VI FESTIVAL DE POESIA DE LISBOA - 12 a 18 de setembro

Acontece em setembro a 6a edição do Festival de Poesia de Lisboa com participação do autor moçambicano Mia Couto.

O tema do VI FPL, que acontece de 12 a 18 de setembro de maneira virtual, é Terra: uma poética de nós, com o objetivo de amarrar as narrativas que estão pelos territórios da língua portuguesa. 

Poetas de 6 países diferentes participam desta edição. Entre os destaques, além do homenageado Mia Couto, estão nomes como Boaventura de Sousa Santos, Heloísa Buarque de Hollanda, Luz Ribeiro, Ondjaki, Fado Bicha, TRANSarau e Judite Canha Fernandes. Serão 9 mesas, 6 saraus, 3 oficinas e 3 espetáculos poéticos, além da Cerimônia de Premiação, que contemplará o primeiro lugar com o Troféu de participação, certificado e publicação de um livro de poesias com lançamento na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP de 2022).

A programação é aberta ao público geral através das redes sociais do Festival.  As inscrições, que encerraram em maio, oferecem aos poetas inscritos acesso às três oficinas de criação literária, um espetáculo poético exclusivo, participação no concurso de poesias, publicação do poema na antologia Terra: uma poética de nós e ainda três exemplares do livro. 

A sexta edição do FPL tem apoio do Instituto Camões, do Espaço Espelho D’Água, do Museu da Língua Portuguesa e da Associação ILGA de Portugal.

Sobre o Festival 

O Festival de Poesia de Lisboa é uma iniciativa sem fins lucrativos criada em 2016, que tem como principal objetivo a valorização da Língua Portuguesa e o incentivo à leitura. Ao longo dos últimos anos, ele tem fomentado a democratização da palavra através da participação de poetas lusófonos de diversas idades, classes, géneros e raças. 

É um Festival aberto ao público e a todas as nacionalidades, mas apenas pessoas que tenham a língua portuguesa como língua materna podem participar da antologia comemorativa e concorrer aos prémios nos termos e condições estabelecidos no regulamento.

Idealizado por Jannini Rosa e Carla De Sà Morais, o FPL tem apoio institucional do Instituto Camões desde 2018.

Sobre o curador

João Innecco é poeta, curador e educador em prisões. Editor da Antologia Trans (Invisíveis Produções, 2017), organizador do livro Sarau Asas Abertas : Penitenciária Feminina da Capital (Tietê, 2019) e autor das publicações artesanais Fumaça (2017), Tinto (2018), Solo (2019) e Baby (2019). Integra o TRANSarau, que recebeu o Prêmio Mix Brasil 2018, e foi um dos poetas do Sarau Asas Abertas, sarau indicado ao Prêmio Jabuti 2020. Participa como educador do Entre Versos e Vigas, laboratório de comunicação com LGBTs encarcerados no CDP III de Pinheiros.

29.07.2021 | par Alícia Gaspar | festival de poesia, lisboa, lusofonia, Mia Couto, poesia

Temos de Falar, à conversa com Gisela Casimiro

Já está online a primeira sessão da rubrica mensal do BUALA Temos de Falar, no Lugar da Cultura (CML)/ Livraria Barata, com Gisela Casimiro a moderar, o filósofo André Barata e o advogado Francisco Teixeira da Mota sobre “A era digital e o desligamento do mundo”

Vale muito a pena ouvir: 

22.07.2021 | par Alícia Gaspar | a era digital e o desligamento do mundo, André barata, buala, francisco Teixeira da mota, livraria barata

Lançamento do Livro "Latinamerica 2020", de Gabriela Noujaim

LATINAMERICA 2020

Lançado nesta quarta-feira (14), o livro-experiência “Latinamerica 2020”, de Gabriela Noujaim, é composto por serigrafias em diversos suportes.

A partir desta quarta-feira (14), a Simone Cadinelli Arte Contemporânea apresenta o livro de artista “Latinamerica 2020”, idealizado e produzido durante a pandemia pela artista Gabriela Noujaim, o livro-experiência é composto por serigrafias em diversos suportes – com imagens visíveis e “ocultas”, em tinta ultravioleta e só reveladas com luz negra –, um vídeo (em pendrive) e textos realizados por mulheres que relataram suas experiências durante o período da pandemia em 2020.

Gabriela Noujaim criou a série de serigrafias com o mapa da América Latina sobre máscaras cirúrgicas – “Cov19 Latinamerica” – que foram enviadas para profissionais da saúde e para mulheres de diversas regiões e áreas de atuação. Como parte do trabalho, as mulheres, em seu ambiente de trabalho, faziam selfies com a máscara, e enviavam a foto para a artista. Seus retratos integram o vídeo, e ilustram sete relatos, sobre suas experiências durante a pandemia. A serigrafia “Mulheres Latinamerica 2020” é feita sobre espelho, permitindo uma dupla imagem ao ser vista: a criada pela artista, e o rosto do espectador.

Nesses tempos de reinvenções diárias, no sentido de reexistir, Gabriela Noujaim cria formas inusitadas de questionar o estabelecido, abrindo diálogos para uma interação. Uma performance do objeto-máscara no campo das experimentações com o outro, que passa a ser de alguma forma parte da obra da artista no ato de vestir a máscara registrado pelos destinatários, nos apresenta estratégias de coletividades humanas e enfatiza um estado de atenção para as questões sociais e humanitárias.

“Latinamerica 2020” está exposto em um espaço dedicado à artista dentro da exposição “Modo Contínuo”.

A visitação se dará por agendamento prévio. As obras, com suas informações específicas, poderão ser vistas também no site da galeria: https://www.simonecadinelli.com.

“MODO CONTÍNUO”

Simone Cadinelli Arte Contemporânea

Artistas: Claudio Tobinaga, Gabriela Noujaim, Isabela Sá Roriz, Jeane Terra, Jimson Vilela, Leandra Espírito Santo, Pedro Carneiro, PV Dias, Roberta Carvalho e Virgínia Di Lauro.

Período de exposição: 23 de junho a 27 de agosto de 2021, sob agendamento prévio.

De segunda a sexta, das 13h às 18h.

Agendamento: +55 21 3496-6821 | +55 21 99842-1323 (WhatsApp).

Entrada gratuita.

15.07.2021 | par Alícia Gaspar | gabriela noujaim, latinamerica 2020, livro-experiência, pandemia

Plataforma Buala | Estudo das formas digitais do debate cultural pós-colonial

A Alícia Gaspar está a concluir o Mestrado em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação, e selecionou o BUALA para estudar as formas digitais do debate cultural pós-colonial.

Assim, ela pede 2 minutos do vosso tempo para responderem a este mini-inquérito:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfwUzK3Mxwj2FK6tNnyMdF-rStj37GM...

A pertinência deste estudo reside no facto de o BUALA ser um portal online que se insere nas novas formas de promoção de debate cultural no campo digital, concebido para promover, divulgar e partilhar artigos sobre o pós-colonialismo dando prioridade à lusofonia, reunindo contributos de vários autores e estudiosos de todo o mundo, e reconhecido pela abordagem de temas pouco investigados nos media tradicionais.

13.07.2021 | par Alícia Gaspar | buala, cultura, inquérito, lusofonia, Portugal, pós-colonialismo

Julho no Padrão dos Descobrimentos

“No Padrão dos Descobrimentos há fotografias para debater impérios e colonialismo”—Vasco Rosa, Observador

A fotografia foi um elemento fundamental da história do moderno colonialismo português. Sem ela, a idealização e o conhecimento sobre os territórios coloniais, seus recursos e populações, teriam sido diferentes. Visões do Império, com curadoria de Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo, dá-nos um vislumbre dos contextos de produção e dos usos da fotografia, relacionando-os com alguns dos eventos e processos mais relevantes da história do império colonial português.

25 julho, 11 horas - Visita Conversada com Joana Pontes e Miguel Bandeira Jerónimo

O que aconteceu a Belém depois da Exposição do Mundo Português? 
Este é mote para o próximo passeio Lembrar Belém, dia 18 de julho, às 10h30, uma das muitas atividades propostas pela equipa de Serviço Educativo, entre oficinas para os mais novos, passeios em família e visitas guiadas. Mais informações através do email se@padraodosdescobrimentos.pt

No passado dia 10 de junho, apresentamos em parceria com o Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH o Prémio Amílcar Cabral, destinado a promover a investigação científica sobre as resistências anticoloniais. O prémio consiste numa bolsa atribuída anualmente a um/a investigador/a recém-doutorado/a numa universidade estrangeira ou nacional. As candidaturas estão a decorrer até ao dia 1 de outubro. 

13.07.2021 | par Alícia Gaspar | Belém, colonialismo, exposição, Padrão dos Descobrimentos, prémio Amilcar Cabral, visões do império

JORNADA com Suzanne Daveau, Duarte Belo e Luísa Homem

Atlas Suzanne Daveau

EXPOSIÇÃO | 16 abr. - 30 jul. ‘2 | Sala de Exposições Piso 2 | Entrada livre

exposição Atlas Suzanne Daveau na Biblioteca Nacional de Portugal, continua patente até ao final do mês, dia 30 de julho.
filme SUZANNE DAVEAU, realizado por Luísa Homem, será exibido no Cinema Nimas no dia 14 de julho, seguido de uma conversa com a realizadora.

“As fotografias de Suzanne Daveau registaram o tempo longo das sociedades rurais ocidentais ou tribais de África, as paisagens quase intocadas pela mão humana, mas também o enunciar de um mundo em progressiva mudança. O Atlas Suzanne Daveau é este percurso por um singular universo fotográfico que procurou uma ideia de verdade. Este é o retrato, o mapa, a geografia de uma mulher incansável que procurou conhecer e transmitir a sabedoria humana que se revela da terra. Talvez o que essa busca hoje nos devolva seja a inquietação do tempo presente. As suas fotografias dizem-nos, também, que o conhecimento é a melhor ferramenta que temos para lidar com um mundo aberto e em mudança permanente.

Esta abordagem ao universo fotográfico de Suzanne Daveau constitui uma interpretação concreta das imagens com que nos deparámos. Este não é um trabalho definitivo, na medida em que muitas outras leituras poderão ser feitas por outras pessoas. Este trabalho não tem um carácter monográfico. Foi nosso desejo construir um objeto de comunicação que, de algum modo, consiga transmitir a força das imagens e ao mesmo tempo fazer uma ponte com a contemporaneidade, com alguns dos problemas com que a humanidade hoje se depara, nomeadamente aqueles que se prendem com a terra que nos acolhe.

A exposição organiza-se em quatro grandes áreas temáticas: RuralHumanidadeCidade; e NaturezaEstes são os elementos que, diríamos, emanam da representação que Suzanne Daveau procurou com as suas fotografias. Na referência ao carácter científico das suas imagens, adicionámos as fichas que se encontram em arquivo no Centro de Estudos Geográficos, no núcleo Processo. Um sexto grupo de imagens, Tempo, é constituído por fotografias do seu avô, Léon Robert.

Considerámos ainda dois grupos de imagens que, de algum modo, são unidades «flutuantes» nesta exposição, estabelecendo relações de descontinuidade com os grupos anteriormente referidos. Há um conjunto de imagens em que estão representadas pessoas, quase sempre isoladas, que contemplam a paisagem. Nessas diferentes pessoas quase que podemos ver Suzanne Daveau a ler, perscrutar, a interpretar as paisagens. Um último conjunto de fotografias é definido por imagens que tivemos dificuldade em ligar a qualquer uma das categorias anteriormente apresentadas. São imagens, por vezes, enigmáticas e inquietantes. São descontinuidades no seu trabalho que abrem portas para outras leituras, à margem de um pensamento geográfico.” — Duarte Belo / Madalena Vidigal

*Suzanne Daveau, hoje com 96 anos, começou pelo ensino secundário, mas seria quase toda a vida Professora Universitária em Besançon, Dakar, Reims e Lisboa. Investigou em temas variados como Geomorfologia e Climatologia, Geografia Histórica e Regional, História da Geografia e Cartografia. A partir de 1965 colaborou estreitamente com Orlando Ribeiro (1911-1997). Entre as suas obras destacam-se Les Régions Frontalières de la Montagne Jurassienne (tese de doutoramento, 1959), O Ambiente Geográfico Natural (1970, 5ª ed., 2019), La Zone Intertropicale Humide (com O. Ribeiro, 1973), Distribuição e Ritmo de Precipitação em Portugal (1977), Portugal, o Sabor da Terra (com J. Mattoso e D. Belo, 1998, 2ª ed., 2010) e Um Antigo Mapa Corográfico de Portugal (2010).

10.07.2021 | par Alícia Gaspar | cinemas nimas, convite, doc's Kingdom, Duarte Belo, jornada, Luísa Homem, Suzanne Daveau

Uma jornada com António Ole, por Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos

No domingo, 11 de julho, o Doc’s Kingdom convida para uma jornada na Casa da Cerca, com António Ole, Ana Balona de Oliveira e Isabel Carlos.

10.07.2021 | par Alícia Gaspar | Ana balona de oliveira, António Ole, casa da cerca, convite, doc's Kingdom, Isabel Carlos

Festival do Conhecimento UFRJ - Futuros Possíveis

Bate papo com Michelle Sales, Elisa de Magalhães, Marta Lança e Mariah Rafaela Silva que tem como interesse refletir sobre a descolonização como agenda política no campo da arte. Iremos debater o tema a partir do questionamento da função social do museu como imaginário do aparato colonial e seus desdobramentos no campo simbólico e de formação de memórias coletivas e individuais. Além disso, abordaremos a questão das coleções e dos arquivos nas instituições de arte, pensando os modos de circulação, legitimação e preservação das obras, bem como a problemática em torno das restituições. Ademais, no caso do Brasil, discutiremos as curadorias, editais, espaços de visibilidade e circulação para a arte contemporânea, abordando as relações étnico-raciais e de gênero e de sexualidade.

dia 12 de julho 11h30 - 13h30 

+ infos 

08.07.2021 | par martalanca | campo da arte, descolonizar, Festival do Conhecimento

'Pele Escura': "um problema que estamos com ele"

Uma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria AbranchesUma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria Abranches

Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais.O breve documentário de Graça Castanheira conta a história da visita de um pequeno grupo de pele escura que mora na Trafaria, ao Centro Cultural de Belém. Ironicamente e como se se tratasse de um espelho, a visita tinha por fim fazer com que o grupo assistisse ao próprio documentário acerca dessa mesma visita. Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais. 

Trata-se de uma relação ou de um conjunto de relações que se encaixam, em parte, numa ideia bastante essencializada do contacto de culturas. Resta saber qual a margem que o próprio documentário cria para conceber relações que escapem ao previsível, sobretudo, a representações geradoras de tantos estereótipos. (…)

Diogo Ramada Curto sobre o filme Pele Escura, de Graça Castanheira. Continue a ler a crónica no jornal Contacto.

07.07.2021 | par martalanca | centro, filme, Graça Castanheira, lisboa, Paulo Pascoal, periferia, racismo