O feminismo é um projecto de transformação radical da sociedade no seu conjunto

O feminismo é um projecto de transformação radical da sociedade no seu conjunto O que peço ao feminismo é simplesmente radicalidade nas suas propostas: abolição da determinação da diferença sexual no nascimento e despatriarquização radical de todas as instituições e administrações. Se começarmos por aí, veremos o que resta da estrutura social patriarcal que conhecemos.

Corpo

16.10.2019 | por Paul B. Preciado

Plant Revolution! em Guimarães

Plant Revolution! em Guimarães Pensando a relação do humano com as plantas, esta exposição explora diferentes narrativas de mediação tecnológica do reino vegetal. O estudo das plantas como infraestrutura tem suscitado interesse entre a comunidade científica ao longo dos últimos séculos, inspirando gerações de investigadores, bem como o desenvolvimento de tecnocosmologias e sistemas cibernéticos.

Mukanda

14.10.2019 | por Margarida Mendes

Fluxo e Função, obra de Carlos Correia

Fluxo e Função, obra de Carlos Correia Segundo Carlos Correia afirmava, por um lado existem as obras que partem de imagens preexistentes, por outro, aquelas que não têm modelo. O mediatismo das pinturas exteriores difere radicalmente da depuração das pinturas interiores, assentes na perspetiva, a par de uma vigorosa pesquisa cromática, são geométricas, abstratas, em camadas, espaços fechados que abrem para outros espaços fechados e vazios que abrem para outros vazios.

Vou lá visitar

13.10.2019 | por Marta Rema

Os novos navegadores da memória cultural portuguesa

Os novos navegadores da memória cultural portuguesa A história portuguesa tem sido reimaginada e reenquadrada por escritores, artistas, críticos, e curadores do final do século XX e XXI que trabalham em contextos lusófonos, desconstruindo discursos recalcitrantes, enfrentando ondas de “nostalgismo”, confrontando tradições e discursos cada vez mais traiçoeiros, ultrapassando os limites de consciência. Eu imagino-os como os “novos navegadores”.

Jogos Sem Fronteiras

13.10.2019 | por Sharon Lubkemann Allen

Os Barcos Negros e dizem as velhas na praia que não voltas. São loucas!

Os Barcos Negros e dizem as velhas na praia que não voltas. São loucas! Assim, resta-me acrescentar que me gamaram nas andanças em que me meteu a minha empresa. O meu cartão do cidadão e, mais tarde, em sequência o meu laptop e docs oficiais que comprovam que por maluqueira sou do género masculino e tenho assim o direito de me chamar o que bem entender. Tal como a Pepper. Foi-se tudo e agora depois de ter da minha empresa respostas cada vez mais estranhas que implicam ficar nas mãos de sabe-se lá quem e onde.

Jogos Sem Fronteiras

10.10.2019 | por Adin Manuel

A realidade em estado de palavra: notas a partir d’os Papéis do Inglês, de Ruy Duarte de Carvalho, e de fragmentos conradianos

A realidade em estado de palavra: notas a partir d’os Papéis do Inglês, de Ruy Duarte de Carvalho, e de fragmentos conradianos Gostaria de propor que o recurso a duplos parece sugerir que perceber a si envolve fazer-se outro. Ou seja, se ao falar do outro digo de mim, apenas tomo contato com minha própria existência na relação de alteridade e configurando “outros”. Estas seriam, em minha opinião, algumas das proposições que surgem da trilogia: 1) ao dizer do outro, digo de mim; 2) para me conhecer, necessito me dizer ao outro; 3) para me perceber no mundo, preciso tornar-me, também, uma alteridade.

Ruy Duarte de Carvalho

08.10.2019 | por Anita Martins de Moraes

Encarceramento e sociedade

Encarceramento e sociedade Neste contexto, a branquitude como sistema de poder instituído determina, em países com um historial de escravatura e/ou colonização, a hegemonia dos brancos em todas as esferas da sociedade e impõe, do outro lado, lugares sociais marginalizados e subalternizados para os corpos racializados dos negros, dos latinos, dos não-brancos e das minorias em geral. Um dos lugares reservados a corpos subalternizados é a prisão.

Jogos Sem Fronteiras

07.10.2019 | por vários

O "novo" Teatro do Bairro Alto - entrevista com Francisco Frazão

O "novo" Teatro do Bairro Alto - entrevista com Francisco Frazão O projeto do TBA é novo, com um foco específico na experimentação e no emergente, mas não quer dissociar-se desse lastro, seja pela relação com o espaço em que a Cornucópia trabalhou durante décadas, seja porque cerca de metade da equipa é proveniente do Maria Matos.

Palcos

04.10.2019 | por Frederico Bernardino

Wallace

Wallace Uma ponte em Paris... Umas pessoas dançam, outras observam, sorrindo. Uns filmam nos telefones, outros dão um tímido passo e deixam uma moeda no estojo da viola. Wallace e Youmi continuam a cantar no melhor escritório do mundo...

Cara a cara

02.10.2019 | por Sinem Taş

Divertimentos sinistros de verão:
 da “responsabilidade dos intelectuais” (I)

Divertimentos sinistros de verão:
 da “responsabilidade dos intelectuais” (I) (...) Governo de Sua Majestade neste momento está a tentar expandir a silly season eternamente. A decisão do Supremo Tribunal, anunciada na manhã de terça-feira, 24 de Setembro, de que o conselho dado à Rainha pelo Primeiro Ministro, para encerrar o Parlamento, foi ilegal e, portanto, a suspensão do Parlamento foi nula e sem efeito, não podia ser nem mais clara nem mais incisiva e representa um ato de resistência ao ataque direto contra o princípio de democracia na Europa. Eis a imagem final do veredicto, sóbria e majestosa ao mesmo tempo: “Isto significa que quando os Comissários Reais entraram na Câmara dos Lordes, foi como se entrassem com uma folha de papel em branco.

A ler

01.10.2019 | por Paulo de Medeiros

À espera do próximo futuro (II)

À espera do próximo futuro (II) Próximo Futuro termina abrindo para o futuro: piscando o olho à Europa e ao seu eurocentrismo que pouco tem considerado a banda desenhada, o género policial, a ficção científica ou o cinema de animação africanos e latino-americanos; lançando o desafio dos museus e as exposições virtuais de que o projeto-exposição Unplace, Arte em Rede: Lugares-entre-Lugares é exemplo e experiência; lançando a ideia das zonas de contato como espaços de ideias, conhecimentos, pessoas e artefactos em mobilidade...

A ler

24.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro

I am not here. eu estou aquI notas sobre um corpo-lugar acidental

I am not here. eu estou aquI notas sobre um corpo-lugar acidental Estados patológicos como «doença da terra», «doença da cabeça cansada» ou ainda «doença feita com-a-mão» aludem aos estados de ansiedade, precariedade e vulnerabilidade destas comunidades, mas também de perda de localização em relação ao espaço cultural e geográfico que os sujeitos ocupam. Traduzem igualmente o estado de negociação intensa entre as «forças sobrenaturais negativas» e as estruturas sociais e políticas desiguais, num lugar a meio caminho entre a terra de origem e a terra de chegada.

Vou lá visitar

23.09.2019 | por Rita Fabiana

Maternidade, Mãe, e o Monstro do Lago Mess

Maternidade, Mãe, e o Monstro do Lago Mess Estas neuroses tornaram-se um pouco a imagem de marca das mães recentemente: mães que são mães mas que, mais ou menos abertamente, sentem ou podem sentir, como a Júlia, que não querem ser mães o tempo todo. Ao tornarem-se marcas, as mães, ou uma ideia de mães, também se torna mercadoria, e há uma certa ideia de quotidiano – e de mãe - que é vendida.

Corpo

20.09.2019 | por Patrícia Azevedo da Silva

Os triângulos de Ruy Duarte de Carvalho

Os triângulos de Ruy Duarte de Carvalho …a estória, então, ou a viagem que tenho para contar começaria assim: tem um lugar, dizia eu, tem um ponto no mapa do Brasil, tem um vértice que é onde os Estados de Goiás, de Minas Gerais e da Bahia se encontram, e o Distrito Federal é mesmo ao lado. Aí, sim, gostaria de ir…

Ruy Duarte de Carvalho

18.09.2019 | por Sonia Miceli

sobre as sessões Re-imaginar o arquivo (pós)colonial. Reflexões/refrações

sobre as sessões  Re-imaginar o arquivo (pós)colonial. Reflexões/refrações O que se busca é uma consciência crítica das representações calcificadas ou ausentes dos arquivos, fomentando o debate sobre modos de reimaginação e abordagens éticas não só às imagens que se fazem imagem-arquivo mas também aos arquivos de imagens na sua materialidade.

Afroscreen

18.09.2019 | por Maria do Carmo Piçarra

À espera do próximo futuro

À espera do próximo futuro Estes movimentos visíveis e invisíveis, transparentes ou subterrâneos, levaram a uma nova visão sobre a presença da cultura negra no mundo, em muitos locais para além de África, e do próprio olhar sobre África. A partir de Portugal, que de facto tinha, historicamente, aberto as portas de primeiras globalizações, e olhando o futuro, como realidade e desejo, o programa Próximo Futuro abria com uma interrogação. Nas suas palavras do seu programador-geral: Podemos intervir no futuro, no próximo futuro? Podemos, certamente.

A ler

14.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro

Gentrilogy: Trilogia da Gentrificação

Gentrilogy: Trilogia da Gentrificação O projeto levantou uma discussão crítica sobre o papel de artistas, instituições culturais e seus operadores (trabalhadores do conhecimento) sobre a transformação urbana. O fenômeno da gentrificação está associado à difusão de economias em transformação, motores de capitalismo cognitivo, parte de um sistema econômico unificado de que nós mesmos, como trabalhadores do conhecimento, somos parte.

Cidade

12.09.2019 | por Laura Burocco

Quando quebra queima, no Porto

Quando quebra queima, no Porto Fruto da primavera secundarista, 16 corpos insurgentes deslocam para a cena a experiência que tiveram dentro das escolas ocupadas durante meses, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu o dia a dia dentro deste movimento que foi um dos grandes acontecimentos políticos dos últimos anos. A peça, que está na fronteira entre performance e teatro, é uma “dança-luta” coletiva construída a partir da experiência de luta e afeto de cada performer.

Palcos

12.09.2019 | por vários

Peixe-coragem e o Narciso engoliu o oceano

Peixe-coragem e o Narciso engoliu o oceano Sob linha recta catapultou o peixe no escuro da queimada. Sob linha recta o barco deixou o marinheiro. Uma pedra atirada. O homem que caminha além mar (em coma) foi levado pela poligamia da areia. Está em coma profundo. É morte profunda também, tão funda como o céu enegrecido da noite.

A ler

12.09.2019 | por Indira Grandê

Let's Not Make Hollyood Great Again - ou o último Tarantino numa sala de cinema perto de si

Let's Not Make Hollyood Great Again - ou o último Tarantino numa sala de cinema perto de si Se o Once Upon a Time... é mesmo o Make America Great Again do Tarantino, com os seus dois super-heróis ‘trumpistas’ avant la lettre, brancos, machistas e racistas quanto baste – ou que sobretudo apostam no regresso a ‘'tempos mais simples'’, então eles (o Rick e o Cliff) bem podiam ser o duplicado (ou o duplo) desse par de hillbillies sinistros que aparecem no final do Easy Rider a salvarem-nos dos hippies, dos motards e da contracultura como de outros tantos drogados, criminosos e psicopatas.

Afroscreen

10.09.2019 | por Nuno Leão