Cenas do Gueto I Putos do Mocho

Cenas do Gueto I Putos do Mocho À boleia da street art, a Quinta do Mocho soube dar a volta aos estereótipos, ressignificando a vida no gueto para exaltar as qualidades do território e de seus habitantes.

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24.01.2022 | por Otávio Raposo

Rede Cidade

Rede Cidade Diz-se que a história é escrita por vencedores; os mapas também o são. Propõem uma linguagem, um discurso, uma ideologia. Dizem o que existe e o que não existe e circunscrevem o possível, estabelecem o governável. Na sofisticação das suas linhas não há espaço para perguntas. As suas omissões são nossas, delas dependem vidas, territórios, decisões.

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21.01.2022 | por António Brito Guterres

Cenas do Gueto I Yuri G em freestyle

Cenas do Gueto I Yuri G em freestyle Gueto é a tradução de um bairro entre “guerra” e “paz”. Para aqueles que lá vivem, recusa-se o rótulo de “piores” e reivindica-se o direito à cidade. Das “assadas” ao “amor”, novos sentidos são dados a esses territórios de “memórias” que não querem estar reféns da segregação urbana.

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10.11.2021 | por Otávio Raposo

Cenas do Gueto I "O bairro já é conhecido internacionalmente"

Cenas do Gueto I "O bairro já é conhecido internacionalmente" A Quinta do Mocho é conhecida não apenas por ser uma das maiores galerias de arte urbana da Europa, mas também pela simpatia dos seus habitantes. Tia Ducha é um dos “rostos” do bairro, vendendo no restaurante “Mulambeira”, improvisado numa das esquinas, deliciosos quitutes.

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05.10.2021 | por Otávio Raposo

Cafés e cinemas da Almirante Reis que contam uma história da resistência

Cafés e cinemas da Almirante Reis que contam uma história da resistência A Liberdade pode ser a avenida-símbolo do 25 de Abril, mas outras vias de Lisboa também tiveram papel importante de resistência nos anos sombrios. A Almirante Reis tem algo a dizer sobre o assunto: sobre os seus teatros, cafés e cinemas que foram refúgios de ativistas, intelectuais e artistas, reunidos em volta de uma chávena a conspirar e, principalmente, a sonhar com outros melhores dias, livres dos tons de cinza do Estado Novo.

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08.06.2021 | por Álvaro Filho

"A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture" de Ângela Ferreira

"A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture" de Ângela Ferreira "A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture" expressa a decisão de “trabalhar de forma intuitiva e cumulativa para construir uma série de experimentações escultóricas que constituem uma proposta de uma visão mais inclusiva de um todo na arquitetura africana. Em direção a uma arquitetura panafricana”.

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22.05.2021 | por vários

Investigando o conflito urbano e a reciprocidade entre a Chicala e Luanda, Angola

Investigando o conflito urbano e a reciprocidade entre a Chicala e Luanda, Angola No contexto da actual trajectória neoliberal de regeneração urbana de Luanda, após uma longa guerra civil (1975-2002), a Chicala atravessa um período de demolição e substituição por projectos imobiliários de alto padrão. A investigação teve início justamente antes que iniciassem os planos da eliminação completa do bairro, e que as autoridades e investidores privados obrigassem os seus habitantes a deslocar-se para assentamentos remotos em condições de vida inadequadas.

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22.10.2019 | por Paulo Moreira

OUTROS BAIRROS: as intervenções nos bairros de Alto de Bomba, Covada de Bruxa e Fernando de Pó

OUTROS BAIRROS: as intervenções nos bairros de Alto de Bomba, Covada de Bruxa e Fernando de Pó Esta experiência permitiu, ainda, reflectir sobre a política pública de habitação de Cabo Verde que, até ao momento não apresentava nenhuma acção especifica para este tipo de assentamentos que, sobretudo nas cidades da Praia e do Mindelo, são, cada vez mais, parte considerável das suas periferias.

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17.10.2019 | por Nuno Flores

Arquiteturas e Urbanismos do sul em debate

Arquiteturas e Urbanismos do sul em debate Com vasta programação e intenso debate, integrantes do MALOCA reforçaram seus laços, ampliaram suas parcerias e definiram a agenda do grupo para o próximo triênio, que segue fortemente focada no debate étnico-racial em arquitetura e urbanismo e nas questões de ensino na área, o papel social dos arquitetos e urbanistas no Brasil e na América Latina.

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11.12.2017 | por Andréia Moassab e Gabriel Cunha

DELHI DELIGHT! A Máquina de desejos do século XXI

DELHI DELIGHT! A Máquina de desejos do século XXI      Cozinhada num caldeirão onde a utopia neoliberal constitui actualmente o dispositivo mais poderoso na construção da sua narrativa urbana, onde a sociedade indiana (ainda estratificada e dividida), o seu meio amniótico e os traumas pós-coloniais a sua atmosfera favorita, Delhi (como outras grandes metrópoles globais) constitui o espelho mais próximo do que pode ser considerado o fruto anárquico do urbanismo especulativo. Cresce desvairadamente fugindo ao controlo do plano, superando a própria realidade, numa odisseia que parece ter sido imaginada por Homero, Fritz Lang e Calvino em simultâneo.

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04.04.2016 | por Sebastião Santos

Assincronias urbanas: Cabo Verde e a necessária ressemantização do território

Assincronias urbanas: Cabo Verde e a necessária ressemantização do território O défice habitacional em Cabo Verde é elevado e essa carência materializa-se na multiplicação de bairros informais, que desfiguram o perfil paisagístico das cidades e condicionam a qualidade de vida das populações. Como chegamos a este ponto? Que vantagens trazem as soluções apontadas e quais as suas vulnerabilidades? Como resolver esta problemática?

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22.08.2014 | por Andréia Moassab

Algumas linhas sobre a urbanização colonial em Angola

Algumas linhas sobre a urbanização colonial em Angola A história das cidades conta-nos sobre seu povo e sua cultura. Entender fenômenos complexos do espaço urbano contemporâneo passa, necessariamente, por uma compreensão alargada do seu contexto histórico-político.

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15.02.2013 | por Andréia Moassab

Nu kre casa!!! - a habitação como direito no contexto caboverdiano

Nu kre casa!!! - a habitação como direito no contexto caboverdiano Todos os seres humanos têm o direito a um lugar adequado para viver, uma habitação segura, confortável e saudável. A habitação como direito humano fundamental é internacionalmente reconhecida, tendo inclusivamente merecido a designação de uma relatoria especial na ONU, desde 2000. Mais do que um direito, para a sua efectivação ampla e duradoura, a moradia adequada deve ser uma noção política e cultural de cidadania. Estima-se que 1,1 bilhão de pessoas vive em condições inadequadas de moradia, apenas nas áreas urbanas espalhadas pelo mundo. A falta de habitação condigna pressiona o meio ambiente e aumentam os riscos à saúde pública. Apesar de fundamental, a habitação tem sido imensamente negligenciada enquanto direito humano.

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08.02.2012 | por Andréia Moassab

Pela cidade que já o é: as (des)inscrições da África urbana no mundo

Pela cidade que já o é: as (des)inscrições da África urbana no mundo As cidades africanas são inviáveis. Se antes o chamado continente negro nunca deixaria de ser rural, hoje em dia África vive a mais grave das crises urbanas. Na era da urbanização acelerada, as suas cidades crescem incontrolavelmente. Desordenadas e anárquicas, explodem, excedem-se e falham permanentemente.

Cidade

14.09.2011 | por Ricardo Cardoso

Notas em torno da África Urbana de David Adjaye

Notas em torno da África Urbana de David Adjaye O que mais impressiona a quem sobrevoa o continente africano é a força e variedade da sua natureza, nas cinco “categorizações geográficas” claramente apresentadas por David Adjaye na sua exposição e aqui sublinhadas por Cristina Salvador - a floresta, o deserto, a savana, o prado, a montanha, bem como todas as situações híbridas, entre umas e outras. As cidades moldam-se a estas distintas paisagens, mais concentradas na linha do litoral africano, e esboçam, elas próprias, novas paisagens territoriais, também elas diversificadas e crescentes.

Cidade

02.06.2011 | por Isabel Raposo

Urban Africa: Pan-African View

Urban Africa: Pan-African View Creio que tenho um discurso distinto sobre a noção de habitar e de espaço público, mesmo inconscientemente. Foi através da pesquisa que me tornei mais consciente das minhas próprias práticas. Tenho uma necessidade constante de tornar coisas públicas, uma noção aberta de espaço público, mesmo quando isso não está lá, e isso é uma característica da minha sensibilidade africana. Uma ideia de um espaço público aberto. Ver. Não esconder, ver! Isso está presente no meu trabalho. Outra coisa - não sei se é uma característica africana ou não - é um certo encanto com o potencial dos materiais. Há muitas maneiras de entender isto. Por exemplo, quando vejo certos bairros de lata, fico impressionado com o encanto da materialidade.

Cara a cara

01.06.2011 | por Rita Palma

Urban Africa – reflexões sobre cidades africanas

Urban Africa – reflexões sobre cidades africanas Estas novas leituras da urbanidade em África obrigam-nos a reequacionar novos paradigmas, novos modelos de urbanismo como propõe Adjaye, e novas formas de intervenção nas áreas urbanas, que levem em conta a multiplicidade e complexidade que ocorre em cada cidade e que só poderão ser encontradas e geridas localmente. Isto é válido tanto para o que ocorre nos antigos centros das cidades, os seus “corações” que nalguns casos ainda batem, como para as suas réplicas que nasceram posteriormente.

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30.05.2011 | por Cristina Salvador

Urban Africa: Office/MA, Urbanismo Negro

Urban Africa: Office/MA, Urbanismo Negro Mesmo correndo o risco desta acomodação, continuo a achar que é importante debater a questão levantada pelo urbanismo negro. Mesmo o nome – as pessoas me dizem, “Por que você usa o nome urbanismo negro? Por que não chama simplesmente de “urbanismo diferenciado”, ou “urbanismo diverso”, ou “urbanismo cultural”?”. Outra vez, acho isso uma questão legítima, já que urbanismo negro pode gerar muitos mal-entendidos. Mas eu acho que abre espaço para o debate. É deliberadamente um pouco provocativo. “Negro” e “urbanismo”? O que os dois termos têm a ver um com o outro? É exatamente neste ponto que eu quero chegar. Porque quando leio as revistas de arquitetura, não vejo muito de negritude. Vejo branquidão, literalmente. Não vejo muito que seja representativo do que estamos falando – e não estou falando apenas de David Adjaye.

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17.05.2011 | por Paul Goodwin

Estética das favelas

Estética das favelas Uma diferença fundamental com a cidade planejada diz respeito a relação entre espaços públicos e privados, na favela esses espaços também estão inextricavelmente ligados. Durante o dia as ruelas se tornam a continuação das casas, espaços semi-privados, enquanto a maioria das casas com suas portas abertas se tornam também espaços semi-públicos. A idéia da favela como uma grande casa coletiva é freqüente entre os moradores. As ruelas e becos são quase sempre extremamente estreitos e intrincados o que aumenta a sensação labiríntica e provoca uma grande proximidade física que provoca todo tipo de mistura. Subir o morro é uma experiência de percepção espacial singular, a partir das primeiras quebradas se descobre um ritmo de andar diferente, uma ginga sensual, que o próprio percurso impõe.

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27.04.2011 | por Paola Bernstein Jacques

Francisco Castro Rodrigues, o arquitecto do Lobito

Francisco Castro Rodrigues, o arquitecto do Lobito Francisco Castro Rodrigues foi premiado pelo júri do Prémio AICA/Ministério da Cultura (Arquitectura) pelo seu trabalho de grande relevância cultural, a maior parte do qual se localiza no Lobito. Lembramos, a propósito deste prémio, a importância do seu percurso pessoal e profissional em Angola de 1953 a 1988 e a sua atitude sempre corajosa, firme e coerente, na época colonial e no pós-independência.

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24.03.2011 | por Cristina Salvador