«A Arte de Traduzir As Mil e Uma Noites» | Convite

No âmbito do projecto de investigação Mapeamento Cognitivo dos Tradutores Portugueses, realiza-se a 11 de Novembro de 2020, entre as 16:00 e as 18:00, no Auditório 3 (Torre B, Piso 5) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, mais uma sessão intitulada A Arte de Traduzir As Mil e Uma Noites com tradução, a partir do Árabe, de Hugo Maia, e moderação de Ana Maria Bernardo.

09.11.2020 | por martalanca | ana maria bernardo, convite, faculdade de ciências sociais e humanas, hugo maia, projeto de investigação

Metrónomo sem Função (ORO/Caleidoscópio) | Convite

A sessão de apresentação deste novo rebento — que assinala a minha estreia na narrativa de ficção — terá lugar no próximo dia 19 deste mês pelas 17.30 na lindíssima recém inaugurada Biblioteca de Alcântara (R. José Dias Coelho 29, 1300-327 Lisboa).

Gostava de contar com a vossa presença, a sala é grande, segura e ventilada, cumpre portanto as medidas necessárias para nossa segurança. É um espaço magnífico com vista para o Tejo e um jardim incrível. Até já.

Sessão de lançamento detalhes, aqui.

Metrónomo sem função: nota de apresentação 
*Pedro Schacht Pereira, Professor associado de Estudos Portugueses e Ibéricos, The Ohio State University,in Posfácio *excerto adaptado na contracapa 
Nesta sua estreia literária Laura do Céu [pseudónimo de Soraia Simões de Andrade] procura uma linguagem ficcional a partir da autobiografia, entendida não como representação mimética de um percurso de vida da autora, mas como a ficcionalização da trajetória que a consciência subjetiva da narradora — uma voz inventada, portanto — empreende em busca de compreensão do seu lugar no mundo. Dois eixos me parecem igualmente determinantes e imbricados na estruturação desta narrativa: a reflexão sobre a dimensão proteica da perda, codificada nas perdas pessoais da narradora (a morte do pai, desde logo, mas também de outros familiares e o distanciamento em relação a amizades formativas), na fabulação do corpo em perda e do confinamento hospitalar, e nos caminhos que essas perdas abrem em termos da autocompreensão e da afirmação do sujeito da escrita; e a coincidência desse processo de descoberta e afirmação pessoais com o lento despertar da consciência cívica e da liberdade criativa e do lazer numa jovem democracia na periferia da Europa. O episódio da professora Cassilda e de como ela deixa de “reguar” os seus alunos é talvez o melhor indício da importância deste registo, como o metrónomo, com a sua história anticolonial, é o objeto que melhor marca um tempo fora dos gonzos, as ressurgências palimpsésticas da moralidade patriarcal na confluência do mundo rural e da urbe provinciana, um mundo ultrapassado mas não superado no Portugal “europeu” das décadas de 80 e 90, e como vimos descobrindo ultimamente, mesmo no presente.
Mas a unir estes dois eixos está o trabalho romanesco sobre o nome próprio, e que cimenta a dimensão autobiográfica ficcional desta narrativa: a autobiografia é sempre o relato da conquista de um nome. O nome é o “pior de todos” os epítetos dispensados pelos colegas de escola à pequena Zoraide, e “deixou de ser um problema” apenas no culminar de um ato de coragem em que ela se insurge contra o abuso físico e psicológico da professora sobre os alunos, um dos rostos serôdios do outro tempo, e assim afirma e institui a consciência de um novo direito. Se até então a troca do nome por parte da professora e dos colegas era entendido como ato punitivo (e ferida narcísica), a partir desse episódio o nome é sentido como uma conquista. Mas a troca do nome é também uma estratégia literária, plasmada na escolha do pseudónimo “Laura do Céu” (os leitores atentos não deixarão de reconhecer as pistas que permitem descriptar este nome) para desdobrar e ficcionalizar a autoria, isto é, faz parte do contrato ficcional celebrado com os leitores.Por fim, sugiro que o motivo da escrita como costura merece atenção especial: costura entre o vivido e o diário, e entre o diário e a sua distensão crítica na efabulação. Este é um motivo que conjura uma das figuras mais poderosas do livro, a da cicatriz que a mãe exibe à filha sempre que lhe ralha, como marca de que o nascimento é para esta narradora uma história sem remate anunciado.

05.11.2020 | por martalanca | biblioteca de alcântara, convite, estreia literária, laura do céu

Course | Side Lanes in Curatorial Practice

Side Lanes in Curatorial Practice

Professor: Azu Nwagbogu
Horário: 20 Nov (18h - 21h), 21 e 22 Nov (15h - 18h)


Documentação necessária (em inglês):- Biografia curta, com telefone, WhatsApp e contacto por e-mail;- Carta de intenção.
Participantes com limite: 10 participantes
Procedimentos de selecção: Para cumprir o requisito e selecção com base na carta de intenção.

Para se registar: hangarcia.production@gmail.com

Língua: Este curso será ministrado em inglês.

Data limite para a inscrição: 17 de Novembro de 2020

Preço: 100 euros + inscrição

Este curso centrar-se-á no papel da imagem, dos objectos e dos seus conjuntos no pensamento crítico em torno dos fósseis futuros. Também colocaremos à prova esses tropos e ideias enquanto se relacionam com futuros, tornados populares na última década, na cultura visual contemporânea e examinaremos a sua aptidão para utilização na nossa realidade distópica actual. Por fim, reflectiremos sobre o debate sobre a restituição tópica e as possibilidades de acelerar o processo.

A estrutura do curso adoptará um calendário intenso sob estas rubricas:
- Fósseis do futuro? Arquivo, Som, Documento, Memória.- Estética de Design Crítico e Fotografia de Estúdio em África.- Estudos de caso em arte, fotografia e design. Uma avaliação das principais exposições de arte, e tropas comuns na arte contemporânea em relação a África e diáspora.- Restituição e Museus em África.
Azu Nwagbogu é o Fundador e Director da African Artists’ Foundation (AAF), uma organização sem fins lucrativos sediada em Lagos, Nigéria. Nwagbogu foi eleito como Director Interino/Curador Chefe do Museu Zeitz de Arte Contemporânea na África do Sul de Junho de 2018 a Agosto de 2019. Nwagbogu serve também como Fundador e Director do Festival LagosPhoto, um festival anual internacional de fotografia artística realizado em Lagos. É o criador do Art Base Africa, um espaço virtual para descobrir e aprender sobre a Arte Africana Contemporânea. Nwagbogu foi júri do Dutch Doc, POPCAP Photography Awards, World Press Photo, Prisma Photography Award (2015), Greenpeace Photo Award (2016), New York Times Portfolio Review (2017-18), W. Eugene Smith Award (2018), Photo Espana (2018), Foam Paul Huf Award (2019), Wellcome photography prize (2019) e é jurado regular de organizações como Lensculture e Magnum.Durante os últimos 20 anos, tem curadoria de colecções privadas para vários indivíduos e organizações empresariais proeminentes em África. Nwagbogu obteve um mestrado em Saúde Pública pela Universidade de Cambridge. Vive e trabalha em Lagos, Nigéria.

04.11.2020 | por martalanca | Africa, azu nwagbogu, curso, side lanes in curatorial practice

Cinemateca | Cerro dos Pios

12/11/2020, 21H00 | Sala M. Félix Ribeiro

Ciclo ante-estreias com sessão de apresentação no Cinemateca.

“Há uma década que não vejo o meu pai. Juntamente com os meus colegas da escola de cinema, parto para o lugar onde nasci e o reencontro parece inevitável” (Miguel de Jesus). Filme sobre uma procura, ‘Cerro dos Pios’ interroga as possibilidades abertas pelo chamado cinema do real em formato diarístico e auto-reflexivo.

Vencedor do Prémio do Júri da Competição Nacional do Doclisboa 2019.

“Cerro dos Pios” de Miguel de Jesus com Afonso Mota, Bruno Côrte-Real, Francisco Costa, Manuel Martins, Miguel de Jesus Portugal, 2019

Documentário de 82 min | M/12

04.11.2020 | por martalanca | cerro dos pios, ciclo ante-estreias, cinemateca, miguel de jesus

Monólogos da Vagina

Teatro Armando Cortez 

De terça-feira 3 novembro 2020 - quarta-feira 11 novembro 2020

Os monólogos da vagina são compostos por vários textos. Cada um deles lida com a experiência feminina, abordando assuntos como sexo, prostituição, imagem corporal, amor, menstruação, mutilação genital feminina, masturbação, nascimento, orgasmo. Um tema recorrente em toda a peça é a vagina como uma ferramenta de capacitação feminina e a personificação máxima da individualidade. Todos os anos, um novo monólogo é adicionado para destacar uma questão actual que afecta as mulheres em todo o mundo.

Endereço

Estrada da Pontinha, 7
Lisboa
1600-583

Mais informações e bilhetes em: http://www.teatroarmandocortez.pt/

02.11.2020 | por martalanca | corpo, empoderamento, feminismo, sexualidade

Convite - Exposição "Tomato Project"

30.10.2020 | por martalanca | corpo, exposição, inauguração, pobreza, trabalho

Ângela Ferreira por Bruno Leitão - veja online mais uma visita do ciclo «As escolhas dos críticos»

Nesta visita do ciclo «As escolhas dos críticos», que decorreu no dia 29 de novembro de 2016 e que agora poderá ver online, Bruno Leitão fala-nos da obra For Mozambique (model n.°1 screen-kiosk-tribune celebrating a post independence utopia), 2008, de Ângela Ferreira.

Bruno Leitão, fundador do projeto online Curatorial Clube - www.curatorialclube.com, é diretor curatorial do Hangar, Centro de Investigação Artística, em Lisboa, e curador convidado da XVI edição da Bienal de Vila Franca de Xira.
Descubra toda a programação online do Serviço Educativo do Museu Coleção Berardo. Informações pelo e-mail servico.educativo@museuberardo.pt.

O museu está aberto todos os dias. Visite-nos!

Veja também no Facebook, InstagramWebsite do museu.

29.10.2020 | por martalanca | for mozambique, Museu coleção berardo, visita online, visitas guiadas

Prémio Filo-Lisboa 2020 | Crise Pandémica: Quem sou eu neste novo mundo?

Mais informações sobre o Filo-Lisboa 2020 aqui.

29.10.2020 | por martalanca | concurso, filo-lisboa 2020, Identidade, pandemia

Porto/ Post/ Doc 2020 Festival - Framing reality | Fantasmas do Império

Num ano particularmente complicado para a produção nacional, o Porto/Post/Doc reforça os prémios para as competições nacionais e faladas em português. A edição 2020, a ter lugar entre 20 e 29 de novembro, mostrará 25 filmes produzidos por portugueses ou oriundos de países de expressão portuguesa. A destacar, as duas competições, Cinema Novo e Cinema Falado, que agruparão grande parte desta programação numa selecção de 19 longas e curtas metragens de produção recente.

Guerra, José Oliveira, Marta RamosGuerra, José Oliveira, Marta Ramos
Mariana Caló Francisco QueimadelaPedro PeraltaRaquel Castro, José Oliveira e Marta Ramos são alguns dos nomes com obras a concurso ao Prémio SPAutores - Cinema Falado, que este ano atribuirá 3000 euros ao seu vencedor. Em sala, contar-se-ão histórias sobre o imaginário colonial do cinema português desde o início do século XX (Fantasmas do Império); a Luanda pós guerra civil (Ar Condicionado); o som, a ecologia, a cidadania e a igualdade das políticas urbanas (SOA); os abismos da memória dos combatente da guerra colonial (Guerra) e a história de Morillo Sanchez, mulher de um republicano executada pela guarda espanhola (Noite Perpétua). Haverá ainda espaço para acompanhar a construção de ideias de um filme pelos Açores (O Que Não Se Vê), uma viagem sensorial entre a imaginação e a natureza através do movimento de um círculo familiar (A Dança do Cipestre) e visitar o caótico cenário do Brasil nos anos 90, através da história de Clara, uma miúda que encontra na anorexia uma forma de lidar com o mundo que a rodeia (Êxtase).

A concorrem também ao prémio Cinema Falado e integrados na Competição Internacional do festival A Nossa Terra, O Nosso Altar, de André Guiomar, e Partida, de Caco Ciocler. O primeiro, documentário rodado no Bairro do Aleixo no Porto, acompanha o processo de despejo e destruição das torres, num retrato próximo e comovente sobre o sentido de pertença a uma comunidade. O segundo, uma docu-ficção que acompanha uma viagem-discussão ao Uruguai entre uma potencial candidata à presidência da República do Brasil, de esquerda, e um empresário brasileiro, de direita. Ambos os filmes serão apresentados em estreia nacional.

Com vista a descobrir jovens talentos, a Competição Cinema Novo reúne onze curtas-metragens realizadas por estudantes portugueses ou por estudantes de instituições portuguesas de ensino superior, numa montra daquilo que melhor se faz nas escolas de cinema. Destaque ainda na programação nacional deste ano para a estreia, no Porto, de O Movimento das Coisas, obra perdida de Manuela Serra recentemente recuperada e restaurada. O Movimento das Coisas é o primeiro e único filme da realizadora e documenta o quotidiano da comunidade rural de Lanheses, no concelho de Viana do Castelo.

As novas confirmações juntam-se ao já anunciados programas A Cidade do Depois e Transmission. O Porto/Post/Doc regressa entre os dias 20 e 29 de Novembro em duplo formato: sessões em sala no Rivoli, Passos Manuel e Planetário do Porto, e uma programação paralela em VoD na plataforma Shift72. A programação total do evento será revelada nas próximas semanas. Mais informações podem ser consultadas em https://www.portopostdoc.com

Seleção Cinema Falado

Prémio SPAutores - Cinema Falado
A Dança do Cipreste, Mariana Caló, Francisco Queimadela, PortugaL, 2020, DOC, EXP, 37’
Ar Condicionado, Fradique, Angola, 2020, FIC, 72’
Êxtase, Moara Passoni, Brasil, 2020, DOC, 80’
Fantasmas do Império, Ariel de Bigault, França, Portugal, 2020, DOC, 152’
Guerra, José Oliveira, Marta Ramos, Portugal, 2020, DOC, 104’
Noite Perpétua, Pedro Peralta, Portugal, FrançA, 2020, FIC, 17’
O Que Não Se Vê, Paulo Abreu, Portugal, 2020, DOC, 24’
SOA, Raquel Castro, Portugal, 2020, DOC, 71’

A concorrerem ao prémio SPAutores - Cinema Falado, mas integrados na selecção da Competição Internacional
A Nossa Terra, O Nosso Altar, André Guiomar, Portugal, 2020, DOC, 77’
Partida, Caco Ciocler, Brasil, 2019, DOC, 93’

Extra-Competição
O Movimento das Coisas, Manuela Serra, Portugal, 1985, DOC, 86’

Seleção Cinema Novo

Prémio Cinema Novo by Canal 180
A Morte de Isaac, Fábio Silva, Portugal, 2019, FIC, 7’
Há Alguém na Terra, Francisca Magalhães, Joana Tato Borges, Maria Canela, Portugal, 2019, DOC, 18’
Jamaika, Alexander Sussmann, Portugal, 2019, DOC, 14´
Just Like The Films, Sara N. Santos, Portugal, 2020, DOC, EXP, 10’
Mãos de Prata, Catarina Gonçalves, Portugal, 2020, DOC, 12’
Memória Descritiva, Melanie Pereira, Portugal, 2020, DOC, 10’
O Presidente Veste Nada, Clara Borges, Diana Agar, Portugal, 2019, ANIM, DOC, 11’
Pedro’s Homs, Eneos Çarka, Portugal, 2020, DOC, 15’
Príncipe, João Monteiro, Portugal, 2019, FIC, 11’
Re-Existências, Márcia Bellotti, Portugal, 2020, FIC, 24’
Variations, Inês Pedrosa e Melo, EUA, 2020, DOC, 12’

28.10.2020 | por martalanca | cinema, Fantasmas do Império, festival, Porto/Post/Doc

Lisbon Art Weekend 13-15 Nov 2020

De 13 a 15 de Novembro, Sexta a Domingo, Lisbon Art Weekend (LAW) regressa para o seu segundo ano, mantendo a sua promessa de celebrar o panorama da arte contemporânea Portuguesa, juntando 26 espaços artísticos, que serão abertos ao público para exposições, visitas a estúdios, performances, conversas e muitos outros eventos.


Ao longo dos três dias, LAW ajudará a exibir e trazer para primeiro plano exposições individuais e colectivas - Ana Jotta (Galeria Miguel Nabinho), Fernanda Fragateiro (Galeria Filomena Soares), Rosana Ricalde (3+1 Arte Contemporânea), Horácio Frutuoso (Balcony Gallery), Ascânio MMM (Galeria 111), Adrien Missika (Galeria Francisco Fino), João Ferro Martins (Galerias Municipais - Pavilhão Branco), António Bolota (Galeria Vera Cortês), Ad Minoliti (Kunsthalle Lissabon), Rodrigo Hernández (Madragoa), Daniel V. Melim (MONITOR Lisbon), Ana Pérez - Quiroga (NO·NO Gallery), Kimiyo Mishima (SOKYO LISBON), Mário Belém e Ana + Betânia (Underdogs Gallery), tal como em AZAN, onde será revelado o trabalho de mais de 30 artistas.

Foto de exposição Galeria Filomena Soares, Fotografia de António Jorge SilvaFoto de exposição Galeria Filomena Soares, Fotografia de António Jorge Silva

São de realçar duas performances que irão acontecer este ano. O artista Gustavo Sumpta irá apre- sentar uma performance de 24 horas (Carpintarias de São Lázaro - Centro Cultural), a começar no dia 14 de Novembro e a acabar no dia seguinte, e Daniel V. Melim irá realizar uma performance sonora, de nome Canto das Imagens (MONITOR Lisbon) no dia 15 de Novembro, o último dia do evento.

A complementar as inaugurações de exposições de arte e visitas a estúdios, haverá também conversas com artistas, nas quais o público poderá deparar-se com os criadores das obras de arte apresentadas - Renzo Marasca e Paulo Brighenti (Galeria Belo-Galsterer), Fernanda Fragateiro (Galeria Filomena Soares), Ana Jotta (Galeria Miguel Nabinho), João Ferro Martins (Galerias Municipais - Pavilhão Branco), Rita GT (Movart), só para nomear alguns. E porque vivemos em tempos de restrições físicas e distanciamento social, algumas conversas e visitas ao redor de alguns espaços participantes serão ou de capacidade limitada, mediante reserva, ou irão acontecer online este ano. Dito isto, a Conversa do LAW e as Visitas Guiadas da ARCO GalleryWalk serão transmitidas online e poderão ser visualizadas nas plataformas de redes sociais do LAW (Instagram e YouTube).

Depois de um primeiro ano muito enriquecedor trazendo para Lisboa o tipo de iniciativa que até ali tinha estado apenas a florescer noutras capitais Europeias, Lisbon Art Weekend prepara-se para levar o público mais uma vez numa aventura em torno de uma colecção dos trabalhos mais diversos e multiculturais, num ano muito atípico.
A acrescentar, é importante salientar que estamos a prestar muita atenção para a situação pandémica em que o país se encontra e gostaríamos de reforçar que todas as medidas de saúde da DGS serão rigorosamente seguidas ao longo do evento.

Lisbon Art Weekend é de entrada gratuita em todas as actividades, e tem o apoio da Fundación ARCO, Art Across Europe, Turismo de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa e Heden.

Programa completo aqui.

26.10.2020 | por martalanca | câmara municipal de lisboa, conversas, daniel melim, entrada gratuita, exposição, gustavo sumpta, LAW, lisbon art weekend, Performances, turismo de lisboa

CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte

O evento de cinema da capital mineira, chega a sua 14ª edição de 29 de outubro a 2 de novembro de 2020, em formato online. Reúne uma seleção de 54 filmes nacionais e internacionais, em pré-estreias e mostras temáticas, promove debates, rodas de conversa, diálogos e encontros de negócios.
A temática desta edição é “Arte viva: Redes em expansão” explicita a percepção da equipe curatorial do evento – formada pelos críticos e pesquisadores Pedro Butcher, Francis Vogner dos Reis e Marcelo Miranda – de um cenário histórico e inédito em que todo tipo de criação artística passou a ser transmitido no formato audiovisual. Em tempos de lives, shows online, performances ao vivo ou gravadas, o que pode, afinal, ser chamado de filme? 


Sessão Welket Bungué vai apresentar ao público brasileiro os curtas-metragens desse artista singular, dos mais diferentes estilos e formatos e exemplos de uma obra audiovisual em que realização e performance se tornam aspectos indissociáveis. Bungué atuou recentemente na nova adaptação cinematográfica do romance “Berlin Alexanderplatz”, exibida no Festival de Berlim em fevereiro de 2020. Bungué nasceu em Guiné-Bissau e já morou em Portugal, no Brasil (onde fez uma pós-graduação em performance na Uni-Rio, entre 2012 e 2013) e na Alemanha, com passagens por Cabo Verde e outros países. A seleção na CineBH tenta dar conta de sua capacidade múltipla e dialoga com a proposta deste ano de lançar alguma luz para trabalhos que buscam nas ferramentas da linguagem audiovisual uma potencialização da performance e do “ao vivo”. 

Os filmes  BUÔNMENSAGEM,TREINO PERIFÉRICO,INTERVENÇÃO JAHEU NÃO SOU PILATUS, e É BOM TE CONHECER dirigidos por Welket Bungué, estarão disponíveis no  Festival Internacional CineBH de 30 Out. a 02 NOV. e ainda poderá se inscrever na Masterclass “Corpo Em Transe, Linguagens Em Trânsito” que será apresentada por Welket Bungué (online, 01 de Novembro, inscrições limitadas).
Saiba tudo através do site do Festival CineBH ou no perfil Instagram da @universoproducao.

26.10.2020 | por martalanca | Belo Horizonte, cinebh, cinema, cinema internacional, sessão welket bungué

Kiluanji Kia Henda | Something Happened on the Way to Heaven

Galerias Municipais – Galeria Avenida da Índia
Curadoria: Luigi Fassi
03.11.2020 – 10.01.2021
Visita com a presença do artista: 03.11.2020 – 17h
(marcação prévia: bilheteira@galeriasmunicipais.pt)


As Galerias Municipais têm o prazer de apresentar Something Happened on the Way to Heaven, primeira grande exposição individual dedicada a Kiluanji Kia Henda (Luanda, Angola, 1979), um dos mais relevantes artistas e ativistas de origem africana no panorama da arte contemporânea.
Something Happened on the Way to Heaven apresenta uma série de esculturas e instalações criadas especialmente por Kiluanji Kia Henda enquanto artista em residência na Fundação LUMA em Arles, França, e no Museu MAN em Nuoro, Sardenha (com o apoio da Sardegna Film Commission), às quais se associam trabalhos fotográficos anteriores. Nas novas peças do artista, a beleza idílica da paisagem mediterrânica contrasta com os traços arquitetónicos da Guerra Fria e com a história contemporânea dessa região entre a África e a Europa como lugar de migração e injustiça social.

Something Happened on the Way to Heaven é formulada como uma observação sobre o mundo mediterrânico com duplo sentido – um idílio aparentemente paradisíaco que revela a presença do seu oposto. Com efeito, as obras de Kiluanji Kia Henda evidenciam a dialética contraditória entre um esplendor natural dotado de traços idealizados e um obscuro reverso de ameaças históricas e atuais.
O primeiro elemento dialético é, evidentemente, a beleza. Representada pela natureza mediterrânica e pela idealização do mar e da costa, esta beleza tornou-se uma mercadoria massificada pelo turismo contemporâneo. O segundo elemento é representado pelos vestígios da Guerra Fria e pela imagem inquietante do Mediterrâneo nos dias de hoje, já não visto como uma ponte entre mundos, línguas e culturas diferentes, mas como uma miragem da esperança de uma nova vida que leva à morte milhares de pessoas que tentam atravessar o mar para o conseguir.

Este território entre a África e a Europa é, assim, interpretado no seu contraste discordante entre a beleza das suas paisagens costeiras e o drama contemporâneo do Mediterrâneo, considerado um lugar de conflito e de bloqueio, a fronteira de uma Europa que se fecha atrás de uma cortina de barreiras jurídicas e físicas cada vez mais rígidas. O tema do movimento e da migração é evocado através de imagens zoomórficas como os flamingos, que têm um estilo de vida nómada e sem regras sazonais rigorosas. Aqui, eles simbolizam a migração como um fenómeno livre, imprevisível e universal. O Mediterrâneo e os territórios subsarianos estão, assim, ligados entre si como geografias instáveis e em constante mudança, testemunhando as transformações recentes e futuras que afetam os respetivos continentes da Europa e de África.
Em colaboração com a Publitaxis & Publiroda e a CP – Comboios de Portugal a exposição Something Happened on the Way to Heaven de Kiluanji Kia Henda ainda conta com oitenta cartazes aleatoriamente distribuídos em algumas das carruagens dos comboios regulares da Linha de Sintra, com imagens da obra A Sina de Otelo / Othello’s Fate (Act I, II, III and IV) de 2013.

*
Medidas preventivas Covid 19:
As Galerias Municipais têm uma lotação máxima; É proibida a entrada de grupos com mais de 10 pessoas; É obrigatório o uso de máscara dentro do edifício; Desinfete as mãos à entrada; Mantenha a distância de segurança de 2 metros; Evite o aglomerar de pessoas; Adote as medidas de etiqueta respiratória; Coloque máscaras e luvas nos caixotes do lixo reservados.

26.10.2020 | por martalanca | exposição, Galerias Municipais, kiluanji kia henda, luigi fassi

CCCV - Centro Cultural de Cabo Verde - exposição "Territórios de Memória - A Área Metropolitana de Lisboa pelo Olhar de Africanos e Afrodescendentes"

Convite

O Projeto AFRO-PORT Afrodescendência em Portugal, a Embaixada de Cabo Verde em Portugal e o CCCV — Centro Cultural Cabo Verde têm a satisfação de convidá-lo(a) para visitar a exposição fotográfica e audiovisual “Territórios da Memória  -  A Área Metropolitana  de  Lisboa pelo Olhar de Africanos e Afrodescendenles”, que está patente até 27 de novembro, de segunda a sexta feira, das 10.00 horas às 16.00 horas, no espaço do CCCV, na Rua de São Bento 640, 1250-222 Lisboa.

Entrada livre

A exposição audiovisual exibe ao público o acervo de registos recolhidos no âmbito dos projetos de investigação AFRO-PORT — Afrodescendência em Portugal (Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento/ISEG) e Discursos memorialistas e a Construção da história (Centro de Estudos Comparatistas/FLUL), além das fotografias de Herberto Smith, da Festa de São Miguel Arcanjo, do bairro Casal da Mira. A partir do diálogo horizontal com os participantes, os projetos recolheram um conjunto de registos audiovisuais de pessoas africanas e afrodescendentes na área Metropolitana de Lisboa. Dessa recolha criou-se um acervo, que estará agora disponível ao público, como resultado de uma estreita parceria com o Centro Cultural Cabo Verde, na co-organização da mostra.

 

Por razões de segurança sanitária e no cumprimento das indicações da Direção Geral da Saúde, o número de visitantes em simultâneo no espaço pode estar sujeito a limitação. Agradecemos a compreensão de todos.

24.10.2020 | por martalanca | Africa, centro cultural de cabo verde, convite, territórios da memória

Novo ebook: Arte da Performance, made in Portugal. Uma aproximação à(s) história(s) da arte da performance portuguesa

A arte da performance portuguesa surgiu no percurso da investigadora Cláudia Madeira como um imprevisto, um acaso ou acidente, um “efeito de serendipidade”, que a levou a requestionar o objeto de estudo da sua tese de doutoramento dedicado ao Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal que desenvolveu no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Foi assim que a sua investigação ganhou um novo percurso imprevisto. Desde 2004 a investigadora começou a pesquisar esta “História” oculta, uma “história-sem-história”, como afirmava Ernesto de Sousa, que se encontra na actualidade em processo de construção e a ganhar visibilidade, quer por via de exposições retrospectivas que têm apresentado alguns artistas e registos deste género artístico, quer por via de um retomado interesse por parte de novas gerações de artistas, performers, curadores e de investigadores. 

Este livro agora apresentado pelo ICNOVA, fruto dessa investigação continuada na NOVA FCSH, propõe uma aproximação às histórias da arte da performance made in Portugal, elas próprias no seu caráter “performativas” e “especulativas”, compondo uma leitura aproximada sobre os seus ciclos na História, as suas múltiplas e híbridas ontologias, as relações imbricadas e hibridismos entre a arte da performance e a performatividade social dos portugueses e, ainda, a necessidade iminente da sua documentação num arquivo por vir

Disponível em acesso aberto, aqui.

24.10.2020 | por martalanca | arte da performance, cláudia madeira, ICNOVA, universidade de lisboa

Galeria MOVART de arte contemporânea africana inaugura em Lisboa com AIR IHOSVA de Ihosvanny

Inauguração: 31 de outubro, 16h às 20h

Exposição patente até 10 de dezembro

MOVART Lisboa - Rua João Penha, RC 14A | 1250-131 Lisboa movart.co.ao

Terça a sexta, 14h – 18h30 

Sábado, 10h – 14h

A galeria MOVART, estabelecida em Luanda desde 2017, inaugura no dia 31 de outubro, entre as 16h e as 20h, um novo espaço em Lisboa com a exposição AIR IHOSVA do artista Ihosvanny.

O projeto nascido em 2015, e que em 2017 se tornou a primeira galeria comercial a surgir em Angola, abre em Portugal com trabalhos inéditos de Ihosvanny, um artista de origem angolana que é representado pela MOVART desde a sua fundação. No programa da galeria sucedem-se as exposições individuais de António Ole, em dezembro, e de Rita GT em Março de 2021.

Em AIR IHOSVA, Ihosvanny celebra a vida e as suas formas de resistência no mundo contemporâneo, criando poemas visuais que ganham forma através da pintura e da instalação. No dia 31 de outubro, durante a inauguração da exposição, o artista vai criar um mural no pátio do edifício da galeria e o processo poderá ser acompanhado pelos visitantes.

É na paisagem urbana da cidade de Luanda que Ihosvanny encontra habitualmente o seu material de trabalho. AIR IHOSVA amplia a investigação sobre a paisagem e as suas diferentes perspetivas à cidade de Lisboa, onde o artista desenvolveu o atual projeto, no âmbito de uma residência artística. No dia 29 de outubro, a partir das 20h, Ihosvanny realiza um open studio da sua residência no espaço MONO, na Rua Feio Terenas, 31A, em Lisboa.

A exposição AIR IHOSVA poderá ser visitada na MOVART até dia 10 de dezembro, de terça a sexta das 14h às 18h30 e aos sábados entre as 14h e as 19h, ou por marcação em qualquer outro horário. A admissão no espaço é livre, mas encontra-se limitada a 5 pessoas e é obrigatório o uso de máscara facial.

Ihosvanny (Angola,1975) vive e trabalha entre Barcelona e Luanda. É um artista autodidata, que pertence à geração de artista angolanos do período pós-independência de Angola.

Influenciado pelas dinâmicas urbanas das cidades por onde vive ou passa, Ihosvanny representa nas suas obras uma visão única e desfragmentada desses locais, onde explora as experiências do urbanismo em  pintura, fotografia, vídeo e instalação sob forma de apelar aos sentidos do espectador.

Ihosvanny participou conta com a participação em exposições individuais, coletivas e feiras de arte na África do Sul, Angola, Brasil, Cuba, EUA, França, Inglaterra, Itália, Portugal, São Tomé e Príncipe e Uganda. Entre as exposições e contextos em que já expôs, destacam-se: o Museu Judaico (Nova York, 2014); o Museu de Arte da Moderna da Bahia (Salvador, 2012); a 11ª Bienal de Havana (Cuba, 2012); Trienal de Luanda (2010, 2007); e o Pavilhão Africano na 52ª Bienal de Veneza (2007). 

O trabalho do artista está representado em várias coleções institucionais e privadas, entre elas a Fundação Sindika Dokolo, Fundação Elipse e Fundação PLMJ.

A galeria MOVART e a visibilidade de artistas das diásporas africana e lusófona

A MOVART abriu portas em 2017 na Marginal de Luanda, espaço que mantém até hoje, tornando-se a primeira galeria comercial a estabelecer-se em Angola. O projeto foi criado dois anos antes, em 2015, pela mão da então consultora Janire Bilbao, e dedicou-se à apresentação de exposições experimentais e itinerantes, de artistas locais e da diáspora contemporânea africana, na cidade de Luanda e fora desta.

A MOVART conta com mais de 40 exposições realizadas em diferentes formatos, desde projetos pop-up a projetos comissariados, que foram apresentadas em Luanda, Lisboa, Paris e Nova Iorque. Estes projetos ocuparam espaços incomuns, como o semiconstruído Maianga Office Park, espaços institucionais, como a Galeria Banco Económico e o Instituto Camões de Luanda, e espaços temporários, como o prédio Palais Castilho em Lisboa.

O projeto ganhou visibilidade, apoiou o desenvolvimento de um mercado local e internacional, viabilizou a instalação da galeria num espaço permanente e a participação regular em feiras de arte. “A missão da MOVART é garantir que o mundo conhece a produção de artistas oriundos de países do continente africano e das suas diásporas”, destaca Janire Bilbao, a fundadora e directora da galeria. Desde 2017, a MOVART tem participado regularmente em feiras internacionais, tais como a 1:54 Contemporary African Art Fair (Nova Iorque), Scope International Art Show (Miami Beach), FNB Joburg Art Fair (Joanesburgo), London Art Fair (Londres), AKAA Fair (Paris), ARCOMadrid e ARCOlisboa.

“Quando abri a galeria em Luanda sabia que o programa teria de ser focado na internacionalização e na visibilidade dos nossos artistas, que são muitas vezes sub-representados ou até exotizados, no cenário artístico mundial”, prossegue a galerista. Atualmente a MOVART representa IhosvannyKeyezuaKwame SousaMário MacilauRita GT e Thó Simoes, e desenvolve projetos com outros artistas. Com este grupo de artistas e com recurso a diferentes modelos de colaboração, a galeria procura promover a amplitude de atuação, as múltiplas esferas e representações, que hoje enquadram o universo de produção artística das diásporas africana e lusófona.

O impacto positivo da participação da galeria na edição de 2019 da ARCOlisboa, no contexto do África em Foco, que teve a curadoria de Paula Nascimento, foi determinante na decisão de Janire Bilbao de investir em Portugal. A MOVART instalou-se em Lisboa em maio de 2019 e tem operado nos formatos pop-up e showroom. O contexto de crise pandémica e a consequente retração económica, não desmotivaram a galerista de inaugurar o seu novo espaço e programa, que passa a articular Lisboa e Luanda.

“Esta nova fase da galeria permite para dar continuidade ao nosso trabalho e apoiar os nossos artistas, com abordagens de percurso mais sólidas e integradas. A MOVART Luanda passará a ser uma plataforma mais focada em projetos de residência artística e na descoberta de novos talentos, que depois poderão circular pela galeria de Lisboa e ser apresentados noutros contextos internacionais”, descreve Edna Bettencourt, diretora da MOVART Luanda.

No dia 31 de outubro, a MOVART abre portas no número 14A RC, da Rua João Penha, num edifício projetado pelo arquiteto Carrilho da Graça e que está localizado a poucos metros do Jardim das Amoreiras, do Museu da Água e do Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva. O novo espaço vai também ampliar o circuito galerístico Rato-Amoreiras, que integra atualmente a histórica galeria Diferença, a italiana Monitor e a 3+1 Arte Contemporânea.

A galerista que trocou o direito pela promoção da arte contemporânea no continente africano

Janire Bilbao nasceu na cidade de Bilbao, na Espanha. Atualmente, vive e trabalha entre Luanda e Lisboa.

Bilbao formou-se em Direito, trabalhou como jornalista e em agências de comunicação e foi, precisamente, a atividade profissional que a levou até Luanda em 2011. Já a viver na capital angolana, trabalhou na organização do Palanca Parade, um projeto de cariz solidário que envolveu a participação de vários artistas locais. Esta experiência deu-lhe a oportunidade de acompanhar o então crescimento da cena artística angolana, de conhecer e estabelecer relações próximas com artistas, sobretudo da geração que emergiu e começou a angariar visibilidade, após a independência de Angola. Foi o trabalho destes artistas e o desejo de projetar os seus discursos no cenário artístico internacional que motivou Bilbao a fundar o projeto MOVART.

Em setembro de 2020, Bilbao foi nomeada pela Apollo – The International Art Magazine uma das pessoas mais influentes do continente africano, com menos de 40 anos de idade.

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MOVART Lisboa | Rua João Penha, RC 14A | 1250-131 Lisboa

MOVART Luanda
Avenida 4 de Fevereiro
Espaço Comercial Baía de Luanda
Luanda – Angola

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Encerrado às segundas, domingos e feriados.

Visitas por marcação.

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Para mais informações, por favor contacte:

Sílvia Escórcio | silvia.escorcio@thisiscuco.com | +351 91 368 36 45

gallery@movart.co.ao

24.10.2020 | por martalanca | angola, exposição, Ihosvanny, movart lisboa, movart luanda

Ciclo de Debates Pátrias Independentes: Dipanda 45 anos... e agora?

Na continuidade do Ciclo de Debates Pátrias Independentes: que desafios?, depois dos debates em torno das independências de Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, a AILPcsh convida a todos e a todas a assistir e a participar no próximo debate dedicado a Angola.
O debate resulta de uma parceira entre a AILPcsh e o LAB-UCAN (Laboratório de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Católica de Angola).


Estarão à discussão, Cristina Pinto, cidadã e professora, Sérgio Calundungo do Observatório Político e Social de Angola e Luaty Beirão, rapper e activista. A moderação ficará a cargo de Cesaltina Abreu e Catarina Gomes do LAB-UCAN.

 

Contamos com a sua presença,
A Direcção da AILPcsh

10 de Novembro de 2020

14h Brasil
16h Cabo Verde
17h Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Portugal
18h Angola
19h Moçambique

Mais Informações: https://www.ailpcsh.org/
Transmissão online: https://www.facebook.com/AILPcsh-819851408219213

22.10.2020 | por martalanca | AILPcsh, angola, debates, LAB-UCAN, Luaty Beirão

Conferência - As eleições presidenciais dos EUA 2020

A campanha eleitoral de 2016 para a Presidência dos Estados Unidos da América, que esteve na origem da exposição que ora se apresenta, além da sua óbvia importância política mundial, pela ampla cobertura mediática e a profusão de imagens, símbolos e de ideias fortes que a suportaram, proporcionou a oportunidade ideal para o estabelecimento de uma colaboração entre a Escola Superior de Comunicação Social - ESCS e o ARQUIVO EPHEMERA, de José Pacheco Pereira, permitindo a exposição de diversos materiais de propaganda eleitoral, maioritariamente centrados nestas últimas eleições (e agora actualizado para as eleições de 2020) mas também propondo uma abordagem mais ampla, em termos temporais, por outras campanhas, propostas e candidatos. Menos orientada para a propaganda política, no sentido da discussão das mensagens ou das técnicas eleitorais, e mais nos próprios materiais de suporte dessa propaganda, sobretudo pins stickers, nas suas diversas variantes, a exposição pretendia constituir uma oportunidade de divulgação destes materiais ao público português, um olhar alargado sobre o vasto mundo das campanhas políticas da grande experiência democrática americana. A exposição depois de Lisboa, esteve no Porto (Mira Forum) e em Torres Vedras (Biblioteca Municipal).

Nas eleições de 2020, muito do pano de fundo eleitoral parece semelhante, mas não é. É comum em todas as eleições os candidatos dizerem que são as mais importantes de todas, mas em 2020 essa afirmação tem todo o sentido. A identidade dos EUA, desde a “base” ao topo, as suas políticas de emigração, económicas, de raça e classe, de cultura e “guerras culturais”, política externa e papel dos EUA no mundo, tudo está em mudança, e uma vitória de um ou outro candidato é particularmente significativa para os termos dessa mudança. Desta vez, os preliminares das primárias foram importantes no Partido Democrático, povoadas de candidatos como há muito não se via, e solitárias no Partido Republicano onde Trump ocupou o palco todo. Embora haja significativas diferenças de políticas, seguindo linhas de fracturas tradicionais, o peso da personalidade de Trump e o culto que lhe dedica a sua “base”, só tem como contraponto mais do que Biden, uma atitude de resistência contra Trump, numa reacção de mobilização “never Trump”, também sem precedentes no século XXI. O contexto da pandemia do Coronavirus exacerbou todo este contexto, eventualmente alterou as probabilidades eleitorais (como é suposto acontecer com os factos históricos de grande densidade), mas na verdade já quase tudo vinha de antes. O objectivo desta exposição é, usando os fundos do ARQUIVO EPHEMERA, permitir um contacto de maior proximidade com este momento político nos EUA.

José Pacheco Pereira|Catálogo da exposição

Obtenha aqui o Catálogo da Exposição.

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Conferência

Grande Auditório, piso 1, Ed. II, Iscte

Sessão de abertura, 10:00 – 10:30

Maria de Lurdes Rodrigues (Reitora do Iscte)

André Freire e Luís Nuno Rodrigues (Iscte)

José Pacheco Pereira (Associação Ephemera)

Abertura e visita guiada à exposição “A propaganda nas eleições presidenciais dos EUA“, 10:30– 11:00

José Pacheco Pereira (Associação Ephemera)

Painel I - História e instituições americanas, 11:00-12:30

José Gomes André (Universidade de Lisboa), “O sistema eleitoral e os partidos norte-americanos”

Mónica Dias (Instituto de Estudos Políticos, Universidade Católica), “Ciclos e Saltos Políticos da Democracia Americana”

Bruno Cardoso Reis (CEI-Iscte), “As aventuras e desventuras de uma constituição de 1787 no século XXI”

Painel II – A Política Externa dos EUA, 14:00 – 16:00

Luís Nuno Rodrigues (CEI-Iscte), “A Política Externa de Trump”

Ana Isabel Xavier (Universidade Autónoma de Lisboa e Iscte), “As relações transatlânticas”

Cátia Miriam Costa (CEI-Iscte), “Estados Unidos e China”

Pausa: 16:00 – 16:30

Painel III – As eleições dos EUA em 2020: combates e desafios, 16:30 – 18:30

Russell J. Dalton, (University of California Irvine), “The American Left and its challenges”

Bart Bonikowski (New York University), “Populism and the presidency of Donald Trump”

Debate moderado por André Freire (CIES-Iscte)

Organização: André Freire (CIES-Iscte) e Luís Nuno Rodrigues (CEI-Iscte)

*Assistência presencial com lugares limitados

Transmissão em direto pelo Youtube do Iscte 

22.10.2020 | por martalanca | 2020, Biden, Eleições presidenciais, EUA, ISCTE, Trump

Conexões FESTin no Porto discute a Amazônia

Hoje, 20 de outubro, a partir das 14h, o FESTin retorna ao Porto na segunda etapa de sua itinerância, em mais uma parceria com o Espaço Cultural Tropical Hub e o Instituto Amigos da Amazônia (iAMA), para a realização de sua actividade de debates, o CONEXÕES FESTin. O seminário “A Amazônia e o Futuro da Humanidade” discutirá temas fundamentais, evidenciando a importância da Amazônia como ativo ambiental, social, econômico e cultural.

Durante a programação será exibida a longa-metragem documentário “Amazônia, O despertar da Florestania”, que tem como um de seus realizadores a actriz brasileira Christiane Torloni, que estará presente na sessão prevista para ter início às 19h30.

Christiane Torloni durante as gravações do documentário “Amazônia, o Despertar da Florestania”Christiane Torloni durante as gravações do documentário “Amazônia, o Despertar da Florestania”

Com a proposta de abordar como o meio ambiente vem sendo tratado desde o início do séc. XX, o documentário, realizado por Christiane Torloni e Miguel Przewodowski, resgata personagens históricos e reúne depoimentos de representantes de diversos segmentos ligados ao tema – indígenas, ambientalistas, jornalistas, artistas e intelectuais, entre outras pessoas que vêm lutando para preservar esse legado. A “Florestania”, palavra que sintetiza os conceitos de cidadania e direitos florestais, é o código genético de nossa identidade.

Programação

14h – Conferência de abertura, com Prof. Virgílio Viana (Superintendente da Fundação Amazônia Sustentável - FAS e Diretor Executivo do Instituto Amigos da Amazônia - iAMA)
16h – Painel: Perspectivas para os fundos patrimoniais relacionados
com cultura e meio ambiente no Brasil, com Ricardo Levisky (Presidente
Legado Levisky)
17h – Painel: Bem Viver e Felicidade na visão dos Índios Baniwas, com
Profª. Alíria Noronha (Conselheira do iAMA)
17h45 – Coffee break
18h15 – Mesa redonda: Amazônia Sustentável | Participantes: Christiane Torloni (actriz e realizadora), Eng. Aurélio Tavares (Energias Renováveis e Sócio Fundador do iAMA), Prof. Jorge Bento (Ex-Reitor da Faculdade de Desportos da Univ. do Porto e Sócio Fundador do iAMA), Prof. Efrem de Aguiar Maranhão (Membro Titular da Academia Brasileira de Educação), Profª. Gisele Lins (Reitora da Univ. Nilton Lins e Sócia Fundadora do iAMA) | Mediador: Alexei Waichenberg (Curador e Diretor Executivo do Tropical Hub)
19h30 – Exibição do filme “Amazônia, o Despertar da Florestania”
21h30 – Coquetel de inauguração DO iAMA

Alguns trechos do seminário poderão ser vistos, ao vivo, no Instagram @tropicalhub.pt. Mas as inscrições para participar presencialmente, gratuitas, ainda podem ser feitas aqui.

O Tropical Hub

FESTin Porto, em setembro, exibiu 5 longas nos jardins do Tropical HubFESTin Porto, em setembro, exibiu 5 longas nos jardins do Tropical Hub

A convite dos organizadores, o FESTin teve a honra de inaugurar a programação do novo espaço cultural do Porto, no mês passado. O Tropical Hub conta com uma galeria de arte e um espaço a céu aberto de música, teatro e cinema, e sediará o Instituto Amigos da Amazônia (iAMA). O espaço fica na Avenida de Montevidéu, 196, Foz do Douro – Porto.

FESTin em Lisboa em dezembro

Após as incertezas do primeiro semestre, que levaram ao seu adiamento em abril. o Festival retorna a Lisboa para a realização de sua 11a edição. No tradicional Cinema São Jorge e em parceria com a Mostra de Cinema da América Latina, reunirá realizadores, produtores, artistas e o público do cinema falado em português.

20.10.2020 | por martalanca | amazônia, amazônia sustentável, Brasil, christiane torloni, festin, índios baniwas

Doutoranda da Universidade de Coimbra vence 3.ª edição do Prémio Internacional de Investigação Histórica «Agostinho Neto»

Cristina Sá Valentim acaba de vencer a 3.ª edição do Prémio Internacional de Investigação Histórica «Agostinho Neto» – Edição 2019-2020, com a obra «Sons do Império, Vozes do cipale. Canções Cokwe, Poder e Trabalho durante o colonialismo tardio na Lunda, Angola». A distinção deste estudo contempla a sua publicação em Angola e no Brasil, a atribuição de um diploma e de um troféu, bem como a quantia de 50 mil dólares.

Cristina Sá ValentimCristina Sá Valentim

No trabalho agora reconhecido, a autora procurou expor as complexidades das relações coloniais de dominação e resistência a partir de práticas que tiveram como denominador comum a música africana e o trabalho forçado no nordeste angolano. Trata-se da tese de doutoramento orientada por Catarina Isabel Martins (CES/FLUC) e Ricardo Roque (ICS-ULisboa), desenvolvida no âmbito do programa doutoral «Pós-Colonialismos e Cidadania Global», ministrado no Centro de Estudos Sociais (CES) e na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Na ata de divulgação do/a vencedor do Prémio, pode ler-se que a obra eleita se carateriza como «um trabalho assaz importante, pluridisciplinar, inovador, que usa fontes diversificadas e cruza as fontes escritas com fontes orais e as fontes musicais e, nesse aspecto, é não só inovador como praticamente único, tratando de um grupo muito significativo na história de Angola, os Cokwe, população marcada pela adesão à novidade, pelo dinamismo e pela capacidade criativa e de mudança».

O objeto de estudo foram as canções coletadas pela «Missão de Recolha de Folclore Musical» (1950-1960) da ex-Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), com particular ênfase nas canções evocativas do cipale (designação local africana para o trabalho forçado ou contratado) gravadas durante a década de 1950 no seio do povo Cokwe. Essas canções, interpretadas por africanos/as, incluindo trabalhadores contratados, foram integradas nos repertórios dos chamados “Grupos Folclóricos Indígenas” organizados pelo Museu do Dundo. Na forma de discos e bobinas em coleções de “Folclore Musical de Angola”, essas canções africanas foram divulgadas a nível nacional e internacional entre África, Europa e América através de exposições, concertos, conferências, estudos musicológicos, programas na rádio e notícias na imprensa e na televisão. A autora sugere que parte dessas canções gravadas, e o processo de folclorização de que foram alvo, serviram tanto propósitos de dominação colonial como responderam a vários interesses das comunidades africanas. Essas canções não só funcionaram como ferramentas complexas de dominação úteis ao projeto colonial português, como também foram instrumentos de expressão cultural autónoma e, até, de crítica ao poder colonial, para os/as africanos/as.

Na elaboração deste trabalho, Cristina Sá Valentim recorreu a uma metodologia interdisciplinar combinando uma interpretação antropológica orientada por pesquisa etnográfica com fontes arquivísticas escritas, visuais e sonoras, e com testemunhos orais de atores angolanos e portugueses.

Promovido de dois em dois anos pela Fundação António Agostinho Neto (FAAN) e o Instituto Afro-brasileiro de Ensino Superior (IABES), representado pela Faculdade Zumbi dos Palmares (FZP), o galardão destina-se a destacar as obras de investigação ― da autoria de investigadores/as angolanos/as, brasileiros/as ou de outras nacionalidades ― escritas sobre Agostinho Neto, Angola, África, Brasil, a Diáspora e Afrodescendentes que contribuam para o melhor conhecimento da história de Angola, do Brasil e de África.

Na edição deste ano do Prémio, o júri foi composto por Isabel de Castro Henriques (Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Aposentada), Vanicléia Silva Santos (Professora Associada da História de África Pré-colonial na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Membro do Comité Científico da UNESCO para o IX volume da História Geral de África e Editora do III Volume), Maria da Conceição Neto – (Professora Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto), Maria Alexandra Miranda Aparício (Diretora-Geral do Arquivo Nacional de Angola), Roquinaldo Amaral Ferreira (Henry Charles Lea Professor de História na Universidade da Pensilvânia, Filadélfia), Thomas Patrick Wilkinson (Investigador integrado do CITCEM de Universidade do Porto), Ivair Augusto Alves dos Santos (Professor na Universidade de Brasília), José Vicente (Presidente do Instituto Afro-brasileiro de Ensino Superior) e Irene Alexandra da Silva Neto (PCA da FAAN).

O Prémio Internacional de Investigação Histórica «Agostinho Neto» foi constituído, em 2014, pela FAAN, em parceria com o IABES, ao qual se juntou a UNESCO em 2016.

 

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Contacto para mais informações:
Cristina Sá Valentim | cristina.valentim@gmail.com // 933.733.561

20.10.2020 | por martalanca | angola, Brasil, Cristina Sá Valentim, Portugal, Prémio Internacional de Investigação Histórica Agostinho Neto

Chamada de artigos e ensaios visuais para a RLC nº 54 (Primavera/Verão 2021) – Mulheres nas descolonizações: modos de ver e saber

Encontra-se aberto até 15 de Janeiro de 2021 o processo de submissão de artigos para a Revista de Comunicação e Linguagens, editada por Maria do Carmo Piçarra (ICNOVA — NOVA FCSH), Ana Cristina Pereira (CES – U. Coimbra) e Inês Beleza Barreiros (investigadora independente), subordinada ao tema “Mulheres nas Descolonizações: modos de ver e saber”.

No âmbito do internacionalismo que suportou as lutas de libertação em todo o mundo, as mulheres usaram a imagem – através da câmara fotográfica ou de filmar – como uma arma. De certo modo, essa prática política, engajada, foi uma resposta ao uso feito pela propaganda política, científica, económica, que sustentou a ordem e ideologia colonialistas.

Nos países de língua portuguesa, entre as mulheres que fotografaram ou fizeram filmes com propósitos políticos, destacaram-se Augusta Conchiglia, Margareth Dickinson, Ingela Romare, Sarah Maldoror e Suzanne Lipinska. Aos materiais filmados – e não apenas por mulheres – foi dado sentido pelas montadoras Jacqueline Meppiel, Cristiana Tullio-Altan ou Josefina Crato, esta última a única mulher dos quatro jovens guineenses enviados por Amílcar Cabral para estudar cinema em Cuba.

De Augusta Conchiglia – Augusta Conchiglia com Iki Carrera, junho de 1968, Este de AngolaDe Augusta Conchiglia – Augusta Conchiglia com Iki Carrera, junho de 1968, Este de Angola

Margarida Cardoso, Pocas Pascoal, Maria João Ganga, Isabel Noronha, com as suas ficções cinematográficas; Kamy Lara, Ana Tica, Diana Andringa e Catarina Laranjeiro, através de obras documentais; Eurídice Kala, Vanessa Fernandes, Filipa César, Mónica de Miranda, Ângela Ferreira, Luciana Fina, Jota Mombaça e Grada Kilomba com os projectos, instalações, performances e criações na área das artes visuais dão hoje contributos determinantes para reflectir sobre as memórias e vivências (pós-)coloniais, modos de descolonizar o arquivo e de re-imaginar o colonialismo português e a luta contra o mesmo.

Mulheres combatentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAICG). Foto, Le Nouvel Afrique -Asie, Paris Mulheres combatentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAICG). Foto, Le Nouvel Afrique -Asie, Paris

Nesta edição especial pretendemos reunir contributos para reavaliar a imaginação, pelas mulheres, do colonialismo nos países de língua portuguesa, já que raramente se incluem as suas contribuições no processo de descolonização ou o ponto de vista das mulheres envolvidas nos movimentos anticoloniais ou mesmo o das mulheres que faziam parte da estrutura da autoridade colonial. Nenhuma história da descolonização ou das praxes descolonizadoras está completa sem as mulheres. Acolhemos, nesse sentido, abordagens históricas, teóricas e também propostas artísticas, sob a forma de ensaios visuais, para analisar criticamente:

Como é que as mulheres olharam as lutas de libertação nas ex-colónias portuguesas? Como é que os seus olhares foram integrados ou não na imaginação do colonialismo? Houve um olhar específico das mulheres sobre a libertação do colonialismo português? Que saber e consciência temos de/sobre esses olhares? E como é que esses olhares se cruzam com os das realizadoras, artistas, curadoras e académicas que hoje questionam os arquivos, públicos e privados, interrogam e recriam visualmente as suas memórias e re-imaginam o colonialismo? Que acção é que a investigação académica, as políticas de conservação de arquivos, os gestos de programação e curadoria podem ter no questionamento ou, pelo contrário, no prolongamento das “políticas (oficiais) da memória”?

Os contributos podem abordar, entre outros, os seguintes tópicos:

– Mulheres nos movimentos de libertação nacional;
–  Modos coloniais de ver e saber de artistas e cientistas (passado e presente);
– Políticas sexuais e geografias da intimidade dos impérios (Stoler);
– Feminismo, nacionalismos e descolonização;
– Raça, género e sexualidade (sexualidade como instrumento de poder);
– Direitos do Homem, Direitos das mulheres;
– Exotização e emancipação dos corpos “colonizados” de mulheres;
– Mulheres realizadoras de cinema militante/cinema político;
– Re-imaginação do colonialismo e práticas artísticas;
– Modos de “descolonizar” o arquivo e a re(a)presentação do(s) corpo feminino(s) colonizado(s);
– Teorias e métodos anti-coloniais e decoloniais produzidos por mulheres.

Os artigos podem ser escritos em inglês, francês, espanhol ou português e serão submetidos a revisão cega por pares. A formatação deve ser feita em conformidade com as diretrizes de submissão da revista e a submissão feita através da plataforma OJS até 15 de Janeiro de 2021.

Para consultas, entre em contacto com as editoras Maria do Carmo Piçarra (carmoramos@gmail.com), Ana Cristina Pereira (kitty.furtado@gmail.com) e Inês Beleza Barreiros (barreiros.ines@gmail.com).

Directrizes para submissão e instruções para autores:

http://www.fcsh.unl.pt/rcl/index.php/rcl/about/submissions#onlineSubmissions

Formato dos ensaios visuais:

Até 12 páginas. O ensaio poderá ser inteiramente visual ou combinar imagem e texto; o elemento visual do ensaio deve ser parte integrante do argumento ou das ideias expressas e não servir como exemplo ou ilustração dos mesmos. A submissão deve incluir um texto introdutório (150-300 palavras) que ajude a compreender o ensaio e a sua pertinência no âmbito do tema. Deve ser dada particular atenção à paginação das imagens/textos, pelo que o ensaio deve ser acompanhado de um ficheiro PDF com paginação sugerida para 17×24,5cm e resolução de 300ppi.

(informação útil: https://catoolkit.herts.ac.uk/toolkit/the-visual-essay/)

 

19.10.2020 | por martalanca | chamada de artigos e ensaios visuais, feminismo, lutas de libertação, revista de comunicação e linguagens