África tem um lugar especial na consciência ocidental. Muitos académicos defendem que o olhar europeu, de superioridade, sobre África, não mudou significativamente nos últimos tempos. O que em África sempre fascinou grande parte dos ocidentais é a diferença, a todos os níveis. Diferença nos costumes, por exemplo. Como se África tivesse a sua ordem própria, nos antípodas da que muitos ocidentais prescreveriam como normal ou certa, e que só faz sentido neste continente. Esta ideia está muito presente, por exemplo, em Coração das Trevas, de Joseph Conrad, um tratado sobre a queda de um homem civilizado, Marlow, que cede às leis da selva, e que se torna um facínora nas florestas do Congo.
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26.11.2012 | por António Tomás
Por um lado Kapuschinsky é um jornalista 'em campo', um jornalista 'no terreno' e, por isso ou apesar disso, o seu legado é também o de um olhar europeu a descrever um continente a arruinar-se no final do século passado. Mas uma frase como «Acima de tudo salta à vista a luminosidade. Luz por toda a parte. Claridade por toda a parte. Sol por toda a parte», com que inicia a sua obra Ébano, é um modo único de afirmar África.
Vou lá visitar
21.11.2012 | por António Pinto Ribeiro
Deste modo, longe de estarmos perante continuidades coloniais característicos das ex-colónias europeias - ou o que o peruano Anibal Quijano (1992) apelidou de colonialidade do poder e do saber, assiste-se a um colonialismo israelita que, ao contrário do que se apregoa, não se fundamenta na defesa e segurança do Estado perante os vizinhos e «inimigos» árabes ou no alargamento do seu território, mas no domínio regional de um recurso natural ainda mais precioso do que o petróleo e que poderá alimentar a emergência de novos regimes coloniais no século XXI: a Água.
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20.11.2012 | por Odair Bartolomeu Varela
O cronista a que se chama Gato Preto/ Nascido em Ilhéus, no centro do gueto/ Pele escura, olhos vermelhos, cabelos crespos/ Antepassado africano, descendente negro/ Pane extremamente, salve do gueto/ Todos descendentes do mesmo povo preto.
(Altino Gato Preto – Baiha que Gil e Caetano não cantaram)
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08.06.2012 | por Luca Fazzini
(No acto de proclamação da independência do Congo, não foi dada a palavra a Patrice Lumumba. Mas ele levantou-se e falou, dirigindo-se ao seu povo, não tratando o rei da Bélgica por «majestade» mas por «Sire»)
Mukanda
26.05.2012 | por Patrice Émery Lumumba
PARABENS BUALA !!!!!
Cara a cara
25.05.2012 | por Marta Lança
O Festival Babel Med Music de Marselha que, durante três dias, de 24 a 31 de março, ofereceu trinta concertos de músicas do mundo a 15 mil espetadores aproximadamente, mais uma vez pôs em destaque África e o mundo afrocaribenho, com cerca de metade dos artistas e dos grupos do programa. Homenagem às estrelas consagradas como Mory Kanté (Guiné) e Bonga (Angola), esta 8ª edição permitiu ainda a descoberta de uma plêiade de talentos emergentes, vindos de norte a sul do continente e das ilhas. Marselha confirma, mais uma vez, a sua vocação de porta de África...musical!
Palcos
11.05.2012 | por Nadia Khouri-Dagher
Aterramos em Dakar às 2h30 da manhã. Olhando do avião para a península de Cabo Verde, o mapa que tão bem tinha estudado nos últimos meses, ganha vida. Sei exactamente onde fica o nosso hotel. Saio do avião e olho à minha volta procurando identificar o primeiro elemento que provará que estou em África. Nada de especial, a não ser o nome do aeroporto: Léopold Sedar Senghor, primeiro presidente do Senegal, o presidente-poeta.
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26.01.2012 | por Maria Vlachou
O que se conhece ou se imagina, em 2011, sobre a arte e os artistas de Moçambique? Quantos coleccionadores, curadores ou investigadores se interessam pela arte e pelos artistas deste país da África Austral? O que reflecte o trabalho dos seus artistas? Que artistas são conhecidos? Quantos artistas de Moçambique ambicionam mostrar o seu trabalho fora de Moçambique?
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11.01.2012 | por Alda Costa
O que se conhece ou se imagina, em 2011, sobre a arte e os artistas de Moçambique? Quantos coleccionadores, curadores ou investigadores se interessam pela arte e pelos artistas deste país da África Austral? O que reflecte o trabalho dos seus artistas? Que artistas são conhecidos? Quantos artistas de Moçambique ambicionam mostrar o seu trabalho fora de Moçambique?
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11.01.2012 | por Alda Costa
A sangrenta experiência colonial em África consolidada durante a Conferência de Berlim (1884-1885) é retratada de forma corrosiva nas pinturas da série “Breve História Colonial em África”, do artista plástico Tchalê Figueira, que objetiva não deixar que esse triste passado seja revisto de forma branda ou rasurado da História.
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06.01.2012 | por Ricardo Riso
A face contemporânea de um continente vista por alguns dos seus melhores fotógrafos do momento.
Vou lá visitar
05.01.2012 | por Celso Martins
Deveria ser elaborada uma política linguística abrangente e articulada, de modo a fazer da diversidade nesse domínio uma mais-valia efectiva, o que pressupõe superar conceitos subjectivos, emocionais e equivocados, assim como eliminar os factores que apenas dificultam a desejada e necessária cooperação entre as línguas africanas e a língua portuguesa, como a dupla grafia.
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25.11.2011 | por João Melo
Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Afroscreen
21.11.2011 | por Paulo Nuno Vicente
Há uma literatura que tem abordado a África e tudo o que pode se atribuir a ela: a diversidade, a multiculturalidade, as etnias, as tradições milenares, as artes, a culinária, os rituais... Mas para falar da África não podemos esquecer que falamos de um continente antigo, com extensões gigantescas, de tradições culturais variadas, de muitos países, povos, línguas, dialetos, tribos, religiões.
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17.09.2011 | por Letra Falante
A emergência alimentar que afecta mais de 10 milhões de pessoas no Corno de África voltou a colocar na actualidade a fatalidade de uma catástrofe que não tem nada de natural. Secas, inundações, conflitos bélicos… contribuem para agudizar uma situação de extrema vulnerabilidade alimentar, mas não são os únicos factores que a explicam.
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16.09.2011 | por Esther Vivas
As cidades africanas são inviáveis. Se antes o chamado continente negro nunca deixaria de ser rural, hoje em dia África vive a mais grave das crises urbanas. Na era da urbanização acelerada, as suas cidades crescem incontrolavelmente. Desordenadas e anárquicas, explodem, excedem-se e falham permanentemente.
Cidade
14.09.2011 | por Ricardo Cardoso
É um artigo de 2009 mas vale a pena ler para se perceber melhor o que se seguiu. A primeira década do milénio acabava e a maioria dos Estados africanos cumpria meio século de existência: duas boas razões para fazer a revisão do «Estado das Nações» e do (in)cumprimento dos objectivos enunciados pelos «pais fundadores» e reiterados pelas Nações Unidas na viragem do século. Mas a crise económica mundial que começou nos Estados Unidos em 2007, quando o Gana comemorava com grande pompa os 50 anos da sua independência, atingiu em cheio o continente africano e a turvou o horizonte.
A ler
09.08.2011 | por Nicole Guardiola
Use sempre as palavras "África':"escuridão" ou "safari" no título. Os subtítulos podem incluir termos como "Zanzibar", "massai", "zulu","zambezi","Congo, "Nilo,"grande, "céu", "sombra" "tambor" "sol" ou "antigo".
Mukanda
15.07.2011 | por Binyavanga Wainaina
Do mesmo modo pode falar-se de uma grande família de culturas africanas que merece a designação de civilização negro-africana e que cobre as diferentes culturas próprias a cada um dos países da África. E sabe-se que as transformações históricas fizeram com que o campo dessa civilização, a área dessa civilização, exceda em muito a África; e é nesse sentido que se pode dizer que há no Brasil ou nas Antilhas, tal como no Haiti e nas Antilhas Francesas ou mesmo nos Estados Unidos, se não focos, pelo menos franjas, dessa civilização negro-americana.
Mukanda
04.06.2011 | por Aimé Césaire