CICATRIZ - Escola Terra Batida 13-19 Set



CICATRIZ, primeira edição da Escola Terra Batida, com Olivier Marboeuf, LANDRA, Karen Shiratori, Margarida Mendes, Joana Levi, Amador Alina Folini, PROTESTO EXISTENCIAL, Ritó Natálio e AFRONTOSAS

13.09—19.09   Espaço Parasita, Lisboa
+ INFO e INSCRIÇÕES até 01.07 no formulário

Um espaço de estudo eco-desorientado. Uma escola para aprender com fantasmas e feridas. Olhar casulos e ler vegetais. Escrever com a boca. Protestar e levitar.

CICATRIZ — Escola Terra Batida é um espaço de estudo coletivo e de encontro, atento às cicatrizes que resultam de feridas históricas estruturais e/ou documentam cooperações interespécies. Agregando a confluência de saberes multi-disciplinares que a plataforma Terra Batida tem vindo a praticar ao longo dos últimos anos, CICATRIZ — Escola Terra Batida conjuga práticas e poéticas para inspirar formas coletivas de resistência e concílio com um mundo em transformação. 

O grupo de participantes é convidado a tomar parte em atividades de reflexão, prática e fruição que tecem novos gestos e sensorialidades para interagir com o que nos rodeia. Cruzando os saberes do corpo com as perspetivas abordadas pela interseccionalidade das humanidades ambientais, CICATRIZ — Escola Terra Batida propõe novos modos de coabitação crítica, inspirados na colaboração solidária entre diferentes modos viventes.

PROGRAMA
13.09 (sáb), 18h—20h30, com Olivier Marboeuf (sessão aberta ao público geral, conduzida em inglês)
14.09 (dom), 18h—20h30, com coletivo LANDRA + Karen Shiratori (sessão aberta ao público geral)
16.09 (ter), 18h—21h, com Margarida Mendes + Joana Levi
17.09 (qua), 18h—21h, com PROTESTO EXISTENCIAL (Silvio Lang, Quillen Mut, Ritó Natálio, Amador Alina Folini)
18.09 (qui), 18h—21h, com Amador Alina Folini
19.09 (sex), 18h—21h, encerramento com Ritó Natálio + AFRONTOSAS

Um programa Terra Batida | Curadoria Ritó Natálio e Margarida Mendes | Assistência curatorial e mediação Laila Algaves Nuñez | Produção executiva e administração Associação Parasita | Design gráfico Cláudia Lancaster, sobre desenho de Pablo Quiroga Devia | Documentação em desenho Pablo Quiroga Devia | Coprodução da sessão inaugural com Olivier Marboeuf Choreolinguistic Salon (Centro de Estudos de Teatro - FLUL) | Apoio Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes

30.06.2025 | por martalanca | Terra batida

CONTOS DO ESQUECIMENTO, de Dulce Fernandes

A MADAME Filmes têm o prazer de o/a convidar para as sessões especiais do filme CONTOS DO ESQUECIMENTO, de Dulce Fernandes, antecedido da curta-metragem TIME TO CHANGE, de Pocas Pascoal:
- 3 de julho, 19H, CINEMA CITY ALVALADE: sessão de estreia apresentada pelas realizadoras 
- 4 de julho, 21H, CINEMA FERNANDO LOPES: sessão seguida de conversa com a realizadora Dulce Fernandes, Zia Soares (atriz e encenadora) e Ana Naomi de Sousa (cineasta e jornalista)
- 9 de julho, 21H, CINEMA CITY ALVALADE: sessão seguida de conversa com as realizadoras e Cristina Roldão (socióloga).

CONTOS DO ESQUECIMENTO de DULCE FERNANDES

Portugal 2023, 63’ Achados arqueológicos recentes em Lagos, no sul de Portugal, revelaram o passado esquecido do papel de Portugal no tráfico transatlântico de africanos escravizados. Invocando a distância entre o que queremos esquecer e a urgência da memória, Contos do Esquecimento é um território de revelação do passado no presente Contos do Esquecimento instala-nos num processo de revisitação de factos de uma memória histórica, trazidos à tona por escavações arqueológicas recentes, realizadas em Lagos, Portugal. O que se descobre pertence ao passado da escravatura que revela o papel de Portugal no tráfico transatlântico de africanos. Uma lixeira do séc. XV, e todos os detalhes que se apresentam, na enumeração da recolha dos despojos, vai-nos informando e dizendo mais, cada vez mais. O tempo da imagem, a envolvência sonora e a narração marcam um ritmo que conduz o nosso olhar e percepção numa descoberta sensível que mergulha em vários suportes, textos, ilustrações, materiais dispersos e descrições cuidadas.  Entre presente e passado é estabelecido um jogo temporal cruzado, onde somos colocados no centro desta memória relembrada e projectada. Pretexto, ainda, para uma reflexão sobre o tempo, a marca da morte e o inexorável desaparecimento. É preciso lembrar, é preciso não esquecer. – Carlota Gonçalves

29.06.2025 | por martalanca | escravatura, Lagos, memória

1 de 23 510 Intempérie ep. 2 | Fascismos, micro-fascismos, poéticas da diversidade

 

 

https://soundcloud.com/iintemperie/podcast-intempe-rie-junho-2025

Neste episódio rondamos os temas do crescimento da extrema-direita num mundo em que as cenouras, cada vez mais escassas, parecem estar a deixar de substituir os chicotes. Falamos de micro e macro-fascismo, de extrema-direita, extremo-centrão e extrema-esquerda, como faces da hiperrealidade política que dissimula a política real: controle digital cada vez mais apertado, miséria quotidiana, novas formas de contornar a liberdade de expressão, consensualidade compulsiva, interiorização da culpa, feudalismo digital e a impostura da arte contemporânea. E propomos alguma bibliografia para delinear estes temas: Sigmund Freud – Psicologia de Grupo e a Análise do Ego; Wilhelm Reich – Psicologia de Massas do Fascismo; Jean Baudrillard – Simulacros e Simulação; Félix Guattari – «Todos querem ser fascistas»; Édouard Glissant – Introdução a uma Poética da Diversidade.

Conversas anartísticas e profundamente comprometidas com os estados dos espíritos

ou Um espaço de crítica livre sobre os infortúnios da história cultural e das artes com Elagabal Aurelius Keiser e Soraia Simões de Andrade com indicativo sonoro de Xana (Imagem do podcast sob Agathos Daimon, pintura de Elagabal Aurelius Keiser).

Para quem nos quiser enviar eventuais perguntas, comentários ou sugestões: podcastintemperie@gmail.com

27.06.2025 | por martalanca | mural sonoro, podcast

Criminalizar é reparar

“Um debate sobre a criminalização do racismo como forma de reparação será realizado na próxima semana, em Lisboa. O evento “Criminalizar é reparar” vai ocorrer na quarta-feira, 25 de junho, às 19:00, na sede da associação.
O principal tópico da discussão será a Iniciativa Legislativa Cidadã para criminalizar “todas as práticas discriminatórias”, como racismo e xenofobia. A proposta foi entregue à Assembleia da República em dezembro do ano passado.” - Amanda Lima
A entrada é livre, na Casa do Brasil de Lisboa.
A curadoria e organização desta atividade é de Anizabela Amaral
Assina a petição e exige uma mudança na lei.

24.06.2025 | por martalanca | reparação

Noite das Ideias 2025 - Debates, Performances, Concertos

25 de junho de 2025 18h - 00h Teatro Municipal São Luiz - Lisboa I Entrada Livre

Após o sucesso da edição de 2024, a Noite das Ideias regressa ao Teatro São Luiz com uma programação ainda mais rica. Debates, performances, espetáculos, encontros literários, sessões de autógrafos e concertos darão o tom a esta sexta edição lisboeta, que explorará o tema “Poder de Agir – Em busca de um novo horizonte de universalidade”.

Das 18h00 à meia-noite, escritores, poetas, bailarinos, cientistas, jornalistas, músicos, ilustradores e filósofos tomarão a palavra e atuarão em torno de questões essenciais.
Como viver juntos num mundo cada vez mais segmentado e plural? Como e por que razão devemos adaptar-nos face à aceleração e imprevisibilidade das nossas vidas? O que fazer para enfrentar ou mitigar os efeitos das mudanças climáticas e reconectar-nos com o mundo vivo? Como combater eficazmente as desigualdades sociais e culturais para que todos tenhamos pleno direito à cidadania? Como reforçar e aprofundar as nossas democracias e recentrar a cidadania plena nas nossas prioridades, perante os perigos dos governos autoritários e o endurecimento das identidades culturais? 

Restaurar e reinventar o poder de agir coletivamente para abrir um novo horizonte de universalidade, mais amplo, num momento crucial da história da humanidade e do planeta: esta é a ambição da Noite das Ideias.


PROGRAMA

 

SESSÃO DE ABERTURA

SALA LUIS MIGUEL CINTRA

  • 19h – Discursos de abertura
  • 19h20 – Conferência inaugural Antoine LILTI – Actualité des Lumières

 

PERCURSO 1 – DEMOCRACIA!

SALA BERNARDO SASSETTI

  • 20h – Performance Literária – Merai – Novas Cartas Portuguesas

 

PERCURSO 2 – UNIVERSAL?

SALA LUIS MIGUEL CINTRA

  • 20h45 – Performance Literária – Merai – Os Lusíadas
  • 21h45 – Performance – Vanessa FERNANDES e Ivo REIS/ESPECTRO VISÍVEL – Na Kolonia

 

PERCURSO 3 – CIDADANIA…

RESTAURANTE FAUNA E FLORA

 

CONCERTO DE ENCERRAMENTO – PONGO

SALA BERNARDO SASSETI

  • 23h30 – Concerto de PONGO

 

LIVRARIA DA NOITE

FOYER E PRIMEIRO PISO

  • 19h – 00h30

Venda dos livros dos oradores da Noite das ideias (Almedina e Nouvelle Librairie française) e de livros relacionados com a temática “Poder de agir”, em francês e português. Os oradores estarão disponíveis para sessão de autógrafos.

 

24.06.2025 | por martalanca | noite das ideias

RAÍZES E ROTAS

Co-criação de uma instalação artístico-política e de caminhadas de ressignificação da paisagem arbórea urbana. Com uma leitura decolonial das árvores centenárias de Lisboa, interrompe-se a narrativa exótificante, reintengrando contextos de deslocamento e exploração das espécies trazidas de diferentes geografias ocupadas. Investiga-se coletivamente a colonialidade urbana, a resistência cultural, assim como a interdependência entre seres humanos e não-humanos e epistemologias ancestrais reparadoras.

Descrição detalhada

A cidade de Lisboa alberga uma grande diversidade de árvores centenárias, que testemunharam séculos sobre este território, cujas origens e trajetórias estão profundamente entrelaçadas com os processos históricos coloniais. Raízes e Rotas propõe uma leitura da paisagem a partir da observação decolonial destas árvores urbanas, como elementos centrais da memória histórica e justiça ambiental. O projeto busca criar uma cartografia viva e sonora que articule dinâmicas políticas, económicas e culturais, a partir de uma narrativa além-botánica, que rejeita o exotizante, e que apaga as constelações sócio-ambientais às quais pertencem. Partilhando o modo como as árvores da cidade podem ser lidas como corpos-documento.

Este projeto é uma co-criação entre o Frame Colectivo e a Batoto Yetu Portugal, com abordagens complementares e comprometidas com o desenho de dispositivos artístico- políticos de impacto social. O Frame Colectivo, um atelier de arquitetura e arte, traz uma prática múltipla e interseccional com instalações que refletem sobre o espaço urbano contemporâneo e a arte colaborativa descentralizada, que propõe modos de interação horizontais e experimentais. A Batoto Yetu Portugal, com mais de 25 anos de experiência no trabalho artístico com populações afrodescendentes, traz uma prática de resistência cultural, memória e valorização da cultura entre comunidades segregadas na cidade, sob orientação de Djuzé Lino, engenheiro florestal de formação. Juntas propõem investigar e

criar a partir das conexões entre colonialidade urbana, botânica e resistência cultural e ambiental.

Programam-se caminhadas participativas, mapeamento crítico e documentação, que criam um espaço de pesquisa sobre as árvores de Lisboa (integra espécies originárias da Ásia, América do Sul e África) que se tornaram, ao longo do tempo, testemunhas vivas dos processos de extração, deslocamento e apropriação, que marcaram o tecido social e ambiental da cidade. As árvores, enquanto agentes de justiça ambiental, são colocadas no centro do debate sobre o direito à cidade, já que muitas áreas com menor cobertura verde coincidem com bairros de população racializada e com menos infraestrutura de lazer. Esta distribuição reflete as desigualdades ambientais herdadas do sistema colonial, cujos efeitos continuam a marcar a vida urbana contemporânea. É neste sentido que se constrói uma rede de criação e iteração com parceiros da periferia de Lisboa, estendendo-se à Amadora, Trafaria e Loures.

Começamos com atividades de pesquisa, gravação e criação de roteiros, com destaque para oficinas e apresentações das artistas latino-americanas, Pamela Cevallos, Sandra Gamarra e Astrid González no C/ARPA, na Batoto Yetu, Cavaleiros de São Brás e AOPIC de Novembro 2025 a Janeiro 2026. Durante esse período, serão realizadas atividades de cocriação, nas quais as histórias e experiências do público serão integradas na construção da cartografia visual e sonora das árvores centenárias e hortas de Lisboa. De seguida o projeto ativará as caminhadas que começam no Jardim da Gulbenkian ou Jardim Botânico Tropical de Belém e seguem para várias zonas da cidade. Esta atividade poderá ter continuidade como programa recorrente da Batoto Yetu após término do projeto. O coletivo Tributo aos Ancestrais junta-se com visitas participadas às Coleções Coloniais, Etnográficas e Xiloteca. Estão planeadas seis caminhadas, podendo haver repetições de acordo com o volume do público. O projeto será apresentado também em Viena na Architecture Summer School VAS2, em Setembro de 2026, com uma reflexão pública sobre a justiça ambiental e a decolonização do espaço verde urbano. A instalação resultante com curadoria de Ana Salazar Herrera, será exposta no MAC/CCB e no Espaço c/arpa em Outubro de 2026. Um dispositivo multimédia composto por um

mapa-chão e paisagem sonora, que ilustram o deslocamento das espécies, sendo uma representação material e sensível do processo de pesquisa e das caminhadas realizadas. A exposição acolherá encontros públicos de debate e performance a definir. As árvores centenárias como corpos-documento no sentido dado por Beatriz Nascimento, intelectual, historiadora, poeta e ativista negra brasileira, que define o corpo racializado como um documento histórico, por carregar em si as marcas da escravidão, do racismo estrutural e da resistência. Este conceito reflete a ideia de que os traços e as vivências das pessoas negras são registos vivos de sua trajetória histórica, funcionando como um arquivo de experiências que transcende os documentos escritos oficiais. Seu pensamento dialoga  com outras abordagens da história oral e das epistemologias afro-diaspóricas, propondo que

a memória e a identidade negra não dependem apenas de registos escritos, mas também da corporalidade, das práticas culturais e da oralidade. O Frame Colectivo traz uma forte experiência de criação artística baseada em pesquisa, com foco na vivência emigrante e queer relacionada à fragmentação urbana. Batoto Yetu tem uma prática enraizada na multidisciplinaridade e longa experiência na criação de caminhadas decoloniais e performativas baseadas na arte e cultura afrodescendente. A parceria que se proporciona também com o coletivo Tributo Aos Ancestrais e com o HANGAR – Centro de Investigação Artística contribui consolidar o projecto.

Decolonizar a Paisagem: Para Além do Jardim Europeu

Lisboa, como muitas outras cidades europeias, mantém uma relação instrumentalizadora com a natureza da cidade, onde parques e jardins são lidos como zonas de lazer e como exemplos de ordenamento, priorizando o catalogar e ordenar o mundo. A desconexão com a natureza sentida no Ocidente não é acidental. É um reflexo histórico de séculos de exploração, dominação e apagamento das relações entre humanos e não-humanos. Para justificar e perpetuar os ciclos de extração e deslocamento, foi necessário fragmentar as histórias e romper os laços entre espécies e comunidades. Wilhelm Reich, em Psicologia de Massas do Fascismo, argumenta que, na tentativa de diferenciar-se dos outros seres vivos, o Ocidente não apenas rompeu com a natureza, mas também reprimiu suas próprias conexões orgânicas e emocionais. Esse afastamento gerou um mundo mecanicista, onde a relação com a natureza se tornou artificial e rígida. Para nos reconectar precisamos resgatar a narrativa completa, também destas árvores centenárias, muitas delas chegaram a Lisboa através de redes coloniais de exploração, transformando a cidade num palimpsesto de deslocamentos forçados e apropriações de saberes ecológicos indígenas. Espécies como a Araucária-colunar (trazida das ilhas do Pacífico no século XVIII), os Jacarandás e as Tipuanas (América do Sul) e a Palmeira Tamareira (Médio-Oriente) fazem parte da paisagem de Lisboa. O discurso tradicionalmente associado a essas espécies destaca sua adaptação ao clima ou sua beleza ornamental, ignorando as estruturas políticas e econômicas que determinaram sua chegada. Este projeto promove um processo de reestruturação do olhar sobre a paisagem, para uma cidade mais inclusiva e ecologicamente responsável. Através da interseção entre arte, arquitetura, botânica e ativismo comunitário, Raízes e Rotas contribui para expandir a noção de arquitetura para além das construções humanas, inscrevendo a paisagem vegetal como parte integral do tecido urbano e da luta por um futuro mais justo e sustentável.

3. Cronograma de Trabalho do Projeto de Investigação

Mês                                                                 Atividade

Abril -Maio 2025                                      Pesquisa, botânica e cartografia expândida

Maio - Junho 2025                                    Recolha de testemunhos e envolvimento comunitário

Junho 2025                                                Primeira apresentação pública (27 ou 28 de junho)

Julho - Agosto 2025                                 Produção de materiais do percurso e instalação

Setembro - Outubro 2025            Ativação do percurso e apresentação final no Centro de                  Arquitetura do MAC/CCB

2. Exemplos de atividades públicas

- Caminhadas participativas – Guiadas por investigadores e mediadores culturais, destacando

as conexões entre botânica, colonialismo e ecologia política. 1 acontecerá durante o período

de pesquisa e 3 durante o período de apresentação/exposição.

- Oficinas de escuta e mapeamento coletivo – Sessões abertas ao público para recolha de

narrativas orais e partilha de experiências sobre as relações entre comunidades e a vegetação

urbana. Realizadas no MAC/CCB, espaço c/arpa do Frame Colectivo e Batoto Yetu.

- Instalação no Centro de Arquitetura do MAC/CCB. Consiste de um mapa/guia de grande

escala no chão e uma instalação sonora.

- Lançamento do mapa e guia online – Plataforma digital interativa que reunirá as histórias,

mapas e materiais recolhidos durante a investigação.

- Debate público sobre justiça ambiental e arquitetura interespécies – Encontro com

investigadores, artistas e ativistas para discutir o impacto colonial na paisagem urbana

contemporânea.

18.06.2025 | por martalanca | RAÍZES E ROTAS

Companheiras, de Antonella Gilardi

Com ilustrações de Manuela Romeiro. “Companheira” é uma palavra que vem do latim cum panis e significa “aquela com quem se partilha o pão”. Este livro e audiolivro contém histórias de companheirismo, de mulheres que, juntas, desbravam caminhos para uma nova definição do seu papel.

Situados na Itália da Segunda Guerra Mundial e do pós-guerra, os dois contos de estreia de Antonella Gilardi são inspirados em pessoas que existiram e em factos que aconteceram, mas neles a imaginação realiza o desejado resgate das mulheres na História.

Os desenhos de Manuela Romeiro ajudam a retocar a memória.

Antonella Gilardi

Professora sem cátedra, formadora de ensino não formal, trabalhadora na área dos jogos e narradora que gosta de cantar. Profissional de profissões não reconhecidas.

Lê e conta, para encontrar-se e voltar a perder-se entre as linhas das palavras lidas, contadas e cantadas. 

Joga, pela necessidade de desafiar as regras e o fado. 

E porque não se importa de perder.

Gosta de viver uma palavra de cada vez, uma jogada de cada vez.

E escreveu contos, pela primeira vez, como quem procura um atalho para um novo caminho rumo a casa.

Ficha técnica

Contos, texto introdutório e narração: Antonella Gilardi

Ilustrações: Manuela Romeiro

Design gráfico: Pedro Serpa

Fotografia da capa: Autoria desconhecida

Revisão, gravação e edição áudio: Oriana Alves

Referências musicaisBella Ciao (popular), Il vestito di Rossini (de Paolo Pietrangeli), Sciopero Interno (de Fausto Amodei), Le otto ore (de autor anónimo)

Formato: 32 pp. + QR Code com áudio de 38 min)

1.ª edição: Abril de 2025

ISBN: 978-989-8421-89-0

17.06.2025 | por martalanca | Antonella Gilardi

Muungano

17.06.2025 | por martalanca | Moçambique

Ary Zara e Gaya de Medeiros estreiam Corre, bebé!

Peça reflete sobre conflitos e desejos da parentalidade

O espetáculo, que venceu a 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, estreia em Lisboa esta semana. De 20 a 29 de junho, Corre, bebé! estará em cena na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, em Lisboa.

Depois da estreia no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, no passado dia 6 de junho, Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, chega a Lisboa, para 8 apresentações na Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, de 20 a 29 de junho.

Corre, bebé!, com criação e interpretação de Ary Zara e Gaya de Medeiros, faz um conjunto de reflexões sobre os conflitos e desejos da parentalidade. Um casal de pessoas trans pensa sobre o que pode ser gerar bebés num cenário pós-apocalíptico, cada vez mais presente no imaginário coletivo do nosso tempo. Expectativas, problemas conjunturais e inseguranças são abordados de forma poética, desenhando os receios e sonhos que podem surgir ao acompanhar o desenvolvimento de uma nova pessoa num futuro incerto.

O espetáculo foi o projeto vencedor da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, que junta o Teatro Nacional D. Maria II, A Oficina/ Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e o Teatro Viriato (Viseu) para a atribuição de uma bolsa anual de criação artística, destinada a apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes, nacionais e estrangeiros, residentes em Portugal.

Criada em 2018, em homenagem à atriz e encenadora Amélia Rey Colaço, pelo seu importante papel na História do Teatro Português, a Bolsa Amélia Rey Colaço é uma bolsa de criação que pretende contribuir para a promoção da renovação do tecido teatral português, injetando-lhe novas ideias e vozes. Atribuída anualmente, esta bolsa garante um aumento do acesso de artistas emergentes e novas companhias de teatro a meios de produção fundamentais e a espaço de pesquisa, permitindo-lhes consolidar o seu corpo de trabalho, ao mesmo tempo que se promove e incentiva a criação de novas dramaturgias e o alargamento de públicos.

Depois da estreia no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e das apresentações em Lisboa, na Sala Estúdio Valentim de Barros / Jardins do Bombarda, de 20 a 29 de junho, Corre, bebé! vai ainda viajar por Viseu (Teatro Viriato, 4 de julho) e Montemor-o-Novo (O Espaço do Tempo, 5 e 6 de setembro). Destinado a maiores de 14 anos, o espetáculo inclui nudez parcial e aborda temas sensíveis, como suicídio, aborto e complicações gestacionais.

Mais informações sobre o espetáculo Corre, bebé! aqui.

ensaio, foto de Filipe Ferreiraensaio, foto de Filipe Ferreira

 

16.06.2025 | por martalanca | Ary Zara, Gaya de Medeiros, teatro

A Noite das Ideias dedica-se este ano ao Poder de Agir

25 de Junho – 18h Teatro São Luiz Entrada livre sujeita à lotação da sala. Bilhetes disponíveis no próprio dia na bilheteira do Teatro a partir de uma hora antes do evento. 

No próximo dia 25 de junho, O Teatro São Luiz volta a apresentar a Noite das Ideias, iniciativa global promovida pelo Institut Français du Portugal, um espaço de liberdade e encontro entre pensamento e criação, onde a cultura volta a ser motor de diálogo, questionamento e transformação. 

Com uma edição dedicada ao tema “Poder de agir – Em busca de um novo horizonte de universalidade”, ao longo deste final de tarde e noite o Teatro São Luiz acolhe um vasto programa de debates, leituras, performances e concertos que convocam pensadores, artistas e cidadãos a refletir sobre democracia, cidadania, identidade e futuro: José Eduardo Agualusa, Filipa Lowndes Vicente, Pierre Singaravélou Gonçalo M. Tavares ou PONGO são alguns dos nomes do programa deste ano. 

A sessão de abertura decorre às 19h na Sala Luís Miguel Cintra com duas conferências inaugurais com a escritora Djaimilia Pereira de Almeida (“Ilhas da Gentileza”) e o historiador Antoine Lilti (“Actualités des Lumières”), e uma performance singular de Etienne Saglio com a pianista Madeleine Cazenave: Variation pour piano et polystyrène

Organizado em três percursos temáticos — Democracia!, Universal? e Cidadania… — o evento propõe uma reflexão viva e plural sobre o mundo contemporâneo. 

Na Sala Bernardo Sassetti, o percurso Democracia! abre com uma leitura performativa de excertos das Novas Cartas Portuguesas pela multifacetada artista Merai, seguida da mesa-redonda Feminismo: um pilar da democracia?, com Ilda Mendes, Agnès Levecot e Cristina Robalo-Cordeiro e moderação de Margarida Calafate Ribeiro. Outros debates focam questões como O que é a democracia? ou O papel da educação na democracia, com intervenções de personalidades como Raquel Varela, Barbara Stiegler, Diogo Ramada Curto e Antoine Lilti e com o convite à participação ativa do público. 

Na Sala Luís Miguel Cintra, o percurso Universal? lança o debate sobre a construção da história. As mesas-redondas “‘Nós’ e ‘os outros’ em Camões”, “Para uma outra história do mundo?” e “Como viver a condição pós-colonial?” reúnem nomes como José Eduardo Agualusa, Filipa Lowndes Vicente, Pierre Singaravélou ou Gonçalo M. Tavares, num diálogo entre memória, literatura e política. O programa inclui também performances de Vanessa Fernandes e Ivo Reis / Espectro Visível e leituras com a artista Merai, além de um recital de música clássica com Jérôme Fréjaville e Grégoire Torossian

O percurso Cidadania…, que decorre no restaurante Fauna & Flora, propõe dois momentos de micro aberto com moderação de Duarte Rolo e António Guerreiro, onde se discutirão temas como riqueza e ciência como narrativa global, com participação de Emmanuel Renault, Carlos Fiolhais, Timothée Parrique, entre outros. 

O encerramento faz-se em festa, com o concerto da artista Pongo às 23h30 na Sala Bernardo Sassetti, trazendo ao palco a força do kuduro progressivo e da música urbana de influência africana. 

Durante toda a noite, o foyer e o primeiro piso do São Luiz transformam-se na Livraria da Noite, com livros dos oradores e obras relacionadas com o tema do evento, disponíveis em francês e português, numa parceria com a Almedina e a Nouvelle Librairie Française. 

Consultar o programa completo da Noite das Ideias 2025 

16.06.2025 | por martalanca | noite das ideias