Amadou Hampâté Bâ: o tecelão da memória viva

Amadou Hampâté Bâ: o tecelão da memória viva “Não existe uma África nem um homem africano. Não existe uma tradição africana válida para todas as regiões e todas as etnias. Existem grandes semelhanças ou constantes, como a omnipresença do sagrado, a relação entre os mundos visível e invisível, entre os vivos e os mortos, o sentido de comunidade e o respeito quase religioso da figura da mãe. Mas também existem grandes diferenças nos deuses cultuados, símbolos sagrados, proibições, costumes sociais, entre outros, que variam de região para região e, às vezes, de uma aldeia para outra.” (Bâ, 1992)

A ler

26.05.2025 | por Apolo de Carvalho

Kaydara - introdução

Kaydara - introdução Kaydara é o título de uma história didáctica que faz parte do ensino tradicional do povo fula da região da curva do rio Níger. É habitual o mestre contar a história em serões, perante um público de jovens e idosos. Na maior parte das vezes, conta apenas fragmentos; chega ao círculo dos aldeões, senta-se, conta a história, pára e só retoma o seu relato três meses mais tarde. Porém, por vezes, conta-a de uma só vez durante “as longas noites da estação fria”, enquanto um guitarrista o acompanha. Ou pode começar subitamente a desenvolver um dos símbolos, por ocasião de um acontecimento que tenha analogias com esse mesmo símbolo.

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30.03.2025 | por Amadou Hampâté Bâ