CONVERSA com Thiago de Paula Souza

a propósito da sua visita a Lisboa e mini-residência nas Galerias Municipais. 

 Thiago de Paula Souza Thiago de Paula SouzaThiago de Paula Souza é curador e educador com formação em Ciências Sociais. Participou no Propositions for Non-Fascist Living, organizado pela BAK (basis voor actuele kunst), em Utrecht, Países Baixos. Com a curadora Gabi Ngcobo, criou a plataforma I´ve seen your face before, parte do projeto Ecos do Atlântico Sul, do Goethe Institut. Entre 2016 e 2018, foi membro da equipa curatorial da 10ª Bienal de Berlim intitulada We don´t need another hero.

Atualmente é membro do trio curatorial da 3ª edição de Frestas, a Trienal de Artes no SESC Sorocaba que acontecerá em agosto de 2020 em Sorocaba, no estado de São Paulo, Brasil. A conversa sobre curadoria será mediada por três músicas que estão vinculadas a projetos (coletivos) de Thiago de Paula Souza. O evento acontecerá no dia 30 de julho, terça-feira, pelas 19h na Galeria Quadrum, Alvalade. 

26.07.2019 | por martalanca | Galerias Municipais, Thiago de Paula Souza

Filipa César. Crioulo Quântico

Filipa César propõe uma instalação e um filme de ensaio que abordam a crioulização para lá da linguagem e como modo de pensar o mundo.

31 mai – 02 set 10:00 – 18:00 Encerra à Terça-feira Coleção Moderna – Espaço Projeto, R. Dr. Nicolau Bettencourt, Lisboa I Entrada livre

Filipa César «Chico Indi», tecelão papel (imagem de pesquisa para «Crioulo Quântico»), 2018Filipa César «Chico Indi», tecelão papel (imagem de pesquisa para «Crioulo Quântico»), 2018

A artista apresenta uma instalação e um filme de ensaio que resultou de um processo de pesquisa coletivo e que introduz vários formatos de imagem em movimento como o vídeo, o 16 mm e a animação 3D, numa abordagem sobre dinâmicas de crioulização, no seu contexto histórico e biológico – entre elas, a dimensão subversiva de códigos linguísticos e noções de tecedura.

Os cartões perfurados, originalmente desenhados para a produção têxtil, foram fundamentais para o desenvolvimento da tecnologia informática. O seu código binário está mais próximo do princípio da tecelagem do que do ato da escrita. A tecedura de mensagens cifradas de resistência social e política nos têxteis ou as apropriações da língua do colonizador pelo crioulo são apenas dois aspetos do passado recente que nos ajudam a pensar, no presente, as novas economias digitais e os seus procedimentos e códigos. A visualização digital do projeto de uma zona franca ultraliberal planeada por empresas multinacionais nas ilhas Bijagós atualiza, com uma nova face, a violência que existiu, há alguns séculos, com a criação de entrepostos de escravos na então região dos Rios da Guiné do Cabo Verde.

O filme é uma das três «estações» ou momentos expositivos previstos pela artista numa trajetória internacional de longa duração, que inclui três instituições: Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e Tabakalera, em San Sebastián.

Filipa César (Porto, 1975) tem apresentado o seu trabalho nacional e internacionalmente em contextos de cinema e arte contemporânea, tais como Berlinale, Doc’s Kingdom, Flaherty Seminar, MoMA, Mumok, Manifesta 8, SAVVY, Jeu de Paume, Tensta konsthall, Harvard Art Museums e Haus der Kulturen der Welt.

Curadoria: Leonor Nazaré
Cenografia: «Architextile n. 2» de Lorenzo Sandoval

25.07.2019 | por martalanca | filipa césar

IV Mostra Internacional de Cinema na Cova

Organizada pelo Coletivo Nêga Filmes, em parceria com a Associação Cultural Moinho da Juventude, acontece, desde 2016, e durante o KOVA M FESTIVAL, a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA NA COVA: ÁFRICA E SUAS DIÁSPORAS.
Estamos indo para a IV Edição em 2019, e seguimos na intenção de dar visibilidade a uma produção audiovisual que não alcança as salas comerciais de cinema em Portugal, realizada por cineastas negras e negros da contemporaneidade, tanto de África, quanto das diásporas.


O KOVA M FESTIVAL, que recebe a MOSTRA, foi criado em 2012, por jovens moradoras e moradores da Cova da Moura, a fim de incentivar a produção cultural e a inclusão social na região, através da arte e do desporto, à população africana e afrodescendente que vive em Portugal e demais interessadas e interessados.
Ao final de cada sessão, temos um espaço para conversar sobre as obras exibidas, com profissionais das artes da cidade de Lisboa e arredores. Desde a sua primeira edição, a MOSTRA tem possibilitado um interessante encontro entre África, Europa e Américas, trazendo para a Cova da Moura filmes importantes para/por/sobre essas populações.
A programação da MOSTRA DE CINEMA NA COVA é totalmente gratuita para as pessoas que acompanham as atividades do Festival, algo que somente é possível graças ao trabalho comunitário e de mutirão de moradoras e moradores do bairro e arredores.
Neste ano de 2019, a MOSTRA DE CINEMA NA COVA irá acontecer entre os dias 25 e 27 de julho, e faremos uma singela homenagem aos 50 anos do FESPACO (FESTIVAL PAN-AFRICANO DE CINEMA E TELEVISÃO DE OUAGADOUGOU). E somado a esta seleção, vamos ter também a projeção de uma coletânea de curtas-metragens realizados na contemporâneidade desta nossa época.
CURADORAS DE 2019
- Professora Doutora Edileuza Penha (Universidade de Brasília/Brasil - Mostra Audiovisual Adélia Sampaio)
- Professora Doutora Luzia Gomes Ferreira (Universidade Federal do Pará/Brasil - Xirê da leitura: mulheres negras grafando memórias em letras de poesia - Nêga Filmes Produções/Portugal)
- Professora Doutora Maíra Zenun (Nêga Filmes Produções/Brasil/Portugal - INMUNE).

Coordenação e Produção da Mostra: Flávio Almada

25.07.2019 | por martalanca | Mostra Internacional de Cinema na Cova

"(De)Othering: Desconstruindo o Risco e a Alteridade: guiões hegemónicos e contra-narrativas sobre migrantes/refugiados e “Outros internos” nas paisagens mediáticas em Portugal e na Europa"

O site deothering.ces.uc.pt é um dos resultados do projeto ”(De)Othering: Desconstruindo o Risco e a Alteridade: guiões hegemónicos e contra-narrativas sobre migrantes/refugiados e “Outros internos” nas paisagens mediáticas em Portugal e na Europa” (2018-2021). 

O foco deste projeto, uma análise de Portugal à luz de estudos de caso europeus profundamente afetados por fluxos migratórios/de refugiados (Itália e Alemanha) e por ameaças terroristas (Reino Unido e França), pretende investigar a construção de narrativas mediática e políticas transnacionais de risco que permeiam a Europa independentemente da sua exposição “diferenciada”.

O (De)Othering é coordenado por Gaia Giuliani e Sílvia Roque e acolhido institucionalmente pelo Centro de Estudos Sociais, contando com o financiamento da Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia (FCT). 

Disponível em português e em inglês, este site é uma das estratégias para dar conta do andamento do projeto e aproximar investigadorxs, ativistas, e artistas interessadas por estes temas.

Convidamo-vos a conhecer o site em deothering.ces.uc.pt, aguardando sugestões e 

The site deothering.ces.uc.pt is one of the outputs of the research project “(De)Othering: Desconstructing risk and otherness: hegemonic scripts and counter narratives on migrants/refugees and “Internal others” in the Portuguese and European mediascapes” (2018-2021).

The project’s focus – an analysis of Portugal in the light of other European cases affected by migrant/refugee flows (Italy and Germany) and by terrorist threats (United Kingdom and France) – aims to explore the construction of transnational narratives of risk pervading Europe regardless of the ‘differential’ exposure to them.

(De)Othering is coordinated by Gaia Giuliani and Sílvia Roque and hosted by Centre for Social Studies. It is funded by the Portuguese Foundation for Science and Technology (FCT). 

Available in Portuguese and in English, it is a tool to keep up with the project’s progress and bring together researchers, activists and artists interested in these topics.

We invite you to access deothering.ces.uc.pt and welcome suggestions and comments. 

25.07.2019 | por martalanca | (De)Othering, CES

LULA PENA & CONVIDADAS I 26 julho | 19h30

nas Noites de Verão | Galerias Municipais – Quadrum, Jardim dos Coruchéus entrada livre


Ao contrário do que estava previsto, Sho Madjozi já não vai marcar presença na décima edição do ciclo de concertos “Noites de Verão”. A cantora sul-africana cancelou grande parte da sua tour europeia e será substituída neste último concerto na Galeria Quadrum -
 Jardim dos Coruchéus por Lula Pena & Convidadas. 
Lula Pena levou a cabo de Abril a Junho deste ano uma residência artística na Galeria Zé dos Bois, convidando o grupo Lantana para colaborar consigo. Desafiando-as a desconstruir o seu repertório, trabalharam em linguagem de improvisação, por ventura partilhando-a como a mais próxima do ânimo e dinâmica da vida humana. Lula e uma versão mais reduzida da banda - Anna Piosik no trompete, Helena Espvall e Joana Guerra nos violoncelos, Maria do Mar no violino - apresentam nesta ocasião a sua música intuitiva e holística pela primeira vez ao vivo ao ar livre, para uma celebração ao final da tarde da liberdade da descoberta, despojada de artifícios e regimentação de espectáculo, porosa à beleza da trans formação de cada momento que passa sem se deter.
Programa Noites de Verão AQUI

25.07.2019 | por martalanca | Lula Pena

Passados Imaginados: Colonialismo, Fotografia e Arquivos

Oficina 4 e 5 Novembro 2019

Instituto de Ciências Sociais Universidade, de Lisboa

A oficina propõe um espaço de reflexão sobre colecções fotográficas do período colonial, enquanto participantes activos na construção visual do passado. Interessa-nos debater a produção de imagens nas antigas colónias, tanto em contextos institucionais (autoridades civis ou militares, organismos públicos e privados) como em círculos restritos (colecções pessoais vernaculares ou de fotógrafos profissionais). Décadas após a queda dos impérios europeus, interessa-nos também discutir os movimentos das imagens ao longo do tempo e através do espaço: as trajectórias de colecções entre contextos arquivísticos formais e informais, o esbatimento das fronteiras entre privado e público, a reconfiguração dos sentidos e dos usos da fotografia num período histórico sob intenso escrutínio. 

Convidamos à apresentação de comunicações que explorem a produção e os trânsitos, os usos e os espaços (memorialísticos, museológicos, científicos, políticos) de revisitação contemporânea de imagens fotográficas e as suas múltiplas relações com representações íntimas, históricas e políticas do passado colonial. 

Envio de propostas até 10 Setembro, incluindo resumo (máximo 150 palavras), pequena nota biográfica e afiliação institucional para imaginedpasts@ics.ulisboa.pt. Os resultados serão conhecidos até 20 Setembro.

Organização: Maria José Lobo Antunes, Inês Ponte, Filipa Lowndes Vicente

Imagined Pasts: Colonialism, Photography, and Archives

Workshop 4-5 November 2019

Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa

The workshop aims to foster a space for debating photographic collections from the colonial period, as active agents in the visual construction of the past. We invite presentations that address the production of images in the former colonial territories both in institutional contexts (civil or military authorities, public or private organizations) and in personal circles (vernacular or professional photographers’ collections). Decades after the fall of the European empires, we also welcome discussions on the movements of images over time and through space: the trajectories of collections between formal and informal archival contexts, the blurring of boundaries between private and public, the reconfiguration of the meanings and uses of photography from a historical period under intense scrutiny.

 We invite proposals that explore the production and transits, the (memorialistic, museal, scientific, political) uses and spaces in which the contemporary revisiting of photographic images is taking place, along with its multiple connections with intimate, historical and political representations of the colonial past. 

Proposals should be submitted to imaginedpasts@ics.ulisboa.pt by 10 September 2019, including abstracts (max. 150 words), a short biographical note, and contact and affiliation details.

Decisions on acceptance of proposals will be communicated by 20 September 2019.

Organizers: Maria José Lobo Antunes, Inês Ponte, Filipa Lowndes Vicente

18.07.2019 | por martalanca | colonialismo, fotografia, passado

Inês Nascimento Rodrigues vence 11.ª edição do Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa

O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, Laboratório Associado acaba de atribuir o Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa.  

 

O Júri da 11.ª edição do Prémio CES para Jovens Cientistas Sociais de Língua Portuguesa, constituído por Graça Carapinheiro (ISCTE-IUL), Hermes Costa(CES), Isabel Maria Casimiro (Universidade Eduardo Mondlane), José Neves(Universidade Nova de Lisboa) e Nilma Gomes (Universidade Federal de Minas Gerais), presidido pelo Diretor Emérito do CES, Boaventura de Sousa Santos,elegeu como vencedora:

 

Inês Nascimento Rodrigues com o trabalho Espectros de Batepá. Memórias e narrativas do «Massacre de 1953» em São Tomé e Príncipe. 

 

O júri deliberou ainda atribuir 4 menções honrosas aos seguintes trabalhos:Linguagens Pajubeyras. Re(Ex)Sistência Cultural e Subversão da Heteronormatividade, de Carlos Henrique Lucas Lima; Numiã Kurá. As lutas das artesãs no Amazonas, de Jenniffer Simpson dos Santos; Portugal e a questão do trabalho forçado. Um império sob escrutínio (1944-1962), de José Pedro Pinto Monteiro; A voz e a palavra do MOVIMENTO NEGRO na Constituinte de 1988, de Natália Neris da Silva Santos.

 

No valor de 5.000,00 Euros, esta 11ª edição do Prémio CES é financiada pelaFundação Calouste Gulbenkian.

 

Sobre o Prémio

O Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra, criou, em 1999, um prémio de atribuição bienal destinado a jovens investigadores/as (até 35 anos) de Países de Língua Portuguesa. O Prémio CES visa galardoar trabalhos de elevada qualidade no domínio das ciências sociais e das humanidades. Um dos objetivos principais é o de promover o reconhecimento de estudos que contribuam, pelo seu excecional mérito, para o desenvolvimento das comunidades científicas de língua portuguesa. O domínio das ciências sociais é entendido em sentido amplo.

 

Sobre a vencedora

Inês Nascimento Rodrigues é investigadora em pós-doutoramento no projeto “CROME - Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais”, coordenado por Miguel Cardina e financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC). É doutorada em Pós-colonialismos e Cidadania Global pelo CES/FEUC, onde desenvolveu uma investigação sobre as representações do Massacre de Batepá em São Tomé e Príncipe. Os seus atuais interesses de investigação centram-se nos estudos da memória, nas teorias pós-coloniais e nos debates sobre a representação e comemoração das guerras coloniais e de libertação.


Sobre o trabalho premiado
O massacre de 1953 em São Tomé e Príncipe é, em Espectros de Batepá, encarado não apenas como um evento histórico, mas como um evento cuja dimensão simbólica necessita de ser trazida para o centro da investigação. O ponto de partida do livro assenta, assim, na convicção de que, na impossibilidade de aceder totalmente ao que constituiu a experiência do massacre, é através da imaginação e das representações que se podem contar múltiplas memórias do evento, algumas que legitimam as narrativas públicas e/ou oficiais - ou que delas se aproximam através de versões seletivas do passado -, e outras que fazem parte de um processo mais inclusivo, em que se criam espaços discursivos, simbólicos e políticos que permitem articular memórias não-dominantes sobre os referidos acontecimentos. 

Estas linhas de narração e de interpretação do passado comportam, naturalmente, diversos silêncios e ausências que, neste caso, se vão manifestar simbólica ou literalmente através da figura do espectro. O que é que os espectros contam sobre as memórias de Batepá e sobre o colonialismo português nas ilhas? O que é que revelam sobre as relações de poder e sobre a sociedade colonial? O que é que os espectros dizem sobre identidades sociais e grupos marginalizados no arquipélago? Quem escreve o massacre e quem o comemora? Como são desenhados Portugal e São Tomé e Príncipe nestas representações? Estas são algumas das questões a que este trabalho procura responder.

 

 

15.07.2019 | por martalanca | Prémio CES

Kalunga Project lança "Muxima" e "Monami"

Kalunga Project nasce de um sonho do músico e compositor Galiano Neto, nativo da ilha de Luanda, que compõe e toca com a alma e tem em suas mãos um talento singular.  Juntou uma família de amigos, Carlos Sanches, Jorge Kaipas e Salima Gulamali que consigo criaram um projecto que tem como objectivo preservar, difundir e eternizar a música de raíz de Angola. 

Desde o Semba, à Rebita, ao Kilapanga, entre outros, o Kalunga Project pretende manter vivos estes ritmos e musicalidade, almejando divulgá-los pelo mundo.

O EP “Muxima”, que seu nome significa coração em kimbundo (uma língua falada em Angola), é o primeiro trabalho que apresentam e conta com diversos temas, todos eles interpretados de uma forma única, criativa e original. 

Utilizam como símbolo deste projeto um Ovo, que representa a criação, o nascimento e a transformação, uma nova forma de vida. O símbolo foi pintado por Eleutério Sanches, a quem é feita uma homenagem especial neste EP. 

São também homenageadas as eternas vozes femininas de Angola, Lurdes Van Dunen e Lilly Tchiumba.

Juntamente ao lançamento do EP vem também o single “Monami”, um clássico da música Angolana. Tema de Lurdes Van Dunen e que significa “Meu Filho”. Relembra a dor de uma mãe que perde os seus filhos, onde a força, a musicalidade e os instrumentos tradicionais como a Dikanza, transmitem este lamento e sofrimento ao ouvido e coração de quem o ouve e sente.

O EP físico “Muxima” e o 2º single “Monami” foram lançados hoje, 4 de julho, e estão também disponíveis em todas as plataformas digitais.

10.07.2019 | por martalanca | angola, Brasil, Festival de Músicas do Mundo, kalunga

BEDJUS TANBE KRE VIVE, de Gonçalo M. Tavares

“Os velhos também querem viver”, do escritor português Gonçalo M. Tavares, traz a reescrita da tragédia “Alceste”, de Eurípides, situando-a em Sarajevo, durante o cerco que esta cidade sofre por parte do exército sérvio (1992 a 1996). Com este livro, Gonçalo M. Tavares mostra a assustadora atualidade do texto do poeta trágico grego, que viveu há 25 séculos, e discute a morte e o desejo de viver.

O público cabo-verdiano terá agora a oportunidade de ler o livro nas suas duas línguas: o crioulo de Cabo Verde (língua cabo-verdiana) e o português.

Ao projeto de tradução do livro foi concedido apoio da DGLAB (Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Portugal).

Título: Bedjus tanbe kre vive
Autor: Gonçalo M. Tavares
Tradutor: Filinto Elísio
Supervisor da tradução: Marciano Moreira

Editora: Rosa de Porcelana

Edição bilíngue: Português – Cabo-verdiano

Sobre o Autor:

Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Desde 2001 publicou livros em diferentes géneros literários.

Os seus quarenta livros estão traduzidos um pouco por todo o mundo e receberam vários prémios nacionais e internacionais, como Portugal Telecom (2007 e 2011); Internazionale Trieste (2008); Belgrado (2009); Prix du Meuilleur Livre Étranger (2010); Prix Littéraire Européen (2011) e Grand Prix Littéraire du Web – Culture (2019). Foi por diferentes vezes finalista do Prix Médicis e Prix Femina.

Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, dança, peças radiofônicas, curtas-metragens e objetos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projetos de arquitetura e teses acadêmicas.

Para mais informações:
Email: rosadeporcelanaeditora@sapo.cv | rosadeporcelanaeditora@gmail.com Tel.: (351) 218 211 398 | 929 110 708
Márcia Souto

09.07.2019 | por martalanca | crioulo, Gonçalo M. Tavares, literatura

Inauguração | YONAMINE: Union Jacking. Voice of the Voi£eless | Cristina Guerra Contemporary Art | 11 Julho, 22h00

Inauguração   11 Julho  |  22h00
Conversa com Yonamine e curadoras Cécile Bourne-Farrell e Marta Mestre   

Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa
Mais informação: http://cristinaguerra.com/exhibition.current.php

05.07.2019 | por martalanca | yonamine