“O povo é o peão do xadrez da História de Angola”, entrevista a Alberto Oliveira Pinto

“O povo é o peão do xadrez da História de Angola”, entrevista a Alberto Oliveira Pinto Alguns factos: a formação dos presídios do Kwanza, iniciados com Paulo Dias de Novais em 1575; a aliança entre os Imbangala e os portugueses no início do século XVII; a coligação de Estados africanos liderada pela rainha Njinga Mbandi entre 1635 e 1648; as campanhas militares de Luís Lopes de Sequeira, o “Mulato dos Prodígios”, que desmantelou os Estados do Congo, do Ndongo, do Libolo e da Matamba; a terrível guerra civil no Congo na viragem para o século XVIII; a Independência do Brasil em 1822 marcou uma viragem na política colonial portuguesa em relação a Angola e São Tomé.

Cara a cara

22.03.2017 | por Marta Lança

"Somos todos pós-coloniais"

"Somos todos pós-coloniais" sei que não nomear e / ou reivindicar o ponto de vista possibilita que se abra espaço para que essa posição seja infiltrada por pessoas, instituições e ideias que só pensam nas nossas subjetividades como metáforas para outra coisa. É tão necessário salvaguardar termos como "o Sul" como ser vigilante sobre a forma como são usados ​​para descrever e/ou discriminar.

Cara a cara

31.01.2017 | por Gabi Ngcobo e Katerina Valdivia Bruch

Relação Angola Cuba, entrevista a Christabelle Peters

Relação Angola Cuba, entrevista a Christabelle Peters A escritora e investigadora fala sobre a relação entre Angola e Cuba durante o período de guerra e no pós-independência, a propósito do seu livro "Identidade Cubana e a Experiência Angolana", um estudo cultural sobre a missão cubana em Angola. Nascida na Guiana, cresceu no Reino Unido e viveu muitos anos nos EUA. Atualmente pesquisa “Angola no Atlântico Africano” e Lisboa no movimento artístico africano de língua portuguesa.

Cara a cara

27.11.2015 | por Miguel Gomes

Reparar uma narrativa de séculos sobre a escravatura

Reparar uma narrativa de séculos sobre a escravatura A escravatura é – e talvez venha a ser sempre – um problema contemporâneo. Não se trata apenas de observar que continuam a existir no mundo modelos de exploração semelhantes ao da escravatura e que continua a haver tráfico de seres humanos. (...) “Uma boa divulgação da história da escravatura – e da sua violência e crueldade – poderá despertar a atenção de determinados sectores da sociedade para fenómenos contemporâneos de racismo e de xenofobia, de forma a promover a coesão social e as relações inter-raciais”, resume Vladmiro Fortuna

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07.01.2015 | por Susana Moreira Marques

Ângela Ferreira Monuments in Reverse

Ângela Ferreira Monuments in Reverse A exposição individual Monuments in Reverse reúne pela primeira vez um conjunto de obras de Ângela Ferreira, realizadas entre 2008 e 2012, que partiram de processos investigativos comuns, dando origem, porém, a instalações distintas cujas relações íntimas tendem a manter-se inexploradas do ponto de vista curatorial. Tendo como objectivo a abertura de um espaço de visibilidade para os interstícios conceptuais e formais que sustentam a sua prática em geral e estas obras em particular, a exposição tem uma natureza assumidamente documental e processual. Pretende-se dar a conhecer percursos de reflexão mais do que pontos de chegada, através da possibilidade de novas relações, ou da visibilidade de relações que se encontravam veladas, da forte componente gráfica e videográfica, e do diálogo com obras de outros autores que constituíram ponto de partida ou inspiração.

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07.01.2015 | por Ana Balona de Oliveira

A presença de Amílcar Cabral na música RAP na Guiné-Bissau e em Cabo-Verde

A presença de Amílcar Cabral na música RAP na Guiné-Bissau e em Cabo-Verde Este artigo pretende analisar de que forma os jovens guineenses e cabo-verdianos recontextualizaram através do rap, na nova conjuntura dos dois países, o discurso pan-africanista e nacionalista de Amílcar Cabral, tendo em conta o risco de branqueamento da memória coletiva e histórica; a suposta traição dos seus ideais pelos atuais políticos dirigentes; a necessidade de o resgatar enquanto guia do povo; e de representá-lo como um MC (mensageiro da verdade).

Mukanda

15.01.2013 | por Redy Wilson Lima e Miguel de Barros

Kilombos: um filme-resgate sobre o Brasil quilombola

Kilombos: um filme-resgate sobre o Brasil quilombola Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Afroscreen

21.11.2011 | por Paulo Nuno Vicente

Defesa da ‘correcção política’ em tempos de penúria económica e intelectual

Defesa da ‘correcção política’  em tempos de penúria económica e intelectual A recente crise mundial e os seus efeitos na Europa têm vindo a silenciar questões relativas ao modo como os portugueses se auto-representam, atolados que se vêem em sucessivos anúncios de medidas de excepção, sobrepondo-se a premência económica à não menos complexa tarefa de se repensar a forma como nos definimos em tempos pós-coloniais.

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14.11.2011 | por Manuela Ribeiro Sanches

Espectros da Guerra Fria

Espectros da Guerra Fria "Cartas de Angola" é um filme sobre o que foi a presença dos cubanos em Angola. Angola nunca aparece fisicamente e é apenas uma referência na capacidade de evocação dos cubanos. Ou seja, o que eles se lembram do que foi a passagem por Angola. Ouvir esses cubanos falar sobre Angola, lembra, às vezes, pessoas acabadas de acordar que contam os seus sonhos ou pesadelos. É intenso.

Afroscreen

24.10.2011 | por António Tomás

Memória do esquecimento: a invisibilidade da História negra no Rio de Janeiro

Memória do esquecimento: a invisibilidade da História negra no Rio de Janeiro Este ensaio propõe discutir a escassa visibilidade da história e da memória escravas na paisagem urbana do Rio de Janeiro, especialmente no contexto de processos históricos de reconversão urbana, ideologias nacionais de mestiçagem e políticas afirmativas recentes a favor da população afro-brasileira.

Afroscreen

24.10.2011 | por André Cicalo

Licínio de Azevedo: Crónicas de Moçambique

Licínio de Azevedo: Crónicas de Moçambique Dar a voz aos outros. Ouvir os outros. Ancorar o seu trabalho na observação de uma determinada realidade histórica e social. Pôr as pessoas a representarem-se a si mesmas. Estas são as premissas do trabalho de Licínio e que se podem resumir numa frase: o desejo de ir ao encontro de alguém.

Afroscreen

15.10.2011 | por Margarida Cardoso

As Milongas da Rainha Njinga

As Milongas da Rainha Njinga O «diálogo» entre portugueses e africanos nas guerras do Congo e de Angola (séculos XVI-XVII). A motivação principal para os portugueses iniciarem seus contactos com as populações da África central foi, oficialmente, a conversão dos reis autóctones ao cristianismo. De facto, a evangelização das populações autóctones fazia parte das condições impostas pelo Papa às potências ibéricas quando repartiu o «mundo» entre eles (Tratado de Tordesilhas: 1494). Ora, uma leitura mesmo superficial dos relatórios portugueses da conquista da Área Congo-Angola demonstra que as preocupações que ocupavam realmente a atenção dos conquistadores eram bem diferentes. Nos matos e nas savanas de Angola desenvolveu-se uma guerra permanente entre os portugueses, ávidos de conseguir o maior número possível de peças para a exportação, e os «reis» ou senhores autóctones, que procuravam, embora de maneira amiúde contraditória, defender a sua soberania e também, às vezes, a sua própria posição no comércio escravista.

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16.05.2011 | por Martín Lienhard

Conspirações de Silêncio: Portugal e o fim do império colonial

Conspirações de Silêncio: Portugal e o fim do império colonial   As versões públicas autorizadas que sancionam o esquecimento destes passados por via da sua integração intencional num esquema de recordação abrangente e trivial, bem como os pactos de silêncio que se mantêm no tecido social, são destabilizados por incómodas e imprevistas erupções da memória que trazem à superfície as ambiguidades dos legados problemáticos.

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06.03.2011 | por Elsa Peralta

A sombra do pau torto

A sombra do pau torto Amílcar Cabral, a nossa maior referência política, parecia adivinhar os efeitos que Bissau iria provocar nas convicções dos dirigentes políticos do Partido que havia liderado a luta pela independência, o PAIGC. Analisou como ninguém as falsas partidas das independências concedidas pelas potências colonizadoras europeias às suas colónias, nos anos 60. Seguiu e apercebeu-se em directo das atribulações de Sekou Turé na construção de um país que resvalou rapidamente para o autoritarismo, a repressão popular e as divisões étnicas.

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18.09.2010 | por Carlos Schwarz da Silva

"O outro pé da sereia": o diálogo entre história e ficção na representação da África contemporânea

"O outro pé da sereia": o diálogo entre história e ficção na representação da África contemporânea O texto consiste em uma análise de "O outro pé da sereia", de Mia Couto, focalizando o diálogo entre a história e a ficção, no intuito de mostrar o tratamento dado pelo autor às principais questões do mundo contemporâneo: a identidade, o sentido de pertencimento, o pós-colonialismo e o choque entre culturas. Ao fazê-lo, Mia busca desconstruir os arquétipos acerca da África e seus povos.

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31.08.2010 | por Shirley de Souza Gomes Carreira

Representações da África e dos africanos nos séculos XIX e XX - a evolução no campo do marxismo

Representações da África e dos africanos nos séculos XIX e XX - a evolução no campo do marxismo De Hegel a Lenine, o capitalismo sofre mutações, assim como a situação africana e a luta no terreno dos povos africanos contra os colonizadores. Vimos como a África e os africanos passaram de objectos a sujeitos no pensamento marxista. A partir de quando, e de que forma, o marxismo passou a ser um sujeito em África?

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07.08.2010 | por Cristina Portella