Música do Dia: Eternia e Moss - 32 Bars

 

Atenção a essa senhora, ela ainda não é tão conhecida no meio, como por exemplo Bahamadia ou Jean Grae, mas com certeza ela tem conquistado o seu espaço dentro do hip-hop mundial e com o lançamento do seu primeiro álbum (depois de duas mixtapes) em parceria com o produtor Moss, a sorte está lançada. At Last é um álbum típico de Mc+ Produtor e a parceria deu certo.

29.06.2010 | por keitamayanda

olha a Marrabenta!

Stewart Sukuma Xitchuketa Marrabenta

28.06.2010 | por martalanca

Vender a CPLP por um barril de petróleo?

Na próxima cimeira da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) a realizar a 23 de Julho em Luanda vai ser discutida a entrada da Guiné Equatorial naquela organização internacional. A Guiné Equatorial, para quem não saiba, é uma das ditaduras mais ferozes do mundo. Tem como líder Teodoro Obiang Nguema, que nas últimas eleições em Setembro de 2009 ganhou com 95,8% dos votos válidos. Não, isto não significa que este líder é muito popular - antes quer dizer que a fraude eleitoral é maciça. Na Guiné Equatorial, nunca houve uma eleição livre, e o Presidente Obiang é o ditador que há mais anos se mantém no poder naquela região do mundo. Dos 100 membros do Parlamento, 99 pertencem ao partido do Presidente que controla todos os recursos do país.

continue a ler a coluna de Marina Costa Lobo aqui.

28.06.2010 | por martalanca | CPLP

Marcelino Sambé ganha a Medalha em Jackson, Mississipi

Aos 16 anos, feitos no Dia Mundial da Dança - em 29 de Abril de 2010 - data em que participou, no Teatro Camões, numa gala internacional ao lado de bailarinos de elevado gabarito, Marcelino Sambé ganha a Medalha de Ouro (na categoria junior) da conhecida International Ballet Competion, realizada em Jackson, Mississippi, nos EUA.

Além de medalha e certificado, Marcelino arrecadou um prémio pecuniário no valor de 3000 dólares (2429 euros).

O jovem bailarino que este ano - em Fevereiro - concorrera ao Prix de Lausanne, na Suíça, e não passara ao grupo de laureados, tem conquistado vários prémios internacionais. No ano passado classificou-se em primeiro lugar no Youth American Grand Prix (em Nova Iorque) o que lhe valeu uma bolsa de estudo para a escola do American Ballet Theatre. Porém, ao que tudo indica, deverá entrar para a escola de bailado do Ballet Real de Inglaterra, em Londres, no próximo ano lectivo.

As provas do concurso foram constituídas por quatro coreografias de dança clássica e duas de contemporânea, da autoria da sua professora, a coreógrafa Catarina Moreira que também recebeu um prémio pela melhor coreografia, sobre músicas de vários autores, entre eles Alfredo Marceneiro (ver lista abaixo).

Catarina Moreira é professora da Escola de Dança do Conservatório e recebeu um troféu e um prémio pecuniário no valor de 2300 dólares (2023 euros).

O jovem bailarino nasceu em Lisboa, filho de pai guineense - já falecido - e mãe portuguesa, começou a dançar aos quatro anos em Paço de Arcos, onde vivia com a família tendo, posteriormente, ingressado na Escola de Dança do Conservatório Nacional.

 

ver aqui

28.06.2010 | por martalanca | bailarino

Música do Dia: Richard Bona - Muntula Moto (The Benediction of a Long Life)

 

Este senhor é o melhor cantor de África, na minha nada humilde opinião, essa música do dia vai dedicada à selecção ghanense. Desde tenra idade que Bona se exprime atravez da música, primeiro com instrumentos fabricados pelo próprio e depois já adulto a paixão pelo baixo ao descobrir Jaco Pastorious, Bona é um virtuoso do baixo e um cantor e compositor estupendo, recomendo ir vê-lo ao vivo, é um deleite para os sentidos.

28.06.2010 | por keitamayanda

ROSTOV - LUANDA

ABDERRAHMANE SISSAKO, MAURITÂNIA
1997, 59’
O realizador mauritano Abderrahmane Sissako (n.1961) regista, neste filme, a sua viagem por uma Angola que a guerra dilacerou, supostamente à procura de um velho amigo, mas, na verdade, tentando recuperar a esperança que ele próprio criara por África. Sissako conta que a independência de Angola, em 1975, representou, para si, um novo recomeço de África. Nos anos 80, como tantos jovens africanos, partiu para a União Soviética, atrás de formação técnica e política, e lá conheceu um angolano, Baribanga, cuja confiança no futuro do seu país encarnava a esperança que Sissako depositava em todo o continente. Mas os anos de guerra civil que se seguiram, entre facções angolanas apoiadas cada uma pela sua superpotência, além das outras catástrofes que se abateram sobre África, arrasaram o optimismo da geração de Sissako. “Rostov-Luanda”é pois uma expressiva resposta à desilusão que encontramos em muitos fi lmes africanos recentes, como “Afrique, je te plumerai”, “Udju Azul di Yonta” e “Tableau Ferraille”. “Rostov-Luanda” é também um fi lme construído em torno da ausência. A inapreensibilidade do seu tema, manifesto num tropo pós-moderno, recentra a nossa atenção no cineasta e
na sua resposta – ou falta dela – ao meio envolvente, ao impremeditado.
Assim, em “Rostov-Luanda”, o ’tema’ desliza continuamente da procura de Baribanga para o encontro de Sissako, com a realidade angolana dos anos 90.

eng version

Mauritanian director Abderrahmane Sissako (b. 1961) records his journey across war-torn Angola to fi nd an old friend but really to recapture his own hopes for Africa. He explains that Angolan independence in 1974 represented to him a new beginning for Africa. Like so many young Africans, he went to the Soviet Union in the 1980s for political and technical training and met an Angolan, Baribanga, whose confi dence in his country’s future embodied Sissako’s own hopes for the continent. But the intervening years of civil war between Angolan factions each backed by a superpower and all the other catastrophes plaguing Africa have devastated the optimism of Sissako’s generation. Rostov Luanda is thus a signifi cant response to the disillusionment found in many recent African fi lms, including Afrique, je te plumerai, Udju Azul di Yonta and Tableau Ferraille. Rostov Luanda is also a film built around an absence. The elusiveness of its ostensible subject in a familiar postmodern trope turns attention back on the fi lmmaker and his response – or lack of response – to his immediate surroundings, to the unpremeditated… Thus in Rostov Luanda the ‘subject’ continually drifts from the search for Baribanga to Sissoko’s encounter with the reality of Angola in the nineties. Rostov Luanda is a travel fi lm and was premièred at Documenta X in Kassel, in 1997.

 

9 JULHO / JULY 22:00

Próximo Futuro, Gulbenkian

28.06.2010 | por martalanca | Abderrahmane Sissako

Todos somos migrantes

Tu que passas e te esqueces de que todos nós aqui estamos de passagem, tu que segues em frente sem te virar para trás porque essa é a ordem que te gritam, tu, meu conterrâneo, meu contemporâneo, deves ser, podes decerto ser, filho, pai, neto, avô, vizinho, amigo, de um, dois, dez ou mais migrantes. És descendente ou progenitor, serás porventura antepassado, de alguém que, ao olhar o monte, ao olhar o oceano, quis, quer e quererá ir ver do outro lado. A terra portuguesa que pisas sempre foi terra de partidas. E de partidas dolorosas. Porque o pão-nosso de cada dia, implorado em rezas, conquistado pelo suor do rosto, aqui amiúde escasseou, aqui tem sido mal repartido. Porque fomos ilha orgulhosamente só e submissa, governada por tiranos de toda a sorte. Porque fomos desgovernados com o nosso cobarde consentimento.
Tu que passas ao lado desse outro grito que te haveria de varar de cimo abaixo, pára agora uns instantes para pensar. Como pode um português – seja ele mísero, remediado ou abastado – ignorar o destino dos que aqui chegam em busca de porto de abrigo, em busca de trabalho sem olhar ao esforço e aos maus-tratos, em busca de um lugar à sombra enquanto o sol não nasce para todos?
Os marroquinos que as autoridades portuguesas expulsaram pela calada da noite, depois de lhes terem arrancado cinicamente o perigoso segredo da sua travessia clandestina, são uma parte de ti, uma parte da tua história. E não me venhas com histórias de que não tens história, de que a história são os outros que a escrevem, de que já não há história e de que vivemos agora na eterna capitalização do nosso pequenino contentamento.
O teu coração ficou fechado naquele camião frigorífico que, atravessando a tarde ardente de Castela, transportava um transmontano para os rigores da cidade luz? O teu coração ficou enterrado no caixão de pinho dum soldado analfabeto com terra nas botas que foi matar «turras» para uma angola-é-nossa e nem percebeu de que lado chovia a fúria das balas?
Mostra que não tenho razão. Mexe o rabinho (todos temos um), mexe as perninhas (não as da marioneta, as tuas), mexe os cordelinhos (se gozas do privilégio de ter nas mãos algum fio da meada). Mexe-te para mostrar que não estás de acordo com a maneira chocante como um bando de tristes executantes aplicam os ditames de uma Europa colada a cuspo e que por isso escarra desprezo e ódio naqueles que, mãos vazias, bolsos rotos e coração aos saltos, à sua porta se apresentam.

Regina Guimarães, em Jogos Sem Fronteiras, 2008

27.06.2010 | por martalanca | fronteira, migrações

an ordinary owner of a Luanda shebeen going on about her trade

If only the rest of the world could just get to see how crazy Angolans can be! Angolan television, with its obsession with Brazilian soap operas and soccer, is on the whole is boring. However, sometimes you get the odd program, such as this one, which reflect the highly fascinating Angolan reality. In Angola, at least in Luanda, most drunks and alcoholics do not make do with Western beer and beverages; they drink local brews which are sold by highly organised women. These are women who rarely get a chance to talk about their trade on television. After all, the only Angolan women often seen and heard in public are beauty contestants. Yet here were have an ordinary owner of a Luanda shebeen going on about her trade… (from Sousa Jamba FB)

27.06.2010 | por martalanca | Luanda

¿Qué es esto de 'África subsahariana'?

Herbert Ekwe-EkwePara la prensa occidental (CNN, BBC, International Herald Tribune, Reuters, Associated Press, Fox News, Yahoo! News, etcétera, etcétera), el cincuenta aniversario de la independencia de Ghana, en el 2007, provocó de nuevo la cada vez mayor absurdidad que rodea el trato que dedican estas agencias a los fundamentos de la geografía política para describir África.

El tan ritualizado epíteto “África subsahariana”, tan equívoco, por no decir falto de sentido, fue la opción de todos estos medios en su descripción del aniversario de Ghana. Es su esquema de clasificación, salvo los cinco estados de mayoría árabe del norte (Marruecos, Argelia, Túnez, Libia y Egipto) y Sudán, el resto del continente lo han etiquetado como “subsahariano”.

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27.06.2010 | por martalanca | África subsahariana

"Fleuve Congo" - Exposição no Museu do Quai Branly

27.06.2010 | por martamestre | Arte Negra, Congo, Museu Quai Branly

A indústria do cinema descobre Moçambique

Afrol News

 

La industria cinematográfica parece haber descubierto el potencial de Mozambique. ‘Margarida’ y ‘A república di mininus’ son los dos nuevos largometrajes que acaban de comenzar estos días sus rodajes en Mozambique. Ambas son coproducciones entre Mozambique, Portugal y Francia.
‘Margarida’ es una película de Licinio de Azevedo, escritor y realizador de origen brasileño y residente en Mozambique desde 1977, con la producción de las Ebano Multimedia (Mozambique), Ukbar Films (Portugal) y Liaison Cinématographique (Francia).
“Margarida es una película sobre el destino”, adelanta Azevedo, que escogió la capital de Mozambique, Maputo, y el distrito de Sussundenga para el rodaje de la película. “Necesitaba un denso bosque y un río donde la gente pudiese tomarse un baño”, dijo Azebedo en declaraciones al semanal independiente mozambiqueño ‘Savana’. La película es de realización mozambiqueña, producida por Peter Pepper, en coproducción con Ukbar Filmes y Liaison Cinématographique.
“Mozambique, 1975. Después de 500 años de colonización portuguesa, los mozambiqueños izan su bandera por primera vez. Es un momento de gran emoción, grandes expectativas, pero también una mirada hacia su futuro próximo. Los cambios de política no son sólo cosméticos. Es necesario transmitir a la gente que vivía en las zonas ocupadas por las potencias coloniales una nueva manera de ver la vida, un nuevo enfoque político sobre el país, lo que inevitablemente significa un cambio radical en los hábitos y comportamientos, aceptar una forma de relación entre Mozambique y el mundo”, explica Licinio Azevedo.
Entre las obras de LÍcinio de Azevedo, destacan ‘La Guerra del Agua’, (Mozambique, 1996), ‘Desobediencia’ (Mozambique, 2002), ‘El Gran Bazar’ (Mozambique, 2005). Además de haber obtenido numerosos premios internacionales, es el fundador de la productora mozambiqueña Ebano Multimedia.
Por su parte, el largometraje ‘A república di mininus’, del director Flora Gomes, de Guinea Bissau, está producida por Filmes do Tejo (Portugal) y Les films de l’ Aprés Midi (Francia), en colaboración con Ebano Multimédia (Mozambique).
“Como cineasta, me siento como si estuviera en un columpio que se balancea por África. A veces, cuando recorro toda su amplitud de un extremo a otro, agitado por los acontecimientos, mi punto de vista sobre este continente se vuelve irónico, escéptico, y quiero huir. ¿Pero a dónde?”, fueron las palabras de Flora Gomes, que eligió Mozambique para realizar su último trabajo, ‘A república di mininus’.
‘A república di mininus’ es una historia que no pretendo que parezca plausible. Es una historia que suscita a la reflexión y a la risa, concluye Gomes en declaraciones a ‘Savana’.
Flora Gomes, nacido en Cadique, Guinea Bissau, en 1949, es pionero del cinde de Guinea Bissau y uno de las más representativos cineastas africanos. Es conocido por su modo original de trazar retratos africanos recurriendo al mito y a la historia actual, en una fusión de elementos con delicada carga poética y fuerte sentido universal.
Gomes comenzó su filmografía con el documental ’ O Regresso de Cabral’ (1976), al que le siguieron obras como ’ A Reconstrução’ (1977), ‘Mortu Nega’ (1987), ‘Os Olhos Azuis de Yonta’ (1992), ‘A máscara’ (1994), ‘Nha Fala’ (2002), y ‘As duas faces da Guerra’ (2007), entre otras obras.
El rodaje de estos dos proyectos en Mozambique de desarrollará entre los meses de abril y junio, representando un momento para reflexionar sobre el potencial de crecimiento que Mozambique puede alcanzar como espacio privilegiado para la realización de grandes producciones cinematográficas que generan, no sólo notoriedad, sino que contribuyen también al aumento de puestos de trabajo, desarrollo profesional y crecimiento económico.
© afrol News

26.06.2010 | por martalanca | Cinema Moçambicano, Flora Gomes, Licínio de Azevedo, Moçambique

IV encontro internacional de história de Angola

Luanda, 28 de Setembro a 1 de Outubro de 2010
Tema Geral: Memória e História: A Construção das Identidades

Painel 3:
O Atlântico e as novas identidades

Comunicação:
“Escravos angolanos no Paraguai: uma trágica residualidade identitária”

Resumo:
Resultado da impetuosa política de ocupação e colonização de territórios no Novo Mundo, empreendida pela Coroa espanhola, os conquistadores ocuparam, a meados do século XVI, o Alto Rio de la Plata. E tendo em conta os constrangimentos de fomento dessas terras, introduziu-se, aí, directamente através o rio prateado ou pelo incontrolável Mato Grosso brasileiro, uma mão-de-obra de origem melano-africana, principalmente, congo, ngola, mundongo e banguela.
A escolha desta proveniência foi facilitada pela expansão e consolidação da Colónia de Angola e a sua gémea, rio – platense, a do Sacramento, mas igualmente, pela reunificação das Coroas ibéricas, entre 1580 e 1640.
Inseridas numa sociedade dominada, demograficamente, pelos guaranis, e politicamente pelos castelhanos, os “cambas” e pardos serão, invariavelmente, minoritários, aí; oscilando, até à primeira metade do século XIX, entre 15 a 20 por cento.
Vítimas, por excelência, de surtos epidémicos da segunda metade do século XIX, e carne para canhão de vários conflitos regionais, sobretudo da desastrosa Guerra contra a Triple Aliança, entre 1864 e 1870, e activos participantes na multi-direccional mestiçagem ocorrida no país, que viu, por outro lado, parar a importação de nigers com a abolição do tráfico transatlântico de peças de Índias, os melanodermes “amparos” ou escravizados passarão de 10por cento, no início do século XX, a 3,5 por cento, cinquenta anos depois.
Nesta evolução histórica, particularmente pesada, os bailarinos da zemba ou da curimba, e tocadores da marimba guerilla ou da marimba galopa deixaram marcas linguísticas e antropológicas, de origem bantu, francamente marginais na cultura nacional deste país da América do sul.
Envolvidos numa irreversível dinâmica de interacções civilizacionais, os instrumentistas da “gamba” apresentam, hoje, uma nova estampilhagem identitária, dominada pela cultura castelhana e as influentes expressões guarani.

Por Simão SOUINDOULA I Vice-Presidente Comité Cientifico Internacional 

Projecto da UNESCO “A Rota do Escravo”
Luanda

25.06.2010 | por martalanca | escravos, Simão SOUINDOULA

Paulo Flores no Elinga

25.06.2010 | por martalanca | Paulo Flores

Catita Dias expõe na Galeria Teia D'Arte - São Tomé

25.06.2010 | por martamestre | Catita Dias, Galeria Teia D'Arte, S.Tomé e Príncipe

Música do Dia: Amel Larrieux - Get Up

 

Infinite Possibilities álbum debut da Amel, ex membro do colectivo Groove Theory, pianista, compositora e cantora de mão cheia (ou será que devo dizer boca cheia?) lançou mais 3 discos desde então e continua sendo imprevisível a cada lançamento, esse é o meu preferido, apaixonei-me assim que ouvi pela primeira vez, altamente recomendado, bom pra ouvir se a idéia é relaxe total.

25.06.2010 | por keitamayanda

Batida "Alegria" da Fazuma


Produção: Fazuma 2010
Realização: Pedro Coquenão
Montagem/ Pós Produção : Catarina Limão
Câmara: Manuel Lino
Participação: Catarina Limão como a Vj, Daniela Sanhá como a Dançarina e Dj Mpula, Beat Laden, Toni Moka, Karlon e Francisco Rebelo, ao vivo.
Imagens: Arquivo cedidas pela Cinemateca
Danças: Associação Batoto Yetu com Bernardino, Claudina, Daniela, Maria, e Soraia.

Depois de “Bazuka”, esse novo single celebra a simplicidade e a positividade: “Dança, Alegria, Música”.

O som é um biti de Kuduro, com elementos de Semba, que cruza a Electrónica com Psicadelismo Afro. Xeueh! O vídeo: Usámos imagens de arquivo do Carnaval de Luanda nos anos 70, escolhidas com o dedo, no meio de muitas bobines empoeiradas, e misturadas com imagens actuais de rotinas caseiras, num dia de concerto Batida no Pavilhão do Conhecimento. O “Alegria” foi enrolado em 2009, para ser incluído no álbum “Dance Mwangolé”, apresentado pela imprensa como um dos discos do ano. Público, Time Out, Blitz, entre outros. Esse tema já foi aposta na Rádio Oxigénio e é também aposta da playlist de verão da Antena 3. Fora de Portugal foi apelidado de “Post Kuduro pelo próprio Dj Rupture em Nova Iorque e adjectivado de forma exagerada por Dj´s que promovem as novas tendências da música Afro, um pouco por todo o lado.

Próximo concerto:  Festival Delta dia 4 de Julho.

Dicas
Fazuma é uma bolha de criatividade e comunicação que, relaxadamente, vai conspirando projectos próprios e promovendo outros. Autores do programas e projectos “Música Enrolada” e “Batida” na RDP África e Antena 3, realizadores do premiado ” É Dreda Ser Angolano”, de alguns clipes musicais e mini documentários musicais para a MTV; Fotos para artistas; Produtores, editores e humildes apoiantes de alguns discos e concertos, tudo na área da música negra de raíz, fusão ou urbana.
Batida
é nome do nosso programa que, desde 2007, divulga na Antena 3 e na web, as novas tendências da música urbana de raíz ou inspiração Afro. Ritmos como Kwaito, Kuduro, Funk Carioca, Decalé ou Afro House são misturados e apresentados semanalmente pelo Dj Mpula. Batida também é o nome de muitas das compilações piratas que circulam nas ruas de Luanda. Saem novas todos os dias, directamente do Musseke (gueto) para todos os Kandongueiros, um mambo tipo táxi, que é o meio de transporte público usado pela grande maioria do povo de Luanda. Estas compilações são maioritariamente dedicadas ao Kuduro e à Kizomba e revelam, mais do que a própria rádio, o som que está a bater no momento. As Batidas são um instrumento essencial na promoção de qualquer artista.

Dance Mwangolé é o disco de estreia do projecto Batida e foi um termo usado pelo Sbem, um dos pioneiros essenciais do Kuduro, numa entrevista dada no mambo tipo documentário “É Dreda Ser Angolano”, como descrição para tudo o que seja Techno feito por um Mwangolé (Angolano). Inspirámo-nos nessa expressão para dar nome ao som do Batida.
Dj Mpula
é o mentor do Batida e fundador da Fazuma. “Dance Mwangolé” foi a primeira aventura musical dele, onde teve a participação de vários cúmplices. Desconta nas finanças com o nome de Pedro Coquenão, nasceu no Huambo, em Angola, cresceu na zona de Lisboa, entre Carcavelos e Amadora, regressando a África sempre que tem kumbú para o bilhete. Entre o punk e o hip hop no quarto, entre uma marimba e um baixo na sala, entre a dance music e o rock nas pistas. Profissionalmente cresceu como programador musical, criativo e locutor nas estações de Rádio Marginal e Voxx, entre a música alternativa e a comunicação torcida.

Kuduro é um estilo de música urbana Angolana. O nome foi dado pelo Tony Amado, inspirado num filme que viu do Van Damme. O nome de Kuduro foi usado numa das suas músicas, cuja dança teve tanto êxito que acabou por ser adoptado para classificar tudo o que se fizesse, que fosse dançável e electrónico. Sbem foi um dos animadores/produtores mais importantes no desenvolvimento do estilo. Inicialmente o género resumia-se às danças, mas hoje é uma forma de expressão idêntica ao Rap. Usado tanto no lado de afirmação do Mc, como instrumento de retrato e intervenção social.
Batoto Yetu
é uma associação que promove e cultiva as danças e percussões tradicionais Africanas, com especial atenção a Angola. Existe em Nova Iorque, Luanda e Lisboa, onde tem um social, integrando jovens nas suas actividades. Nos seus espectáculos reproduzem coreografias e ritmos originais, inspirados em danças tradicionais.

25.06.2010 | por martalanca | batida, Carnaval, fazuma, kuduro, música angolana

Artistas Ídasse e Pinto inauguram na Fundação PLMJ, Lisboa

MATXAXULANA | Ídasse 

+

MARRABENTA | Pinto

24 de Junho, 18h30

 

A Fundação PLMJ apresenta as exposições “Matxaxulana” e “Marrabenta”, dos artistas moçambicanos Ídasse e Pinto, a inaugurar no dia 24 de Junho, às 18h30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa.

Estas exposições iniciam o ciclo de acções promovidas pela Fundação PLMJ dedicadas a artistas dos países africanos de língua oficial portuguesa. Exposições patentes até 25 de Setembro, de quarta-feira a sábado, entre as 15H00 e as 19H00.

24.06.2010 | por martamestre | arte contemporânea moçambicana, Ídasse, Pinto

Mónica de Miranda apresenta "Military Road" na INIVA, Londres, 8 de Julho.

Talk: the content and the meaning of the spaces we encounter

With Paul Goodwin and Alex Vasudevan

at INIVA

Paul Goodwin, curator and geographer, and Alex Vasudevan, University of Nottingham, will discuss their current research projects and collaborations.

Paul Goodwin has collaborated with Monica de Miranda on  Military Road, a video tracing the path of a road surrounding Lisbon. The remains of this 45km long road have now been occupied by makeshift homes built by recent immigrants. Thus, the area is considered the city’s ghetto.  Historically the army used the road to protect against English and French invaders - today it still acts as a fortress against ‘invading foreigners’, keeping immigrant populations on the margins.

Developed collaboratively with local communities, Military Road is a reminder of how cities function and continue to function in their engagement with immigrant populations.   The work highlights the impact of globalization in the creation of multi- directional migrations of people, cultures and ideas.  Impacting on geographic and cultural transformations in the spatial organisation of the world and the city, from a place of localities into a space of  fluxus and multiple movements of people.

Military Road was part of the Underconstruction research project developed in Lisbon by Monica de Miranda and curator Paul Godwin in 2009.

Alex Vasudevan is a lecturer in Cultural and Historical Geography in the School  of Geography at the University of Nottingham. He will discuss his current work on a book-length project examining the history of the squatting movement in Germany from the late 1960s to the present.

In the Whose Map is it? exhibition nine contemporary international artists question the underlying structures and hierarchies that inform traditional mapmaking. They provide individual insights that inscribe new, often omitted perspectives onto the map. From 2 June until 24 July 2010.

24.06.2010 | por martamestre | cidade, lisboa, migrações, Monica de Miranda, Paul Goodwin

Música do Dia: Boney James - Better With Time Feat. Bilal

BoneyJames PureBoneyJames Pure

O saxofonista Boney James lançou em 2004 o álbum Pure, com participações vocais de Bilal, Dwele e Debi Nova, um cruzamento entre a soul, o hip hop e o jazz, bastante agradável, Boney trouxe no álbum toda uma atmosfera cool com os seus solos.

23.06.2010 | por keitamayanda

A cozinha da “República dos Meninos” de Flora Gomes

Nas instalações do SAVANA funciona por estes dias o departamento de produção artística do filme “República dos Meninos”, do realizador guineense Flora Gomes. “Esta é a minha cozinha”, diz Tim Pannen, director artístico, referindo-se ao seu departamento, onde dirige uma equipa de cerca de vinte artistas, pintores, carpinteiros e serralheiros.
Como já se viu, não se trata de uma simples carpintaria ou de uma simples serrelharia como se pode pensar à primeira vista, mas sim de um lugar onde a arte, o espírito e a alma também falam mais alto. Os jornalistas do SAVANA têm é que se contentar com o barulho dos martelos e das rebarbadeiras, mas por pouco tempo. Só enquanto estiver a ser rodado o filme.
A primeira pessoa a ver o guião escrito pelo realizador Flora Gomes é o director artístico – é a ele que cabe o papel de conceber o cenário da “República dos Meninos”. “É como ter uma receita e ainda não ter o prato. É desta cozinha que irá sair o prato. E eu sou o chefe de cozinha”, elucida o produtor alemão.
Tim Pannen contou-nos que somente conheceu Flora Gomes depois de ser contactado para fazer a produção artística do filme dele. Estiveram lado a lado durante a viagem para Moçambique, com o Flora a desconfiar dele, pois não conhecia o seu trabalho, sobretudo porque ele é um alemão com o papel de conceber um cenário africano. As filmagens já vão a meio.
O produtor artistico já tinha lido o guião e depois de alguns dias de trabalho, estava a África da “República dos Meninos” a ser aos poucos concebida. Ele, que exerce a sua actividade como free lancer, trabalha em seu departamento com 20 colaboradores, entre os quais uma boa parte deles são moçambicanos. “Gostei de Maputo”, diz, referindo-se ao facto de ter encontrado os melhores lugares para criar os cenários do filme.  Longa-metragem “República dos Meninos” é o título de uma longa-metragem cujas filmagens decorrem em Maputo há sensivelmente três meses, numa iniciativa que conta com a participação de profissionais do cinema vindos de Hollywood, Estados Unidos da América. O conteúdo do filme procura espelhar a nova geração em África, onde as crianças participantes são tidas como indivíduos que poderão salvar o actual rosto do continente.
Trata-se de um filme de ficção, uma história em que o autor fala das crianças no continente africano. “São crianças que poderão mudar a cara de África, é uma nova geração que tem ideias e são uma grande esperança para o continente”, segundo Flora Gomes.
O realizador disse que Maputo reúne todas as condições necessárias para a rodagem de grandes produções cinematógraficas. Esta é a quinta longa-metragem do realizador, sendo que a primeira tem como título “Morto Nega” que fala sobre a libertação da Guiné-Bissau, a segunda com o título “Os Olhos Desde Ontem”, a terceira com o título “Pó de Sangue” e a quarta com o título “Nha Fala, Minha Voz”, uma comédia musical com a participação da banda do conceituado músico, Mano Dibango. Os três primeiros filmes do cineasta mereceram destaques no festival de Cannes em França.
Depois de Moçambique, Flora Gomes estará em Portugal onde pretende fazer os arranjos da sua quinta longa-metragem que deve estar concluída até final do ano.

Escrito por Armando Nenane no SAVANA

23.06.2010 | por martalanca | Flora Gomes