TATIANA MACEDO | AFRI-COLA

inauguração Opening Qua Wed 17/04 2019 17h-20h   17/04 - 01/06 2019

Tatiana Macedo trabalha com filme, vídeo, fotografia e som, nas suas formas expandidas, numa abordagem interdisciplinar que penetra profundamente em contextos específicos, documentando, ficcionando e discursivamente transformando-os, através da edição e da montagem, de forma crítica, sensível e ensaística.
Em exposição individual pela segunda vez na galeria, a artista, de ascendência Portuguesa e Angolana, apresenta um conjunto de obras em que retrabalha um álbum fotográfico privado pertencente à sua tia Isabel (Bela). Mas ao contrário de um álbum amador, estes são retratos de Bela, tirados por um amigo - um fotógrafo profissional Angolano - em Luanda, nos anos de 1973 e 1974.

Na instalação, que transforma a presença das imagens numa experiência escultórica, Tatiana Macedo retrabalha digitalizações das imagens do álbum, já gastas pelo tempo, e a partir delas imprime, ela mesma, em várias escalas e depois de minuciosamente apagar todas as marcas de deterioração das impressões originais. Sem qualquer tipo de nostalgia ‘apaga’ o intervalo temporal entre a captura da imagem e a sua impressão, como que continuando o trabalho do seu autor, falecido pouco tempo depois, em 1975.

Apresentado pela primeira vez em 2016 em Berlim e sob o título Bela, este sempre foi, para a artista, um corpo de trabalho que ‘pensa’ com a migração dos elementos que o constituem, sendo fundamental este seu segundo momento de apresentação em Lisboa. Em Berlim, a artista juntou à instalação fotográfica um elemento da cultura material de consumo alemã – a Afri-Cola – uma bebida criada e registada em Colónia em 1931, que teve o seu boom comercial no pós-Guerra.

Os elementos aparentemente díspares que compõe este projecto, migram nas suas múltiplas direções contextuais, históricas e culturais, entre Angola, Portugal e Alemanha.

15.04.2019 | por martalanca | fotografia, Tatina Macedo

PADRÃO CRIOULO - POR FRANCISCO VIDAL

EXPOSIÇÃO I ESPAÇO ESPELHO D’ÁGUA 13 ABRIL - 25 MAIO

A exposição individual de Francisco Vidal - Padrão Crioulo - é um estudo contemporâneo de forma, linha, cor. De origem cabo verdiana e angolana, Francisco Vidal cresceu em Portugal, viveu em Berlim, Nova Iorque e Luanda e, é nessa encruzilhada de raízes culturais, que o seu trabalho ganha vida, forma e cor, através do desenho, a escultura e a instalação, debruçando-se sobre temas que debatem a diáspora africana e a sua herança, no presente e no futuro. É nessa reflexão contemporânea, de tempo e espaço, feita em retratos desenhados por cima de padrões que interpretam a história, que as suas telas revelam traços próprios, através dos quais nos são contadas outras estórias, cunhadas com memórias e simbologias, desvendando narrativas, rostos e padrões que mapeiam uma Lisboa Crioula. Um estudo de ética e estética, que ganha forma através da força e movimento dos seus traços, e que dá voz à sua profusão de cores. São cerca de uma dezena de obras que, em exposição, são desafiadas a dialogar com o seu enquadramento histórico e geográfico, em confronto com o Padrão dos Descobrimentos, num lugar de encontro de culturas, que representa o Espaço Espelho d’Água.

Av. Brasília, s/n - edifício Espelho d’Água, Belém1400-038 Lisboa

932327616 https://www.facebook.com/espacoespelhodagua/

14.04.2019 | por martalanca | Francisco Vidal, pintura

7ª edição do Viagem 24h a África

7ª edição do Viagem 24h a África, um evento/festival que irá decorrer nos próximos dias 7, 8 e 9 de Junho, no Centro de Vivências, Arte e Natureza, na aldeia de ‘Senhora dos Milagres’, em Monção. Organizado por Eva Azevedo e a Associação Popolomondo, o Viagem 24h a África tem como objectivo a realização de vários workshops intensivos de dança e música africanas, convidando músicos e bailarinos com experiência profissional e de diversas nacionalidades (Burkina Faso, Senegal, Benim, Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Espanha e Portugal), para serem os formadores deste encontro. Este evento, no entanto, não se limita à formação de jovens músicos e bailarinos. Em pleno contacto com o contexto natural do Alto Minho o Viagem 24h a África é um momento de encontro e partilha de experiências culturais, proporcionando a todos três dias de convívio, gastronomia africana, debates, espectáculos, apresentações de livros, cinema e arte africana. Este evento tem reunido, ao longo do tempo, parcerias com diversas instituições tais como: Sementinha (Porto)Centro Formação Cultural Contagiarte (Porto)Raíz das Coisas (Porto), ATACA-Movica (Porto), Associação Francesa L´Etincelle,Compagnie Fongnon KouraAssociation Bolo Art ´s(Burkina Faso), Centre de Développement Artistique et Culturel Elijah(Benim), Centro de Vivências, Arte & Natureza (Monção) e Filarmónica Milagrense (Monção). 

14.04.2019 | por martalanca | Viagem 24h a África

NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS: MEMÓRIA, MEDIAÇÃO E IMAGINAÇÃO

10 de Abril 2019 | 18H00 NOVA FCSH | Edifício ID, Sala Multiusos 3
Poderão diferentes histórias ser contadas num mesmo espaço?
Conversa com: Ana Paula Tavares (Poetisa, investigadora no CLEPUL - UL),Diana Andringa  (Jornalista, investigadora, CES - UC), Dulce Cardoso (Escritora), Margarida Calafate Ribeiro (Investigadora do CES - UC; Coordenadora da Cátedra Eduardo Lourenço, Univ. de Roma), Yara Monteiro (Escritora) Moderação: Maria Agusta Babo (Professora da FCSH, Investigadora no ICNOVA).
A emergência de uma pós-memória colonial e a inerente reabertura de arquivos é uma dimensão dos processos pós-coloniais da Europa, ocorrendo a par da emergência de novas narrativas, nomeadamente interculturais e afrodescendentes. Estes aspetos, de grande relevância para a reconstituição do tecido socio-cultural, revelam a complexidade do pós-colonial e as suas co-existências: o aprofundamento da consciência histórica do colonialismo, o questionamento das mitologias nacionais e a necessidade de uma re-imaginação da identidade coletiva. A narrativa torna-se por isso um campo de batalha e de cerzimento - um lugar de reconto, de contra-narrativas e de sonhos por inventar. Poderão diferentes histórias ser contadas num mesmo espaço? Qual o papel da literatrua e dos relatos na mediação das várias dimensões da pós-colonialidade?

01.04.2019 | por martalanca | NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

AFROEUROPEANS: OPEN CALL/RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Esta Residência Artística é organizada pelo projeto de investigação “À margem do cinema português: estudo sobre o cinema afrodescendente produzido em Portugal” e dirige-se a artistas afro-europeus ou afrodescendentes residentes em Portugal.  É coordenada pelos professores Michelle Sales (UFRJ/CEIS20), Sérgio Dias Branco (UC/CEIS20/LIPA) e Fernando Matos Oliveira (UC/CEIS20/TAGV)

O programa visa proporcionar espaço criativo e de diálogo para artistas afro-europeus a fim de catalisar novos trabalhos, projetos em comum e formação de novas redes de trabalho e colaboração. A residência irá selecionar até cinco artistas afro-europeus residentes em Portugal, que estejam a trabalhar há pelo menos dois anos consecutivos, para apresentação pública de portfolio e finalização de trabalho. Esta residência interessa-se pelo aprofundamento de questões políticas e identitárias que dizem respeito aos modos de pensar, sentir e existir afro-europeus em contextos urbanos violentos, pós-industriais e pós-coloniais em crise.

Esta iniciativa decorre entre os dias 21 de junho e 4 de julho de 2019 na cidade de Coimbra e conta com os apoios do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (Ceis20) da Universidade de Coimbra, do Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas (LIPA) da Universidade de Coimbra, do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

A residência prevê a apresentação de um trabalho em sessão pública conjunta no TAGV, em Coimbra. O programa visa promover encontros e troca de experiências que permitam trabalhar e desenvolver temas, tais como: o desenvolvimento de projetos de criação; a captação de recursos; as dinâmicas decoloniais nas artes performativas, na performance e na história do cinema português. 

  1. Palavras-chave: território; espaço; cartografia; geografia; sociedade; identidade; céu; appropriação; construção; forma; essência; percepção; registro; memória; cultura; tradição; isolamento; ancestralidade; magia, potencial.
  1. Quem pode concorrer: Qualquer artista que esteja a trabalhar há, pelo menos, dois anos seguidos.
  1. Área de atuação: Artes Visuais/ Cinema;  Artes performativas
  2. JúriMichelle Sales, curadora (UFRJ/CEIS20) Carlos Antunes, curador (CAPC/ Coimbra) Pedro Pousada, artista visual e professor (CAUC/CES) Sérgio Dias Branco, professor (FLUC/CEIS20) Fernando Matos Oliveira, professor (FLUC/CEIS20) 
  1. Residência irá disponibilizar: Cachê: 500,00 €; Um viagem ida e volta pela Companhia CP Comboios; Alojamento; O LIPA e TAGV irão oferecer suporte para a produção artística de acordo com os recursos humanos e equipamentos disponíveis; Espaço de trabalho individual: a ser definido;
  1. Inscrições: Todas as inscrições terão que ser submetidas online;

Deadline: Todas as inscrições devem ser submetidas até 00:00 local time (UTC - 01:00) do dia25 de abril de 2019; Inscrições incompletas não serão consideradas; Para inscrever-se deverá enviar portfolio com até 3 trabalhos, além da descrição do trabalho que pretende realizer ou finalizar através da Residência Afroeuropeans e carta de motivação de até 1000 palavras, além de uma breve biografia e deve ser enviada em arquivo .pdf para afroeuropeus@gmail.com . 

 

 

01.04.2019 | por martalanca | Residência Artística