial em Angola

Algumas linhas sobre a urbanização colonial em Angola A história das cidades conta-nos sobre seu povo e sua cultura. Entender fenômenos complexos do espaço urbano contemporâneo passa, necessariamente, por uma compreensão alargada do seu contexto histórico-político.

Cidade

15.02.2013 | por Andréia Moassab

À descoberta de Angola

À descoberta de Angola Cada um dos percursos deste guia corresponde a uma aventura, mas também a uma prova de que é possível viajar de maneira segura e descontraído pelo imenso território de Angola. As dicas e informações que recolhi e compilei para este livro são uma boa ajuda para reduzir os imprevistos e aumentar o prazer de uma viagem por este país intenso e inesquecível, tanto nos seus paradoxos como nas suas gentes e paisagens.

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05.12.2012 | por Joost De Raeymaeker

Rainha Nzinga em exposição londrina

Rainha Nzinga em exposição londrina Nzinga é uma das quatro mulheres africanas retratada, numa visão do século XXI, pelo artista plástico britânico Kimathi Donkor. «Queens of the Undead» está em exibição até 24 de novembro, em Londres.

Cara a cara

06.11.2012 | por Lara Pawson

O Angolês, uma maneira angolana de falar português

O Angolês, uma maneira angolana de falar português O tempo virá em que o falar do povo angolano há de quebrar os ditames e formalismos impostos pelos gramáticos na Língua Portuguesa. Expressões como “é sou eu que estou aqui; vou trazer este livro no João; aquele senhor que você viste ontem era sou eu; o único que sobrou só sou eu; estão a te chamar no papá; vão te apanhar na polícia; a bebe lhe morderam na casumuna; me dá lá só dinheiro; te encontrei não estavas em casa; bati a tua porta na janela; me faz só um kilapi; me dá só dez kwanza, etc.”, entrarão para sempre no seio da LP. Pois, o centro de gravidade de uma língua encontra-se onde houver maior número de falantes, e o maior número de falantes do LP em Angola está do lado dos iletrados. Estaremos então, sem dúvida, na iminência de presenciar e testemunhar o nascimento do Angolês – uma maneira angolana de falar o Português – que precisará apenas de determinadas condições sociais para se impor.

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22.09.2012 | por Francisco Kulikolelwa Edmundo

Angola: do planalto à costa, caminhos da recuperação

Angola: do planalto à costa, caminhos da recuperação Angola: do planalto à costa, caminhos da recuperação

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06.09.2012 | por Chico Laxmidas

Crónica de uma vitória anunciada

Crónica de uma vitória anunciada A mudança mais relevante em Angola tem a ver com a juventude. Os jovens de hoje, os quais representam a maioria da população angolana, já não se mostram tão traumatizados pela guerra civil quanto os respectivos pais. Estão também muito melhor informados e decididos a reinvidicar a parcela da riqueza do país a que têm direito. Dez anos após a morte em combate de Jonas Savimbi, no Leste de Angola, a juventude angolana está muito mais interessada no presente, e no futuro, do que no passado

Mukanda

28.08.2012 | por José Eduardo Agualusa

Angolanidade revisited – Kuduro

Angolanidade revisited – Kuduro Angola torna-se, nos últimos tempos, um actor importante na economia global devido à sua riqueza em petróleo e diamantes, depois de constar nas notícias sobretudo devido às atrocidades duma persistente guerra civil. A maioria da população do país vive em Luanda, uma metrópole de cerca de sete milhões de habitantes. Neste cenário urbano, tanto utópico quanto de pesadelo, nasceu uma das músicas mais intrigantes do continente africano: o kuduro. Neste artigo vamos explorar o papel dessa música popular electrónica e estilo de dança angolana no processo de actualização da identidade nacional angolana, a "angolanidade", nas condições do novo milénio.

Palcos

22.06.2012 | por Nadine Siegert e Stefanie Alisch

Africa 24 – Um novo olhar noticioso sobre o continente

Africa 24 – Um novo olhar noticioso sobre o continente Está claro que ninguém pretende que se deixem de noticiar factos como o recente golpe de Estado no Mali, todavia, há outros aspectos da realidade que também merecem dignidade noticiosa, nomeadamente os avanços de alguns países no combate à fome e à pobreza, a luta contra o analfabetismo, a industrialização de algumas cidades, a edificação de novas urbes, entre outros.

A ler

25.05.2012 | por Emanuel João

Na guerra, a vida sem filtro - entrevista a Cândida Pinto

Na guerra, a vida  sem filtro - entrevista a Cândida Pinto Nunca somos imparciais. A imparcialidade não existe. Nós podemos e devemos aproximar-nos o mais possível da verdade. (...) A minha profissão permite-me transmitir essa força que está a acontecer no momento, com distanciamento. Um jornalista que se torna porta-voz perde um bocado a razão de ser de estar ali, passou para outro campeonato.

Cara a cara

15.05.2012 | por Marta Lança

Só China de Yonamine

Só China de Yonamine Texto sobre a exposição “SÓ CHINA” de Yonamine, na Galeria Cristina Guerra.

Cara a cara

18.03.2012 | por João Silvério