Exposição Desvairar 22 I São Paulo

Exposição Desvairar 22 I São Paulo Esse jogo entre imaginação e história, que é a regra, se acirra quando o que está em questão é uma circunstância como a Semana de Arte Moderna de 1922, concebida por seus organizadores, desde o início, como parte dos festejos do centenário da Independência do Brasil, isto é, ela mesma já, em alguma medida, uma comemoração e, portanto, um exercício de imaginação histórica. A fábula básica era, então, de que, se 1822 representou a independência política, 1922 realizaria a independência cultural.

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26.08.2022 | por Marta Mestre, Veronica Stigger e Eduardo Sterzi

Opaco | ɔˈpaku, fotografias de Lubanzadyo Mpemba Bula

Opaco | ɔˈpaku, fotografias de Lubanzadyo Mpemba Bula As doze performances pensadas para a câmara fotográfica habitam a tensão entre duas dimensões de representação - a cidade como espaço e o mundo como corpo - uma vez que a cidade é-nos apresentada pelo seu betão anónimo e o mundo é tido como a experiência acumulada e materializada do indivíduo através do seu corpo.

Cidade

15.12.2020 | por Raquel Lima

Exposição Meta-Arquivo: 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura

Exposição Meta-Arquivo: 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura Reflexão acerca da documentação pública arquivada pelo Estado Brasileiro: como ler esses arquivos? Como construir memória a partir deles? Como aprender coletivamente sobre a história do país e de seu povo, a partir de sua análise? Como preservar esses acervos e, como consequência, a memória dos processos civilizatórios que alicerçam a sociedade atual?

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03.11.2019 | por vários

Manifesto do pau-brasil

Manifesto do pau-brasil A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança. Toda a história bandeirante e a história comercial do Brasil. O lado doutor, o lado citações, o lado autores conhecidos. Comovente. Rui Barbosa: uma cartola na Senegâmbia. Tudo revertendo em riqueza. A riqueza dos bailes e das frases feitas. Negras de jockey. Odaliscas no Catumbi. Falar difícil. O lado doutor. Fatalidade do primeiro branco aportado e dominando politicamente as selvas selvagens. O bacharel. Não podemos deixar de ser doutos. Doutores. País de dores anônimas, de doutores anônimos. O Império foi assim. Eruditamos tudo. Esquecemos o gavião de penacho.

Mukanda

31.10.2018 | por Oswald de Andrade

quando quebra queima, coletivA ocupação: explosão, levante político-artístico e revolução do cotidiano

 quando quebra queima, coletivA ocupação: explosão, levante político-artístico e revolução do cotidiano peça construída por estudantes que viveram o processo de ocupações e manifestações do movimento secundarista em 2015 e 2016. Frutos da primavera secundarista, 14 corpos insurgentes deslocam para a cena a experiência dentro das escolas ocupadas, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu intensamente o cotidiano dentro do movimento. Ocupando o tempo presente, a ColetivA provoca de maneira pulsante o universo que compõe esse movimento que transformou o corpo e vida de todos que participaram.

Palcos

13.05.2018 | por Jean Tible

Sobre algumas ruínas, uns lamentam, outros dançam: algumas impressões sobre a presença portuguesa na 20ª edição do Videobrasil

Sobre algumas ruínas, uns lamentam, outros dançam: algumas impressões sobre a presença portuguesa na 20ª edição do Videobrasil Olhando para o passado, essa melancolia tropical e sensual, encoberta por folhas de palmeiras, e registrada com luz estourada por sob um sol de rachar, talvez não estivesse consciente do fracasso que viria a seguir, quando mais uma vez voltaríamos a ser o país que poderia ter sido o do futuro. É no contexto dessa derrota que o Videobrasil chega a sua 20º edição. Mas no lugar de expandir e tensionar nosso entendimento do Sul hoje, a escolha pela melancolia parece encampar e reafirmar um consenso hegemônico dentro de uma epistemologia que se quis e se quer desterritorializante, vasta e dinâmica.

Afroscreen

28.02.2018 | por Patrícia Mourão

OCUPAÇÃO: uma carta de São Paulo

OCUPAÇÃO: uma carta de São Paulo Um espetro secundarista percorre o movimento social (...) A ocupação da Funarte não se reduz à polarização Fora Temer – Volta Dilma. Desde os primeiros momentos crescem várias ocupações dentro da ocupação. A do GAPP, a partir de uma evidência inicial: a branquitude maioritária da assembleia e a invisibilidade da periferia. (...) Uma “guerra dos lugares” está em curso. (...) Chegou o tempo de ocupar tudo. De plantar mata atlântica, de despoluir o Tietê, o Pinheiros, o Tamanduateí. De virar negra e negra da terra. Negro e negrex. Enfim, de quebrar as estátuas dos bandeirantes e queimar a Casa Grande.

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03.06.2016 | por Manuel Bivar e Miguel Carmo