Hugo Vieira da Silva adapta Conrad para o século XIX angolano

Hugo Vieira da Silva adapta Conrad para o século XIX angolano A compreensão da cosmologia bantú é algo a que os portugueses não podiam aceder. O filme reflecte muito sobre a impossibilidade de tradução das culturas. Diria que a loucura das minhas personagens é gerada pela impossibilidade de compreensão do outro. Esses delírios são também os delírios provocados pela amnésia portuguesa auto-infligida, amnésia da inquisição nos trópicos, da escravatura, da violência sobre o outro.

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10.08.2021 | por Amarílis Borges

A realidade em estado de palavra: notas a partir d’os Papéis do Inglês, de Ruy Duarte de Carvalho, e de fragmentos conradianos

A realidade em estado de palavra: notas a partir d’os Papéis do Inglês, de Ruy Duarte de Carvalho, e de fragmentos conradianos Gostaria de propor que o recurso a duplos parece sugerir que perceber a si envolve fazer-se outro. Ou seja, se ao falar do outro digo de mim, apenas tomo contato com minha própria existência na relação de alteridade e configurando “outros”. Estas seriam, em minha opinião, algumas das proposições que surgem da trilogia: 1) ao dizer do outro, digo de mim; 2) para me conhecer, necessito me dizer ao outro; 3) para me perceber no mundo, preciso tornar-me, também, uma alteridade.

Ruy Duarte de Carvalho

08.10.2019 | por Anita Martins de Moraes

"Posto Avançado do Progresso" - entrevista a Hugo Vieira da Silva

"Posto Avançado do Progresso" - entrevista a Hugo Vieira da Silva Desconstruindo de forma sistemática os relatos de viagem e diários dos exploradores, cientistas ou comerciantes europeus que deambulavam pela África tropical no final século XIX, prova-se que os documentos são muitas vezes idealizados ou imprecisos e que na maior parte do tempo estes europeus estariam num estado permanente de êxtase provocado pela doença, altas dosagens de quinino, álcool, opiáceos e outras drogas.

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14.03.2016 | por António Pinto Ribeiro