Próximo Futuro termina abrindo para o futuro: piscando o olho à Europa e ao seu eurocentrismo que pouco tem considerado a banda desenhada, o género policial, a ficção científica ou o cinema de animação africanos e latino-americanos; lançando o desafio dos museus e as exposições virtuais de que o projeto-exposição Unplace, Arte em Rede: Lugares-entre-Lugares é exemplo e experiência; lançando a ideia das zonas de contato como espaços de ideias, conhecimentos, pessoas e artefactos em mobilidade...
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24.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro
Estes movimentos visíveis e invisíveis, transparentes ou subterrâneos, levaram a uma nova visão sobre a presença da cultura negra no mundo, em muitos locais para além de África, e do próprio olhar sobre África. A partir de Portugal, que de facto tinha, historicamente, aberto as portas de primeiras globalizações, e olhando o futuro, como realidade e desejo, o programa Próximo Futuro abria com uma interrogação. Nas suas palavras do seu programador-geral:
Podemos intervir no futuro, no próximo futuro? Podemos, certamente.
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14.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro
Tratando-se de um paradigma que tem sido amplamente discutido em várias áreas disciplinares, procurar-se-á analisar de que forma algumas instituições portugueses se têm posicionado (deliberadamente ou não) perante as ideias principais que informam o paradigma pós-colonial e de que forma essas ideias se manifestam nas práticas dessas instituições. Serão analisados em detalhe dois projetos: o programa Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian e o projeto do Centro Cultural Africa.cont. Estes dois projetos foram escolhidos por se considerar que são os projetos que mais diretamente abordaram a temática pós-colonial em Portugal e as suas questões fundamentais.
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17.06.2017 | por Maria Manuela Restivo
Ao passarmos a compreender um campo mais expandido da Banda Desenhada, pautada pelos seus exemplos mais felizes em termos de peso cultural e capacidade de reflexão, também estamos a permitir que se procurem novas formas de criação, possibilidades mais abertas de experimentar caminhos alternativos. E nada disto tem a ver com potencialidades da Banda Desenhada ou ‘ir além’ dos seus supostos limites.
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29.04.2015 | por Pedro Moura
Por um lado Kapuschinsky é um jornalista 'em campo', um jornalista 'no terreno' e, por isso ou apesar disso, o seu legado é também o de um olhar europeu a descrever um continente a arruinar-se no final do século passado. Mas uma frase como «Acima de tudo salta à vista a luminosidade. Luz por toda a parte. Claridade por toda a parte. Sol por toda a parte», com que inicia a sua obra Ébano, é um modo único de afirmar África.
Vou lá visitar
21.11.2012 | por António Pinto Ribeiro
A face contemporânea de um continente vista por alguns dos seus melhores fotógrafos do momento.
Vou lá visitar
05.01.2012 | por Celso Martins
Uma determinada expressão cultural resulta de uma expectativa que um grupo tem em relação à cultura e ao mundo mas também na sua carga hereditária, naquilo que os anglo-saxões chamam e bem heritage. Naturalmente que, por tradição ou expectativa, muitas destas culturas e grupos entram em conflito. Pode ser produtivo, desde que se assuma isso como algo normal que faz parte da democracia. À medida que há negociação entre grupos e expressões culturais, onde a intervenção na cidade, a política e questões sociais não podem ser substituídos pela cultura, encontram-se numa situação democrática e rica. As produções culturais devem traduzir isto.
Cara a cara
02.05.2011 | por Marta Lança
A partir dos anos sessenta, há uma ebulição em muitos países africanos com a criação de escolas de arte. A par das primeiras exposições de autodidactas, acontecem os primeiros festivais de artes negras e até a fotografia de autores africanos se impõe em África, em países europeus e em alguns fóruns nos EUA. Está em fase de redacção a história do que foram estes movimentos artísticos, as suas escolas, os seus protagonistas, a sua difusão internacional, mas uma coisa já sabemos: ela foi desigual e heterogénea conforme os países, a natureza do ex-colonizador, a maior ou menor presença de artistas e escritores autodidactas, assim como a maior ou menor opção pela escolha da escrita em línguas universais ou em línguas locais, com diferentes impactos na comunidade literária internacional.
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08.04.2011 | por António Pinto Ribeiro