praça tahrir
Artigos com a etiqueta praça tahrir
Arquivo de Etiquetas
- 25 de novembro
- A Flor do Buriti
- afro-amazônica
- agricultura
- água
- Amadou Diallo
- another angelo
- apropriação cultural
- Archie Shepp
- arte
- arte angolana
- blog
- botânica
- capitalismo
- carlos lopes
- cccc
- Chão Bom
- Chico Buarque
- cinema online
- circo
- Cláudio Torres
- criança-feiticeira
- Cristina Salvador
- crítica social
- cuidado
- Daniel Nunes
- decolonial studies
- diáspora africana
- documentary
- dollar americanni
- EGEAC
- Égypte
- emparedados
- environmental sustainability
- escritoras
- Festival Alkantara
- genocídio
- guitarra
- hibridismo
- hino
- I’m not your negro
- jazz
- joão cândido
- John Berger
- jugoslávia
- líbia
- linguagem racial
- literatura afro-indígena amazónica
- Macunaíma
- Malange
- mamã dulu
- Marepe
- marketing
- Marx
- micro-política
- Mindelact
- Miss Inês
- moçambicanos
- mulher negra
- museu da memória
- Museu do Dundo
- Museus
- Novos Mistérios
- orientalismo
- ouro
- Palácio de Cristal
- palo monte
- Paulo Lisboa
- peace
- Pedro Letria
- pele escura - da periferia para o centro
- Percival Everett
- Peru
- Políticas Culturais
- Portucel
- Práticas artísticas
- rebeldia
- reggae
- René Vautier
- retornados
- rios
- rostos
- saharauis
- São João
- São Pedro do Sul
- sertões
- slam
- slam poetry
- sul-sul
- teatro documental
- terra crioula
- Tiago Alexandre
- Uche James-Uroha e Inês Gonçalves.
- uma biografia”
- urbanização
- Victor Jara
- Visual Arts and Fall of Portuguese Empire
- Walter Benjamin
- xamã
- zungueiras
 A lembrança da Praça Tahrir alimenta as esperanças da oposição e fomenta os receios do governo. Para muitos dos oposicionistas, o Egipto acabou por significar a terra prometida, no sentido proverbial. Para muitos dos governantes, o Egipto representa um desafio fundamental ao poder, que exige que se lhe resista a todo o custo. As coisas chegaram a um ponto em que o mínimo sinal de protesto desencadeia a máxima reacção do governo. A tal ponto que o governo, que há apenas poucas semanas chegou ao poder com uma maioria arrasadora, parece agora carecer não só de flexibilidade mas também de estratégia de saída.
				A lembrança da Praça Tahrir alimenta as esperanças da oposição e fomenta os receios do governo. Para muitos dos oposicionistas, o Egipto acabou por significar a terra prometida, no sentido proverbial. Para muitos dos governantes, o Egipto representa um desafio fundamental ao poder, que exige que se lhe resista a todo o custo. As coisas chegaram a um ponto em que o mínimo sinal de protesto desencadeia a máxima reacção do governo. A tal ponto que o governo, que há apenas poucas semanas chegou ao poder com uma maioria arrasadora, parece agora carecer não só de flexibilidade mas também de estratégia de saída.		 O espaço virtual de comunicação através das redes sociais participou na nova configuração da praça, como igualmente interveio o espaço criado pela “janela” que todos abrimos. No entanto, determinante foi a presença física e real dos manifestantes e a sua capacidade de resistência. A ocupação da Praça obriga-nos a repensar o espaço público, mas a pergunta que se impõe é: o que terá que mudar para que a Praça de Tahrir possa manter a configuração que conquistou, local de intervenção, comunicação e encontro e não volte jamais à condição anterior de espaço “museológico” de visita turística e de circulação viária?
				O espaço virtual de comunicação através das redes sociais participou na nova configuração da praça, como igualmente interveio o espaço criado pela “janela” que todos abrimos. No entanto, determinante foi a presença física e real dos manifestantes e a sua capacidade de resistência. A ocupação da Praça obriga-nos a repensar o espaço público, mas a pergunta que se impõe é: o que terá que mudar para que a Praça de Tahrir possa manter a configuração que conquistou, local de intervenção, comunicação e encontro e não volte jamais à condição anterior de espaço “museológico” de visita turística e de circulação viária?		 "A praça não desarma. Ontem, os militares tentaram afastar os manifestantes, levantar os seus acampamentos, convencê-los a saírem da rua. Mas uma revolução não vai assim para casa de um momento para o outro. "Eu tenho o direito de festejar", disse Asim, de 26 anos, que veio para Tahrir com as duas irmãs. "Estivemos aqui até o regime cair. Agora esta praça é do povo." 
Paulo Moura
				"A praça não desarma. Ontem, os militares tentaram afastar os manifestantes, levantar os seus acampamentos, convencê-los a saírem da rua. Mas uma revolução não vai assim para casa de um momento para o outro. "Eu tenho o direito de festejar", disse Asim, de 26 anos, que veio para Tahrir com as duas irmãs. "Estivemos aqui até o regime cair. Agora esta praça é do povo." 
Paulo Moura		



