Humberto Maturana: “A democracia não é uma forma de governo, é uma forma de convivência e de nos respeitarmos a nós mesmos"

Humberto Maturana: “A democracia não é uma forma de governo, é uma forma de convivência e de nos respeitarmos a nós mesmos" A reflexão de Maturana trouxe-nos, entre outros, o conceito de autopoiésis (usado depois por tantos outros, entre eles G. Deleuze e A. Negri), para falar da autonomia dos sistemas vivos, que desenvolveu com o seu então estudante e colaborador, o neurobiólogo Francisco Varela; de acoplagem estrutural, para nos falar de relações entre sistemas autopoiéticos e o seu “nicho ecológico”. O seu trabalho contribuiu e contribui para quem age no campo da ecologia, da decolonialidade, da educação, da estrutura de organizações, biologia, entre outros. Vejo no reclamar da consciência do lugar da fala de cada um, o que ele dizia com frequência: “falo desde a…”, convidando-nos também a falar e a refletir a partir da legitimidade do lugar que ocupamos; não só a tomar como a ter consciência da nossa posição.

Cara a cara

31.05.2021 | por Liliana Coutinho