Reflexões sobre “A Utopia no romance 'Biografia do Língua', de Mário Lúcio Sousa”, de João Paulo Tavares de Oliveira - parte I

Reflexões sobre “A Utopia no romance 'Biografia do Língua', de Mário Lúcio Sousa”, de João Paulo Tavares de Oliveira - parte I Referindo-se às diferentes vertentes da intervenção escrita dos claridosos, nomeadamente na poesia, na prosa de ficção, na crónica, na crítica literária, em entrevista, na reportagem e na prosa cientifica (em especial na linguística do idioma crioulo e na antropologia da mestiçagem cultural e biológica ocorrida nas ilhas), dizia Baltasar Lopes da Silva que, nas condições de Cabo Verde, os mesmos escritores claridosos eram, de algum modo, obrigados a ser policlínicos no exercício do seu ofício de letrados.

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31.10.2022 | por José Luís Hopffer Almada

"Uma visita inesperada", entrevista a Carla Fernandes

"Uma visita inesperada", entrevista a Carla Fernandes "A escrita de literatura infantil é uma aventura. É um exercício de regresso a um tempo em que não se tinha certezas, mas em que havia muita ousadia. Um tempo em que se transformava as incertezas em certeza de que não se sabe, mas que tem de se descobrir. E descobria-se e criavam-se mundos e possibilidades. A escrita de literatura infantil é um processo de sobrevivência."

Cara a cara

28.10.2022 | por Carla Fernandes

Brasileiros na fronteira, um rasto no deserto

Brasileiros na fronteira, um rasto no deserto Desde 2019, a crise económica no Brasil atirou dezenas de milhares de pessoas para uma longa rota de migração em direção à fronteira entre o México e os Estados Unidos. Famílias inteiras juntam-se a centro-americanos, cubanos, haitianos, venezuelanos, africanos ou asiáticos num caminho perigoso. Sem retorno, este caminho, para os que o deserto lhes tira o alento.

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26.10.2022 | por Pedro Cardoso

Vozes femininas e o livre imaginar

Vozes femininas e o livre imaginar Estarão as obras literárias de autoria afrodescendente criadas em Portugal a contribuir também para desafiar a identidade europeia, na sua complexidade e diversidade? Tendo presente a «ferida aberta» que o colonialismo continua a ser, mas não se limitando ao seu tratamento, que novas relegações sociais e invisibilidades político-culturais poderão estas vozes [contribuir para mostrar] apontar na paisagem europeia?

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25.10.2022 | por Liz Almeida

Pandemia e arte: pensar (de novo) num “isolamento coletivo” - um diálogo com a artista de Berlim, Marta Stanisława Sala

Pandemia e arte: pensar (de novo) num “isolamento coletivo” - um diálogo com a artista de Berlim, Marta Stanisława Sala Disponibilizamos agora a versão portuguesa actualizada de um diálogo que fizemos há um ano com Sala por duas razões. Primeiramente, estamos a organizar a primeira exposição individual, em Novembro, em Berlim, da iniciativa cujos membros principais têm formado uma colectiva de artistas com a mesma denominação “Arbeitspause”. Em segundo lugar, com os tempos já frios e enfrentando os elevados preços de energia, ficamos a pensar, de novo, num isolamento possível, no contexto de uma Berlim que tem sido afectada pela invasão russa contra a Ucrânia.

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18.10.2022 | por Cheong Kin Man

20ª Edição DocLisboa

20ª Edição DocLisboa São conhecidos os prémios do 20º Doclisboa.

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18.10.2022 | por vários

Visão de África I

Visão de África I A única solução potencial para a Europa, onde os reformados excedem os trabalhadores, sendo duas vezes mais do que estes, e onde as mortes superam os nascimentos, será contar com um fluxo constante de imigrantes, com a maioria dos recém-chegados a serem oriundos do único continente que ainda apresenta um crescimento na população: África.

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18.10.2022 | por Ednilson Leandro Pina Fernandes

Afro Portugal 2022

Afro Portugal 2022 Este amplo programa insere-se nos debates atuais sobre memória colonial, o racismo, e coloca em destaque as vozes artísticas negras, africanas e afrodescendentes em Portugal, de várias gerações. Inclui performances, exposições, filmes, debates, literatura, música, workshops e ações socioeducativas, culminando na peça “Aurora Negra”.

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14.10.2022 | por vários

Fotografia contemporânea polaca na Alemanha

Fotografia contemporânea polaca na Alemanha A exposição, que visa dar voz a uma jovem geração de fotógrafxs da Polónia, inclui ainda o trabalho de Irena Kalicka, jovem artista crítica à tendência do seu país em virar para a extrema-direita. Tive a oportunidade de apresentar uma fotografia dela na revista “Fantasia Macau” no ano passado.

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13.10.2022 | por Cheong Kin Man

As histórias de jovens mortas nas manifestações por liberdade e contra o uso do véu no Irão

As histórias de jovens mortas nas manifestações por liberdade e contra o uso do véu no Irão A morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia policial levou à eclosão de uma onda de protestos no Irão. A jovem foi detida pela chamada "polícia da moralidade" por causa da forma como usava o véu islâmico – segundo relatos, teria deixado alguns fios de cabelo visíveis sob o hijab. Segundo testemunhas, Mahsa foi agredida numa viatura. A polícia nega, e diz que ela morreu por causa de um problema cardíaco pré-existente. O uso do véu tornou-se obrigatório no país após a Revolução Islâmica, em 1979, que transformou a vida dos iranianos – principalmente as mulheres, que viram os seus diretos serem bastantes restringidos.

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12.10.2022 | por Haniya Ali

Informalizar o formal

Informalizar o formal A cidade informal “fala” e “grita” sobre o desajuste da gestão urbana e do planeamento às necessidades de uma enorme maioria habitacional em todo o mundo. Contém, subentendida, as problemáticas, lógicas, necessidades, dinâmicas que caracterizam as sociedades hipertexto e ensaia algumas das respostas urbanas que estas sociedades necessitam. Fá-lo de entranhas expostas pondo a nu o que Acher chama “as cinco grandes evoluções que parecem caracterizar a terceira revolução urbana moderna”.

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12.10.2022 | por Maria João Teles Grilo

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane O cinema tem um papel político em Moçambique, mesmo que os nossos filmes não sejam políticos. Foi criado como um instrumento político, teve uma influência regional enorme: os nossos documentários tiveram influência na África do Sul pós-apartheid, no Zimbabué, na Namíbia, em Angola, em todos os países da região. Foi uma ideia genial e extraordinária da Frelimo pós-independência, que trouxe para cá [Jean-Luc] Godard, Jean Rouch, Ruy Guerra e dezenas de outros cineastas e gente do cinema: cubanos, italianos, ingleses, franceses.

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11.10.2022 | por Lurdes Macedo

Do artista enquanto ferramenta reacionária

Do artista enquanto ferramenta reacionária Eram significados semióticos que me alertavam que, em caso de ser inevitável isto de ser artista, seria preciso mudar, ser assimilada, enquadrada em um devir. A macaca já era fêmea, de território inóspito. Não seria permitido que fosse ainda incontornável, barulhenta. Era preciso adequar-se. Ser silenciosa, discreta, enigmática, misteriosa. E não, eu não era a Clarice Lispector.

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06.10.2022 | por Manuella Bezerra de Melo

Batalha Centro de Cinema inaugura a 9 de dezembro

Batalha Centro de Cinema inaugura a 9 de dezembro Com a missão de promover o conhecimento e a fruição cultural através do cinema e da imagem em movimento, o Batalha inclui no seu programa ciclos temáticos, retrospetivas e focos em práticas contemporâneas, bem como ligações entre o cinema e outras artes. Estimular a cinefilia e cultura fílmica através de projetos educativos, editoriais, formativos e de debate está no centro da atividade da nova instituição.

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04.10.2022 | por vários

Os fantasmas de Tlatelolco

Os fantasmas de Tlatelolco No verão de 1968, uma crise estudantil no México põe o governo de Gustavo Díaz Ordaz à beira de um ataque de nervos. O braço-de-ferro acaba de forma abrupta a 2 de outubro, com o massacre de um número indeterminado de manifestantes na Praça das Três Culturas, no bairro de Tlatelolco.

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03.10.2022 | por Pedro Cardoso

De "bastarda" a discípula, entrevista a Sofia Pinto Coelho sobre o filme "Daniel e Daniela"

De "bastarda" a discípula, entrevista a Sofia Pinto Coelho sobre o filme "Daniel e Daniela" Um pai exigente e, tantas vezes, “chato” e uma filha pré-adolescente, numa fase ainda autocentrada, que se espicaçam permanentemente para ver qual deles é mais esperto e estão unidos por um amor incondicional. (...) Quantos fariam o mesmo? Quanto viraram costas a filhos que deixaram em África, fruto de relações (fossem amorosas ou violentas) com raparigas africanas, sem um remorso ou hesitação?

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01.10.2022 | por Marta Lança