OPEN CALL PARA AUTORES, CRIADORES E ARTISTAS DE LÍNGUAS CRIOULAS

PRAZO CANDIDATURA: 29 de janeiro

Criar projetos em línguas crioulas ou híbridas e contribuir para a inovação linguística é o desafio do programa FLI – Future Language Innovation, lançado pela Escrever Escrever e apoiado pela Europa Criativa.

As candidaturas estão abertas para autores, criadores e artistas residentes em Portugal e para projetos que explorem a palavra em qualquer das suas vertentes: literária, oral, testemunho, música, spoken word ou outra.

Os selecionados irão integrar um programa de dois anos de masterclasses e workshops e trabalhar em parceria com um criador de Espanha, Holanda ou Curaçau. Cada dupla apresentará o projeto final no Wintertuin Curaçao Festival 2026, com viagem e estadia pagas. Os criadores recebem ainda uma bolsa de 500 euros.

Inspirado na palavra fli em papiamento, que significa «papagaio de papel», esta iniciaiva dá corpo à resiliência, conexão e poder transformador da linguagem. «É na língua que nos encontramos e trocamos experiências. A língua não é “uma coisa minha”, é um diálogo, uma abertura à escrita e ao idioma do outro», diz Conceição Garcia, diretora da Escrever Escrever, «A escrita, a linguagem é a nossa dimensão universal. O projeto FLI, porque atravessa fronteiras e gramáticas, mostra-nos a língua como uma ferramenta viva, de troca e encontro entre culturas e vivências diferentes.»

O FLI – Future Language Innovation tem como objetivo incentivar o intercâmbio literário, para salvaguardar, desenvolver e institucionalizar as línguas crioulas como parte vital do património imaterial da União Europeia. É organizado pela Escrever Escrever (Portugal) em parceria com três outras instituições ligadas à escrita: Escuela de Escritores (Espanha), Wintertuin Netherlands (Holanda) e Wintertuin Curaçao (Curaçau).

Candidaturas abertas até 29 de janeiro. Consulte AQUI mais pormenores sobre o FLI.

página FLI no site:  https://escreverescrever.com/novidades/open-call-para-criadores-literarios/

formulário de candidatura:  https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf0JykMd3YJX-t12pSkdVEzNEaJ-B-KiTxd_oBx-cURcjnIKg/viewform

 

21.01.2025 | por martalanca | crioulo

Conversas sem Margens, em Palmela

Apresentação do livros, Angola, Degredo, Salvação de Nuno Milagre e Tribuna Negra de Cristina Roldão, José Augusto Pereira e Pedro Varela. Com a presença dos autores, o debate será moderado por Ana Alcântara.

 

20.01.2025 | por martalanca | angola, Angola Degredo Salvação, palmela, Tribuna Negra

“P.A.R. Práticas Artísticas Relacionais em torno do Algodão - Portugal, Brasil e Cabo Verde” - Mindelo

Mindelo o Seminário “P.A.R. Práticas Artísticas Relacionais em torno do Algodão - Portugal, Brasil e Cabo Verde”, integrando diversas atividades, locais e públicos. Convidamos para o Programa Público no dia 9 de janeiro:
[09h30 - 12h00]
local. Auditório da Uni-CVAção dirigida ao Público Geral
Seminário com comunicações por investigadoras Brasil, Cabo Verde e Portugal [Beatriz Sousa, Vanessa Monteiro e Rita Rainho]
[18h00 às 20h00]local. Galeria Alternativa
Conversa Fiada - oficina de fiação* com o grupo Mulheres do Vale + degustação
[20h00 - 21h00]

Exibição de vídeos ligados ao cultivo de algodão 
P.A.R. é promovida pelo coletivo Neve Insular em parceria com Universidade do Porto (Portugal) e Universidade de Goiás (Brasil), acolhida pela Universidade de Cabo Verde, Associação Agropecuária do Calhau e Madeiral e ainda a Galeria Alternativa. P.A.R é financiada pelo Protocolo de Cooperação U.Porto — CGD (Portugal) e pela CNPq/Brasil.

09.01.2025 | por martalanca | algodão, Brasil e Cabo Verde, neve insular, Portugal

Adela Cortina fala sobre Democracia Radical na Culturgest

A filósofa espanhola Adela Cortina vem a Portugal falar sobre Democracia Radical, no dia 16 de janeiro, às 19:00, na Culturgest, em Lisboa. 
Um debate sobre a importância de escutar vozes que reconhecem a pluralidade do mundo e considerem esta diversidade como uma riqueza criadora e não como uma fonte de conflito permanente. 
Os eventos são de entrada gratuita (mediante levantamento de bilhete meia hora antes) e a Pré-inscrição está disponível aqui.

Adela CortinaAdela Cortina

 
 
 

16 JAN 2025 QUI 19:00

O estrangeiro não é rejeitado, mas o pobre é. -  Adela Cortina, filósofa
A filósofa especialista em ética e autora das obras sobre filosofia política e ética aplicada, como Ética Mínima e As raízes éticas da democraciaestará na Culturgest para uma conferência sobre Democracia Radical. 
Adela Cortina, Catedrática de Ética e Filosofia Política na Universidade de Valência e uma das mais reconhecidas pensadoras contemporâneas sobre os desafios da democracia e dos direitos humanos, apresentará sua visão sobre como a democracia pode ser vivida de maneira mais inclusiva e profunda, destacando a importância de uma sociedade ativa e envolvida. 
Num dos seus recentes livros cunhou o conceito de aporofobia (aversão ao pobre pelo fato de ser pobre), dissertando sobre o modo como a pobreza é encarada na sociedade atual e como tal situação é incompatível com a democracia, pois esta implica e exige o direito à inclusão. Cortina defende a construção de uma democracia mais radical, não apenas no sentido de suas instituições, mas na maneira como entendemos a convivência humana em sociedades pluralistas.
Os últimos tempos trouxeram-nos uma crise aberta na democracia. Com políticas extremistas a ganharem terreno institucional e perante notícias de violências várias que provém da suposta dificuldade da convivência de pessoas com diferentes perspetivas e múltiplas proveniências, importa escutar vozes que reconhecem a pluralidade do mundo e considerem esta diversidade como uma riqueza criadora e não como uma fonte de conflito permanente.
A proposta de uma ética para um mundo pluralista da filósofa espanhola Adela Cortina é, neste contexto, um contributo importante para abrir espaços de convivência mais saudável e respeitosa, que permitam uma vida ética social e para as gerações futuras.
O conceito de Democracia Radical que Cortina propõe vai para além das formas tradicionais de participação política, explorando novas formas de ação coletiva que desafiem as desigualdades e promovam um espaço comum de direitos e responsabilidades. A filósofa também irá abordar a relação entre democracia, ética e os desafios atuais, como o populismo, a globalização e as crises ambientais.

A conversa será moderada por Fernanda Henriques, filósofa e professora emérita da Universidade de Évora e coordenadora do Centro de Filosofia e Género da Sociedade Portuguesa de Filosofia.

Sobre Adela Cortina
Adela Cortina é membro da Real Academia Espanhola de Ciências Morais e Políticas e Catedrática Emérita de Ética e Filosofia Política da Universidade de Valência. Cortina dedicou sua carreira académica ao pensamento em torno de temas como ética do discurso, ética da razão comunicativa e ética da cidadania. A sua obra abrange um compromisso com a promoção do diálogo intercultural e a aplicação da ética em diversas áreas, incluindo bioética, meio ambiente e educação.

07.01.2025 | por martalanca | Democracia Radical

Um outro jornalismo é possível, lançamento

Este é um livro sobre resistentes e desalinhados, que praticam um jornalismo insubmisso face à lógica do mercado, ao controlo dos grandes grupos económicos, à velocidade, às notícias curtas e ao entretenimento.
Chamam-se alternativos por serem contra-hegemónicos, mas também podiam chamar-se independentes, ativistas, participativos e comunitários. Promovem a mudança social por meio de abordagens politizadas e aprofundadas, seja de cariz sindical, partidário, feminista, estudantil ou anticolonial.
Os leitores encontram neste livro órgãos de imprensa operária, religiosa, boletins e fanzines, revistas culturais, filmes, rádios, jornais digitais e projetos multimédia que desafiam as narrativas dominantes, se organizam de forma horizontal, não buscam o lucro e trabalham para nichos cúmplices, próximos e afetuosos. Apesar do ambiente digital favorecer a multiplicação dos meios alternativos, sempre existiram nas aspirações coletivas.
Este livro fala de possibilidades novas de existência, mas não esquece as dificuldades partilhadas e que são a fragilidade e a precariedade. O contributo dos meios alternativos para a diversidade do jornalismo é a razão pela qual é urgente garantir a sua sustentabilidade e prevalência. Há sempre alternativas na história.

Índice de Artigos
07 Introdução - Filipa Subtil, José Nuno Matos e Carla Baptista

15 O Avante! de 1919: o jornalismo da imprensa radical - José Nuno Matos

29 “O coronel já telefonou?”. Resistência nas redações dos jornais (1926-1974 - )Júlia Leitão de Barros

53 Avante! , o alternativo clandestino - Ana Paula Correia

65 Combatendo o fascismo e a opressão feminina: Maria Lamas e a fotorreportagem As mulheres do meu país - Filipa Subtil

87 A luta de libertação, o cinema de propaganda e o que os filmes deixaram por contar… - Catarina Laranjeiro

97 Publicar é lutar: a imprensa estudantil, pedra angular do movimento associativo na universidade portuguesa (1956-1969) - Helena Cabeleira

129 A renovação da Seara Nova e a resistência cultural ao Estado Novo (1958-1961) - Pedro Marques Gomes

141 “Vencer a indiferença política dos trabalhadores” – A imprensa interna nos estaleiros navais da Lisnave e da Setenave (1974-1975) - João Pedro Santos

157 Revista Mulheres (1978-1989): entre o feminismo e o comunismo - .Joana Unes Camurça

173 As rádios piratas no Portugal democrático - Ana Isabel Reis

185 Fotocópias rebeldes: 50 + 1 anos de fanzines em Portugal - Afonso Cortez Pinto

199 O potencial desaproveitado das rádios comunitárias portuguesas: para uma comunicação alternativa mais inclusiva e de proximidade - Miguel Midões

211 Os meios falam por si próprios
213 Setenta e Quatro : Embater em muros, inverter o rumo e tentar acertar no caminho - Ricardo Cabral Fernandes

223 O modelo do Fumaça : uma proposta de gestão do jornalismo como bem público - Nuno Viegas

237 A formiga Divergente no carreiro: trepar tábuas, flutuar nas águas, mudar de rumo - Sofia da Palma Rodrigues

249 Mapa : um jornal para levar a crise aos gabinetes - Coletivo do jornal Mapa

257 Comunidade Buala - Marta Lança

275 SinalAberto : uma fresta contra a hegemoniapontocom - João Figueira

287 Trazer as margens para o centro – como a religião pode ser um tema que importa ao jornalismo -António Marujo

05.01.2025 | por martalanca | alternativa, jornalismo, media, plataformas

"Visões de Luanda: Pensar o Presente, Imaginar o Futuro"

O simpósio “Visões de Luanda: Pensar o Presente, Imaginar o Futuro” propõe-se a introduzir o conceito de “imaginário urbano” através da discussão de diferentes visões da cidade de Luanda, numa mesa-redonda que conta com os arquitectos Ângela Mingas, Belarmino dos Santos, e Pedro Mvemba Cidade, e com os investigadores Simone Tulumello, Andrea Pavoni, Lavínia Pereira, e Chloé Buire. À mesa-redonda, segue-se a exibição do filme “Ar Condicionado” (Fradique/Geração 80, 2020), e uma conversa com Ery Claver (cineasta, membro da Geração 80, e director de fotografia do filme) e membros da equipa do projeto UrbanoScenes.

O evento é aberto ao público e de entrada gratuita, sujeita à lotação da sala.Uma iniciativa do projecto “UrbanoScenes: Imaginários pós-coloniais de urbanização em investigação prospetiva. Portugal e Angola”, sediado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e financiado pela FCT - Fundação Para a Ciência e Tecnologia, em colaboração com o Centro Cultural Português em Luanda e com a Associação Musseke Smart. Organização: Pedro Neto, Lavínia Pereira, Salomé Honório.

Localização: Centro Cultural Português em Luanda, Avenida de Portugal 50, Luanda, Angola.

Data: 15 de Janeiro (entre as 14h e as 19h).

Para mais informação: urbanoscenes@gmail.comLink: https://urbantransitionshub.org/2025/01/03/simposio-visoes-de-luanda-pensar-o-presente-imaginar-o-futuro/

 

05.01.2025 | por martalanca | cidade, cinema, geração 80, Luanda