“Fuckin' Globo!”

21 de dezembro às 19 h - 22h  no Hotel Globo em Luanda!

Aos kambas e amantes da arte nas redondezas não percam!!! A exposição colectiva “Fuckin’ Globo!” reúne vários artistas multidisciplinares, que apresentarão trabalhos em diferentes linguagens tais como performance, fotografia, som e instalação no mítico Hotel Globo, um empreendimento incontornável na vida cultural da baixa de Luanda. Nesta exposição pretende-se fazer uma abordagem sobre o uso do corpo, da imagem e do som, numa era em que o dialogo é substituído pela violência dos equipamentos de alta tecnologia, e em que a galopante globalização dos conflitos tornou-se no principal factor de contaminação e homogeneização cultural.Em “Fuckin´ Globo!”, o espaço se tornará parte indissociável do conceito das obras apresentadas, criando uma interação em uníssono entre as várias intervenções, afim de representar um universo submerso numa gritante cacofonia. Num ambiente claustrofóbico, e na intimidade dos quartos, as obras no Hotel Globo pretendem funcionar como uma metáfora sobre a inconformidade de quem vive num planeta em pleno caos e de acelerada mutação. A palavra e a imagem serão submetidas a um processo de distorção e manipulação, arriscando sobre os limites e definições da criação artística num especifico contexto geográfico.

Artistas:

Globo 112 (João Ana e Elepê)

Edson Chagas

Kiluanji Kia Henda

Marcos Kabenda

Orlando Sérgio

**

The collective exhibition “Fuckin’ Globo!” is an assemblage of interdisciplinary artists and they’ll be displaying works in a wide range of art mediums and form such as performance, photography, sound and installation, at the mythical Hotel Globo, a pivotal building on Luanda’s downtown cultural life. The aim of the exhibition is to discuss the modern use of the body, image and sound, at the contemporary days we’re living, where verbal communication is replaced by the violence of the high tech hardware and the ever growing global warfare has become the principal factor of the cultural contamination and similarity.On “Fuckin’ Globo!” the space of the exhibition will be an inseparable part from the general concept of the works being shown by the artists, generating an unison from the various interventions, that will end up representing an Universe submersed in a giant cacophony. At a claustrophobic environment and the intimacy of the rooms, the purpose of the performances is to set a metaphor on the unconformity set to all of us living on a planet full of chaos and advanced mutation. Word and image will be put through a process of distortion and manipulation, thus venturing on the limit and definition of artistic creation at a specific geographical context.

23.12.2023 | par martalanca | artistas angolanos, Edson Chagas, Elepê, Fucking Globo, João Ana, kiluanji kia henda, Marcos Kabenda, Orlando Sérgio

Pérola Sem Rapariga |

direção e encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida

40.º Festival de Teatro do Seixal

Fórum Cultural do Seixal

16 NOV, 21H30

Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse.

“A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.

Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas.

Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”

Pérola Sem Rapariga©Filipe FerreiraPérola Sem Rapariga©Filipe Ferreira

Pérola Sem Rapariga©Filipe FerreiraPérola Sem Rapariga©Filipe Ferreira

direção, encenação: Zia Soares

texto: Djaimilia Pereira de Almeida

com: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça

artista visual: Kiluanji Kia Henda

instalação e figurinos: Neusa Trovoada

música e design de som: Xullaji

design de iluminação: Carolina Caramelo

assistência à encenação de movimento: Lucília Raimundo

vídeo promocional: António Castelo

produção executiva: Ngleva Produções

coprodução: Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia)

apoio: Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista

duração: 1H

09.11.2023 | par martalanca | Djaimilia Pereira de Almeida, kiluanji kia henda, Neusa Trovoada, Xullaji, Zia Soares

Big Bang Henda, de Fernanda Polacow

Derrubando estátuas e símbolos, construindo novas memórias, enquadrando a paisagem destruída, escrevendo cartas para o futuro, revertendo dinâmicas de poder: Big Bang Henda é um documentário-poesia-manifesto sobre o trabalho do artista angolano Kiluanji Kia Henda. Ele leva-nos numa viagem pelas suas criações e reflexões, que estão na vanguarda do pensamento anticolonial, instando-nos a considerar a forma como as gerações que cresceram durante ou no rescaldo da guerra reinterpretam esse acontecimento.

Doc Lisboa 24 Out • 19:00 / 21’
Culturgest - Auditório Emilio Rui Vilar

 

16.10.2023 | par martalanca | Doc Lisboa, kiluanji kia henda

Terra (In)submissa, instalação de Bruno Moraes Cabral e Kiluanji Kia Henda

Relatórios oficiais inéditos sobre os estabelecimentos prisionais portugueses em Angola e Moçambique revelam condições de detenção desumanas. Com o advento das lutas independentistas, o regime lança grandes empreendimentos para criar novos estabelecimentos modelo, mas neles famílias inteiras são reclusas e forçadas ao trabalho. Esta vídeo-instalação também reflete, de forma mais poética, sobre a ideia de liberdade e resistência. Uma narração fictícia intemporal, que cria um contraponto com as imagens de arquivo e a sua dimensão histórica. Uma obra de Kiluanji Kia Henda e Bruno Moraes Cabral sobre a privação de liberdade mais extrema da época colonial e, ao mesmo tempo, a ficção como o derradeiro espaço de resistência.

Museu do Aljube, Lisboa, de 23 de fevereiro a 31 de março


22.02.2023 | par martalanca | Bruno Moraes Cabral, instalação, kiluanji kia henda, liberdade, prisão, video

Now that we found freedom, what are we gonna do with it?

Narrativas sobre a pós-independência e processos de descolonização

Curadoria: Kiluanji Kia Henda & Ana Sophie Salazar

Inauguração: 7 de Abril de 2022, das 18h às 21h

Datas: Exposição patente até 12 de Maio 2022, Quarta a Sábado, das 15h às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artistas:
Hélio Buite
Clara Ianni
Rui Magalhães
Mussunda N’Zombo
Daniela Ortiz
Mwana Pwo
Yoel Díaz Vázquez
Castiel Vitorino Brasileiro

Esta exposição é o início de um estudo mais amplo que foca nas narrativas dos povos que conquistaram a independência após longos séculos de colonialismo. Ocupando o lugar da conquista, os oprimidos falam desde esse lugar de poder para repensar a própria ideia de poder e as suas possíveis formas de reorganização. A luta pela independência deu azo a várias outras lutas através da sua re-significação pós-independência, um período chamado de liberdade, marcado pela necessidade de desmantelar as heranças coloniais. Os preconceitos deixados pelo patriarcado e o cristianismo impregnam ainda hoje a textura social das ex-colónias europeias, impulsando as gerações mais jovens a fortalecer os movimentos sociais, feministas e transfeministas para combater esse legado. Esses são os movimentos e lutas que perguntam, com pertinência e ímpeto, o que foi feito com a conquista da liberdade. Para este questionamento é vital não só a consciência das conquistas que formam hoje África e as Américas descolonizadas, mas também o sentimento de responsabilidade pelas suas lutas anteriores. Os artistas reunidos questionam colectivamente a gestão da liberdade pós-independência e quais são as lutas de hoje.

Os olhos e ouvidos estão postos em futuros inclusivos, onde categorias de representação fluem de forma descentralizada. Enquanto a figura de poder autoritário é desconstruída, celebram-se multiplicidades culturais e sociais e exploram-se noções de liberdade e civismo. A indagação dos processos políticos e históricos da pós-independência permite repensar as relações de colonialidade com o ocidente. Na exposição ressaltam-se pontos de referência desde Angola, aos quais se juntam vozes do continente latino-americano com demandas similares. Através dos trabalhos expostos, um outro legado, paralelo e inverso ao colonial, é trazido para primeiro plano para ser homenageado, assim como continuado. Trata-se da herança de todas as diversas forças de resistência, a vida que sempre encontrou formas de luta.

Concebida pelo artista Kiluanji Kia Henda e HANGAR – Centro de investigação artística, com co-curadoria de Ana Sophie Salazar, a exposição é uma extensão do convite a Kiluanji que lhe concede carta branca para esta tomada do espaço. Participam os artistas emergentes angolanos Hélio Buite, Rui Magalhães e Mwana Pwo, os quais foram nomeados por Kiluanji para uma residência no HANGAR durante o mês de Março, assim como os artistas Clara Ianni, Mussunda N’zombo, Daniela Ortiz, Yoel Díaz Vázquez e Castiel Vitorino Brasileiro.

Mais informação.

17.03.2022 | par Alícia Gaspar | ana sophie salazar, colonialismo, exposição, HANGAR, kiluanji kia henda, pós-colonialismo

HANGAR | Carta Aberta | March 2022

Carta Aberta

Artistic Direction  

Kiluanji Kia Henda

Artist in residency 

Mwana Pwo [ANG]
Hélio Buite [ANG]
Rui Magalhães [ANG]

Program conceived by the artist Kiluanji Kia Henda and HANGAR - Center for artistic research, which gives him carte blanche for this takeover of the space with the Angolan artists Hélio Buite, Rui Magalhães and Mwana Pwo.

Project supported by DGARTES 

©️Rui Magalhães, Pelo Poder, 2021, video still.

Read more

16.03.2022 | par Alícia Gaspar | carta aberta, dgartes, HANGAR, kiluanji kia henda

Kiluanji Kia Henda | A Healing Path for Phantom Pain

Kiluanji Kia Henda

04 February - 05 March 2022

Goodman Gallery, London

Goodman Gallery is pleased to present “A Healing Path for Phantom Pain”, Kiluanji Kia Henda’s first solo exhibition in the UK. The exhibition brings together bodies of work continuing the artist’s exploration of collective memory through engagement with landscapes and public structures.

The title of the exhibition couples the painful realities of the past — which present themselves as ghostly recurrences — with the hopeful possibility of recovery. More pointedly, it reflects on the history of Angola through a critique of structures of power that continue colonial legacies. The artist explains; “On the street where I grew up in Luanda, there was a school, a cinema, a police station, and a Catholic church next to an Orthopaedic centre – each of which played a part in the colonial strategy. I decided to focus on the Catholic church and the Orthopaedic centre to think through Western influences in Angola’s history and its devastating conflict.”

The 20th anniversary of Princess Diana’s death in 2017 coincided with Kia Henda’s return to Luanda from New York — a trip during which Diana’s humanitarian efforts were advertised broadly in international media. Part of Diana’s efforts included a visit to Angola, in 1997, where she lobbied against the military industry which benefited from the terror of war, particularly in the production and distribution of anti-personnel landmines. Through photographs, a video installation, as well as new sculptural installations, Kia Henda reflects on the continued effects of active landmines in Angola. A vestige of the brutal civil war, anti-personnel landmines continue to threaten the lives of civilians across the country.

Terra inóspita is a new sculpture that gestures at illusions of safety. The work is modelled on signs used to warn people of the existence of anti-personnel landmines. Made from 117 glass rods, Terra inóspita is a reinterpretation of these warning signs which are often made of wooden sticks painted red and white. The translucency and fragility of glass as a material reflects on the battlefield as a site of deadly experimentation, a lethal laboratory of forts. Loosely translated from Portuguese as “inhospitable land”, the sculpture reflects frustration at the inefficacy of measures to prevent death. Kia Henda recalls small children playing near these signs, wholly unaware of the dangers of existing landmines. Through this work, he pushes against the historicization of the war, returning these concerns to the present moment. Alongside this work is a clay sculpture, A Healing Path for Phantom Pain, based on rehabilitation apparatus used by patients at the Neves Bendinha Orthopaedic Centre. The work reflects on processes of healing and recuperation. The sculpture functions as a model for Kia Henda’s plans to replicate a lifesize rehabilitation apparatus, using sand. For the artist, both materials of sand and clay contain fragility and have a connection to healing pains of the past.

The series of photographs in the exhibition document the Neves Bendinha Orthopaedic Centre and the Santa Ana Catholic church. Devoid of human beings and with no signifiers of time, the images capture an enduring melancholy and restlessness. Both the Orthopaedic centre and the church are a reflection of sites of hope for many Angolans who experienced the effects of war. And yet they reveal themselves as not completely within reach — enclosed, protected…and therefore empty.

Restless Landscape is a series of digital print montages. The images are an assemblage of photographs of the landscape in the central part of Angola where the civil war was particularly damaging. Thinking about the impact of war on both people and on nature, Kia Henda gestures towards trauma’s ability to root itself into the land, thereby necessitating a process of healing and renewal. By creating the photomontages, he is recreating a new landscape filled with overlapping trees — this process of manipulation is Kia Henda’s attempt at rehabilitating the land from a traumatic past.

In Phantom Pain – A letter to Henry A. Kissinger (2020), part of which is filmed at the Neves Bendinha Orthopaedic Centre, Kia Henda confronts former United States Secretary of State Henry Kissinger for his involvement in crimes against humanity and the resultant enduring pain his decisions caused. Kissinger, of course, remains a polarising figure hailed as both war criminal and venerated as a Nobel prize laureate. Through this work, Kia Henda points to the ways in which the retelling of history is illusory, perhaps even deceptive.

Through a meditation on the geopolitical, “A Healing Path for Phantom Pain” studies how trauma travels temporally and spatially while also confronting the painful process of overcoming that trauma.

KILUANJI KIA HENDA

Kiluanji Kia Henda (b. 1979, Luanda, Angola) employs a surprising sense of humour in his work, which often homes in on themes of identity, politics, and perceptions of post-colonialism and modernism in Africa. Kia Henda brings a critical edge to his multidisciplinary practice, which incorporates photography, video, and performance. Informed by a background surrounded by photography enthusiasts, Kia Henda’s conceptual-based work has further been sharpened by exposure to music, avant-garde theatre, and collaborations with a collective of emerging artists in Luanda’s art scene. Much of Kia Henda’s work draws on history through the appropriation and manipulation of public spaces and structures, and the different representations that form part of collective memory, in order to produce complex, yet powerful imagery.

Kia Henda has had solo exhibitions in galleries and institutions around the world. His work has featured on biennales in Venice, Dakar, São Paulo and Gwanju as well as major travelling exhibitions such as Making Africa: A Continent of Contemporary Design and The Divine Comedy: Heaven, Hell, Purgatory revisited by Contemporary African Artists. In 2019, Kia Henda’s work was acquired by Tate Modern in London, and he was selected to participate on the Unlimited sector at Art Basel. In 2020, Kia Kenda exhibited at the MAN Museo d’Arte Provincia di Nuoro in Italy, marking his first solo exhibition in a major European museum.

Kia Henda currently lives and works between Luanda and Lisbon.

05.02.2022 | par Alícia Gaspar | A Healing Path for Phantom Pain, Art, culture, exhibition, goodman gallery, kiluanji kia henda

CIAJG | Novo Ciclo de Exposições: "Nas margens da ficção"

No próximo dia 16 de abril, às 17h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) dá início a um novo programa artístico do museu, intitulado Nas margens da ficção, com curadoria geral de Marta Mestre, que será assinalado pela inauguração de 8 exposições inéditas com intervenção de vários artistas e novos diálogos com a coleção permanente de José de Guimarães. As novas exposições poderão ser visitadas gratuitamente no dia de abertura até às 21h00. 

“Nas margens da ficção” sucede a “Para além da história” (2012-2020), programa com a autoria de Nuno Faria e que fundou o carácter reflexivo e curatorial do CIAJG, definindo a sua matriz de exposições inéditas inspiradas nas especificidades do acervo do museu, do território e do mundo.

Os caminhos da ficção, tal como pensados neste novo programa, continuam o carácter reflexivo do CIAJG, ao mesmo tempo que apontam para alternativas à experiência da História. A dimensão subjetiva e irregular da ficção, tal como aqui é entendida, diz respeito ao museu em primeiro lugar. Espaço tradicional da purificação dos discursos, mas também crise entre objetos, subjetividades e ideias, importa repensar o seu sistema de montagem (a tesoura, que aparece amiúde no trabalho de José de Guimarães, é uma das imagens-guia do programa). 

De baixo para cima, do piso -1 ao piso 1, as Exposições que agora se inauguram percorrem várias dimensões da ficção e vão para além da mesma. O tema “fundacional” do Colosso de Pedralva, um caso local de arqueologia especulativa que institui a história como anedota. Um teatro de personagens insólitos, de Fernão Cruz. A máquina do mito, com Horácio Frutuoso, José de Guimarães, Kiluanji Kia Henda, Manoel de Oliveira e Anna Francheschini. As verdades e as ficções do “pasado”, com Rodrigo Hernández. Néons de letras e a desconstrução do signo, por José de Guimarães. “Cosmic Tones”, de Francisca Carvalho. O cinema de Sarah Maldoror em curto-circuito com a Sala das Máscaras. A transmissão e a emancipação nas “maternidades” africanas da coleção de José de Guimarães, e no trabalho de Yasmin Thayná, Maria Amélia Coutinho e Carla Cruz. As tradições do contar e do narrar dos povos de Cabinda em articulação com o “Alfabeto Africano” de José de Guimarães.

Para assinalar este momento, editamos um “Glossário para Nas margens da ficção”, que pode ser descarregado como PDF. Conta com verbetes de autores e autoras de várias nacionalidades, textos inéditos e republicações, tais como, “Monstros” (Eduarda Neves), “Máquina Mitológica” (Vinicius N. Honesco), “FC/SF - Especulações sobre uma ficção científica tecno-afro-xamânica-feminista” (Patrícia Mourão e Luiza Proença), “Anedota” (Eduardo Sterzzi), “Pangolim” (Sénamé Koffi Agbodjinou), “Realidade” (Matheus Rocha Pitta), “Ficção” (Tatiana Salem Levy), “Museu para o séc. XXI” (Pollyanna Quintella), “Narrador Narrações” (José Marmeleira), “Oralidade” (Tiago Pereira), “Storytelling e Antropologia” (Filipe Verde), “Talismã” (Marta Mestre), “Fim do Mundo” (Yuri Firmeza), “Especulação” (Musa Paradisíaca), “Diorama” (Marta Jecu), Bestiário VII. Colosso Colossal (Pedro G. Romero), entre outros.

Há ainda para descarregar em PDF o Jornal de Exposição com os textos de sala e contribuições da artista Carla Cruz e de João Pedro Sousa (Bolsa de investigação em Antropologia CRIA. ISCTE/ CIAJG. Oficina _ FCT).

NAS MARGENS DA FICÇÃO

SALAS 1 – 8  
COLEÇÃO 
José de Guimarães  
Arte Africana  
Pré-Colombiana  
e Antiga Chinesa  

SALA 2  
MISTÉRIOS DO FOGO  
A música portuguesa a gostar dela própria  

Carla Cruz  

José de Guimarães  
Maria Amélia Coutinho  
“Maternidades” africanas da coleção de José de Guimarães  
Yasmin Thayná  

SALA 3  
SALA DAS MÁSCARAS CONVIDA…  
Sarah Maldoror  

SALA 4  
COSMIC TONES  
Francisca Carvalho  

SALAS 5 – 6  
SIGNOS SINAIS  
José de Guimarães  

SALAS 7 – 8  
“PASADO”  
Rodrigo Hernández  

SALAS 9 – 11  
MITOS… NON… AVESSO  
Anna Franceschini  
Horácio Frutuoso  
José de Guimarães  
Manoel de Oliveira  
Kiluanji Kia Henda  

SALA 10  
QUARTO BLINDADO  
Fernão Cruz  

SALAS 12 – 13  
COMPLEXO COLOSSO  
Alisa Heil e André Sousa  
Andreia Santana  
Carla Filipe  
Gareth Kennedy  
Jeremy Deller  
José de Guimarães  
Jorge Barbi  
Jorge Satorre  
Lola Lasurt  
NEG: Nova Escultura Galega  
Pedro G. Romero  
SAL Joaquim António Salgado de Almeida  
Taxio Ardanaz  

Curador convidado 

Ángel Calvo Ulloa

Horário 

Terça a Sexta  10h00 – 17h00   
Sábado e Domingo  11h00 – 13h00

13.04.2021 | par Alícia Gaspar | alfabeto africano, Anna Francheschini, ciajg, exposição, história, Horácio Frutuoso, José de Guimarães, kiluanji kia henda, Manoel de Oliveira, marta mestre, Museu, nas margens da ficção

Kiluanji Kia Henda | Something Happened on the Way to Heaven

Galerias Municipais – Galeria Avenida da Índia
Curadoria: Luigi Fassi
03.11.2020 – 10.01.2021
Visita com a presença do artista: 03.11.2020 – 17h
(marcação prévia: bilheteira@galeriasmunicipais.pt)


As Galerias Municipais têm o prazer de apresentar Something Happened on the Way to Heaven, primeira grande exposição individual dedicada a Kiluanji Kia Henda (Luanda, Angola, 1979), um dos mais relevantes artistas e ativistas de origem africana no panorama da arte contemporânea.
Something Happened on the Way to Heaven apresenta uma série de esculturas e instalações criadas especialmente por Kiluanji Kia Henda enquanto artista em residência na Fundação LUMA em Arles, França, e no Museu MAN em Nuoro, Sardenha (com o apoio da Sardegna Film Commission), às quais se associam trabalhos fotográficos anteriores. Nas novas peças do artista, a beleza idílica da paisagem mediterrânica contrasta com os traços arquitetónicos da Guerra Fria e com a história contemporânea dessa região entre a África e a Europa como lugar de migração e injustiça social.

Something Happened on the Way to Heaven é formulada como uma observação sobre o mundo mediterrânico com duplo sentido – um idílio aparentemente paradisíaco que revela a presença do seu oposto. Com efeito, as obras de Kiluanji Kia Henda evidenciam a dialética contraditória entre um esplendor natural dotado de traços idealizados e um obscuro reverso de ameaças históricas e atuais.
O primeiro elemento dialético é, evidentemente, a beleza. Representada pela natureza mediterrânica e pela idealização do mar e da costa, esta beleza tornou-se uma mercadoria massificada pelo turismo contemporâneo. O segundo elemento é representado pelos vestígios da Guerra Fria e pela imagem inquietante do Mediterrâneo nos dias de hoje, já não visto como uma ponte entre mundos, línguas e culturas diferentes, mas como uma miragem da esperança de uma nova vida que leva à morte milhares de pessoas que tentam atravessar o mar para o conseguir.

Este território entre a África e a Europa é, assim, interpretado no seu contraste discordante entre a beleza das suas paisagens costeiras e o drama contemporâneo do Mediterrâneo, considerado um lugar de conflito e de bloqueio, a fronteira de uma Europa que se fecha atrás de uma cortina de barreiras jurídicas e físicas cada vez mais rígidas. O tema do movimento e da migração é evocado através de imagens zoomórficas como os flamingos, que têm um estilo de vida nómada e sem regras sazonais rigorosas. Aqui, eles simbolizam a migração como um fenómeno livre, imprevisível e universal. O Mediterrâneo e os territórios subsarianos estão, assim, ligados entre si como geografias instáveis e em constante mudança, testemunhando as transformações recentes e futuras que afetam os respetivos continentes da Europa e de África.
Em colaboração com a Publitaxis & Publiroda e a CP – Comboios de Portugal a exposição Something Happened on the Way to Heaven de Kiluanji Kia Henda ainda conta com oitenta cartazes aleatoriamente distribuídos em algumas das carruagens dos comboios regulares da Linha de Sintra, com imagens da obra A Sina de Otelo / Othello’s Fate (Act I, II, III and IV) de 2013.

*
Medidas preventivas Covid 19:
As Galerias Municipais têm uma lotação máxima; É proibida a entrada de grupos com mais de 10 pessoas; É obrigatório o uso de máscara dentro do edifício; Desinfete as mãos à entrada; Mantenha a distância de segurança de 2 metros; Evite o aglomerar de pessoas; Adote as medidas de etiqueta respiratória; Coloque máscaras e luvas nos caixotes do lixo reservados.

26.10.2020 | par martalanca | exposição, Galerias Municipais, kiluanji kia henda, luigi fassi

"Taxidermy of the Future" na 6ª Bienal de Lubumbashi, com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento

6ª Bienal de Lubumbashi 24 de outubro a 24 de Novembro República Democrática do Congo

Bruno Leitão, co-fundador e diretor curatorial do HANGAR em Lisboa, e Paula Nascimento, co-fundadora do estúdio Beyond Entropy Africa em Luanda, iniciam hoje, dia 24 de outubro, o programa de vídeo Taxidermy of the Future, que acontece no âmbito da 6ª Bienal de Lubumbashi, na República Democrática do Congo.

Taxidermy of the Future reúne trabalhos de Grada Kilomba, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda, cujas práticas investigam o Passado e as suas diferentes temporalidades, para refletir sobre o Futuro. Os trabalhos selecionados - Illusions Vol. I, Narcissus and Echo, Grada Kilomba (2017), Havemos de Voltar, Kiluanji Kia Henda (2017) e Beauty, Mónica de Miranda (2018) - têm em comum a dissecação de fantasmas persistentes nas sociedades Europeias e Africanas, desde os mitos Greco-Latinos ao período colonial. Nascidos em Angola ou em Portugal, os três artistas trabalham em múltiplos media e privilegiam o vídeo como narrativa de expressão. Entre história e não-ficção, os trabalhos que compõem este programa são testemunhos vivos da atual vitalidade da criação angolana e suas diásporas.

'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda

'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda 'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda

A 6ª edição da Bienal de Lubumbashi realiza-se entre 24 de outubro e 24 de Novembro, intitula-se Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line (“Futuras Genealogias, Contos da Linha do Equador”) e conta com direção artística da curadora e investigadora Sandrine Colard. Filipa César, com o Coletivo Cadjigue (Filipa César, Milena Iocha e Marinho Pina) e Délio Jasse, estão entre os artistas participantes no programa geral da Bienal, que nesta edição pretende testar possibilidades de redefinição da cartografia do mundo, explorando o paradoxo de acontecer numa região cuja história continua afundada nos recursos do seu solo, mas que, paralelamente, beneficia de uma posição geográfica ímpar - localiza-se no coração de África e na linha de bissecção do globo, onde se intersetam os hemisférios sul e norte.

Esta será a primeira vez que a Bienal de Lubumbashi apresenta um programa de vídeo, e Taxidermy of the Future com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento é exibido diariamente no Institut Français / Halle de l’Etoile.

Sobre os curadores:

Bruno Leitão (Lisboa, 1979) vive entre Madrid e Sintra. Co-fundou e dirige o programa curatorial do Hangar - Centro de Pesquisa Artística em Lisboa, onde realizou exposições, palestras e seminários com artistas como Luis Camnitzer, Coco Fusco, Carlos Amorales, The Otolith Group, John Akomfrah, Rosa Barba, João Onofre, Lawrence Abu Hamdan, Elena Bajo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Alfredo Jaar, Fernanda Fragateiro e Zineb Sedira. Como curador independente, destacam-se entre os seus projetos mais recentes Pouco a Pouco de Ângela Ferreira no CGAC (Santiago de Compostela, 2019) e a co-curadoria com Mónica de Miranda de Affective Utopia na Kadist Foundation (Paris, 2019). Edita e contribui para catálogos, revistas e outras publicações de arte.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora independente. Co-fundou Beyond Entropy Africa, um estúdio de pesquisa que se concentra nos campos da arquitetura, artes visuais e geopolítica. Como curadora independente desenvolveu projetos para o Pavilhão de Angola na Bienal de Arte de Veneza em 2013 (Premiado com o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional), e exposições em Angola, África do Sul, Portugal, Itália, entre outros. É membro fundadora do coletivo cultural Pés Descalços em Luanda e colabora regularmente com várias revistas internacionais.

 

24.10.2019 | par martalanca | Bienal de Lubumbashi, Grada kilomba, kiluanji kia henda, Monica de Miranda

Affective Utopia I Kadist Paris

Avec Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo et Paulo Nazareth*

KADIST invite Mónica de Miranda et Bruno Leitão, fondateurs et directeurs de Hangar, un centre de recherche artistique situé à Graça (Lisbonne) pour une résidence curatoriale et une exposition.

Développée sur trois chapitres, l’exposition Affective Utopia abordera les questions et les défis relatifs à la production de connaissances artistiques et de pratiques curatoriales en regard des tensions et conflits générés par les problématiques Sud/Nord, des divisions géographiques, de l’assimilation culturelle et du besoin urgent de décoloniser les pratiques curatoriales et artistiques. 

Les artistes de l’exposition abordent différentes façons de penser et d’interpréter la notion d’utopie dans l’art contemporain. Le concept d’utopie implique deux notions liées bien que contradictoires : d’une part l’aspiration à un monde meilleur,  d’autre part le fait qu’elle n’existe dans nos imaginaires seulement qu’à travers les fictions inventées par les artistes. Affective Utopia réfléchit à cette ambivalence et pose la question de comment l’art peut être un outil de réflexion critique sur ses propres processus de socialisation et ses liens avec les concepts géographiques affectifs d’appartenance, d’origine et de diaspora.

Inviter une structure artistique en résidence permet d’expérimenter le déplacement de pratiques contextuelles pour offrir de nouvelles perspectives à des discussions ayant lieu à Paris et à l’international.

A Lisbonne, Hangar conçoit ses expositions comme des espaces d’engagement avec le public afin de depasser sa condition de spectateur, à travers des stratégies génératrices de sociabilité. Les fondateurs de Hangar souhaitent délocaliser cette approche à Paris le temps de l’exposition, en proposant un programme de rencontres en dialogue avec le public dans un autre contexte. 

Hangar est à la fois un espace d’exposition, de recherche et de résidences d’artistes. C’est également un centre éducatif qui organise des temps de discussion dans le but d’unifier les lieux géographiques et de stimuler le développement de pratiques artistiques et théoriques. Hangar cherche à développer des projets artistiques interdisciplinaires qui se concentrent sur la ville de Lisbonne en tant que scène centrale pour la culture contemporaine. La programmation artistique est tournée vers les problématiques Sud/Nord prenant comme référence la position spécifique de cette ville, carrefour géographique ainsi qu’historique.

*Les artistes de l’exposition à KADIST ont tous travaillé avec Hangar à Lisbonne à travers des résidences, des conférences ou des expositions.

With: Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo
and Paulo Nazareth*

++

KADIST invites Mónica de Miranda and Bruno Leitão, founders and directors of Hangar, an artistic research center located in Graça, Lisbon, for an art-space residency and exhibition.

Developed over three chapters, the exhibition Affective Utopia will approach questions and challenges relative to the production of knowledge in the arts and curatorial practices: a reflection on the tensions and conflicts generated by South/North issues, geographic divisions, cultural assimilation and the urgent need for decolonization of thought in curatorial processes and artistic production.

The artists in this exhibition discuss the different ways of thinking and performing utopia in contemporary art from a broad range of angles. The concept of utopia entails two related but contradictory perceptions: the aspiration to a better world, and the acknowledgement that its form may only ever live in our imaginations through the artists’ fictional reconstructions of reality. Affective Utopia reflects this general ambivalence, but it also poses the question of how art can be a tool for critical reflection of one’s own socialization process and to one´s connections to affective geographic concepts of belonging, origin and diaspora.

The purpose of the art-space residency is to experiment with delocalizing context relevant practices in order to offer new perspectives on discussions happening in Paris, and internationally. 

Hangar in Lisbon produces exhibitions as spaces of action for public engagement beyond spectatorship and through strategies that produce sociality. 

Delocalized at KADIST during the time of this exhibition, Bruno Leitão and Mónica de Miranda’s project will reframe this approach towards public engagement in another context and towards another audience. 

Hangar is comprised of a center of exhibitions, artistic residencies, and artistic studies. It is also a center of education, talks and conversations that unify geographic locations and stimulate the development of artistic and theoretical practices. It seeks to organize and produce the development of artistic inter-disciplinary projects and visual arts projects that focus on Lisbon as a central backdrop for contemporary culture. Hangar’s artistic program is focused on South/North problematics, taking from the specific position that Lisbon occupies both geographically as well historically.

*The artists in the exhibition have all worked with Hangar in Lisbon through residencies, talks or exhibitions.

Vernissage : le vendredi 8 février 2019
Opening on Friday, February 8, 2019Les chapitres / chapters:
1 — Concrete Utopia 
09.02 — 03.03 Avec / with Sammy Baloji & Filip De Boeck, Ângela Ferreira, Kiluanji Kia Henda
2 —Art as a Critical Tool 07.03 — 24.03 Avec / with Luis Camnitzer, Alfredo Jaar,Reynier Leyva Novo
3 —The Body as a Political Tool
04.04 — 21.04 Avec / with Grada Kilomba andPaulo NazarethLes événements / events*:26.02 Conférence de / talk by Sammy Baloji & Filip De Boeck
07.03 Conférence de / talk by Luis Camnitzer
12.04 Grada Kilomba en conversation avec / in conversationwith Paul Goodwin
*Tous les événements liés à l’exposition auront lieu à 19h au bureau de KADIST. / All associated events will take place at 7 pm, at the KADIST office.

VISIT KADIST, PARIS 19bis/21 rue des Trois Frères 75018 +33 1 42 51 83 49

04.02.2019 | par martalanca | Affective Utopia, Alfredo Jaar, ângela ferreira, Bruno Leitão, Filip De Boeck, Grada kilomba, HANGAR, KADIST, kiluanji kia henda, Luis Camnitzer, Monica de Miranda, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Sammy Baloji

Exposições do artista Kiluanji Kia Henda na Europa e no Brasil

PROJETO VENCEDOR DO PRÉMIO FRIEZE NA SUÉCIA 

'Under the Silent Eye of Lenin' will be part of the exhibition 'Memory Matters' 'Under the Silent Eye of Lenin' will be part of the exhibition 'Memory Matters' Sob o Olhar Silencioso de Lenine, projeto de Kiluanji Kia Henda premiado pelo Prémio Frieze em 2017 em Londres (entre candidatos de mais de 82 países) viaja para a Suécia. A instalação insinua um paralelo entre as práticas de feitiçaria e as narrativas de ficção científica instrumentalizadas pelas potências da Guerra Fria - União Soviética e os EUA. A exposição Memory Matters, na qual a obra será apresentada, incide nos temas da historiografia e memória, partilhando memórias coletivas. Em diálogo com acontecimentos sociais e políticos contemporâneos e os seus contextos, os artistas trabalham desde a pós ditadura no Uruguai ao tempo soviético na Lituânia, passando por questões do poder na África do Sul. Transformando e reinterpretando elementos da memória material, como estátuas e memoriais, problematizam a história oficial, opondo-se ao esquecimento, repressão ou apagamento.

DUAS EXPOSIÇÕES COLETIVAS EM INGLATERRA 

Em Plymouth, integrada no Projeto Atlântico com curadoria de Tom Trevor, apresenta a instalação arquitectónica After the Future na base do Centro Cívico, projectado pelo arquiteto Hector Stirling com a sua visão “utópica”. Interessado na ideia de reconstrução das cidades no pós-guerra, e pelo estilo modernista internacional que Stirling desenhou para o Centro Cívico, o artista relacionou-o com as experiências arquitetónicas em Luanda, e a perspectiva soviética sobre o futuro em Angola que nunca se concretizou. Fundem-se as narrativas de um novo mundo que projeta e idealiza, mas que não chega a acontecer.

A outra exposição coletiva que tem lugar em Bradford, também em Inglaterra, intitula-se Africa State of Mind e os curadores são Ekow Eshun e NAE. Nela fotógrafos de todo o continente africano interrogam ideias de ‘africanidade’ através de representações subjectivas da vida e da identidade africana enquanto enquanto estado mental e lugar físico, trazendo a complexidade da vida atual em África no combate às visões limitadas sobre o continente. O artista angolano apresenta a série intitulada A última viagem do ditador Mussunda N’Zombo antes da grande extinção. Esta série data de 2017 e teve a colaboração do performer Miguel Prince.

DA TRAGÉDIA À UTOPIA NO BRASIL  

Na cidade de Santos, integrado nas Oficinas do Festival de Imagem do Valongo, que decorre em novembro no bairro histórico homónimo, Kia Henda apresenta a exposição individual Sem título, sem pele – Da tragédia a utopia, que reúne três séries importantes da trajetória do artista: “Homem Novo” (2009-2012), “O destino de Otelo” (2013),  e “ A Última Viagem do Ditador Mussunda N’Zombo Antes da Grande Extinção” (2017). Refletindo sobre processos de curadoria engajados na discussão decolonial a curadoria Diane Lima refere que a intenção de mostrar esta exposição “centra-se num modo de leitura perfomativo a nível da linguagem que a própria narrativa das obras oferece” de um artista cujas obras, nas palavras de Lima, “nos arejam com novas formas de pensar e modos de fazer trazendo para o centro do debate as discussões em torno da forma da política e da política da forma.”  Salienta-se o pendor ficcional e irónico da obra de Henda, em combinações de mundos e léxicos, que revisita a História e as suas estruturas de poder inscrevendo nela novos protagonistas. 

Memory Matters [4 out 2018 – 17 fev 2019] 

Skissernas Museum, Lund (Suécia)

https://www.skissernasmuseum.se/en/exhibitions/memory-matters/

After the Future  [28 set - 21 out  2018] 

The Arts Institute, University of Plymouth (UK)

https://www.theatlantic.org/kiluanji-kia-henda

Africa State of Mind [29 set 2018 - 16 dez 2018] 

Centro de arte New Art Exchange, Nottingham (UK) 

http://www.nae.org.uk/exhibition/africa-state-of-mind/143

Oficinas do Valongo Festival Internacional da Imagem [12 a 14 de outubro 2018] 

Valongo, Santos (Br)

https://www.valongo.com/oficinas

Continuez à lire "Exposições do artista Kiluanji Kia Henda na Europa e no Brasil"

03.10.2018 | par martalanca | kiluanji kia henda

A Ilha de Vénus, exposição de Kiluanji Kia Henda

18 de Maio até 30 de Junho 2018
Curadoria: Bruno Leitão
Hangar - Centro de Investigação Artística tem o prazer de apresentar A Ilha de Vénus, de Kiluanji Kia Henda. Concebida especificamente para o Hangar esta exposição transforma o espaço fisicamente e junta elementos da história e cultura europeia num mesmo objecto. Kia Henda aborda a aparente mobilidade da cultura nos contextos europeus e africanos. A mobilidade serve aqui também para repensar alguns dos processos actuais e passados das instituições europeias.
Inauguração: 18 de Maio, Sexta-feira | 19h às 22h
Entrada Livre
Exposição até 30 de Junho 2018
Quarta a Sábado | 15h às 19h

imagem de kiluanji kia hendaimagem de kiluanji kia henda

Kiluanji Kia Henda (b.1979, Angola). Vive e trabalha em Luanda, Angola. 
O interesse de Kia Henda pelas artes visuais surge por ter crescido num meio de entusiastas da fotografia. A ligação com a música e o teatro de vanguarda, fizeram parte da sua formação conceptual, tal como a colaboração com colectivos de artistas em Luanda. Participou em vários programas de residências em cidades como Veneza, Cidade do Cabo, Paris,Amman e Sharjah, entre outras.
Entre suas mais recentes exposições detacam-se: 1ª Trienal de Luanda, 2007; Pavilhão Africano, Bienal de Veneza, 2007;  Trienal de Guangzhou, 2008; 29ª Bienal de São Paulo, 2010; Museu Tamayo, Cidade do México, 2012; 1ª Trienal de Bergen, 2013; The Studio Museum of Harlem, Nova Iorque, 2013; Dakar Biennale, Dakar, 2014; Museum für Moderne Kunst, Francoforte and Smithsonian Institute, Washington, 2014; New Museum Triennial, New York, 2015; Centre George Pompidou, Paris, 2016; TATE Liverpool, 2016.Em 2012, Kia Henda ganhou o Prémio Nacional da Cultura e Artes, outorgado pelo Ministério da Cultura de Angola e, em 2017 venceu o Frieze Artist Award em Londres. 

Bruno Leitão, curador e escritor, nasceu em 1979 e vive e trabalha entre Madrid e Lisboa. Estudou na ESAD CR, na Fundação Calouste Gulbenkian/FBAUL e encontra-se a fazer um doutoramento na Universidad de Castilla La Mancha com o título “A curadoria entre o politico e o formalismo”. Os seus textos podem ser encontrados na revista Dardo e Atlantica (CAAM) e em vários catálogos como The Gap (comissariado por Luc Tuymans para Parasol unit, Londres e MUKHA). É director curatorial do Hangar Centro de Investigação Artística. Como curador independente, alguns dos seus mais relevantes projectos são: Ética, Politica e Arte para a Bienal de Vila Franca de Xira BF16 e You love me You love me not na Galeria Municipal Almeida Garrett (Porto, Portugal, 2015), El Buen Caligrama com Alain Arias Misson, Detanico Lain, Musa Paradisiaca e Los Torreznos na Gallery The Goma, Madrid, 2015; Narrativas Culturales, com Carlos Amorales, Sara Ramo, Marlon de Azambuja e Miguel Palma na Galería Paula Alonso, Madrid, 2014; Atelier Utopia Miguel Palma, Fundação EDP, Portugal, 2012; Contra/cto com Carlos Nogueira, Felipe Ehrenberg, Los Torreznos, Sandra Gamarra e Sara e André, 3+1 Arte Contemporânea, Lisbon, Portugal, 2014.

15.05.2018 | par martalanca | HANGAR, kiluanji kia henda

Exposição Luuanda I Hangar

Albano Cardoso_Defendamos as Crianças,2008Albano Cardoso_Defendamos as Crianças,2008

Inauguração: 20 de Setembro, Quarta-feira, 19h
Exposição: 21 de Setembro a 14 de Outubro, 2017 | Quarta a Sábado, das 15h às 19h
Artistas participantes: Albano Cardoso | Cristiano Mangovo | Ery Claver | Ihosvanny | Januário Jano | Kiluanji Kia Henda | Pedro Pires
Curadoria: Suzana Sousa e Paula Nascimento
ENTRADA LIVRE

A exposição Luuanda, título retirado da obra homónima de Luandino Vieira, pretende focar-se na experiência vivida da Luanda contemporânea, as suas personagens, ritmos, poesia, nostalgia e drama, seguindo a construção imaginária tão explorada na literatura de Luandino Vieira, Uanhenga Xito ou Ondjaki, entre outros, olhando para as suas dinâmicas actuais. Esta cidade pós-colonial é marcada também por fluxos migratórios e afectada por vários processos de mudança, pelo trânsito e as suas luzes e ruídos, pelos vendedores e vendedoras de rua que tudo têm disponível expondo aos seus clientes um importante espaço da economia informal do país. O que resulta numa circulação de corpos e vidas que parecem ter sido esquecidas pelo processo de crescimento do país.

Programa Paralelo 
21 de Setembro, Quinta-feira, 19h
Conversa Curadoras e Adriano Mixinge | Performance de Orlando Sérgio
27 de Setembro, Quarta-feira, 19h
Conversa com os artistas Pedro Pires e Cristiano Mangovo
11 de Outubro, Quarta-feira, 19h
Conversa com Paulo Moreira e Maria João Grilo (confirmar)

Mais informações: http://hangar.com.pt/luuanda

21.08.2017 | par martalanca | Albano Cardoso, angola, arte contemporânea, kiluanji kia henda, Luanda, Luuanda, Orlando Sérgio, Paulo Moreira, Suzana Sousa

In the days of a dark safari, Kiluanji Kia Henda I LISBOA

20.03.2017 | par martalanca | kiluanji kia henda

Concrete Futures, 8 March I LONDRES

“Since nature is uncomfortable, violent, we resort to architecture. We build monuments, houses, whole cities… And suddenly, it seems legitimate to rape the earth, to extract what we need from it. To construct a place and make it a home. A fortress where we cultivate our affections.” – Concrete Affection


Presented by Sheffield FringeConcrete Futures brings together films that deal with fiction and imagination, inviting encounters with speculative futures, which are nonetheless grafted onto the present, ‘documentary’ moment that haunts them. Moreover, through the use of images as documents and as drivers of the imagination, Serbian, Angolan and Spanish cityscapes are connected in a type of speculative haunting.

This haunting is expressed in the superimposition of images of construction and evacuation, of tearing down and rebuilding. By tearing down or leaving behind, old sites are revealed. And by rebuilding, one does not construct anew but instead returns to the terrains that already were there. In that sense, no conquering – symbolic or concrete – of lands or, for that matter, of our imaginations and affections, will ever be truly a form of building but instead remains haunted by its own violence. The screening is followed by a discussion with Jasmina Cibic.

Tear Down and Rebuild, Jasmina Cibic, 2015, 15’27 min, Colour, Digital 
Concrete Affection (Zopo Lady)Kiluanji Kia Henda, 2014, 12’30 min, Digital 
Preserving Cultural Traditions in a Period of InstabilitySebastian Brameshuber & Thomas Draschan, 2004, 3 min, Colour, Digital 
Sueñan los androidesIon de Sosa, 2014, 60 min, Colour, Digital 


This programme is presented in collaboration with the Whitechapel Gallery symposium Object! On the Documentary as Art. With generous support by Openvizor, the Arts Council England, and the Austrian Cultural Forum, London
More info:
www.sheffieldfringe.com 
www.whitechapelgallery.org
www.openvizor.com 
www.artscouncil.org.uk

07.03.2017 | par martalanca | Concrete Futures, kiluanji kia henda

Exposição Crosswords

Exposição Crosswords, que exibe obras de Alfredo Jaar, Augusto de Campos, Detanico e Lain, Fernanda Fragateiro, Kiluanji Kia Henda, León Ferrari, Milumbe Haimbe, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Zineb Sedira. A curadoria é de Gabriela Salgado. NHangar, Centro de Investigação Artística, Lisboa

A thousand and One Times Revolution, 2011 Reynier Leyva Novo Book containing the word Revolution, printed 239 940 times on 1000 pages, with the same typography, spacing and interlining. Monument on pages Edition of 5 and 2APA thousand and One Times Revolution, 2011 Reynier Leyva Novo Book containing the word Revolution, printed 239 940 times on 1000 pages, with the same typography, spacing and interlining. Monument on pages Edition of 5 and 2AP
Tanto encruzilhadas como palavras cruzadas são formas de encontro: facilitam fusões entre pessoas e palavras gerando assim novos significados através da sua colisão. No tradicional jogo de palavras cruzadas, a amálgama das palavras cria possibilidades e conotações que enriquecem e transformam a língua ao gerar associações inesperadas. De maneira similar, as imagens e as palavras têm-se combinado nos trabalhos de artistas visuais e escritores ao longo da história.

A exposição Palavras Cruzadas abrange períodos diversos de produção artística com a inclusão de figuras históricas como León Ferrari e Augusto de Campos bem como artistas jovens em plena actividade que trabalham em África, América Latina e Europa.

 

21.09.2016 | par marianapinho | Alfredo Jaar, Augusto de Campos, Crosswords, Detanico e Lain, Fernanda Fragateiro, Gabriela Salgado., HANGAR, kiluanji kia henda, León Ferrari, Milumbe Haimbe, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Zineb Sedira

Kiluanji Kia Henda expõe na Polónia, Suiça e Itália

A exposição “After Year Zero” inaugura a 12 de Junho, no Museu de Arte Moderna de Varsóvia. Conta com a participação do artista Kiluanji Kia Henda. É a segunda parte de um projecto curatorial com a instituição Haus der Kulturen, Berlim, que reflete sobre o período de descolonização após 1975, através de vários meios artisticos, como o video, fotografia, pintura e instalação.

Redifining the powerRedifining the power

Henda apresenta um tríptico fotográfico do trabalho “Redifining Power” (com a colaboração de Miguel Prince), parte integrante da série “Homem Novo”. As imagens exploram o poder da representação na esfera pública, quando um personagem vivo se torna uma escultura e se apropria de pedestais deixados vazios no passado colonial. Com curadoria de Annett Busch e Anselm Franke, a exposição, que será documentada e publicada em livro, interroga a construção da história como narrativa, e as discussões em torno do termo “Universalismo”, utilizado para sustentar imaginários na política e na construção da ordem global.

Outros artistas presentes na exposição (concebida e desenhada desde há 3 anos em oficinas de arte e discussões em cidades como Algiers, Dakar, Paris e Joanesburgo) são: John Akomfrah, Kader Attia, Balufu Bakupa-Kanyinda, Kudzanai Chiurai, Jihan El-Tahri, Theo Eshetu, Yervant Gianikian e Angela Ricci Lucchi, Ruy Guerra, Walter Heynowski and Gerhard Scheumann, Małgorzata Mazurek, Sana na N’Hada, Daniel Kojo Schrade, para citar alguns. O trabalho de Kiluanji Kia Henda é destacado pelos curadores como “uma linha de voo em direção a um futuro que deverá ser inventado, mais do que esperado”.

 

Escultura em Zurique

Kiluanji Kia Henda foi convidado para o Festival de Arte Pública AAA (ART ALTSTETTEN ALBISRIEDEN) em Zurique, Suíça, que começou a 13 de Junho. Áreas específicas da cidade recebem intervencões de cerca de 30 artistas que criam, questionam e reflectem sobre o habitat urbano e desdobram as meta-narrativas reais ou mágicas latentes nesse mesmo espaço.

Continuez à lire "Kiluanji Kia Henda expõe na Polónia, Suiça e Itália"

13.06.2015 | par martalanca | arte comporânea, escultura, exposição, kiluanji kia henda

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma, LISBOA

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma é um projecto de Paulo Moreira e Kiluanji Kia Henda integrado na exposição A Realidade e Outras Ficções, com curadoria de Mariana Pestana, para a terceira edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa.

No atual cenário de descrédito relativamente aos modelos políticos existentes, esta é a embaixada de uma nação imaginária que não representa qualquer tempo ou espaço em particular. Semanalmente, associações e grupos que desenvolvem trabalho nas áreas do ativismo político, cidadania e inclusão social, são embaixadores em sequência, realizando receções, perfomances, mesas redondas e outros eventos abertos ao público. 

///////
The Nation Room – Embassy of No Land is a project by Paulo Moreira and Kiluanji Kia Henda, part of the exhibition The Real and Other Fictions, curated by Mariana Pestana, for Closer, Closer, 2013 Lisbon Architecture Triennale. Against the current backdrop of general misgivings about about the existing political models, this is the embassy of an imaginary nation that does not represent any particular time or place. Every week, associations, organizations and groups working in the areas of activism, citizenship and social inclusion are ambassadors on a rota. As ambassadors, they host receptions, performances, roundtables and other events, all open to the public. 

Inaugura Sábado dia 14 Setembro. 

Carpe Diem Arte e Pesquisa (R. de O Século, 79, Bairro Alto, Lisboa)

09.09.2013 | par franciscabagulho | arquitectura, arte contemporânea, kiluanji kia henda, Paulo Moreira

Exhibition: The Beautyful Ones, Berlin

Dineo Seshee Bopape, Kudzanai Chiurai, Georgina Gratrix, Andrew Gilbert, Kiluanji Kia Henda, Gerald Machona, Gerhard Marx, Meleko Mokgosi, Athi-Patra Ruga.   In 1968 the Ghanaian author Ayi Kwei Armah pub­lished a brutal and vis­ceral novel of (then) con­tem­po­rary, post-Inde­pen­dent Ghana, titled “The Beautyful Ones Are Not Yet Born”. Armah recounts an unnamed man’s strug­gle in a soci­ety rotten to the core, a result of the after­math of colo­nial­ism, and the fail­ures of the new regime. A dream deferred…

The exhi­bi­tion The Beautyful Ones takes as its start­ing point Armah’s utopian lament for a better Africa, and the ongo­ing prob­lem­at­ics of the rep­re­senta­tion of the con­ti­nent, espe­cially in the pop­u­lar Euro­pean imag­ina­tion. Africa is often per­ceived as a mono­lithic entity, whilst the complexity of its mul­ti­ple real­i­ties, histo­ries, narra­tives and voices are often lost.

For The Beautyful Ones, South African curator Storm Janse van Rensburg has brought together nine young interna­tional artists: Dineo Seshee Bopape, Kudzanai Chiu­rai, Georgina Gra­trix, Andrew Gilbert, Kilu­anji Kia Henda, Ger­ald Machona, Ger­hard Marx, Meleko Mokgosi and Athi-Patri Ruga. Orig­inat­ing from Angola, Botswana, Scot­land, South Africa and Zimbabwe, they are now oper­at­ing, working and liv­ing between many places, but with a common thread link­ing them and aspects of their practice to South­ern Africa. Exemplary of a gen­er­a­tion of con­tem­po­rary artists that are mobile, and whose practices resists easy clas­sifica­tion, the exhi­bi­tion includes a selec­tion of works that connects to the artists’ social and polit­ical real­i­ties, entan­gled with their per­sonal lived expe­r­i­ences.

On the one hand, the exhi­bi­tion might sug­gest that these are ‘The Beautyful Ones’ yearned for by Armah, whilst on the other hand some artists per­haps pre­sents ideas and real­i­ties that ques­tions, if indeed, the dream is not deferred once again.

The Beautyful Ones
An exhibition curated by Storm Janse van Rensburg
20 April – 6 July 2013, Berlin
Opening reception:
Friday, 19 April, 18.00 – 21.00
 

13.04.2013 | par candela | Berlin, kiluanji kia henda, The Beautyful Ones