Baile do Carmo


direção: Shaynna Pidori

 assistente de direção: Luana A. Costa

 produção executiva: Daniel Hanai

Com 26 minutos de duração, Baile do Carmo foge das tradicionais formas de narrar documentários sobre festejos históricos e constrói sua narrativa a partir das expectativas e preparativos de seus personagens: o imaginário dos frequentadores do evento é o detalhe mais importante da produção. Assim, destacam-se os preparativos para a festa, a integração entre as famílias e a valorização da comunidade negra na formação da sociedade local. A consciência de sua ancestralidade afro-brasileira junto ao desejo pela partilha do momento festivo e da alegria do encontro, toma o primeiro plano nas falas das personagens, desvelando-nos o segredo da longevidade e resistência do Baile do Carmo.

Em clara manifestação ritualística, a encenação de sua véspera traz à tona as histórias íntimas e coletivas de homens e mulheres que assinalam em suas palavras e gestos a beleza de sua afro-brasilidade: o cuidado com as vestimentas, a criação dos penteados, o frio na barriga ao pisar o salão pela primeira vez, a expectativa dos reencontros… O ápice do ritual, o Baile do Carmo em seu esplendor, congrega as diferentes gerações que, ao longo da história, inscreveram no tecido social de Araraquara a letra da cultura afro-brasileira. 

 

aqui matéria da TV Brasil

22.04.2011 | por martalanca | Baile do Carmo, documentário