"Não são águas passadas", reflete sobre o apagamento histórico da escravidão

"Não são águas passadas", reflete sobre o apagamento histórico da escravidão Mais do que uma denúncia, o filme propõe uma reflexão: de que forma a sociedade atual pode se responsabilizar, se conscientizar e criar ferramentas para que os horrores da escravidão não sejam repetidos sob novas formas de violência. “Sempre fiquei impressionada com o fato de Portugal não assumir a triste responsabilidade que teve durante o que eles chamam de expansões marítimas — e nós, brasileiros, sabemos que se trata de colonização. O comércio de pessoas escravizadas é tratado como tabu, como se fosse apenas um ‘efeito colateral’ dessa expansão. Nem a sociedade nem os manuais escolares reconhecem essa tragédia histórica”, explica Viviane Rodrigues. “Espero que a reflexão passe pelo reconhecimento de que países colonizadores, em especial Portugal, tratem o tema com a devida importância. Que a educação das novas gerações reflita de forma diferente das anteriores e que possíveis reparações históricas sejam feitas.”

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22.09.2025 | por Viviane Rodrigues