Welcome to “Portugal, Race, and Memory: A Conversation, A Reckoning”

24 de março de 2021 das 13:00 às 23:30 EST / 18:00-19:30 Lisboa / 19:00-20:30 Luanda via Zoom

Este evento interdisciplinar e transhistórico, co-patrocinado pela Global Arts + Humanities Discovery Theme e pelo Comitê de Diversidade e Inclusão do Departamento de Inglês, reúne pesquisadores e profissionais de espanhol e português, inglês e história para discutir o uso de narrativas pessoais no acerto de contas com a relação entre o passado e o presente.

O objetivo desta conversa é preencher a lacuna entre os legados portugueses de escravidão e a autoteoria, ou escrita de vida, que posiciona a memória e a personificação dos falantes como ferramentas centrais que nos ajudam a entender as vidas e a vida após a morte da violência racial.

Este evento será moderado pela Professora Lisa Voigt (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio).

Os apresentadores incluem Pedro Schacht Pereira (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio), Patrícia Martins Marcos (Estudos de História e Ciência, Universidade da Califórnia em San Diego), Kathryn Vomero Santos (Inglês, Universidade Trinity) e Mira Assaf Kafantaris (Inglês, Universidade Estadual de Ohio).

Inscreva-se aqui para este evento virtual.

07.02.2021 | por Alícia Gaspar | colonialismo, conferência, divulgação, história, Kathryn vomero santos, lisa Voigt, memória, mira Assaf kafantaris, palestra, patrícia martins marcos, pedro schacht pereira, Portugal, racismo

Chamada para dossiê "América Latina-Moçambique / Moçambique-América Latina"

Está aberto o call for papers para o dossiê “América Latina – Moçambique / Moçambique – América Latina”, organizado por Matheus Serva Pereira (ICS-ULisboa) and Priscila Dorella (Universidade Federal de Viçosa), na Revista Eletrônica da ANPHLAC (Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas).


A data limite para submissão de proposta é 31/07/2021.

Para mais informações, podem consultar o website da associação.

Moçambique conquistou sua independência em 1975, após anos de luta armada contra o controle colonial português, por meio de um processo influenciado, entre outras experiências, pelas revoluções latino-americanas da segunda metade do século XX. A posição geográfica de Moçambique, assim como suas diversas correntes intelectuais, suas práticas artísticas e desafios econômicos, obriga aos pesquisadores do passado moçambicano estabelecerem uma constante troca de escalas entre o local, o nacional e o global. O caminhar pelas ruas atuais da capital do país, Maputo, nos leva facilmente a encarar essa questão. Suas ruas foram ganhando novos nomes após a independência, com o objetivo de homenagear importantes figuras das lutas das esquerdas e, consequentemente, latino-americana, como Che Guevara, Salvador Allende, Augusto Cesar Sandino, etc. Na América Latina, infelizmente continua difusa a visão sobre Moçambique. No Brasil, em específico, alguns setores econômicos associados a práticas predatórias de extração de riquezas do solo moçambicano perpetuam na contemporaneidade visões estereotipadas sobre os africanos que se assemelha ao olhar colonial português de meados do século XIX e XX. Talvez seja no campo dos trabalhos literários, sobretudo pela divulgação de autores como Mia Couto, Paulina Chiziane e, mais recentemente, Ungulani Ba Ka Khosa, que um novo saber sobre a história e cultura moçambicana esteja ganhando novos significados na América Latina. 

Uma pauta importante das lutas anticoloniais contemporâneas está no esforço de desracializar a História da África, rechaçar sua exotização e compreender o continente como parte integrante de uma história global. Nessa direção, os estudos desenvolvidos na América Latina sobre a África cresceram exponencialmente nas últimas décadas, ampliando os interesses para além das experiências de escravização. O objetivo do dossiê é o de reunir novos trabalhos historiográficos que reflitam as conexões entre a América Latina e Moçambique, que estabeleçam comparações e/ou aproximações entre ambos os espaços geográficos e suas experiências sociais, abrindo horizontes de mútuo conhecimento em uma perspectiva cronológica abrangente e instigante para que esse passado conectado viva nas nossas histórias.

05.02.2021 | por Alícia Gaspar | america latina, call for papers, dossiê, história de áfrica, Moçambique

EUROPA, Oxalá

MUCEM (Marselha): Outubro de 2021 a Janeiro de 2022 | Fundação Gulbenkian (Lisboa: Abril - Julho de 2022) Royal Museum of Central Africa (Tervuren): Setembro - Dezembro de 2022

Figures 1883, Reference Map for Business Men (2019), Técnica Mista © Malala AndrialavidrazanaFigures 1883, Reference Map for Business Men (2019), Técnica Mista © Malala Andrialavidrazana

Na Europa, a partir da década de 1960, os fluxos de populações que tiveram uma experiência colonial - retornados, “pieds-noirs”, repatriados, africanos, norte-africanos, asiáticos, caribenhos - carregavam dentro de si uma teia de mistério, novidade, exotismo, fuga, migração e memórias dispersas. A sua presença atestou a transição da Europa como continente colonizador para uma Europa pós-colonial. Hoje, os filhos e netos de gerações que experimentaram processos de descolonização, bem como muitos cidadãos não ocidentais que vivem no Ocidente, questionam-se sobre uma nova perspectiva de enunciação. Uma dessas questões diz respeito ao lugar híbrido em que vivem, o do europeu não branco, o europeu oriental, o europeu latino-americano.

 Patrice Lumumba (2020), Dessin © Marcio de Carvalho Patrice Lumumba (2020), Dessin © Marcio de CarvalhoA exposição EUROPA, Oxalá questiona questões pós-coloniais na Europa, particularmente nas três antigas potências coloniais que eram Bélgica, França e Portugal. As questões memoriais dos descendentes das gerações que experimentaram os diferentes processos de descolonização estarão no centro de um trabalho em torno do poder criativo da diversidade cultural europeia.

EUROPA, Oxalá é o resultado de uma colaboração entre quatro instituições renomadas, o Museu Real da África Central em Tervuren (Bélgica), o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo em Marselha (França), o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (Portugal) através do seu projeto europeu MEMOIRS - Children of European Empires and Postmemories, e a Fundação Calouste Gulbenkian - Delegation in France.

Curadores: Katia Kameli, Aimé Mpembe Enkobo, António Pinto Ribeiro

Artistas: Malala ANDRIALAVIDRAZANA; Kader ATTIA; Faisal BAGHRICHE; Sammy BALOJI; Nú BARRETO; Sabrina BELOUAAR; Mohamed BOUROUISSA; CARLOS BUNGA; John K. COBRA; Marcio DE CARVALHO; MÔNIA DE MIRANDA; Délio JASSE; Kátia KAMELI; Djamel KOKENE; Aimé MPANE; Sandra MUJINGA; Aimé NTAKIYICA; Josèfa NTJAM; Pedro A. H. PAIXÃO; Sara SADIK; Francisco VIDAL; Pauliana VALENTE PIMENTEL

04.02.2021 | por Alícia Gaspar | Bélgica, colonialismo, Europa, europa Oxalá, Europa pós-colonial, França, Gulbenkian, memoirs, MUCEM, Portugal, Royal Museum of central africa