Dia 7 de maio, Todos a Marvila!

A Lisbonweek arranca este sábado com passeios culturais, exposições, arte urbana, performances, obras site-specific, Tuc tuc’s por Marvila, Meet the Artists, DJ’Sunset, e muitas surpresas!

Viver e (re)descobrir os encantos da Marvila antiga e contemporânea é a proposta deste ano da Lisbonweek. A 7ª edição começa com o Open Day - “Todos a Marvila!” - um dia aberto ao público com muitas atividades gratuitas para conhecer a história e o património de Marvila, e promover o contacto com as artes e o talento que caracterizam este bairro.

O ponto de encontro será no Prata Riverside Village onde se concentram diversas atividades artísticas. Aqui vai poder visitar a retrospetiva “10 anos da Lisbonweek” com os melhores momentos de todas as edições, duas instalações site-specific dos artistas residentes da Lisbonweek (Maura Grimaldi e Catarina Lopes Vicente), e o circuito de arte pública criado pela Galeria Underdogs em parceria com a VIC Properties, em que os tapumes que circundam os edifícios em construção do Prata Riverside Village se transformam em grandes telas pelas mãos dos artistas Maria Imaginário, Jorge Charrua e Guga Liuzzi.

No pátio exterior do Prata Riverside Village e junto ao rio, assista às duas performances dos artistas residentes José Cereceda e Inês Neves. Ainda no Prata, vai poder encontrar dois novos “Estúpidos” – o projeto de instalação do artista Robert Panda - duas esculturas que a Lisbonweek e o Prata Riverside Village doaram à freguesia de Marvila. Os “Estúpidos” são figuras antropomórficas estilizadas, com uma conotação marcadamente amigável – o “estúpido” sentado convida a pessoa a sentar-se junto dele e a observar o rio, o “estúpido” de pé contempla a bela Lisboa. Aproveite ainda para descer até ao parque de estacionamento desta nova vila urbana e visitar a exposição “Brilha Rio” que mostra alguns dos melhores letreiros comerciais de Lisboa, e ali ao lado estará também a acontecer o Mercado P’LA Arte, um projeto de exposição e venda de obras de artistas.

Parta depois à descoberta de Marvila num dos vários TucTuc’s disponíveis que farão viajar pelas ruas e locais emblemáticos do bairro. O Palácio da Mitra vai estar aberto ao público, de forma gratuita, entre as 15h e as 16h45. A entrada será feita por grupos de 25 pessoas, a cada meia hora, e para garantir o seu lugar, basta inscrever-se através do email: contact@lisbonweek.com.

Vai poder conhecer as restantes obras site-specific dos artistas residentes Virgílio Pinto e Leonor Sousa, na Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, e as propostas das galerias de arte parceiras, como a Underdogs e a Francisco Fino, onde pode contactar com os artistas e curadores das exposições. Haverá ainda a rota drink & tapas Lisbonweek pelo bairro, com menus a 5€, que passará por locais como o Nãm - Fábrica de Cogumelos, a Fábrica de Cerveja Lince, o Bar das Colunas, e muitas outras surpresas! A festa termina na Rua Capitão Leitão ao som da DJ Adria Ming, para celebrar Marvila até ao pôr do sol.

Toda a programação disponível em www.lisbonweek.com

04.05.2022 | por Alícia Gaspar | arte, cultura, Lisbonweek, Marvila, openday, palácio da mitra

A Resistência continua - O colonialismo português, as lutas de libertação e os intelectuais italianos

De Vincenzo Russo publicado pelas Edições Afrontamento no âmbito da coleção Memoirs é lançado em Lisboa, no dia 5 de maio de 2022, na Biblioteca de Alcântara, pelas 18h00. A apresentação está a cargo de José Pedro Castanheira.

Biblioteca de Alcântara, R. José Dias Coelho 27-29, 1300-327, Lisboa

No dia 20 de Maio de 2022, o livro será apresentado em Coimbra por Margarida Calafate Ribeiro e Miguel Cardina, no Centro de Estudos Sociais, sala piso 3, pelas 15h00.

Centro de Estudos Sociais, Colégio da Graça, Rua da Sofia 136-138, Coimbra.

Sinopse:

Lembrem-se que a Resistência não terminou de forma alguma com a derrota do fascismo. Continuou e continua contra tudo o que sobrevive daquela mentalidade, daqueles métodos; contra qualquer sistema que dá a poucos o poder de decidir por todos. Continua na luta dos povos submetidos ao colonialismo, ao imperialismo, pela sua independência efetiva. Continua na luta contra o racismo. Em suma: enquanto houver exploradores e explorados, opressores e oprimidos, quem tem muito e quem morre de fome, haverá sempre que escolher de que lado estar. Foi com essas palavras que Giovanni Pirelli, o intelectual antifascista e anticolonialista, traçava uma continuidade entre a experiência da Resistenza italiana ao nazifascismo e as lutas de libertação do Terceiro Mundo.

Com este livro ( 2022, Edições Afrontamento | Memoirs) pretendíamos refletir sobre a euforia da solidariedade e do conhecimento de uma constelação de intelectuais italianos por um Terceiro Mundo em luta: contaríamos os sucessos, o impulso ideal e ideológico, os limites (cognoscitivos e de meios), e a sua consumação no prazo de uma geração. Teríamos, porém, acabado por mostrar apenas o reflexo de um objeto que é central na nossa pesquisa: as lutas de libertação africanas contra o colonialismo português. Para escrever uma “história cultural” que pudesse contribuir para a compreensão de aspetos marginais e esquecidos da história da cultura portuguesa, da história dos países africanos independentes e das culturas dos povos (como o italiano) solidários com os colonizados, recorremos à dimensão contrapontística (de que fala E.W. Said), na qual a resistência ao Império, a última resistência anticolonial (África) ao último Império europeu (Portugal) do séc. XX é analisada, não dualisticamente, mas no interior de um quadro mais amplo (a solidariedade internacionalista) e de um seu – como tentámos mostrar – laboratório privilegiado, Itália.

Sobre Vincenzo Russo:

Professor associado de Literatura Portuguesa e Brasileira e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade de Milão, onde coordena a Cátedra António Lobo Antunes [Instituto Camões]. Entre os seus volumes mais recentes: com R. Vecchi, A teoria gentil: o projeto e as práticas críticas de Ettore Finazzi-Agrò (2020); com R. Vecchi, La Letteratura Portoghese. I testi e le idee (2017). Em português, publicou também: A suspeita do Avesso. Barroco e neobarroco na poesia portuguesa contemporânea (2008). É tradutor de autores portugueses (Bocage, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Eduardo Lourenço, António Ramos Rosa), brasileiros e africanos. De 2014 a 2021, foi Secretário Geral e Tesoureiro da Associação Internacional de Lusitanistas (AIL).

A Resistência continua - O colonialismo português, as lutas de libertação e os intelectuais italianos foi publicado no âmbito da Cátedra António Lobo Antunes (Instituto Camões/Universidade de Milão)

5 de Maio| 18h00| Biblioteca de Alcântara| Lisboa

20 de Maio| 15h00| CES| Coimbra

 

 

03.05.2022 | por arimildesoares | A resistência continua, biblioteca de alcântara, Colégio da Graça, Vincentino Russo

"Cidades Invisíveis" de António Sá-Dantas, 2 maio a 27 junho

Azulejo por Sílvia Sá-DantasAzulejo por Sílvia Sá-Dantas

“Cidades Invisíveis é um teatro sonoro radiofónico criado por António Sá-Dantas com base no livro com o mesmo título de Italo Calvino. em 9 episódios, narrado por um variado e único elenco, fará uma viagem através de cidades, espaços e vidas imaginadas, ouvindo a música destes locais, baseada em sons do dia-a-dia. Ancorados nas figuras de marco polo e o imperador Kublai Kahn do século 15, estas histórias falam de experiências sempre atuais, explorando de modo lúdico toda a variedade de vidas e vivências humanas”.

Transmissão por radio e online, todas as segundas-feiras, às 19h00, a partir de 2 de maio, até ao final de junho.

Ficha Artística e Técnica

Concepção, direção artística e composição musical: António Sá-Dantas.

Narração (por ordem de aparição): Luísa Cruz, Fernando Luís, Cleo Diára, Francisco

Arraiol, Venâncio Calisto, Nádia Yracema, Juelce Beija Flor, Clara Andermatt, Igor Regalla, Isabel Zuaa, Mariana Pacheco de Medeiros. 

Canto: Lara Martins e António Sá-Dantas, 

Violino: Inês Delgado e António Sá-Dantas

Trompa: Danae Eggen

Baixo Acústico: Vincenzo Di Francesco

Guitarra portuguesa: Hugo Vasco Reis

Gravação de voz: Leonor Matos e Jorge Medeiros

Edição de voz e som: António Sá-Dantas e Vincenzo Di Francesco

Mistura e Apoio Técnico: Vincenzo Di Francesco

Adaptado do livro” As Cidades Invisíveis” por Italo Calvino

Mais informações.

02.05.2022 | por Alícia Gaspar | antónio sá-dantas, cidades invisíveis, italo calvino, rádio, teatro sonoro

2ª Noite Fidju-Fema: 14 de maio na Casa Independente

A 2ª noite de FIDJU-FEMA será já a 14 de maio, às 22h, na Casa Independente.


Abriremos as hostes com o rap de Synik & Beat Collectors que, no deslocamento Lisboa- Zimbabwe, nos fazem uma tour pela “diaspora blues” e “fraturas expostas” do mundo contemporâneo.  O voo continua com África no horizonte, desta vez com Prétu, um projeto em que a dimensão política e a maestria lírica e sónica a que Xullaji nos habituou se funde com outras linguagens e vozes, criando uma paisagem de outros possíveis para o séc. XXI. LadyG Brown, fecha a porta, mas sem antes nos bombardear com a sua selecção eclética de clássicos da música negro-africana.

Ouvir boa música e suar na pista até o corpo se cansar, encontrar amigues e contribuir para que o mundo possa quiçá ser um lugar um pouco diferente são os objetivos das noites FIDJU-FEMA. E porque a cultura e a música não são mercadoria, as receitas dos espetáculos revertem a favor da luta contra o racismo em Portugal. FIDJU-FEMA significa filha em crioulo cabo-verdiano, expressão máxima de uma política emancipatória do cuidado, no feminino. Com esse propósito, uma programação mensal vibrante – do hip-hop, ao funaná, do reggae, ao afrohouse – e num dos espaços mais trendy da cidade – a Casa Independente –, FIDJU-FEMA promete arrasar as noites de Lisboa.

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02.05.2022 | por Alícia Gaspar | Africa, casa independente, fidju-fema, música