“Europa Oxalá”, tales of Europe

“Europa Oxalá”, tales of Europe Ao visitarmos a mostra coletiva Europa Oxalá ficamos, precisamente, com uma ideia mais vívida e premente sobre o poder criativo, as questões, preposições e desafios da contemporaneidade europeia. A noção de Europa afigura-se tanto mais coincidente com a sua realidade, como com os desejos e memórias diversas que a compõem. Na sala expositiva da Fundação Calouste Gulbenkian, percorremos as 60 obras em linguagens como pintura, desenho, escultura, filme, fotografia e instalação, de artistas cujos nomes não são uma mera lista mas fonte de conhecimento sobre identidades, descolonização, xenofobia, racismo, processos migratórios de pessoas, mundos e arte.

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27.12.2022 | por Marta Lança

Acha que minto? - exposição de Jimmie Durham

Acha que minto? - exposição de Jimmie Durham Jimmie Durham traz à superfície a verdade da obra de arte, provavelmente um dos temas mais relevantes num mundo que esquece permanentemente a natureza ficcional da arte – o que não implica que não inscreva, na sua materialidade e no caráter representacional, uma intrínseca verdade paradoxal. A fragilidade e aparente vernacularidade das obras que integram a exposição joga, portanto, com a fina linha entre a produção do real e a recolha de objetos do mundo, num palimpsesto de sentidos que gera uma tensão entre o que nos é dado e o que construímos.

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02.12.2019 | por Delfim Sardo

O avesso dos arquivos dos outros

O avesso dos arquivos dos outros Onde se encontram o comum e o estranho? Como combinar a perspectiva sócio-histórica da memória com a experiência singular e individual? É possível retomar fatos da história e, ao mesmo tempo, recusar a monumentalização do passado? Em Museu do estrangeiro, o artista Ícaro Lira interpela a narrativa histórica brasileira, em específico o debate sobre os fluxos migratórios no país, envolvendo uma multiplicidade de sujeitos, espaços e tempos em sua montagem poética de materiais coletados.

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13.03.2018 | por Eduarda Kuhnert

The Current Situation (2015)

The Current Situation (2015) A situação atual diz-nos de que forma devemos criar empatia com as imagens do mundo. Ou como as imagens do mundo são elas próprias empatia, compreensão. Um sistema económico abstrato que copia o caos natural de forma obsessiva. Distribuição, ou relação. Ato de transposição e de conflito eterno e permanente.

Mukanda

27.04.2015 | por Pedro Barateiro

Um Museu no Bom Retiro

Um Museu no Bom Retiro “Museu do Estrangeiro” de Ícaro Lira, projeto que, à semelhança de grande parte dos seus trabalhos, combina formas de conhecimento temporalmente distintas e politicamente contraditórias, tem a potência remissiva da enciclopédia e a deriva da montagem surrealista, um work in progress que articula ao longo do tempo vários tipos de agenciamentos de pessoas, objetos, e afetos.

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24.04.2015 | por Marta Mestre

Entrer dans la mine, Ângela Ferreira, Bienal de Lubumbashi

Entrer dans la mine, Ângela Ferreira, Bienal de Lubumbashi A escultura, por sua vez, evoca o construtivismo russo, nomeadamente o projeto nunca concretizado de Vladimir Tatlin para o monumento à Terceira Internacional, a associação internacional de partidos comunistas nacionais, fundada em 1919 na União Soviética. Ferreira “converte” o monumento de Tatlin numa escultura que “cita” explicitamente a sua característica mais distinta, a inclinação de 23,4º, que é uma referência à inclinação do eixo da Terra e simboliza o universalismo de todos os objetivos utópicos por alcançar.

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09.10.2013 | por autor desconhecido

Fetiche de pregos - Nkisi-nkonde

Fetiche de pregos - Nkisi-nkonde O tema nkisi, aplica-se a diferentes categorias de objectos que se inscrevem num sistema global de representações, exprimindo as relações entre os humanos e o sobrenatural e os homens entre si.

Palcos

15.03.2012 | por Eglantina Monteiro

A Beleza da Arquitectura Elusiva –exposição de António Ole “Na pele da cidade”

A Beleza da Arquitectura Elusiva –exposição de António Ole “Na pele da cidade” A exposição "Na pele da cidade", de António Ole, fala sobre espaço. É a sua cidade natal Luanda, mas poderia ser sobre qualquer outra cidade, um local onde ele parou, numa das suas muitas viagens, para absorver as suas particularidades; para absorvê-las e permitir que se entranhem na sua própria pele.

Cara a cara

26.11.2010 | por Nadine Siegert

A desmedida de Kiluanji Kia Henda - da Trienal de Guangzu à Experimenta Design: dois projectos

A desmedida de Kiluanji Kia Henda - da Trienal de Guangzu à Experimenta Design: dois projectos Kiluanji Kia Henda tem vindo a expor internacionalmente – de Guangzhou à Cidade do Cabo, de Nairobi a Veneza - o que desvincula o seu trabalho de uma legitimação que passaria exclusivamente pelas capitais da arte contemporânea do Ocidente. Outro dos traços singulares do seu percurso é que até agora, a apresentação do seu trabalho não tem passado pela legitimação no “pequeno” mundo da “ex-metrópole”, Lisboa. Enquanto artista de nacionalidade angolana, e portanto, de um país hoje independente, o seu art world’s tem estado alheio a um conjunto de políticas culturais que têm a língua portuguesa como ligação, e que insistem em mostrar a arte e respectivos artistas em circuito fechado, itinerando pelas ex-colónias e a ex-metrópole.

Cara a cara

23.05.2010 | por Marta Mestre