Exposição de arte sudanesa Disturbance in the Nile

Artistas

Abubakr Moaz (Bakri)

Eltayib Dawelbait

Miska Mohammed

Mohammed A. Otaybi

Rashid Diab

Reem Aljeally

Tariq Nasre

Waleed Mohammed

Yasmeen Abdullah 

Curadoria

António Pinto Ribeiro

Rahiem Shadad

Organização

A Brotéria recebe Disturbance in The Nile, um projeto expositivo itinerante, com presença em Lisboa, Paris e Madrid, que propõe um percurso através da arte contemporânea do Sudão. Na galeria são expostas pinturas de um grupo de nove artistas sudaneses de diferentes origens, gerações e estilos plásticos, revelando assim a vitalidade das práticas contemporâneas deste país. 

Exposição

Inauguração: Qua 28 jun, das 18h às 20h30

Horário: 28jun a 28jul, segunda a sábado, das 10h às 18h

Visitas guiadas: 4 jul às 19h  |  6 jul às 18h

Entrada livre 

Conferencia

Sudan’s modern art scene amidst war and revolution

Rahiem Shadad, curator and owner of Khartoum Downtown Gallery

Qui 6 jul, 7 to 8.30 pm

From the introduction of modern painting in Sudan, to the 2019 revolution and the current devastating war, uncertainty and marginalization have accompanied the arts’ scene in the country which has nonetheless thrived and evolved. In this conference, Rahiem Shadad will talk about what has changed in the artistic production of Sudan’s modern and contemporary art scene after the 2019 revolution, and with the current conflict.

Para esclarecimentos e pedidos de entrevista

Benedita Pinto Gonçalves: bpg@broteria.org

Ver vídeo que The National de Abu Dhabi fez sobre o Rahiem Shadad e a Khartoum Downtown Gallery:

https://www.facebook.com/TheNationalNews/videos/1201220937242427

 

26.06.2023 | par martalanca | arte contemporânea, sudão

Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023 _ foi para caminhar que aqui cheguei.

foi para caminhar que aqui cheguei, projeto artístico comissariado pelo curador José Maia para a Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023, reúne em volta da ideia de utopias-realizáveis e de futuro como origem propostas de mais de 80 criadores e coletivos artísticos de diferentes gerações, geografias e áreas artísticas, como artes plásticas, video-arte, performance, cinema, música, som, arte digital, design, publicações de artista e literatura.

O projeto curatorial concebido para a Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023, contempla um vasto programa de eventos e atividades destinados a públicos diversos, diferentes comunidades de afetos, que serão realizados entre 19 de maio e 15 de outubro de 2023, no Fórum da Maia e Município da Maia, expandindo-se ao online (instagram, facebook, youtube, e-mail e site).

Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023 _ foi para caminhar que aqui cheguei sublinha a relevância de lugares de comunhão nas nossas cidades, no país, no imaginário transcultural.

conferência de imprensa será realizada segunda-feira, 15 de maio, às 11h, no Fórum Maia. O curador, José Maia, está disponível para a realização de visitas orientadas à imprensa durante o período de montagem (2-18 maio) e de exposição (19 maio - 15 outubro). Poderão ser agendadas por e-mail (bienaldamaia.press@gmail.com) ou diretamente pelo telefone: 933288141 (Curador José Maia) ou 927890398 (Assistente de Curadoria Filipa Valente). 

 

 

28.04.2023 | par mariadias | arte contemporânea, foi para caminhar que aqui cheguei, imprensa, José Maia

“Fictional Grounds” é a nova exposição do coletivo berru

Para ver, a partir de 20 de outubro, na Escola das Artes da Católica no Porto.

Simulações de solos de um território imaginado através das quais se pode procurar vestígios de minerais com potencial energético e apresentar amostras de terra provenientes de diferentes origens com composições variadas que são montadas em planos bidimensionais – é esta realidade ficcionada que se poderá assistir de perto na nova exposição “Fictional Grounds” do coletivo artístico berru criado no Porto, que venceu o prémio Sonae Media Art 2019, e que já expôs e foi responsável por instalações em instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, BoCA Biennial of Contemporary Arts, e The Old Truman Brewey (Londres). A exposição conta com curadoria de Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.

A inauguração tem data marcada para 20 de outubro, às 19h00 na Escola das Artes. A entrada é livre.

A exposição será apresentada ao público através de planos bidimensionais e colocados no espaço expositivo como se de pinturas ou esculturas minimalistas se tratassem. Vista de uma forma crítica e movida pela urgência da catástrofe ecológica atual, a exposição estabelece uma relação subtil com o universo dos earthworks (trabalhos com terra) dos artistas pioneiros da Land Art como Robert Smithson, Richard Long ou com a famosa exposição de Walter de Maria quando em 1977 encheu uma galeria de Nova Iorque com 140 toneladas de terra.

Em ‘Fictional Grounds’ está bem patente a visão característica de berru, cujo trabalho que têm vindo a desenvolver é baseado numa ideia de exploração de mecanismos, conceitos e materiais muito diferenciados,” salienta Nuno Crespo, curador da exposição. O grupo trabalha indistintamente com imagens em movimento, escultura, som e new media, havendo sempre um elemento performático e muito dinâmico em todas as obras que desenvolvem. O elemento dinâmico acontece quer no momento da conceção das suas obras, quer na experiência que o público faz delas. ”A vita contemplativa dá aqui lugar a vita activa em que o público é convocado a acompanhar o processo dinâmico de desenvolvimento das suas obras.,” conclui Nuno Crespo.

Uma exposição a não perder, patente na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto até 17 de fevereiro. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

Datas

BERRU · 20 OUT · 17 FEV 2023    

Curadoria de Nuno Crespo

Entrada Livre · de terça a sexta · 14H30 – 19H00

Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa

Rua de Diogo Botelho, 1327, 4169-005 Porto

Sobre o coletivo berru:

O coletivo berru, criado no Porto em 2015, venceu o prémio Sonae Media Art 2019 com o projeto “Systems Synthesis” e já expôs e foi responsável por instalações em diferentes instituições, como a Fundação Calouste Gulbenkian, BoCA Biennial of Contemporary Arts, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, gnration (Braga), Galeria Municipal do Porto, Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas - Açores, The Old Truman Brewey (Londres), Culturgest, a Fundação Cecília Zino e o Centro Cultural Vila Flor. Em 2021, esteve na quinta edição da Instambul Design Biennial.

Para mais informações consultar:

https://artes.porto.ucp.pt/pt-pt/art-center/exposicoes/fictional-grounds-berru/apresentacao

10.10.2022 | par Alícia Gaspar | arte contemporânea, coletivo berru, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, exposição, fictional grounds, Fundação Calouste Gulbenkian, inauguração, porto

"Factory of Disposable Feelings", de Edson Chagas

Inauguração: 23 setembro, 18h 

24 setembro a 5 novembro (quarta a sábado, das 15h às 19h)
entrada livre

Hangar - Centro de Investigação Artística.

Com curadoria de Ana Balona de Oliveira, esta exposição apresenta uma das mais recentes séries fotográficas do artista, realizada no bairro Cazenga em Luanda, entre 2017 e 2018. Tendo sido anteriormente mostrada a solo apenas na Cidade do Cabo, na África do Sul, em 2019, “Factory of Disposable Feelings” é apresentada agora pela primeira vez em Lisboa numa nova configuração, incluindo imagens inéditas.

Esta série dá continuidade às indagações que singularizam a obra de Chagas, nomeadamente a atenção às relações vivenciais e afetivas que os sujeitos estabelecem com objetos e espaços quotidianos, contrariando rápidos ritmos de consumo através de um olhar desacelerado que perscruta em proximidade matérias, formas e texturas descartadas. 

Contudo, a série marca simultaneamente uma espécie de viragem, na medida em que, ao contrário de séries anteriores realizadas em vários espaços públicos urbanos a Norte e a Sul, vagamente identificados (as ruas e praias de Luanda, Veneza, Londres e Newport, etc.), nesta série, pela primeira vez, o fotógrafo concentrou-se nos espaços interiores e exteriores de uma arquitetura específica. Trata-se da Fábrica Irmãos Carneiro no Cazenga, em Luanda, uma antiga fábrica têxtil fundada no período colonial, que, pertencendo a uma família luso-angolana, continuou a laborar após a independência de Angola e durante as várias fases da guerra civil (1975-2002), produzindo lençóis, fraldas e uniformes militares, etc. Mais recentemente, foi redirecionada para a produção de utensílios agrícolas, tendo sido parcialmente abandonada.

Através da sua própria experiência corpórea e afetiva do espaço e de conversas não só com os seus donos, mas principalmente com os seus antigos trabalhadores, muitos dos quais se tornaram seguranças do edifício após o encerramento da fábrica, Chagas compôs uma espécie de retrato em sequência aberta, simultaneamente íntimo e dialógico, de um espaço múltiplo: situado algures entre as particularidades desta arquitetura e as dinâmicas alargadas do bairro, da cidade e do país; entre a história coletiva e a memória individual; entre a objetividade concreta da matéria e da máquina (tanto a fabril como a fotográfica) e a subjetividade da experiência e do olhar. A intensidade das vivências partilhadas impregnou de memória os objetos e o espaço, que, embora evidenciando perda, se transmutaram em arquivos afetivos excedendo poeticamente os limites do visível e do documentável. Símbolo do próprio país em suspenso e dos vários projetos de suposta modernidade e modernização que atravessaram a sua história, a fábrica abandonada nunca deixou de ser reocupada, reapropriada e reativada por um ativo labor de memória e desejo, incluindo as futuridades passadas e presentes que falta cumprir.  

31.08.2022 | par martalanca | angola, arte contemporânea, Edson Chagas, exposição

Exposição de Yola Balanga: "Quadros de Guerra, Corpos de Luto"

O “ELA - Espaço Luanda Arte” tem o prazer de o(a) convidar para a exposição individual e inaugural em Angola da jovem Artista Angolana Yola Balanga de nome “QUADROS DE GUERRA, CORPOS DE LUTO” esta sexta-feira dia 8 de Julho a partir das 18h. A entrada é livre.

BALANGABALANGA 

De acordo com Yola Balanga e Zaci Dombaxi Xinavane: ”Existem corpos que mereçam luto público e há corpos se apresentam desde sempre como precárias?, apropriando-se do discurso da filósofa Judith Butler que tem como marca de sua obra um pensamento transgressor e peculiar sobre questões de gênero, Yola Balanga traz a tona questões camufladas e romantizadas pelos centros de poder e olhares canonizados. Imbuída na redenção e desconstrução de (pre)conceitos que fazem parte da sua vivência como mulher, tais como corpo, gênero, cultura, religião e espiritualidade, a artista levanta o véu contra as ideias políticas de uma sociedade que rege e manipula esses conceitos como ferramenta de imposição, subjugação e limitação de corpos femininos.

A exposição reúne 9 (nove) pinturas, 6 (seis) fotografias, 1 (uma) performance e 1 (uma) instalação, totalizando 17 (dezassete) obras, como referem: “resultado de reflexões a partir da romantização da zungueira, da mão leve para se resolver os problemas como a fuga a paternidade, estupro, pedofilia, violência doméstica, maternidade, aborto bem como outras reflexões ou quadros de guerra e corpos de luto que afectam o universo da mulher.”

Mais, Yola Balanga e Zaci Dombaxi Xinavane adiantam: “Dessas reflexões sobre o enquadramento do valor desses corpos surge uma ligação original entre a Guerra e as guerras contra todas as normatividades que nos constrangem e limitam, tal como enfatiza Butler “guerras servem como cenário para o desenvolvimento de uma filosofia política”. É neste cenário que a artista usa e coloca o seu corpo como objecto de combate, arma da revolução, Balanga faz emergir questões pertinentes aos espectadores e a sociedade, os quais todos os dias o noticiário também interpela: Quais corpos merecem luto público e quais corpos se apresentam desde sempre como precárias?

BALANGABALANGA 

Yola Balanga é o nome artístico que usa Margarida Celestino Balanga. Descreve-se como uma “artista transdisciplinar”. Começou o seu contacto com as ´artes´ dentro do teatro e da moda, e mais tarde com a licenciatura em Artes Visuais e Plásticas pelo Instituto Superior de Artes / ISARTES, agora Faculdade de Artes. Utiliza principalmente a linguagem ´peformance´ para traduzir as suas propostas artísticas, assim como fotografia, video, instalação e pintura. Explora conceitos sobre espiritualidade e transcendência, corpo feminino, violência de género, questões sócio-políticas religiosas e culturais. É representada em Angola pela galeria ´ELA-Espaço Luanda Arte´.

O “ELA” é um espaço de arte contemporânea com mais de 7 anos de existência e após 2 anos de fecho devido à pandemia por COVID-19, re-abriu as suas portas ao grande público em 2022 no armazém Cunha & Irmão SARL / ex-Escola Portuguesa, situado na Rua Alfredo Troni 51/57, na baixa de Luanda ao lado do Ministério das Relações Exteriores. 

Depois da inauguração, esta mostra poderá ser visitada entre terça e domingo, das 12h às 20h, até 1 de Setembro.

06.07.2022 | par Alícia Gaspar | arte, arte contemporânea, exposição, quadros de guerra corpos de luto, yola balanga

NO PAST, NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED

PT

Exposição NO PAST, NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED, na PLATAFORMA REVÓLVER.

Curadoria de Vítor Pinto da Fonseca.

Inauguração no Sábado dia 20, da 16.00 às 19.00.

Morada: R DA BOAVISTA 84 3º PORTA 6, 1200-068. (Logo a seguir à rua de S. Paulo).

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EN

Exhibition NO PAST, NO FUTURE: THE PRESENT IS LOOPED, at PLATAFORMA REVÓLVER.

Curated by Vítor Pinto da Fonseca.

Opening on Saturday 20th, from 26.00 to 19.00.

Address: R DA BOAVISTA 84 3º DOOR 6, 1200-068. (Just after Rua de S. Paulo)

19.11.2021 | par Alícia Gaspar | arte contemporânea, exposição, no future:the present is looped, no past, plataforma revólver, Vitor pinto da Fonseca

Bienal Anozero regressa com Meia-Noite, em dois momentos, até 2022

Meia-Noite. Parte 1

27.11.2021 – 15.01.2022

Meia-Noite. Parte 2

09.04 – 26.06.2022

Luís Lázaro MatosLuís Lázaro Matos

Meriç AlgunMeriç Algun

O Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra dá início em 27 de novembro ao programa da sua quarta edição, intitulada Meia-Noite pelas curadoras Elfi Turpin Filipa Oliveira. 

Organizada desde 2015 pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, a Bienal apresenta pela primeira vez um programa que acontece em dois momentos e se prolonga até 2022: Meia-NoiteParte 1, de 27 de novembro de 2021 a 15 de janeiro de 2022, e Meia-Noite. Parte 2, em curso entre 9 de abril e 26 de junho de 2022.

O Anozero’21–22 tem como curadoras convidadas Elfi Turpin e Filipa Oliveira. O título Meia-Noite parte da observação da «noite» como «espaço de fluidez e quebra de normas, lugar aberto a outras possibilidades de visão, de conhecimento, de interação, aberto a outros corpos». Para as curadoras, «a noite» é também «um espaço que sempre foi muito contestado, e ultimamente altamente politizado».

A partir desta ideia, Turpin e Oliveira propõem «trabalhar com outros territórios, ou metodologias que ajudam a pensar neste conceito de fluidez de pensamento que tenta dsfazer e encontrar outras possibilidades para as dicotomias impostas pela cultura ocidental». No Anozero’21–22, pretendem assim aplicar metodologias curatoriais que visam atuar, simultaneamente, como zonas de investigação: relações interpoéticas — entre diferentes espécies; depois do patriarcado — para englobar uma visão feminista interseccional; e formas alternativas de produção de conhecimento.

Meia-Noite. Parte 1 inicia-se já em 27 de novembro com uma exposição-conversa que estará patente até 15 de janeiro de 2022 na Sala da Cidade. A exposição apresenta uma instalação do artista Carlos Bunga (Portugal, 1976) e um programa de filmes que ambiciona explorar com a participação do público as zonas de investigação propostas: La cabeza mató a todos, de Beatriz Santiago Muñoz (Porto Rico, 1972), Les mains negatives, de Marguerite Duras (Vietname, 1914), À Bissau, le Carnaval, de Sarah Maldoror (França, 1929) Shadow-Machine, de Elise Florenty (França, 1978) & Marcel Türkowsky (Alemanha, 1978). 

Meia-Noite. Parte 1 lança assim, para a cidade de Coimbra e para o País, um desafio à participação e discussão no âmbito da quarta edição do Anozero. Todos os dias, diferentes grupos da cidade, e de fora desta, serão convidados pelas curadoras e pelo Serviço Educativo do CAPC a visionar os filmes e a iniciar conversas sobre diversidade, igualdade, justiça social, produção de conhecimento, relações poéticas entre espécies e a noite como espaço de resistência. Às quintas-feiras, entre 2 de dezembro e 13 de janeiro, às 18 h, estarão sempre presentes convidados para discutir com o público o filme do dia. 

O segundo momento do Anozero’21–22 — Meia-Noite. Parte 2 — tem lugar entre 9 de abril e 26 de junho, com o habitual circuito expositivo por espaços emblemáticos de Coimbra. É da própria cidade que emergem os propósitos da proposta curatorial de Elfi Turpin e Filipa Oliveira. Veja-se o caso concreto da Biblioteca Joanina, do século XVIII: nesta fortaleza do conhecimento, reside uma colónia de morcegos, animais notívagos que encontram o seu alimento nos insetos e lagartas presentes nos 55 mil livros da biblioteca barroca. De relações poéticas como estas, emergirão os paralelismos necessários para pensar na noite como criadora de conhecimento que dilui as margens e convida a outras leituras do mundo. 

Anozero’21–22 Meia-Noite integra a Temporada Cruzada Portugal-França, uma iniciativa do Institut Français, avançada em julho de 2018 pelo Presidente Emmanuel Macron e o Primeiro-ministro António Costa. A temporada decorrerá entre fevereiro e outubro de 2022 e visa mostrar a excelência de artistas, pensadores, cientistas e empresários, com vista a fortalecer, ou até mesmo renovar, os alicerces da cooperação entre os dois países. A Bienal é um dos momentos altos da temporada em Portugal e promove múltiplos cruzamentos artísticos entre os dois países, como o são a curadoria a cargo da dupla luso-francesa, a criação da identidade pelo ateliê de design Charles Mazé & Coline Sunier, a parceria com o Centre Régional d’Art Contemporain Occitanie/Pyrénées Méditerranée e a participação de vários artistas franceses no programa.

A UNIVERSIDADE, O JORNALISMO E A ARQUITETURA NA PROGRAMAÇÃO CONVERGENTE

Como prova do trabalho contínuo do Anozero, e de forma a acentuar a reflexão central desta quarta edição, a bienal volta a apresentar propostas no âmbito da sua Programação Convergente. Estão já agendados três momentos, dedicados ao Jornalismo, à Arquitetura e à Curadoria de uma exposição que concretiza o desejo desta edição da Bienal de trabalhar em proximidade com a Universidade de Coimbra.

O primeiro momento acontece em 9 de novembro, com a realização do workshop «Mahalla: Journalisms of the South», no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Organizado por Stefan Candea e moderado por Irina Velicu, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, este workshop irá debater os modos como a investigação jornalística está a reproduzir problemas sistémicos, alimentando estruturas de poder patriarcais, racistas e capitalistas e excluindo aqueles que se encontram nas margens. Os jornalistas Micael Pereira, do Expresso, e Cândida Pinto, da RTP, juntam-se à discussão.

Já em 16 e 17 de novembro, o auditório do Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha acolhe o colóquio «COIMBRA 30-2030», organizado por José António Bandeirinha, Luís Miguel Correia e Carolina Coelho. Especialistas na área da arquitetura procurarão traçar uma renovada perspetiva da evolução da cidade de Coimbra, da presença romana à contemporaneidade. No âmbito do colóquio, estará também patente, entre 17 de novembro e 17 de janeiro de 2022, no CAPC Sereia, a exposição fotográfica Pharmakon: Remédio-veneno-bode expiatório, de Jorge das Neves. Pharmakon surge de um convite lançado ao autor para o confronto com um conjunto de obras de arquitetura identificadas durante o curso de dois dias. 

Nesta fase da Programação Convergente, dá-se também espaço a novos nomes no campo da curadoria, com a exposição No sonho do homem que sonhava, o sonhado acordou — patente no Círculo Sede do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), com a curadoria dos alunos do segundo ano do mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, a convite da dupla de curadoras do Anozero’21–22 e em colaboração com a UmbigoLAB. A exposição convida a refletir nos círculos viciosos do pensamento e convoca a noite — que oculta e revela — a partir de trabalhos de Alberto Carneiro, Bárbara Bulhão, Zé Ardisson, Marilá Dardot, Hector Zamora, Margarida Alves, Clara Imbert, Pedro Pedrosa da Fonseca e Rita Gaspar Vieira. A mostra também estará patente até 15 de janeiro de 2022 e conta com um programa de atividades que envolve o lançamento da revista Umbigo e a projeção de filmes 16 mm pertencentes ao acervo do CAPC, na Sala das Caldeiras em parceria com o TAGV.

A Programação Convergente do Anozero contará com novas propostas no decorrer de 2022, que serão oportunamente anunciadas. A permanência e a pertinência deste pilar programático comprovam-se inclusive com os trabalhos apresentados entre edições.

Mais informações sobre Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra: 

A bienal foi criada com o objetivo de promover uma reflexão acerca do significado simbólico e efetivo da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, e tem colocado em diálogo a arte contemporânea e o património conimbricense, explorando os espaços mais emblemáticos da cidade.

Ao longo dos últimos anos, vários artistas têm sido convidados a realizar peças específicas para o contexto da Bienal, debruçando-se sobre a história da cidade e as suas idiossincrasias. As diferentes equipas curatoriais têm também procurado um cruzamento entre artistas portugueses e o circuito internacional, visando facilitar a integração da arte portuguesa neste último contexto. 

Uma constante releitura da cidade tem sido possível devido à renovação do leque de artistas participantes. Esta diversidade consolida a discussão bem como a participação e o envolvimento da população, princípios fundadores e orientadores do projeto, no sentido da construção de um legado cultural atuante e transformador de Coimbra e da própria Região Centro.

Com foco na qualidade, as propostas curatoriais têm resultado de uma investigação continuada de dois anos, onde se estabelecem pontes entre a produção académica, o universo da arte e da arquitetura e a própria sociedade civil. Este poder modificador é notório na crescente adesão não só dos residentes mas também daqueles que seguem de perto o universo da arte contemporânea. 

A edição de 2019 contou com mais de 81 mil registos de participação nas diferentes componentes da programação: Programa Expositivo, Programação Convergente, Programa de Ativação, Publicações e Voluntariado.

Edições anteriores:

2015 |UM LANCE DE DADOS
Curadores Gerais: Carlos Antunes, Luís Quintais, Pedro Pousada | Curadora Executiva: Luísa Santos

2017 | CURAR E REPARAR
Curador Geral: Delfim Sardo | Curadora Adjunta: Luísa Teixeira de Freitas

2019 | A TERCEIRA MARGEM
Curador Geral: Agnaldo Farias | Curadores Adjuntos: Lígia Afonso, Nuno de Brito Rocha

anozero-bienaldecoimbra.pt

21-22.anozero-bienaldecoimbra.pt

09.11.2021 | par Alícia Gaspar | arte contemporânea, bienal anozero, curadoria, noite

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021

ÁGORA, projeto artístico comissariado pelo curador José Maia para a Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021, reúne em volta da ideia grega de ágora propostas de 72 criadores e coletivos artísticos de diferentes gerações, geografias, áreas e práticas artísticas.

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021 sublinha a emergência do florescimento de lugares de comunhão nas nossas cidades, no país, no imaginário transcultural.

As obras apresentadas convocam a História, a memória, a documentação e o arquivo, a identidade, e exploram as relações entre arte e comunidade, arte e ativismo, arte e trabalho, arte e investigação, arte e educação. Nestas novas e desafiantes representações simbólicas e experiências estéticas dos anos 20 do nosso século adiantam-se possibilidades de paisagens e imagens que nos permitem entrever o encontro da cidade com as suas comunidades, idear a partilha do bem comum e do espaço público, testemunhar novas direções culturais e políticas, num compromisso de atuação, no presente, com o futuro.

ÁGORA _ Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021 acontece de 11 de setembro a 19 de Outubro de 2021, expandindo-se do Fórum da Maia, Jardim Central e ruas da Maia, às revistas do município, ao espaço da web, televisão, com o parceiro Canal 180 e rádio online. 

ONLINE / PLATAFORMAS DE VISUALIZAÇÃO 

Site: https://bienaldamaia2021.pt

Facebook: @BienalMaia

Instagram: @bienaldamaia2021

YouTube: Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2021

31.08.2021 | par Alícia Gaspar | agora, arte contemporânea, bienal de arte contemporânea, cultura, José Maia

“Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal”, exposição na UCCLA

A diversidade cultural do Brasil e de Portugal, a memória e a história do que se constrói e não desaparece, numa multiplicidade de suportes visuais, podem ser visitadas na exposição “Do Que Permanece - Arte Contemporânea Brasil Portugal” que será inaugurada no dia 20 de março, às 18h30, na UCCLA. 

Sob a coordenação de Adelaide Ginga (Curadora do Museu de Arte Contemporânea do Chiado) a curadora Carolina Quintela apresenta-nos uma exposição “com especial foco em obras e discursos artísticos de relevância produzidos ou apresentados a partir do ano 2000, e que muito têm contribuído para o bom entendimento e desenvolvimento do valor artístico no panorama da contemporaneidade, esta exposição reúne uma seleção de obras de artistas de nacionalidade brasileira com representação em galerias e em coleções institucionais e privadas em Portugal, assim como de artistas portugueses que no seu percurso tiveram contacto com o Brasil, nomeadamente em residências artísticas”. 

A mostra reúne obras dos seguintes artistas brasileiros e portugueses:

Adriano Amaral

Adriano Costa 

Alex Flemming

André Cepeda 

Bruno Cidra 

Ding Musa

Diogo Bolota 

Dora Longo Bahia 

Efrain Almeida

Gabriela Albergaria 

Inês Norton

João Pedro Vale + Nuno Alexandre Ferreira

Luiz Zerbini 

Marcelo Cidade

Márcio Vilela

Nelson Leirner 

Pedro Neves Marques 

Pedro Vaz 

Reis Valdrez

Rodrigo Oliveira

Rosana Ricalde

Vik Muniz 

A exposição estará patente ao público até ao dia 14 de junho, de 2.ª a 6.ª feira, das 10 às 19 horas (sendo a última entrada às 18h30). A entrada é livre.

Díptico da exposição disponível em https://www.uccla.pt/sites/default/files/diptico_a4_do_que_permanece.pdf 

Morada:

Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa

Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém

Comboio: Estação de Belém

Elétrico: 15E - Altinho 

Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W

 

18.03.2019 | par martalanca | arte contemporânea, Brasil. UCCLA

LANÇAMENTO Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora

LANÇAMENTO Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora

Data: 9 de Março de 2019 Hora: 16:00 Locais: MAAT: Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Sala dos Geradores & Espaço Espelho d’Água

LANÇAMENTO, MESA-REDONDA, PERFORMANCE

Local: MAAT: MUSEU DE ARTE, ARQUITETURA E TECNOLOGIA

16:00 | Mesa-redonda e apresentação do livro moderada por Paul Goodwin com Ana Balona de Oliveira, André Cunha, Afonso Ramos, Marissa J. Moorman, Nadine Siegert e Paula Nascimento

19:00 | Performance de Nástio Mosquito: “O Que a Minha Avó Me Deu” 

> 5€ bilhete entrada museu | 50% desconto estudantes, desempregados, seniores

JANTAR E FESTA DE LANÇAMENTO

Local: Espaço Espelho d’Água

21:00 | Jantar tradicional Angolano 

23:00 | Live Act PONGO

00:00 – 02:00 | DJ Set Rádio Cacheu

> Jantar & Festa: €25 pré-venda: hangarcia.production@gmail.com

€30 no dia do evento

> Festa (a partir das 23:00): €10

Menu:

- Pães, húmus e zaalouk

- Tabule de trigo e couscous marroquino

- Sigá de Frango à moda da Guiné com arroz ou Calulu de peixe fresco e seco ou Muamba de tofu

- Pudim de mandioca com Cremoso de Tangerina

Nástio Mosquito é um artista conhecido pelas performances, vídeos, música e poesia que mostram um compromisso intenso com o potencial aberto da linguagem. Facilmente mal interpretado como uma espécie de cansaço, é a expressão extraordinária de um desejo urgente de se envolver com a realidade a todos os níveis.

PONGO encarna a renovação do kuduro, misturando a mistura das suas raízes africanas, langa, zaïco, com EDM, bass music, dancehall e pop melódica. A sua voz poderosa, ritmada, mas igualmente frágil e sensível, arrasta-nos para o seu universo envolvente, aos confins da dança e da saudade – lá onde ninguém nos tinha levado antes. 

A Rádio Cacheu sintoniza dois kambas que rolam em Stéreo por Lisboa. Com Portugal, Guiné-Bissau e Angola a correr pelas veias, backgrounds e percursos de vida diferentes, cresceram com a constante presença da música, do mundo, e sobretudo africana, PALOP. Convictos de que a cura do mundo passa pela música, optam por sons orgânicos, embebidos em batidas provenientes de diversos tempos e géneros. Desde o Soul ao Funky do Steide, ao Samba Rock Zuca, passando pelo Semba, Kuduro e Funaná da Mamã África, não fosse a Música Negra o fio pavio dos seus explosivos Sets.

O livro Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora assinala o início da editora Hangar Books, especializada em publicações no contexto das artes contemporâneas, com foco nas epistemologias do sul. É uma co-edição HANGAR – CEC e conta com o apoio da FCT, Orfeu Negro e FAS. Organizado pelo HANGAR.

Artistas: Alice Marcelino, Alida Rodrigues, Ana Silva, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Edson Chagas, Francisco Vidal, Grada Kilomba, Ihosvanny, Januário Jano, Keyezua, Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda e Yonamine

Ensaios: Adriano Mixingue, Afonso Dias Ramos, Ana Balona de Oliveira, Ana Cristina Cachola, Ashleigh M. Barice, Bruno Leitão, Delinda Collier, Denise Ferreira da Silva, Gabi Ngcobo, Maria-Gracia Latedjou, Marissa J. Moorman, Marta Jecu, Nancy Dantas, Nadine Siegert, Negarra A. Kudumu, Paul Goodwin, Paula Nascimento, Pontus Kyander e Raquel Schefer.

In the Days of a Dark Safari, 2017 © Kiluanji Kia HendaIn the Days of a Dark Safari, 2017 © Kiluanji Kia Henda

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Book Launch Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora

Date: 9 March 2019

Time: 4:00 PM

Venues: MAAT: Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Sala dos Geradores & Espaço Espelho d’Água

BOOK LAUNCH, ROUND TABLE, PERFORMANCE 

Local: MAAT: MUSEUM OF ART, ARCHITECTURE AND TECHNOLOGY

4.00PM | Round table and presentation of the book moderated by Paul Goodwin with Ana Balona de Oliveira, André Cunha, Afonso Ramos, Marissa J. Moorman, Nadine Siegert e Paula Nascimento

7.00PM | Performance by Nástio Mosquito: “What My Grandmother Gave Me”

> 5€ museum admission | 50% discount for students, jobseekers, seniors

DINNER AND LAUNCH PARTY

Local: Espaço Espelho d’Água

9:00PM | Angolan traditional dinner

11:00PM | Live Act PONGO

00:00AM – 02:00AM | DJ Set Radio Cacheu

> Dinner & Party: €25 pre-sale: hangarcia.production@gmail.com

€30 in the day of the event

> Party (from 11:00PM): €10

Menu:

- Bread, humus and zaalouk

- Wheat tabule and Moroccan couscous

- Guinea chicken sigá with rice or Calulu of fresh and dry fish or Tofu Muamba

- Cassava pudding with creamy tangerine

Nástio Mosquito is a multimedia artist known for performances, videos, music and poetry that show an intense commitment to the open-ended potential of language. Easily misread as a kind of world weariness, it is the extraordinary expression of an urgent desire to engage with reality at all levels.

PONGO embodies the renewal of kuduro, mixing the mixture of its African roots, langa, zaïco, with EDM, bass music, dancehall and melodic pop. Her powerful, rhythmic but equally fragile and sensitive voice draws us into his surrounding universe, the confines of dance and longing – where no one had taken us before.

Rádio Cacheu tunes to two kambas that roll in Stéreo through Lisbon. With Portugal, Guinea-Bissau and Angola running through the veins, different backgrounds and life paths, they grew with the constant presence of music, the world, and especially Africa, PALOP. Convinced that the healing of the world passes through music, they opt for organic sounds, soaked in beats from different times and genres. From Soul to Funky Steide, to Samba Rock Zuca, to Semba, Kuduro and Funaná from Mamã Africa, were not Black Music the thread of their explosive Sets.

The book Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora marks the start of publisher Hangar Books, specialising in publications within the context of contemporary arts, with particular incidence on southern epistemology.

It is co-edited by HANGAR – CEC and has the support of FCT, Orfeu Negro and FAS. Organized by HANGAR. 

Artists: Alice Marcelino, Alida Rodrigues, Ana Silva, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Edson Chagas, Francisco Vidal, Grada Kilomba, Ihosvanny, Januário Jano, Keyezua, Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda and Yonamine
Essays: Adriano Mixingue, Afonso Dias Ramos, Ana Balona de Oliveira, Ana Cristina Cachola, Ashleigh M. Barice, Bruno Leitão, Delinda Collier, Denise Ferreira da Silva, Gabi Ngcobo, Maria-Gracia Latedjou, Marissa J. Moorman, Marta Jecu, Nancy Dantas, Nadine Siegert, Negarra A. Kudumu, Paul Goodwin, Paula Nascimento, Pontus Kyander and Raquel Schefer

 

28.02.2019 | par martalanca | arte angolana, arte contemporânea, HANGAR

Do desaparecimento institucional – Celebrando uma década de Kunsthalle Lissabon

Jacopo Miliani 'A Slow Dance Without Name'Jacopo Miliani 'A Slow Dance Without Name'A Kunsthalle Lissabon celebra o seu décimo aniversário em 2019. Iniciámos a nossa atividade a 3 de julho de 2009 e desde então produzimos e apresentámos mais de quarenta exposições e publicámos catorze volumes, entre monografias, livros de artista e a série Performing the Institution(al). Colaborámos com inúmeras instituições tanto locais como internacionais e desenvolvemos uma reflexão continuada sobre pensamento e ação institucionais no contexto das artes visuais. Foi uma década incrível!

Decidimos comemorar a ocasião não organizando uma festa de proporções épicas, não redigindo um manifesto sobre quão difícil é gerir uma pequena instituição dedicada à arte contemporânea. Decidimos comemorar a ocasião simplesmente desaparecendo do panorama artístico da cidade. Parando para refletir. A Lisboa que foi propícia ao aparecimento da Kunsthalle Lissabon em 2009 tem muito pouco em comum com a Lisboa gentrificada e turistificada de 2019. Dificilmente seria possível começar hoje como começamos em 2009. Queremos refletir sobre a responsabilidade que temos no desenvolvimento desse processo e queremos também refletir sobre o papel crítico que podemos ter no pensamento de outras formas de imaginar a posição que a arte contemporânea ocupa neste xadrez.

Quatro instituições internacionais, quatro parceiras de caminho, irão ocupar o espaço que deixaremos vago. Não apenas o espaço como também a nossa infraestrutura de produção e de comunicação, os nossos recursos e até a nossa presença online. Será como se cada uma destas quatro instituições abrisse uma versão pop-up de si própria em Lisboa durante um certo período de tempo. Terão de negociar com e interagir com um contexto que não é o seu mas para o qual terão que trabalhar publicamente. A Kunsthalle Lissabon será o anfitrião que de tão radical que é, entrega tudo aos seus convidados, desaparecendo nesse processo. A noção de hospitalidade sempre foi um dos pilares centrais do nosso pensamento institucional e, para o décimo aniversário, queremos levá-la ao extremo. Em paralelo, queremos também investigar o desaparecimento temporário como um modo de refletir sobre o tecido cultural de uma cidade como Lisboa, no momento atual. Não fazemos a menor ideia dos resultados que advirão de todo este processo.

A atividade regular da Kunsthalle Lissabon regressará, muito provavelmente, em 2020.

A Kunsthalle Lissabon é generosamente apoiada pela República Portuguesa – Direção Geral das Artes, Foundation for Arts Iniciatives e Coleção Maria e Armando Cabral.

 

 

 

 

12.02.2019 | par martalanca | arte contemporânea, Kunsthalle Lissabon

Frente, verso, inverso

ARTE CONTEMPORÂNEA DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA NAS COLEÇÕES EM PORTUGAL

Dia 18 de setembro​ | 18h30| Galeria de Exposições, Av. da Índia, n.º  110, Lisboa.

15.09.2018 | par martalanca | arte contemporânea

9 Artistas portugueses em exposição em Berlim

Ana Rito, Ângela Ferreira, Cecília Costa, Filipa César, Isabel Carvalho, Jorge Dias, Julião Sarmento, Noé Sendas e Pedro Barateiro.

“O Estado das Coisas”, com curadoria de João Silvério, é composta por obras de nove artistas cujo trabalho pertence ao universo da lusofonia que no âmbito do seu trabalho circulam neste espaço.

Ângela Ferreira 'Hotel da Praia Grande (O Estado das Coisas)'Ângela Ferreira 'Hotel da Praia Grande (O Estado das Coisas)'

O título resgata o subtítulo da obra de Ângela Ferreira, “Hotel da Praia Grande (O estado das coisas)” no sentido de auscultar, na resumida escolha de obras da coleção, o sujeito e o seu contexto físico e psicológico enquanto habitante transitório da cidade, ou da casa, entre o que é íntimo e o que está na esfera da relação com os meios económicos e as transições políticas.

7 de junho a 14 de setembro no Camões – Centro Cultural Português em Berlim. 

 

17.06.2018 | par martalanca | arte contemporânea, Berlim

Now it is Light - Open Call Jovens Curadores 2016

Curadoria: Sofia Lemos I Amélie Bouvier, Ana Manso, Ana Mazzei, Andreia Santana, Bernard Lyot, Davide Zucco, Elias Heuninck, Ester Fleckner, Haris Epaminonda, Jeronimo Voss, Pedro A.H. Paixão

Now it is Light, com curadoria de Sofia Lemos, inaugura na Galeria Boavista no próximo dia 25 de janeiro às 18h30. Envolvendo práticas artísticas que abordam o “geocosmos” como um agente em movimento, a exposição reúne trabalhos dos artistas Amélie Bouvier, Ana Manso, Ana Mazzei, Andreia Santana, Bernard Lyot, Davide Zucco, Elias Heuninck, Ester Fleckner, Haris Epaminonda, Jeronimo Voss e Pedro A.H. Paixão, muitos deles mostrados pela primeira vez em Portugal.

Inspirada na demanda de um astrónomo convertido em geólogo mineiro por matéria radiante, esta exposição explora a ebulição cósmica através de uma trama política, científica e narrativa. Enquanto as efusões cósmicas são progressivamente mediadas sob a forma de bens e ativos, metais e minerais permanecem capturados em delimitações políticas e corporativas. E ainda assim, encrostados na superfície planetária como registros sedimentares, estes elementos evidenciam-se em diversas posições artísticas que os reclamam em contínua emergência. De título homónimo ao poema de 1955 de Frank O’Hara e de forma a evidenciar processos e manifestações, Now it is Light ficciona a luminescência do mundo enquanto substância narrativa para interrogar o pulsante encontro entre a observação astronómica e as economias de extração.

Esta exposição apresenta trabalhos de imagem em movimento, desenho, instalação e contribuições de arquivos científicos que investigam a luminosidade do mundo, ou as qualidades através das quais a luz se contrai, reflete, refrata, difrata ou atravessa sem afetação aparente a verticalidade do tempo “geocósmico”. Da perenidade do plano astronómico à acelerada cadência da extração de recursos, Now it is Light é um espaço de materializações inanimadas, de metais, minerais e estrelas cuja magnitude é apenas parcialmente apreendida.

Uma apresentação complementar de investigação curatorial e de materiais de arquivo reunirá referências de levantamentos astronómicos, geológicos e económicos que existem como ponto de partida desta exposição. Uma publicação a ser editada incluirá um ensaio visual de Coco Piccard, e um prefácio curatorial sob a forma de ensaio abordando a emergente inseparabilidade entre as contribuições artística e arquivística. Now it is Light é comissariada por Sofia Lemos, com o apoio da EGEAC – Galerias Municipais – Open Call para Jovens Curadores 2016.

Amélie Bouvier (1982, França) vive e trabalha em Bruxelas. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Museo Patio Herreriano, Valladolid; e Carpe Diem, Arte e Pesquisa, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Plataforma Revólver, Lisboa; Verbeke Foundation, Kemzeke; 16ª Bienal Internacional de Arte de Cerveira; e 6ª Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe. Obteve os prémios: Hors d’OEuvre, ISELP; e Best Emerging Artist, Just Mad Fair. Bouvier é cofundadora do projeto de investigação “Uncertainty Scenarios” no EfRS Enough Room for Space, Bruxelas.

Ana Manso (1984, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: art3, Valência; Museu de Serralves, Porto; Uma certa falta de coerência, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Futura Centre for Contemporary Art, Praga; Ar Sólido, Lisboa; Palazzo Milio, Ficarra; Fondazione Rivolidue, Milão; Museo Di Capodimonte, Nápoles; Plataforma Revólver, Lisboa; Spike Island, Bristol; e Museu da Eletricidade da EDP, Lisboa.

Ana Mazzei (1979, Brasil) vive e trabalha em São Paulo. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Saludarte Foundation, Miami; Pivô, São Paulo; CCSP, Centro Cultural São Paulo; e La Maudite, Paris; bem como em numerosas exposições coletivas: Sesc_Videobrasil 20, São Paulo; CAC, Vilnius; 32ª Bienal de São Paulo; Sunday Painter, Londres; BFA Boatos, São Paulo; Fondación Rac, Madrid; Museu de Arte Brasileira/Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, entre outros. Mazzei é docente no Istituto Europeo di Design São Paulo.

Andreia Santana (1991, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais no Museu de Serralves, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Old School, Lisboa; MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Lisboa; Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa. Santana obteve o Prémio Revelação do Novo Banco, bem como as residências: Residency Unlimited, Nova Iorque; Panal 360, Buenos Aires; Mieszkanie Gepperta, Breslávia; e Gasworks – Triangle Network Hangar, Lisboa.

Bernard Lyot (1897-1952) foi um astrónomo francês que trabalhou no Observatório Meudon em Paris. Em 1939, utilizando o seu cornógrafo e filtros captou as primeiras imagens em movimento de proeminências solares e da coroa sem ser numa situação de eclipse total do sol. No mesmo ano foi eleito membro da Academia de Ciências e galardoado com a Medalha de Ouro da Real Sociedade de Astronomia em Inglaterra.

Davide Zucco (1981, Itália) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho foi apresentado em exposições individuais: NURTUREart, Nova Iorque; bem como em numerosas exposições coletivas: Fondazione Bevilacqua La Masa, Veneza; ARCOS, Benevento; State Institute of Sofia, Bulgária; Museo de la Ciudad de México, Cidade do México; Jaus, Los Angeles; e Katzen Arts Center, Washington, D.C. Zucco participou das residências: Lower Manhattan Cultural Council’s Process Space, Nova Iorque; ISCP, Nova Iorque; e Bevilacqua, La Masa, Veneza.

Elias Heuninck (1986, Bélgica) vive e trabalha em Ghent. O seu trabalho foi projetado no IFFR, International Film Festival Rotterdam; Beursschouwburg, Bruxelas; e iMAL, Bruxelas, entre outros. Desde 2015 Heuninck sustem uma colaboração com Sofia Lemos e numerosos investigadores e instituições artísticas e científicas em Bruxelas sobre o astrónomo belga Jean-Charles Houzeau de Lehaie. Os seus filmes são distribuídos por August Orst e Werktank.

Esther Fleckner (1983, Dinamarca) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Malmö Konsthall; Overgaden Institute of Art, Copenhaga; bem como em numerosas exposições coletivas: Kunstnernes Hus, Oslo; KH7 Artspace, Aarhus; Schwules Museum, Berlim; LWL – Museum für Kunst und Kultur, Münster; National Art Museum of Ukraine, Kiev; Latvian Centre for Contemporary Art, Riga; e Dalian Art Museum, Liaoning Sheng, entre outros. Fleckner obteve o Art Brussels Solo Prize.

Haris Epaminonda (1980, Chipre) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: FRAC Île-de-France, Paris; Point Centre for Contemporary Art, Nicósia; Modern Art Oxford; Kunsthaus Zürich; e Museum of Modern Art, Nova Iorque, entre outros; bem como em numerosas exposições coletivas: Hammer Museum, Los Angeles; Fondazione Prada, Milão; Museu de Serralves, Porto; Hamburger Bahnhof, Berlim; e Kunsthalle Lissabon, Lisboa, entre outros. Epaminonda correpresentou Chipre na 52ª Bienal de Veneza e participou na dOCUMENTA 13.

Jeronimo Voss (1981, Alemanha) vive e trabalha em Frankfurt am Main. O seu trabalho tem sido exibido em exposições individuais: Stedelijk Museum Bureau Amsterdam; Bielefelder Kunstverein; e MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt am Main; bem como em numerosas exposições coletivas: FACT Liverpool; Clark House Initiative, Bombaim; Haus der Kulturen der Welt, Berlim; Fondazione Nicola Trussardi, Milão; e Secession, Viena, entre outros. Voss participou na dOCUMENTA 13 e é docente no Art Institute HGK FHNW Basel.

Pedro A. H. Paixão (1971, Angola) vive e trabalha em Milão. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Ar Sólido (com Catarina Dias), Lisboa; Museu do Dinheiro, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Centro de Arte Manuel de Brito, Lisboa; Centro Internacional de Artes José de Guimarães, Guimarães; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e Centro Cultural de Belém, Lisboa. Paixão é editor, tradutor e fundador do projeto editorial disciplina sem nome para a editora Documenta.

Sofia Lemos (1989, Portugal) vive e trabalha em Berlim e no Porto. Atualmente é curadora associada da Galeria Municipal do Porto, tendo recentemente trabalhado como investigadora associada na Haus der Kulturen der Welt, Berlim e como coordenadora do programa público da Contour Biennale of Moving Image 8. Anteriormente, coordenou projetos de investigação artística com o Massachusetts Institute of Technology e com o Max Plank Institute, e esteve envolvida na investigação e preparação de exposições e publicações em várias instituições, incluindo Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; CCA Singapore; PRAXES, Berlim; The David Roberts Art Foundation, Londres; e MACBA, Barcelona. Lemos é cofundadora (com Alexandra Balona) de PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production, uma assembleia peripatética de investigação em artes visuais e performativas, e editora associada da publicação Drawing Room Confessions. Escreveu textos para vdrome, art-agenda, …ment, e Archis/Volume, entre outros.

No âmbito do Open Call Jovens Curadores lançado pela EGEAC - Galerias Municipais em 2016, com o objetivo de acolher, divulgar e apoiar a produção e pensamento artístico contemporâneo na cidade de Lisboa, e reforçar a importância dos jovens curadores como agentes de mediação junto das novas gerações de artistas, a Galeria Boavista acolhe os quatro projetos curatoriais vencedores. As participações anteriores envolveram Alejandro Alonso Diaz, Sara De Chiara e Inês Geraldes Cardoso. A edição final acolhe Sofia Lemos.

Galeria Boavista Rua da Boavista, 501200-066 Lisboa I
Inauguração: 25 janeiro 2018, 18h30 26 janeiro - 10 março 2018 I Terça a Sexta-feira, 10h-13h/14h-18h Sábado e Domingo, 14h-18h Entrada gratuita Organização GALERIAS MUNICIPAIS DE LISBOA/EGEAC

22.01.2018 | par martalanca | arte contemporânea, Now it is Light, Sofia Lemos

Fuck it’s too late, de Binelde Hyrcan

Primeira exposição individual do artista Binelde Hyrcan em Portugal. Com curadoria de Ana Cristina Cachola, a exposição fuck it’s too late reúne um conjunto alargado de trabalhos, na sua maioria inéditos e criados entre o atelier do artista em Luanda e a cidade de Lisboa.

Com instalação, pintura, fotografia, vídeo e outros “mambos”, Hyrcan traz até à Balcony toda a “sua banda” – candongueiros, jacarés e artefactos “hidráulicos”, histórias de rua e vozes dos manos e manas que com ele criam economias de afetos na Luanda contemporânea. Entre os novos trabalhos, destaca-se a frase que dá título à exposição - fuck it’s too late, escrita a néon e que Hyrcan quer manter aberta à pontuação de cada visitante.

“fuck it’s too late para que um artista angolano possa enviar uma galinha para o espaço, uma história que só faz sentido se contada por Binelde Hyrcan em discurso directo. Contudo, Fuck is too late  refere também a  ambiguidade latente da ideia de tempo e temporalidades na sua relação com a dimensão sócio-local da economia. Partindo do contexto da Luanda contemporânea, aliás, da ilha de Luanda, onde Hyrcan reside com a sua família, o artista recupera diversas camadas biográficas, configuradas em conversas, visualidade vernácula, e um comércio benigno de afetos e produtos distintos. Hyrcan, que nunca abandona o registo tragicómico, traz à discussão uma economia angolana obliterada do discurso mediático: o comércio local, os candongueiros, as relações pessoais que permeiam as trocas ou as vontades comerciais”, descreve a curadora Ana Cristina Cachola.

Binelde Hyrcan (Luanda, 1982). Vive e trabalha em Luanda. Estudou artes plásticas no Mónaco e a sua produção cruza escultura, pintura, design, vídeo-arte e performance. Os diferentes suportes são os mecanismos utilizados pelo artista para refletir paradoxos e complexidades, de costumes e atitudes político-sociais, criticando, desta forma, estruturas de poder e vaidade humana. O artista tem vindo a desenvolver projetos artísticos em várias cidades por todo o mundo. Das suas exposições individuais, destacam-se a abertura da 2ª Trienal de Luanda - Angola (2016) e No Restriction, II Columbia Gallery, Mónaco (2014). Uma seleção das suas exposições coletivas inclui: How to Live Together, Kunsthalle Vienna - Áustria (2017); Gran Turismo no Centre Pompidou - Paris, França, Capital Debt – Territory – Utopia na Nationalgalerie im Hamburger Bahnhof - Berlin, Alemanha, (2016); 56ª Edição da Bienal de Veneza, artista representante de Angola com o tema, All the World ́s Futures (2015); No Fly Zone, no Museu Berardo - Lisboa, e Transit, na Bienal de São Paulo - Brasil (2013).

A galeria Balcony inaugurou no dia 20 de setembro com a exposição New Work, que até 11 de novembro mantém patente uma seleção de trabalhos dos cinco artistas que inspiraram a criação do projeto, são eles Binelde Hyrcan, DeAlmeida ESilva, Horácio Frutuoso, Nikolai Nekh e Tiago Alexandre. A inauguração da exposição fuck it’s too late, no dia 16 de novembro, insere-se no roteiro das arte do Bairro de Alvalade, com a Galeria Vera Cortês a inaugurar no mesmo dia 2 desenhos, 2 esculturas de José Pedro Croft, a Fundação Leal Rios, a galeria Maisterravalbuena e a nova Uma Lulik, com horários alargados. 

BALCONY CONTEMPORARY ART GALLERY Rua Coronel Bento Roma 12A, Alvalade - Lisboa

17 de novembro de 2017 a 13 de Janeiro de 2018 - Inauguração: 16 de novembro, 22h

www.balcony.pt

06.11.2017 | par martalanca | angola, arte contemporânea, Binelde Hyrcan

"Limiar da Vida"

FILIPA CÉSAR | TATJANA DOLL  I JULIÃO SARMENTO | RUI TOSCANO
Núcleo de Arte da Oliva Creative Factory, S. João da Madeira

Curadoria: Pedro Lapa 

“A exposição “Limar da Vida” tem como ponto de partida a arte enquanto diversidade de modos de relação com a vida. Está organizada em seis núcleos temáticos, que vão desde as perceções mais simples e fragmentadas do corpo até à construção de formas e enigmas sobre o mundo que habitamos. É talvez no confronto com a impossibilidade de conhecer em absoluto a vida que a experiência artística dá a conhecer algo do nosso habitar,  pelo que a vida se torna não uma causa da arte mas o seu limiar.”

A exposição apresenta obras  da coleção Norlinda e José Lima, uma das maiores coleções de arte contemporânea nacionais e reúne vários artistas de distintas gerações, conforme lista anexa.” Entre os artistas selecionados destacamos a participação de Filipa César, Tatjana Doll, Julião Sarmento e Rui Toscano.

Rui Toscano, 100 Rádios Mortos, 2007Rui Toscano, 100 Rádios Mortos, 2007

Mais informação:
http://olivacreativefactory.com/wp/?page_id=834

16.09.2017 | par martalanca | arte contemporânea

Exposição Luuanda I Hangar

Albano Cardoso_Defendamos as Crianças,2008Albano Cardoso_Defendamos as Crianças,2008

Inauguração: 20 de Setembro, Quarta-feira, 19h
Exposição: 21 de Setembro a 14 de Outubro, 2017 | Quarta a Sábado, das 15h às 19h
Artistas participantes: Albano Cardoso | Cristiano Mangovo | Ery Claver | Ihosvanny | Januário Jano | Kiluanji Kia Henda | Pedro Pires
Curadoria: Suzana Sousa e Paula Nascimento
ENTRADA LIVRE

A exposição Luuanda, título retirado da obra homónima de Luandino Vieira, pretende focar-se na experiência vivida da Luanda contemporânea, as suas personagens, ritmos, poesia, nostalgia e drama, seguindo a construção imaginária tão explorada na literatura de Luandino Vieira, Uanhenga Xito ou Ondjaki, entre outros, olhando para as suas dinâmicas actuais. Esta cidade pós-colonial é marcada também por fluxos migratórios e afectada por vários processos de mudança, pelo trânsito e as suas luzes e ruídos, pelos vendedores e vendedoras de rua que tudo têm disponível expondo aos seus clientes um importante espaço da economia informal do país. O que resulta numa circulação de corpos e vidas que parecem ter sido esquecidas pelo processo de crescimento do país.

Programa Paralelo 
21 de Setembro, Quinta-feira, 19h
Conversa Curadoras e Adriano Mixinge | Performance de Orlando Sérgio
27 de Setembro, Quarta-feira, 19h
Conversa com os artistas Pedro Pires e Cristiano Mangovo
11 de Outubro, Quarta-feira, 19h
Conversa com Paulo Moreira e Maria João Grilo (confirmar)

Mais informações: http://hangar.com.pt/luuanda

21.08.2017 | par martalanca | Albano Cardoso, angola, arte contemporânea, kiluanji kia henda, Luanda, Luuanda, Orlando Sérgio, Paulo Moreira, Suzana Sousa

Daqui pra frente – Arte contemporânea em Angola I RIO DE JANEIRO

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 21 de março a 14 de maio de 2017, a exposição Daqui pra frente – Arte contemporânea em Angola, que exibe obras da produção recente de três artistas: Délio Jasse, Mónica de Miranda e Yonamine. Com a curadoria de Michelle Sales, a mostra exibe uma série de fotografias, vídeos e instalações, fazendo um mapeamento da fronteira estética entre a Angola de hoje e as imagens submersas e muitas vezes escondidas de um passado colonial recente.

“A representação da fronteira, excessivamente recorrente no pensamento atual, discute as trocas culturais que ocorrem na situação de pós-independência que muitas das ex-colônias vivem hoje. Na maioria das vezes, tais territórios são encarados como esquecidos, vigiados e vazios”, comenta a curadora Michelle Sales.

É justamente essa perspectiva que o trabalho dos artistas busca problematizar e questionar sob diferentes óticas. As obras de Délio Jasse, por exemplo, consistem, num embate direto de referências que fazem alusão à crise de todo o modelo colonial e seus desdobramentos contemporâneos: guerra, exílio, perdas. Através do retrato de rostos escavados numa antiga feira de antiguidades de Lisboa, Délio nos coloca frente a frente com aquilo que mais as práticas coloniais se ocuparam de apagar: as identidades. 

Já Mónica de Miranda mostra os pedaços de uma memória coletiva que resiste no tempo. Angolana da diáspora, seu trabalho atravessa diversas fronteiras e esboça uma paisagem de identidades plurais inspiradas pela própria existência e vivência de uma artista itinerante. Sua poética autoral e autorreferencial, inerente a uma geração que cresceu longe de casa, já lhe rendeu diversos prêmios internacionais. 

E o trabalho de Yonamine remete para a arte urbana, usando referências que vêm do grafite, da serigrafia e da pintura, num embate violento com o acúmulo cultural do caótico cenário político-econômico de Angola. A alusão ao tempo presente é recorrente na utilização de jornais como suporte. São muitas camadas históricas que se somam, produzindo imagens profundamente perturbadoras e desestabilizadoras. O artista fala de um país cujo passado foi sistematicamente apagado, seja pela Guerra Civil, pela ocupação russa, cubana e agora chinesa e coreana.

 

Entrada Franca

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 3

20.03.2017 | par martalanca | angola, arte contemporânea, fronteira

"Arquipélago" de Mónica de Miranda​

INAUGURAÇÃO OPENING 26/11 2014 | 19:00 7pm

Participação de DJ LUCKY
INAUGURAÇÃO OPENING 26/11/14 20h - 22h

Seminário 

In(ter)sularidades - pensamento e criação artística
23/01/2015 - 17h - 20pm
Centro de Estudos Comparatistas / Faculdade de Letras de Lisboa

“Arquipélago”, é um projecto de criação e de investigação artística que reflecte a representação da paisagem como um teatro, ou seja, como um palco imaginado, recriada a partir do sentido ficcional que está por detrás da imagem de uma ilha e da ideia de jardim botânico.

As ilhas têm sido uma fonte de fascínio na nossa imaginação porque, por serem um território separado de outras terras por água, prestam-se facilmente à fantasia e à mitificação. O trabalho de Mónica de Miranda re-imagina conexões geográficas, como um arquipélago de lugares reinventados a partir de paisagens ficcionadas entre vários espaços geográficos. Os espaços insulares são imaginados para explorar e criar pontes entre o real e a ficção, como uma resposta às realidades culturais e sociais, muitas vezes tomando a forma de utopias / distopias, édens, nações, meta-textos, encruzilhadas culturais e espaços fora dos seus lugares comuns. O sentido do imaginário que está por detrás da ilha 
é susceptível a interpretações que se formam pela articulação de perspectivas sobre a relação de deslocamento entre o eu e o outro, o centro e a periferia, servindo como locais de mediação entre culturas que se distanciam do seu lugar de origem e se constroem noutros lugares. Mais

 

CARLOS CARVALHO ARTE CONTEMPORÂNEA
Rua Joly Braga Santos, Lote F R/C
1600 - 123 Lisboa Portugal
Tel.+(351) 217 261 831 | Fax+(351) 217 210 874
carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com
www.carloscarvalho-ac.com

13.11.2014 | par martalanca | Arquipélago, arte contemporânea, Monica de Miranda

Panoramas do Sul - LAST CALL!

Aberto a todos os suportes e linguagens artísticas, o 19º Festival concederá aporte financeiro de até R$ 120 mil para desenvolvimento de projetos. As obras selecionadas concorrem a R$ 75 mil em dinheiro e a nove residências artísticas em instituições ao redor do mundo

Até 16 de novembro de 2014, a Associação Cultural Videobrasil recebe inscrições para dois editais do 19ª Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil || Panoramas do Sul: de obras e de projetos para produção de obra de arte. Esta é a primeira vez que o Festival vai selecionar quatro projetos, que receberão aporte financeiro de até R$ 30 mil cada e acompanhamento de membros da Comissão Curadora até sua apresentação no Festival. Os artistas do Sul global, região que é foco do Festival, podem inscrever até três (03) obras e um (01) projeto, em todos os suportes e linguagens artísticas contemporâneas (a exemplo de fotografia, pintura, escultura, gravura, desenho, arte sonora, vídeo, performance, instalação, entre outros). As obras selecionadas concorrem a um Grande Prêmio no valor de R$ 75 mil e a nove Prêmios de Residência Artística em instituições parceiras da Associação. A 19ª edição do Festival acontece de 06 de outubro a 06 de dezembro de 2015, no Sesc Pompeia (São Paulo).

 

Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil || Panoramas do Sul se consolidou como plataforma voltada à difusão, ao fomento e à reflexão em torno da produção artística do Sul global, composto por países que precisam buscar novas formas de circulação e visibilidade no circuito artístico mundial (confira a lista de países contemplados). Com periodicidade bianual, o Festival promove exposições, mostra de filmes, performances, residências artísticas, encontros e atividades de programas públicos, ações educativas e lançamento de publicações, reunindo artistas, curadores, pesquisadores, críticos, jornalistas e representantes de instituições de arte e cultura contemporânea em torno da reflexão da produção artística do Sul. O Festival promove ainda a difusão dos trabalhos selecionados em plataformas digitais de pesquisa, livros, sites, redes sociais do Videobrasil, além de documentários e programas de TV produzidos pela organização.

 

A 19º edição transforma o Sul e suas múltiplas questões no grande direcionador de seus eixos curatoriais e da sua programação, e não mais apenas de sua mostra competitiva. Essas questões – que, de alguma forma, são as inspirações e parâmetros para a seleção de obras e projetos que participam do Festival – dizem respeito a diásporas, identidades híbridas, trânsito migratório e viagens, narrativas pessoais, memórias, isolamento, tecido social e insularidade. Reforçando esta proposta, ao lado das obras e projetos selecionados via convocatória, também farão parte do 19º Festival trabalhos de artistas convidados, com trajetórias que, apesar de referenciais no contexto do Sul, são ainda pouco conhecidas no cenário global. A triangulação entre África, Caribe e América do Sul está no cerne de suas reflexões.

 

Leia atentamente os editais e inscreva suas obras e projetos no 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil.

12.11.2014 | par martalanca | arte contemporânea, Global South, Panoramas do Sul, Videobrasil