Foco Africano – INDIELISBOA 2020: PROGRAMA

25 Agosto a 5 de Setembro 

Competição Internacional

27, Quinta | 21h30 | Capitólio | Cinema ao Ar Livre

29, Sábado | 21h30 | Culturgest 

Baamum Nafi | Nafi’s Father 

Mamadou Dia

Senegal, fic., 2019, 109’

A primeira longa de Mamadou Dia chega-nos duplamente premiada no Festival de Locarno (Leopardo de Ouro Cineastas do Presente e Melhor Primeiro Filme). Rodado na sua cidade natal, Matal no Senegal, esta é a história de dois irmãos, Tierno e Ousmane, que se zangam por causa do casamento dos seus dois filhos. O primeiro quer casar o seu rapaz com a filha do segundo, a bela Nafi. O que está em causa é o alastrar do fundamentalismo numa pequena comunidade.

Nafi’s Father, de Mamadou DiaNafi’s Father, de Mamadou Dia

27, Quinta | 21h30 | Culturgest

1, Terça | 21h30 | Cinema São Jorge

Eyimofe| This is My Desire

Arie Esiri, Chuko Esiri

Nigéria, Estados-Unidos, fic., 2020, 115’

Todos os anos Nollywood, a Hollywood nigeriana, produz cerca de mil filmes. Destes quase nenhuns viajam para fora de África. Caso diferente para a primeira longa metragem dos irmãos gémeos Esiri que, a partir de duas histórias, em certo sentido também elas gémeas, abordam o desejo de sair para o Ocidente. Mofe, um homem que faz reparações numa fábrica e Rosa, empregada de bar e cabeleireira, procuram uma saída da colorida e aprisionante capital, Lagos.

Retrospectiva Ousmane Sembène

25, Terça | 21h30 | Cinemateca

5, Sábado | 19h | Cinemateca

BOROM SARRET

Ousmane Sembène

Senegal, doc., 1963, 20’

É já com quarenta anos e com vários romances publicados que Sembène começa a filmar. Nesta sua segunda curta, considerada por muitos historiadores como um dos primeiros filmes realizado por um negro em África, seguimos um condutor de carroça pelas ruas pobres e desoladas de Dakar.

+

LA NOIRE DE…

Ousmane Sembène

Senegal, França, fic., 1966, 65’

A longa-metragem inaugural de Sembène é tida como o primeiro filme de um realizador da África subsariana a ter atenção internacional. Baseado num conto homónimo do autor, ela acompanha a vinda, de Dakar para a Riviera francesa, de Diouana, uma jovem senegalesa, contratada como babysitter por um cosmopolita casal francês. Este é um trajeto de silenciosa rebelião, na passagem dos sonhos ilusórios por uma vida melhor a uma realidade de exploração.

LA NOIRE DE..., Ousmane SembèneLA NOIRE DE…, Ousmane Sembène

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TAUW

Ousmane Sembène

Senegal, fic., 1970, 24’

Tauw e Ouman são irmãos. Tauw, o mais velho, procura, em vão, um emprego. Ouman, 11 anos, procura, em vão, apoios para o seu líder religioso. Diferentes fases de crescimento, o moderno e o tradicional em confronto, nas ruas de uma Dakar em mudança após a independência.

29, Sábado | 15h30 | Cinemateca

4, Sexta | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

CAMP DE THIAROYE

Ousmane Sembène, Thierno Faty Sow

Senegal, Argélia, Tunísia fic., 1988, 157’

Talvez a grande obra-prima de Ousmane Sembène e o grito mais intenso de condenação das injustiças do colonialismo. No rescaldo da 2ª Guerra Mundial, os soldados senegaleses regressam da Europa e, antes do retorno a casa, são colocados no acampamento militar de Thiaroye. Perante as más condições de acomodação e a redução de pagamento, os soldados revoltam-se e são massacrados às mãos do exército francês. Vencedor do prémio especial do Júri em Veneza.

27, Quinta | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

3, Quinta | 15h30 | Cinemateca 

CEDDO

Ousmane Sembène

Senegal, fic., 1977, 120’

Ceddo é o nome dado aos últimos detentores do espiritualismo africano antes da chegada do islamismo e cristianismo. Numa aldeia senegalesa do séc. XVII, o rei Demba War cede às pressões do líder islâmico e os ceddo raptam a sua filha para prevenir a conversão forçada à nova religião. Este “micro épico”, como foi apelidado, foi à época censurado e conta-se que Sembène distribuía, à saída dos cinemas, panfletos que descreviam as cenas removidas.

CEDDO, Ousmane SembèneCEDDO, Ousmane Sembène

29, Sábado | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

2, Quarta | 15h30 | Cinemateca

EMITAÏ

Ousmane Sembène

Senegal, fic., 1971, 103’

Durante a 2ª Guerra Mundial, as forças colonialistas francesas do governo de Vichy requisitam o bem mais precioso que têm os habitantes da aldeia senegalesa de Efock: o arroz. A minoria étnica dos Diola reorganiza-se para a resistência: enquanto os anciãos rezam a Emitaï, o Deus do trovão, as mulheres, mais pragmáticas, escondem a colheita. Esta história de silenciosa resistência esteve censurada 5 anos após a sua estreia em toda a África francófona.

31, Segunda | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

8, Terça | 19h | Cinemateca

FAAT KINÉ

Ousmane Sembène

Estados Unidos, fic., 2001, 120’

Quase uma década após o seu último filme, Sembène assina o que seria o primeiro volume de uma planeada trilogia sobre o heroísmo quotidiano da mulher africana. Faat Kiné é mãe solteira numa Dakar moderna, plena de contradições e aspirações de mudança. Vive com os seus dois filhos, de dois ex-maridos, tendo de lidar não apenas com a pressão social da sua condição, mas também lutar pelas suas aspirações profissionais num mundo dominado pela condição patriarcal. 

28, Sexta | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

7, Segunda | 15h30 | Cinemateca

GUELWAAR

Ousmane Sembène

França, Alemanha, Senegal, Estados Unidos, fic., 1992, 115’ 

Esta comédia de enganos começa com a morte de Guelwaar (que significa “o nobre”), padre e ativista católico. Quando a família vem reclamar o corpo à morgue apercebe-se que este desapareceu e que foi enterrado por engano num cemitério muçulmano. Sátira a uma África atolada pelos pequenos conflitos, por uma burocracia paralisante e pelos dogmas e crenças religiosas em confronto. A ironia fina e os pequenos detalhes revelam toda a mestria de Sembène.

1, Terça | 15h30 | Cinemateca

5, Sábado | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

MOOLAADÉ

Ousmane Sembène

Senegal, França, Marrocos, Tunísia, Camarões, fic., 2004, 124’ 

O último filme de Sembène e segundo de uma planeada trilogia sobre o heroísmo da mulher africana. Numa pequena vila senegalesa, Collé Ardo, a segunda mulher de um próspero agricultor, prepara o casamento de sua filha. Eis que resolve acolher quatro meninas que procuram refúgio na sua casa para escapar ao ritual de “purificação”, que consiste na sua excisão genital. Tal atitude inicia um conflito que divide irremediavelmente os membros da sua comunidade.

2, Quarta | 19h | Cinemateca

5, Sábado | 15h30 | Cinemateca

NIAYE

Ousmane Sembène

Senegal, fic., 1964, 35’

Inspirado em factos reais, Niaye narra através de um griot - um contador de histórias africano - o caso de uma jovem cuja inesperada gravidez vem escandalizar a comunidade e agitar os valores tradicionais de uma pequena vila senegalesa.

 +

MANDABI

Ousmane Sembène

França, Senegal, fic., 1968, 90’

Um homem senegalês de meia idade, desempregado, vive com as suas duas mulheres e filhos em Dakar. Quando recebe um vale postal vindo do seu filho, trabalhador em Paris, começam os problemas burocráticos para o levantar. Sembène foca-se, pela primeira vez, na corrupção da vida quotidiana do seu país, cumprindo o sonho de fazer um filme todo falado em língua Wolof. O olhar crítico valeu-lhe a censura no Senegal e um prémio internacional da crítica no Festival de Veneza.

2, Quarta | 21h30 | Cinemateca

11, Sexta | 19h | Cinemateca

XALA

Ousmane Sembène

Senegal, fic., 1975, 123’

Nos anos pós-independência, no Senegal mantém-se a influência ocidental. Um ganancioso homem de negócios retira dividendos dessa situação e, como prova do seu sucesso, casa-se com a sua terceira mulher. Mas eis que, ao tentar consumar o casamento, se vê atacado por uma terrível xala, uma maldição que o deixa impotente. Baseada no romance que Sembène escreveu dois anos antes, esta é uma simbólica sátira acerca da impotência social e política do seu país.

Retrospectiva 50 Anos Forum Berlinale

26, Quarta | 15h30 | Cinemateca

3, Quinta | 21h30 | Cinemateca | Cinema ao Ar Livre

ELDRIDGE CLEAVER, BLACK PANTHER

William Klein

França, Argélia, doc., 1970, 75’ 

Após acusação de uma tentativa de assassinato, Eldrige Cleaver, militante do movimento Black Panther Party, exila-se na Argélia. O realizador e fotógrafo William Klein fará aqui o retrato de um homem multifacetado, escutando o seu discurso ativista sobre a revolução, a luta na América, os seus rivais políticos, como Nixon ou Reagan. Mas esta é também uma obra além da ideologia, o retrato de um revolucionário romântico, num exílio lírico e comovente. 

28, Sexta | 15h30 | Cinemateca

SOLEIL Ô 

Med Hondo

França, Mauritânia, fic., 1970, 104’

O realizador e actor da Mauritânia, Med Hondo, espantou o mundo do cinema com este seu filme inicial (vencedor do Leopardo de Ouro em Locarno), rodado durante quatro anos e com um baixo orçamento. Esta é a luta de um emigrante mauritano em Paris, em face das precárias condições de trabalho, remuneração discriminatória, humilhação e indiferença. Um manifesto original, com influências do cinema verité, da montagem eisensteiniana, da sátira e do absurdo.

27, Quinta | 15h30 | Cinemateca

MONANGAMBEE

Sarah Maldoror 

Argélia, fic., 1969, 18’

Sarah Maldoror, cineasta maior da causa da libertação africana, assina aqui o seu primeiro filme. A denúncia da tortura no colonialismo português em Angola, bastando uma palavra com significado desconhecido para dar origem à violência.

+

PHELA-NDABA (END OF THE DIALOGUE)

Members of the Pan Africanist Congress

África do Sul, doc., 1970, 45’

Em 1970, membros do Congresso Pan-Africano formaram um colectivo cinematográfico. Um grupo de sul africanos exilados em Londres utilizou imagens de arquivo e vídeos filmados em segredo no seu país para realizar o que seria um dos primeiros filmes sobre o Apartheid.

Foco Mati Diop

29, Sábado | 21h50 | Cinema São Jorge

ATLANTIQUE

Mati Diop

França, Senegal, Bélgica, fic., 2019, 106’

Trabalhadores de uma obra na capital do Senegal não recebem há meses. Um deles, o jovem Souleiman, decide atravessar o oceano em busca de uma melhor vida. Ada, de 17 anos, apesar de prometida a outro homem, espera o regresso do seu amor. Inspirada na figura de Penélope, mas também em Romeu e Julieta, Atlantique é um conto de espíritos, traumas e crescimento. Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes de 2019. 

ATLANTIQUE, Mati DiopATLANTIQUE, Mati Diop

27, Quinta | 19h15 | Culturgest

MILLE SOLEILS

Mati Diop

França/Senegal, fic., 2013, 45’

Mille Soleils, vencedor do IndieLisboa em 2014, conta o regresso da realizadora ao Senegal, revisitando dois atores do filme Touki Bouki (1971), realizado pelo seu tio, Djibril Diop Mambéty. Memórias reais e liberdades de ficção, o cinema e/é a sua família.

20.08.2020 | por martalanca | cinema africano, Mati Diop, Ousmane Sembène, Sarah Maldoror

Po di Sangui - Ciclo Flora Gomes

No próximo dia 16 de maio, pelas 16h, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa recebe mais um ciclo de cinema africano, desta vez intitulado de Po di Sangui - Ciclo Flora Gomes.

A argumentista Ana de Sousa e Etiandro Costa, representante do movimento Consciência Negra, são os convidados especiais desta sessão.

A entrada é livre.

Para mais informações:

Facebook

11.05.2016 | por claudiar | ciclo cinema, cinema africano, FLUL

África Mostra-se 2013. LISBOA

Mostra de Cinema e Cultura Africana

23, 24, 25 e 26 de Maio e 1 e 2 de Junho de 2013
Com o tema A Influência das Culturas Africanas nas Artes - Diálogos e inspiração,Documentários, Longas e Curtas Metragens, Exposições, Palestras,  Workshop de Dança, Lomográfico e Gastronomia, Teatro, Oficinas de Vídeo Arte, Concertos e Arraial
www.africamostrase.info

 

16.05.2013 | por franciscabagulho | cinema africano

ÁFRICA NO FESTIN [3 > 10 ABR 2013]

FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa está de volta ao Cinema São Jorge, em Lisboa, para a sua quarta edição.

Entre 3 e 10 de abril serão exibidos 77 filmes, entre 24 longas e 53 curtas-metragens (ficção, documentário e animação), provenientes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Entre as novidades desta edição, destaque para uma homenagem ao cinema de Angola e para uma maratona de documentários, no dia 8 de Abril, onde serão exibidos oito filmes, entre longas e curtas-metragens.

alguns lembretes:

QUARTA, 3 DE ABRIL

O GRANDE KILAPY
Angola/ Portugal/Brasil, 2012, 100 minutos, Ficção
Realização: Zezé Gamboa
Com: Lázaro Ramos, Pedro Hossi, João Lagarto, Patrícia Bull, Adriana Rabelo, Sílvia Rizzo, Hermila Guedes, São José Correia

Horário: 3 de abril | 21h30 | Sala Manoel de Oliveira

Sinopse: Joãozinho é um vigarista com uma profunda ética de amizade, bon vivant a todo o custo, é uma pessoa simples e que vive indiferente às contingências de vida numa colónia portuguesa. Por forças das circunstâncias Joãozinho acaba por se tornar uma personagem incómoda e subversiva para o regime colonial português.

NOS TRILHOS CULTURAIS DA ANGOLA CONTEMPORÂNEA
Angola, 2010, 58 minutos, Documentário
Realização: Dias Júnior
Com: Orlando Sergio

Horário: 4 de abril | 22h00 | Sala 3

Sinopse: Produzido no âmbito da série DOCTV-CPLP, que apresentou ao público nove documentários inéditos produzidos nos países da CPLP e em Macau, este documentário traça os trilhos da linha entre o passado, o presente e o futuro de uma linha férrea de importância extrema que atravessa Angola de leste a oeste. Em 50 minutos, o documentário, que levou 16 dias de rodagem e seis meses de produção, centra a sua ação no troço Lobito/Cubal (ambos municípios de Benguela), num percurso de aproximadamente 153 quilómetros.

CULTURAS VIVAS
Angola, 2012, 45 minutos, documentário
Realização: Chico Júnior
Com: Povos hereros

Horário: 5 de abril | 20h00 | Sala 3

Sinopse: Este documentário retrata e valoriza algumas etnias do sul de Angola com destaque para os subgrupos do grupo Hereros, que mesmo com os quinhentos anos de colonização e de imposição religiosa, mantiveram-se firmes na conservação da sua cultura ancestral, a mesma que faz parte do acervo de culturas desta imensa Angola. A sua interação com outros grupos bantus, o confronto permanente durante a transumância e a sobrevivência do gado são também problemas abordados nesta obra.

MANIFESTO DAS IMAGENS EM MOVIMENTO
Moçambique, 2012, 5 minutos, Documentário
Realização: Diana Manhiça
Horário: 6 de abril | 18h00 | Sala 3

Sinopse: Originalmente editado como um manifesto do KUGOMA para a introdução da seção de Arquivos de Imagens em Movimento do festival, em 2012, as imagens filmadas por Diana Manhiça e Ilda Abdala durante a remoção de caixas e películas irrecuperáveis do acervo do INAC (Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema), em Maputo, foram cruzadas com registos do Simpósio do Festival Dockanema de 2010, e excertos de entrevistas do Projecto “Fora de Campo” de Catarina Simão. O contexto é definido por elemento textuais, da Declaração sobre a Conservação e Preservação do património Audiovisual da UNESCO, de 1980.

SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL

BAFATÁ FILME CLUBE
Portugal/Guiné-Bissau, 2011, 77 minutos, Documentário
Realização
: Silas Tiny.

Horário: 8 de abril | 15h30 | Sala 3

Sinopse: Em Bafatá, na Guiné-Bissau, Canjajá Mané, antigo operador de cinema e guarda do clube da cidade, repete os mesmos gestos há cinquenta anos. Mas atualmente o cinema está fechado e não existem espectadores. Dos seus tempos como trabalhador do clube até aos nossos dias, restam apenas recordações. Na cidade, somente as pedras, árvores e o rio resistiram à erosão do tempo. E com eles, algumas pessoas, que ficaram para perpetuar na memória do mundo e dos homens, que ali já viveu gente. São essas pessoas por quem Canjajá procura e espera pacientemente até hoje.

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02.04.2013 | por martalanca | cinema, cinema africano, festin

“Aspectos da Cultura e História Africana”

“Cinema na África: tradição, modernidade e política”


Curso de Extensão: Aspectos da Cultura e História Africana (20 horas)
Sob a coordenação do Prof. Dr. Carlos Subuhana
Período do curso: 06/10/12 à 17/11/12 (somente aos sábados)
Horário: 09h às 13h
Local: Anfiteatro da UNILAB
(Avenida da Liberdade, 03. Centro- Redenção-CE-Brasil)
Curso gratuito e aberto ao público

O objetivo do Curso é construir ações de formação inicial que permitam reconhecer a diversidade e a complexidade das sociedades africanas e desmistificar de vez o olhar negativo sobre a África e os africanos. Durante as aulas, será apresentada uma visão ampla sobre a África, abordando diversos aspectos do continente, como a cultura, a política, a economia, a geografia, desde o período pré-colonial até a atualidade.

A proposta do Curso é oferecer aos seus participantes um panorama da produção africana contemporânea de filmes realizados por cineastas africanos ou de outras nacionalidades que abordem questões prementes do continente; sublinhar a originalidade e vitalidade das formas de expressão artísticas, filosóficas e científicas próprias da África, pouco conhecidas no Brasil; tecer considerações e/ou impressões sobre as práticas de recepção cultural que ocorrem em pequenas mostras dedicadas à temática do “cinema africano” no Brasil; criar espaço de recepção do cinema africano na Unilab; e ainda discutir a importância do uso do audiovisual como material didático no ensino de temáticas africanas.

CARLOS SUBUHANA

De nacionalidade moçambicana, concluiu o curso de graduação em Ciências Sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1997. Obteve o grau de Mestre em Sociologia (com concentração em Antropologia) na mesma instituição em 2001. Seu doutorado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2005. Em 2007 terminou um estágio de pós-doutoramento em Antropologia na Universidade de São Paulo (USP). É Bolsista de Desenvolvimento Científico B (FUNCAP/CNPQ) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); pesquisador da Casa das Áfricas (Instituto Cultural, de Formação e de Estudos sobre Sociedades Africanas) e membro fundador do SSIM – Southern Spaces in Mou vement.


Info | 
http://www.unilab.edu.br/cursos-da-extensao/

04.10.2012 | por herminiobovino | cinema africano, cultura, história de áfrica

Olhares sobre Angola – Ciclo de Cinema

Enquadramento: “Unir pela Cultura - Olhares sobre Angola”.

A Associação Cultural Chá de Caxinde Portugal o Espaço Nimas e a BPO – Boino Pereira de Oliveira & Associados, Sociedade de Advogados, RL, em parceria, apresentam a Mostra de Cinema Angolano “Olhares sobre Angola”. Nos dias 20 e 21 de Junho, com início pelas 21:00, em ambiente informal, a organização propõe no Espaço Nimas uma visita a Angola pelo olhar de alguns dos mais importantes realizadores angolanos, embalada pelas notas quentes de um dos mais destacados rappers angolanos da actualidade.

Durante estes dois dias, o primeiro por convite da organização, e o segundo aberto ao público em geral, serão exibidas curtas-metragens dos realizadores Coreon Dú, Ângelo Torres, Pocas Pascoal e Mário Bastos, antecedidas por uma breve actuação do rapper Megga. A selecção cinematográfica foi elaborada com a consultoria técnica do Produtor/Realizador Jorge António.

Pretende-se com esta iniciativa “unir pela cultura” as comunidades dos dois países que partilham um objectivo e interesse comum – Angola.

Programa
20 de Junho – 4ª Feira (Sessão Privada por Convite)

20h30 – Recepção dos Convidados

21h00 – Boas Vindas e Agradecimentos dos Parceiros/Organização

21h10 – Momento “Megga”

21h20 – Sessão de Cinema:
“Momentos de Glória”, de Coreon Dú
“Amanhã será Diferente”, de Pocas Pascoal
“Kunta”, de Ângelo Torres
“Alambamento”, de Mário Bastos

22h30 – Convívio, Conversa, União.

22 de Junho – 5ª Feira (Sessão Aberta ao Público)

21h00 – Momento Megga

21h10 – Sessão de Cinema:
“Amanhã será Diferente”, de Pocas Pascoal
“Kunta”, de Ângelo Torres
“Alambamento”, de Mário Bastos
“Momentos de Glória”, de Coreon Dú
“Festa de Quintal”, de Coreon Dú

Parceiros/Organização
BPO Advogados
Associação Cultural Chá de Caxinde
Espaço Nimas

Local:
Espaço Nimas - Av. 5 de Outubro, 42B – Lisboa
T: 213 574 362; E: nimas.cinema@gmail.com

Informações adicionais – BPO Advogados, Rua Castilho 44, 7º, Lisboa – T: 213 700 000 (Alexandre Fernandes)

17.06.2012 | por herminiobovino | angola, cinema africano, documentário

'DINA' vence 6º prémio internacional

A curta-metragem ‘DINA’ consolida-se como o filme Moçambicano de ficção com mais prémios internacionais ao vencer a categoria Prix de l’Organisation Internationale de la Francophonie du meilleur court-métrage, Afrique Connexion, no Festival Internacional de Cinema Vues d´Afrique. A 28ª edição deste Festival de filmes de África e das Caraíbas decorreu entre 27 de Abril e 6 de Maio de 2012, em Montreal, no Canadá.
Este é o 6º prémio internacional arrecadado por ‘DINA’, um emocionante filme sobre o impacto da violência doméstica contra a mulher na sociedade e na família. Outros prémios ganhos por ‘DINA’ incluem: Special Jury Prize no Fest’Afilm - Festival Lusófono e Francófono de Montpellier, França; Melhor Curta-Metragem no Internacional Images Film Festival (IIFF), Zimbabué. O filme foi ainda premiado como melhor curta-metragem nos festivais internacionais de cinema da Nigéria (AMAA), Burundi (FESTICAB), e Camarões (Écrans Noirs).

‘DINA’ conta a história de uma adolescente de 14 anos cuja vida sofre profundas mudanças depois de descobrir que está grávida. No tribunal, Fauzia enfrenta Remane pela última vez. Foi escrita e realizada pelo jovem Moçambicano Mickey Fonseca.
A ‘curta’ integra uma série de 4 filmes Moçambicanos retratando a problemática da violência baseada no género, e especificamente a violência doméstica contra a mulher. A série foi produzida por Pipas Forjaz e Mickey Fonseca (Mahla Filmes) para a organização não-governamental N´weti Comunicação para Saúde, em 2010, com financiamento da Embaixada do Reino dos Países-Baixos.

Para assistir a ‘DINA’ entre em: http://www.mahlafilmes.com/mahlaefilmdina.html

10.05.2012 | por martacacador | cinema, cinema africano, Cinema Moçambicano, prémios internacionais

Ciclos de São Vicente

Programa:

20.03.2012 | por herminiobovino | cinema africano, cinema brasileiro, literatura africana, música caboverdiana

ciclo de cine africano "O Caos"

Alliance Française de Luanda, numa parceria com o CEFOJOR, desenrola o tapete vermelho e oferece uma programação diversificada com o melhor do cinema francês, francófono e angolano.

Numa sala de projeções moderna, venham descobrir filmes recentes e mais clássicos e participar nos debates organizados com personalidades e diretores convidados na abertura de cada ciclo.

Temos a honra de convida-o para a segunda projeção do ciclo de Cine Africano, com o filme “O Caos” que terá lugar  na Quarta-Feira  14 de Março de 2012, ás 19h no CEFOJOR, rua Luther King 123/124.

10.03.2012 | por martalanca | cinema africano

pioneiros do cinema africano e 'docudrama' na Gulbenkian

Na sessão de hoje contamos com dois filmes que já têm lugar assegurado na história do cinema:

- “Border Farm” é um ‘docudrama’ realizado pela artista e cineasta Thenjiwe Nkosi, cujo argumento e interpretação é partilhado com o Dulibadzimu Theatre Group.

- “Al’Lèèssi… une actrice africaine”, da realizadora Rahmatou Keïta, é dedicado aos pioneiros da produção cinematográfica no Níger, centrando-se particularmente naprimeira mulher africana a aceitar desempenhar um papel no cinema.

Ambos imperdíveis, estes documentários passam hoje às 22h no écrãn gigante do Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian e o bilhete pode ser adquirido aqui mesmo, via on-line.

HOJE, 29 de Junho (quarta-feira)  

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

Border Farm, de Thenjiwe Nkosi (África do Sul/EUA, 2010)

Al’lèèssi… Une Actrice Africaine, de Rahmatou Keita (Níger, 2004)

AMANHÃ, 30 de Junho (quinta-feira) 

22h00 Anfiteatro ao Ar Livre CINEMA Bilhete único: 3 Eur

El Ascensor, de Jorge Sierra (Bolívia, 2009)

29.06.2011 | por martalanca | cinema africano, próximo futuro

8 festival de cine africano de Tarifa

En estas píldoras informativas os acercarán lo que está pasando en el festival y te estás perdiendo si no vienes a Tarifa. Esta ciudad se transforma y se llena de cine y otras muchas actividades. Te lo mostramos, disfrútalo.
aqui http://www.fcat.es/FCAT/

16.06.2011 | por martalanca | cinema africano

CINEMA AFRICANO: NOVAS FORMAS ESTÉTICAS E POLÍTICAS

FNAC CHIADO 12 MARÇO (sábado) | 19h30

com MANTHIA DIAWARA e LYDIE DIAKHATÉ

 

“Os cinemas africanos contemporâneos assumem hoje o papel que a literatura africana tinha nos anos 1960.

Hoje estão a emergir de África novos posicionamentos críticos e novas linguagens cinematográficas, muitas vezes em competição ou mesmo em conflito umas com as outras, cuja visibilidade tem sido posta em causa pela visão monolítica e politicamente correcta da definição de cinema africano veiculada pelas casas de cultura e pelos festivais do Ocidente.

O que é fascinante neste novo cinema de África é a capacidade dos seus cineastas em dar voz aos africanos, de forma a poderem comunicar para além das suas fronteiras nacionais e com públicos de outras esferas.”

Manthia Diawara e Lydie Diakhaté

09.03.2011 | por martalanca | cinema africano, MANTHIA DIAWARA

CINE ÁFRICA

O Cine África tem como objetivo divulgar prioritariamente filmes produzidos em África, que tem a circulação reduzida no Brasil, legendados em português. ver CINE ÁFRICA

01.03.2011 | por ritadamasio | African Cinema, cinema africain, cinema africano

III Festival Internacional de Cinema - Luanda Fic - 2010, de 19 a 26 de Novembro.

Está concluida a selecção oficial dos filmes para o FIC2010. Cerca de 48 filmes serão exibidos na semana do FIC2010, sendo que 38 filmes compõem a selecção oficial, nos generos ficção e documentário. Outros 10 filmes serão exibidos na Sessão Extra Competição.

Nesta edição recebemos 48 filmes dos 56 inscritos,onde destacamos os filmes angolanos,que em numero razoavel, (atendendo a nossa produção interna) fazem parte desta edição, um total de 13 filmes dos 16 inscritos.

Confira a lista dos filmes seleccionados para Competição Nacional e Competição Estrangeira , os workshops fazem parte do programa do evento, na qual estão convidados os interessados a participarem, profissionais de reconhecimento internacional foram convidados, que durante o FIC2010, vão ministrar oficinas praticas, a participação e inscrição é gratuita, veja o Programa dos Workshops.

18.11.2010 | por franciscabagulho | cinema africano

15ª Mostra de Cinema Africà de Barcelona 2010

Durante estos quince años, las pantallas de la Mostra de Cinema Africà de Barcelona han sido el marco idóneo para presentar el pasado y el presente, historia y actualidad, de una cinematografía que inició tarde su andadura independiente. Los primeros pasos del cine realizado en los diferentes países del continente africano se caracterizaron por la gran vitalidad y entusiasmo de sus pioneros.

De Vieyra a Sembène, de Afrique sur Seine a La Noire de …, cineastas y películas que, en los años 50 y 60, abordaron el tema de la evolución del continente y la conquista de la independencia psicológica y política, a través de una reformulación fílmica de la historia africana tras la colonización, con el objetivo de recomponer un imaginario colectivo profundamente dañado.

En sucesivas ediciones, las pantallas de la Mostra y el público asistente, hemos sido espectadores privilegiados de la evolución seguida por el cine africano. Desde sus inicios en los años 60 y 70, con las obras de Ousmane Sembène que revindicaba el cine como un instrumento de transformación social; o con la mirada etnográfica de Moustapha Alassane sobre la sociedad nigerina. Visionamos también la prolífica década de los 80, con las obras de Souleymane Cissé, Idrissa Ouédraogo y Cheick Oumar Sissoko, que reafirmaban la identidad africana y se nutrían de la tradición para tratar temas universales. O Henri Duparc, cuyas comedias contituyen una critica virulenta de las sociedades africanas. Sin olvidar la irrupción en escena del inclasificable Djibril Diop Mambéty, con su revolución estética y formal y la consagración de la pionera del cine africano, Safi Faye.

En los 90 nace una nueva generación de realizadores que opina sobre África y el mundo desde la ficción y el documental, aportándonos una mejor comprensión de este continente: Jean Marie Teno, Moussa Touré, Ramadan Suleman, Mama Keita, Fanta Nacro y tantos otros que hemos acompañado en su trayectoria cinematográfica y que han encontrado en Barcelona su público.

Las diferentes secciones de la Mostra, nos han permitido presenciar este primer relevo generacional. Partícipes, también, pantallas y público, de la consolidación del cine Marroquí y del Magreb. De Mostafa Derkaoui a Mohamed Ismail. De Youssef Chahine a Taïeb Louhichi.

Con el siglo XXI, llegaron las graves dificultades económicas que han situado al cine realizado en África en una situación delicada y, a su vez, la aparición del formato digital, que se plantea como una posible solución al problema y que ha significado, en principio, un cambio de tendencia y una revitalización de la nueva generación de cineastas, los de la diáspora africana que viven en Europa. De Jean-Pierre Bekolo a Jawad Rhalib. De Mohammed Soudani a Alain Gomis. Las pantallas de la Mostra acompañan este proceso, siendo sensibles a la nueva realidad y adaptándose a los nuevos formatos de proyección.

Pasado y presente, historia y actualidad del cine africano, a través de la mirada de los cineastas arriba citados y de otros muchos. Durante todo este tiempo, el certamen ha sido, fundamentalmente, una o varias pantallas, pero también quiere ser cómplice de un futuro. Un futuro que pasa por una nueva generación de jóvenes realizadores, proceso que apoyamos activamente desde l’Ull Anònim con la creación de estructuras de formación en Senegal. Queremos afirmar, una vez más, que África también es cine.

Programación

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