Noites Africanas, jantar temático – Angola

A CACAU está a  organizar todas as sextas-feiras uma noite especial para comemorar o mês de África.
No dia 13 de Maio a Noite Africana pertencerá a Angola, com  um jantar
dançante onde estarão presentes o funge, a moabmba, o peixe, o feijao
de óleo de palma,a kissaka, por apenas Dbs 200.000,00. Faça já a sua
reserva, através dos seguintes contactos: 9842473, 9911069, 9906900 e
ainda na CACAU sita na Antiga Oficina das Obras Públicas, Largo das
Alfândegas, C. Postal 14, S.Tomé.

11.05.2011 | por martalanca | Cacau, S.Tomé e Príncipe

GRANDES LIÇÕES - dia 13 - PRÓXIMO FUTURO


Um conjunto de 4 conferências apresentadas por intelectuais, professores e escritores oriundos de África, América Latina e Europa e personalidades fundamentais da cultura contemporânea destas regiões culturais.
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13 DE MAIO DE 2011 Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian - 9h30 -17h

A 1.ª parte das Grandes Lições inicia com a conferência de PATRICK CHABAL, dedicada ao “Racionalismo ocidental depois do pós-colonialismo”. Seguir-se-ão as comunicações de KOLE OMOTOSO, sobre “A ambiguidade perigosa da tribo Wabenzi: Áfricas dos Próximos Futuros”, e de YUDHISHTHIR RAJ ISAR, intitulada “Política Cultural: enfrentando uma hidra”. Por razões alheias à organização do Próximo Futuro, o professor Breyten Breytenbach não poderá estar presente.

Para além dos diversos links que já aqui tivemos oportunidade de disponibilizar sobre os convidados desta 1.ª parte, vale a pena rever as respectivas sinopses das comunicações no site do Próximo Futuro. A entrada para assistir às Grandes Lições élivre e haverá tradução simultânea.

PATRICK CHABAL (França)
 The Politics of Suffering and Smilling (2009) The Politics of Suffering and Smilling (2009)«RACIONALISMO OCIDENTAL DEPOIS DO PÓS-COLONIALISMO»

O futuro do Ocidente está estreitamente ligado ao do mundo não ocidental. As questões ambientais que o mundo enfrenta e o crescimento inexorável do poder económico da China e de outros países asiáticos fazem com que o Ocidente não possa olhar "para o que vem a seguir" da mesma forma que o fazia antes. Mas o desafio é bem mais profundo do que o actual debate sobre o "declínio do Ocidente" sugere. A minha intervenção centrar-se-á no modo como o desafio pós-colonial colocado à perspectiva que o Ocidente tem do mundo e a influência de cidadãos não ocidentais a viver no Ocidente se juntaram para evidenciar os limites daquilo a que posso chamar o racionalismo ocidental - com o que me refiro às teorias que utilizamos para entender e agir sobre o mundo. A incapacidade crescente do pensamento social ocidental para explicar de forma plausível e abordar com êxito algumas das suas questões sociais e económicas, e alguns dos desafios contemporâneos cruciais a nível da política internacional, deixaram a nu a inadequação das ciências sociais do Ocidente à medida que se foram desenvolvendo nos séculos subsequentes ao Iluminismo. Aquilo de que o Ocidente precisa, mas que ainda não aceitou, não é de mais e melhor teoria, mas de uma nova forma de pensar.
Patrick Chabal é francês e estudou em França, nos EUA e na Grã-Bretanha. Fez investigação e deu aulas na Universidade de Cambridge (onde se doutorou em Ciências Políticas) e é actualmente professor no Departamento de História do King's College (Londres). Para além disso, foi professor visitante em Itália, em França, na Suíça, na Índia, em Portugal, na Venezuela e na África do Sul. Está envolvido num projecto a longo prazo em que se conjuga o estudo da cultura na política comparada e a pesquisa da teoria das ciências sociais. Entre as obras que deu à estampa, muitas delas traduzidas para diversas línguas, incluem-se: Amílcar Cabral (1983), Power in Africa (1992), Vozes Moçambicanas: Literatura e Nacionalidade (1994), The Postcolonial Literature of Lusophone Africa (1996), Africa Works: Disorder as Political Instrument (1999), A History of Postcolonial Lusophone Africa (2002), Culture Troubles: Politics and the Interpretation of Meaning (2006), Angola: The Weight of History (2008), Africa: The Politics of Suffering and Smiling (2009). Em 2012, deve sair The End of Conceit: Western Rationality after Postcolonialism.

KOLE OTOMOSO (Nigéria)
A AMBIGUIDADE PERIGOSA DA TRIBO WABENZI: ÁFRICAS DOS PRÓXIMOS FUTUROS

A descolonização marcou o início da sociedade industrial moderna, tanto no que se refere àqueles que lutaram contra ela como aos que eram a favor dela. Na América do Norte, na América do Sul, na Ásia e em África os povos descolonizados e os descolonizadores na Europa e no Sudeste Asiático tiveram uma nova oportunidade para reorganizar [remodelar] o mundo. Os EUA emergiram na América do Norte; o Japão apareceu (?) no Sudeste Asiático, levando consigo os locais que antes tinha ocupado, colonizado e explorado. A América do Sul ainda está a lutar para aparecer. O Norte de África e o Médio Oriente viram o futuro como o regresso às glórias pretéritas do Islão. Os Árabes eram grandiosos quando o Islão foi grandioso. O Islão precisava de ser novamente grandioso para que os Árabes recuperem a sua grandeza. Na África a sul do Saara, incluindo o Haiti, o futuro foi uma rejeição total do seu passado de escravatura, colonização e exploração por parte da Europa e da América do Norte. A nível nacional, estados como o Haiti (1804), Nigéria (1960), África (1994) e Sudão do Sul (2011) aprovaram leis que combateram o passado em vez de os direccionarem (encaminharem?) para o futuro. É como se a experiência de escravatura, colonização e pilhagem de recursos abrangesse a totalidade da sua história. Qualquer coisa que seja proveniente da Europa e da América do Norte é rejeitada quase de imediato. Mas, a nível pessoal, existe a ambiguidade do consumismo sem sequer haver a pretensão de substituir a importação. A expressão cultural é a de um período de anomia subsequente à descolonização. Romances como Things Fall Apart and No Longer at Ease, de Achebe, The BEautyful Ones are Not Yet Born, de Ayi Kwi Armah, No Sweetness Here, de Ama Ata Aidoo, e Season of Anomy, de Wole Soyinka, dizem tudo. Há ainda My Mercedes is Bigger than Yours, de Nkem Nwankwo. As questões culturais que estes romances abordam ― ressentimento, auto-estima e vingança ― não se resolvem através do suicídio ou da emigração do indivíduo africano para a Europa ou a América do Norte. A Europa e a América do Norte têm de ajudar o Africano a sentir menos ressentimento, a recuperar a sua auto-estima, pela compreensão de que a escravatura, a colonização e a pilhagem de recursos não constituem a totalidade da experiência africana e de que o melhor reside no futuro. (A tribo WaBenzi é classe moderna africana que possui um Mercedes!)
Kole Otomoso
nasceu em Akure (Nigéria), em 1943, e vive em Joanesburgo (África do Sul). Estudou no King’s College de Lagos, na Universidade de Ibadan, antes de se doutorar em Teatro e Cinema Árabe Contemporâneo na Universidade de Edimburgo. Regressou à Nigéria para leccionar nas universidades de Ibadan e de Ife (mais tarde chamada Obafemi Awolowo University). Prosseguiu a carreira académica na Escócia, no Lesoto e na África do Sul: leccionou na University of the Western Cape (Cidade do Cabo) e na University of Stellenbosch. Entre as suas obras incluem-se The Combat (1972), Just Before Dawn (1988), Season of Migration to the South (1994), Achebe or Soyinka: a study in contrasts (1996). O livro de memórias Witness to Possibilities aguarda publicação (África do Sul, Setembro de 2011; Nigéria, Julho de 2011).
YUDHISHTHIR RAJ ISAR (França)
«POLÍTICA CULTURAL»: ENFRENTANDO UMA HIDRA

A expressão «política cultural» tornou-se um guião global mas, como quase todas as palavras relacionadas com o conceito contemporâneo de 'cultura', a «política cultural» é entendida de formas muito diversas. Estas noções são muitas vezes utilizadas em relação com outros tropos contemporâneos, como 'identidade', 'democracia' ou 'direitos'. Assim, constituem corpos de conhecimento e de prática motivados por tensões e paradoxos e cujo ordenamento pode ser tão esclarecedor quanto obscuro. Algumas destas questões serão abordadas numa perspectiva internacional e transcultural.
Yudhishthir Raj Isar é um analista cultural independente, assessor e conferencista. É professor de Estudos de Políticas Culturais na Universidade Americana de Paris, Maître de Conférence no Institut d’Etudes Politiques e professor visitante noutras universidades. É co-editor e fundador da The Cultures and Globalization Series. Foi presidente da plataforma Culture Action Europe (2004-2008). É membro e/ou assessor de organizações na Europa, América do Norte e Ásia; consultor em fundações privadas, organizações intergovernamentais e na Comissão Europeia. Durante três décadas foi broker of ideas na UNESCO, onde desempenhou as funções de secretário executivo da Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento e de director e do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura.
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22:00 / EXPOSIÇÃO / Salas 1 e -1 Sede «FRONTEIRAS» / MALI
Bienal Africana de Fotografia «Bamako’09»

Exposição de fotografias de artistas africanos e afro-americanos que resulta dos 8.ºs Encontros de Fotografia de Bamako, a mais importante bienal de fotografia africana. São várias dezenas de fotografias e vídeos de 53 fotógrafos, todos eles glosando o tema «Fronteiras». A questão, abordada sob múltiplos ângulos e com o recurso a várias técnicas, não deixa de ser pertinente no mundo globalizado actual, mas surge associada  de forma particular ao sofrimento e à exclusão, à esperança e às utopias de quem vive em África ou faz parte da diáspora africana. Ao contrário do que foi hábito durante muitos anos, com as imagens de africanos e da sua realidade a serem apresentadas por fotógrafos e realizadores não africanos, desta vez há um discurso fotográfico e imagens cuja autoria é daqueles que habitam neste continente ou que a ele regressam por pertença e dessa realidade fazem a sua representação.
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24:00 / BAILE / Garagem da Fundação Calouste Gulbenkian com DJ’s
KENNETH MONTAGUE e LYNDON BARRY

(entrada livre)

11.05.2011 | por martalanca | conferências, Patrick Chabal, próximo futuro

Entrevista a Fausto

Fausto Bordalo Dias numa entrevista concedida à Visão em Junho de 2010, altura em que foi o músico a quem o CCB deu “Carta Branca” para, com direcção musical de Zé Mário Branco, fazer um espectáculo em que a sua trilogia “Diáspora Lusitana”, iniciada com “por Este Rio Acima” (82) e continuada com “Crónicas da Terra Ardente” (94), deu o mote. Em 2011 deve sair o terceiro disco, do qual Fausto e os seus músicos avançaram alguns temas neste espectáculo.

Homem discreto, discretíssimo na verdade, mas frontal e intransigente no essencial da sua vida e arte, Fausto concedeu uma rara entrevista à Visão (não, nunca o vimos, nem veremos, rendido aos poderes instituídos ou aos media, nunca o veremos numa “Caras” ou “Vip”, nem a embandeirar slogans e cedências ao facilitismo).  

Visão - Vergílio Ferreira dizia que “da nossa língua vê-se o mar”, também dá vontade de dizer que das suas canções, sobretudo das desta trilogia, se vê o mar. Mas não é o mar dos grandes feitos lusitanos, de Camões, nem o mar do mostrengo e do homem do leme de Pessoa, nem o mar das anémonas e corais de Sophia… Que mar é o seu?   

Eu diria que contei o outro lado da história. Não sou um nacionalista, mas considero-me um patriota e, nas minhas músicas, tentei encontrar o sentido do que a minha Pátria fez, durante os Descobrimentos. Porque me interessava compreendê-lo e adaptar esse sentido aos tempos actuais. Houve quem procurasse apenas glorificar. Eu glorifico o que há para glorificar, mas também conto o outro lado, o da gente que falhou e também matou. Nas sete canções inéditas que vou cantar agora, no Centro Cultural de Belém, conta-se o confronto, “à sombra das ciladas”, que não é meigo. Mas também há o maravilhamento dos portugueses quando encontram homens mais negros. O choque de culturas pode dar em maravilhamento. Esse contacto pode ser enriquecedor. Mas também sabemos que o encontro de culturas diferentes pode dar naquilo que deu, e ainda dá, em guerras e conflitos, de certo modo incompreensíveis. Faço sempre essa adaptação da leitura da história para os tempos actuais. 

Continuar a ler "Entrevista a Fausto"

11.05.2011 | por martalanca | descobrimentos, Fausto, música

Thami Mnyele exchange of art and culture between Africa and the Netherlands

Thami Mnyele Foundation promotes the exchange of art and culture between Africa and the Netherlands.

There are two residency programs the Full Residency Program and the Short Residency Program.

Full Residency Program
Full residencies are awarded competitively to artists from the whole of Africa. The Thami Mnyele Foundation offers two Full Residency Program scholarships per year. Applicants are evaluated by an independent committee of art professionals, who are appointed by the Board of the Foundation. 
Those selected are offered accommodation and studio space for a three month period. Artists who are selected for the Full Residency Program also receive:

  • a monthly allowance which covers the costs for living and materials (currently amounting to euro 850 per month); a reimbursment of return travel to Amsterdam; medical and legal liability insurance for the period of stay; assistance in applying for visa; an introduction to the Dutch art world and access to the Foundation’s extensive network.

Short Residency Program
Short Residency Programs are awarded to artists from the whole of Africa, who have been invited to participate in cultural projects in the Netherlands and are in need of accomodation in Amsterdam for a short period. The Short Residency Program offers artists free studio and housing for a set period of time. The Short Residency Program does not include an allowance for living and material costs, medical and legal liability insurance and traveling expenses, nor does the Foundation assist in visa application.

+ infos

11.05.2011 | por franciscabagulho | residências artísticas

"Crise de modelos nos organismos internacionais"

Conferência com Doutor Carlos Lopes (Sub-secretário geral da ONU)

13 de Maio de 2011 11 horas Sala Keynes na FEUC

Carlos Lopes nasceu em 1960, na cidade de Canchungo (antiga Teixeira Pinto), noroeste da Guiné Bissau.

Sociólogo e Economista, estudou no Instituto de Estudos do Desenvolvimento (IUED) em Genebra, é mestre em Desenvolvimento e Planeamento Estratégico e doutor em História pela Universidade de Paris I, Panthéon-Sorbonne.

Em 1984, Carlos Lopes foi um dos fundadores do primeiro grupo de trabalho do Conselho Económico e Social da ONU (ECOSOG), com sede em Dacar, Senegal, tendo sido convidado a integrar os quadros do PNUD em 1988 como economista para a área do desenvolvimento, subindo rapidamente na hierarquia da organização. Foi Director Adjunto do Gabinete de Avaliação Estratégica e Planeamento antes de seguir para o Zimbabué como coordenador residente do PNUD, após o que foi convidado a assumir as operações no Brasil.

Na Guiné Bissau atingiu o topo da carreira da função pública tendo sido fundador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), uma das instituições de pesquisa mais conceituadas da África Ocidental, tornando-se especialista em Desenvolvimento e em Planificação Estratégica e Reforma do Programa de Avaliação das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PUND), onde iniciou funções em 1998.

Ajudou a criar organizações não governamentais em várias partes do mundo e foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Ciência (UNESCO), da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CENUA).

Em Setembro de 2005 foi convidado por Kofi Annan para chefiar o Departamento dos Assuntos Políticos, de Manutenção de Paz e Humanitários da equipa executiva do secretário-geral da ONU, sendo, desde Março de 2007, Director-executivo do Instituto das Nações Unidas para a Formação e Pesquisa (Unitar), cargo que acumula com o de Sub-secretário Geral das Nações Unidas.

Escreveu e coordenou mais de duas dezenas de livros, entre eles, Desenvolvimento para Cépticos ou Compasso de Espera – O Fundamental e o Acessório na Crise Africana, um pequeno livro com prefácio de Boaventura Sousa Santos, editado em 1997, que rapidamente se tornou uma ferramenta fundamental para uma melhor compreensão dos temas africanos.

Leccionou em várias universidades: Coimbra, Lisboa, México, Zurique, Uppsala, São Paulo e Rio de Janeiro.

Foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), integrando os quadros do PNUD em 1988 como economista do desenvolvimento. Foi coordenador residente do PNUD no Brasil, entre 2003 e 2005, país onde PNUD aplica o seu programa mais importante.

Em 2009 a jornalista Teresa de Sousa do Público fez-lhe uma entrevista que vale a pena recordar.

11.05.2011 | por martalanca | Carlos Lopes, ONU

O ESTADO DAS ARTES EM ÁFRICA E NA AMÉRICA DO SUL

5.º WORKSHOP DE INVESTIGAÇÃO12 DE MAIO DE 2011
Auditório 3 da FCG. 09h30 – 17h30 / ENTRADA LIVRE
Quando propusemos como tema de investigação “O Estado das Artes em África e na América do Sul” no âmbito do Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea – centrado nos países, nos criadores, pensadores, artistas, nos problemas dos países da América Latina e Caraíbas, de África e da Europa –, não imaginávamos que no momento em que este Workshop se realiza, parte destes países estivesse a viver mutações tão profundas com consequências para toda a humanidade.
Mas sabíamos das alterações profundas em todos os domínios da vida que três décadas de democracia acrescidas de progresso económico tinham alterado significativamente a maioria dos países da América Latina. Sabíamos também que em África, dada a sua profunda diversidade e desigualdade económica e política, muitos países se preparam para atingir os objectivos do milénio, enquanto outros, já se prevê, não os atingirão. Sabíamos também que as relações Sul – Sul, que têm uma história muito mais longa do que os media descrevem, se acentuaram na última década, o que veio alterar relações de força, comerciais e de fluxos de pessoas e bens. A abordagem feita do ponto de vista cultural, e não exclusivamente artística, ao longo destes três anos que o Programa já leva, confirma-nos que o Próximo Futuro para toda a humanidade passa necessariamente pelo que acontecer nestas regiões culturais, com as enormes diferenças que, é preciso reafirmar, existem entre os países e, melhor, entre as cidades e as zonas rurais que os constituem.
À semelhança dos quatro Workshops anteriores, queremos contribuir com a produção e difusão de teoria nos campos das ciências sociais e das artes, e uma vez mais em colaboração com Centros de Investigação de excelência, nacionais e internacionais.
09h30
IMAGINÁRIOS POST-UTÓPICOS EN LA ACTUAL NARRATIVA CUBANA
Magdalena López (CEC-Centro de Estudos Comparatistas/UL)
A partir de los años noventa, la narrativa cubana indaga sobre el derrumbe de la utopía revolucionaria. Generalmente, la crítica literaria ha tendido a establecer una diferenciación entre aquellos narradores que fueron hijos de la utopía, nacidos apenas unos pocos años antes de 1959 y los posteriores, que nacieron en el fracaso de esa misma utopía, con posterioridad a aquel año. Ambos grupos se distinguen por un rasgo fundamental: los primeros llegaron a compartir una fe en las premisas de la revolución que los más recientes nunca tuvieron. A pesar de este rasgo distintivo, es posible encontrar puntos de encuentros entre los “desengañados” y los “novísimos” que nos llevan a replantear cómo abordar nuevas subjetividades en un nación que aparenta no tener futuro. Mi investigación comprende un estudio comparativo de las novelas El libro de la realidad (2001) de Arturo Arango, Las bestias (2006) de Ronaldo Menéndez (2006), Paisaje de otoño (1998) de Leonardo Padura y Cien botellas en una pared (2002) de Ena Lucía Portela.  La obras coinciden en la necesidad de deconstruir los parámetros identitarios y teleológicos del discurso revolucionario al tiempo que, las últimas dos, lejos de anunciar el fin de la historia; sugieren nuevas posibilidades de agenciamiento que se resisten a la debacle post-utópica.

Continuar a ler " O ESTADO DAS ARTES EM ÁFRICA E NA AMÉRICA DO SUL"

11.05.2011 | por martalanca | conferências, próximo futuro

Salão FNLIJ de Livros para Crianças e Jovens

Aos escritores de países africanos de língua portuguesa,

13º Salão FNLIJ de Livros para Crianças e Jovens, que ocorrerá  no Rio de Janeiro, de 6 a 17 de junho, tem como tema A Língua Portuguesa. Para tal, estamos buscando o apoio e a participação dos autores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Se você é escritor ou ilustrador de um desses países, envie seu livro para a exposição que está sendo organizada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e que será apresentada no evento.

Mais informações com Lucilia Soares ou Sonia Becker para

comunicacofblij@fnlij.org.br

Elizabeth Serra, Secretária Geral

11.05.2011 | por martalanca | livro infantil

saudade no museradio.fm

music website run by Olivia and Lilly

http://museradio.fm/playlists/saudade/

This collections takes its inspiration from Saudade, an old Portuguese word that expresses longing and the melancholy of separation. It has been the theme of countless songs across the Portuguese speaking world. One of the most famous songs called Saudade is by Cape Verde’s legendary singer Cesaria Evora. As well as mining the music of Cape Verde, we have traveled across the rest of the Lusophone world, including  Angola, Brazil, Portugal, and Guinea-Bissau, finding wistful melodies that express both sadness and beauty.

1. Saudades de Luanda – OS KIEZOS; 2. Barroco Tropical – ANTONIO ZAMBUJO; 3. Sofrimento – WALDEMAR BASTOS; 4. Balumenko – BONGA; 5. Valsa Da Tunísia – VINÍCIUS DE MORAES; 6. Regasu – MAYRA ANDRADE; 7. Cavalos – DONA ROSA; 8. Pretty Down – MARIO LUCIO; 9. Sodade & Rosinha Dos Limões – LULA PENA; 10. Julia – SUPER MAMA DJOMBO; 11. Tchan De Pedra – BANA; 12. Beijo De Saudade – MARIZA feat. TITO PARIS; 13. Muxima – WALDEMAR BASTOS; 14. Tia – ARTUR NUNES; 15. Aname – BONGA; 16. Canto a Luanda – CARLITOS VIERA DIAS; 17. Saudade Do Meu Amor – TAFFETAS; 18. Sodade – CESARIA EVORA

11.05.2011 | por franciscabagulho | música

Epipiderme #18 - encontros à volta da performance, LISBOA

12 Maio às 21h no espaço do URSO (Rua Palmira, nº5 R/C Dt. Lisboa. Performance:

Vitor Lago Silva (Portugal) “THE LAST WORDS OF DOMENICO” Duração: 7´

Concerto de Vitor Lago Silva e João Maia e Silva (Portugal) “ATTIC TESLA” Duração: 25´

http://thelastwordsofdomenico.wordpress.com/

http://fotocrono-fatosensivelwireless-vls.blogspot.com/

Ana Gesto (Espanha) Cuatro Veces la edad (1978-2011) Duração: 20´

http://anagesto.blogspot.com

Filipa Aranda com a participação de António M. Rodrigues (Portugal) “Transgressões” Duração: 45

http://filiparanda.wordpress.com/

Vídeo- intervenções no espaço público:

GIA – Grupo de Interferência Ambiental (Salvador/Bahia – Brasil) Duração: 20´

http://giabahia.blogspot.com/

Aleatoriedade, humor e reflexões a respeito da vida cotidiana e suas singularidades: talvez esses sejam pontos chaves do Grupo de Interferência Ambiental - GIA, coletivo artístico que foge a qualquer tentativa de definição.
O grupo é formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e (às vezes) músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do GIA beberam na fonte da arte conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera, buscando uma reconfiguração da relação entre o artista e o público.
Um dos principais objetivos do grupo é a utilização de meios que possibilitem atingir uma margem cada vez maior de pessoas, tomando de assalto o espaço público. Assim, as ações do GIA procuram interrogar as condições em que os indivíduos atuam com os elementos do seu entorno, produzindo, assim, significados sociais. E esses significados, são também, processuais, pois segundo John Cage “o mundo, na realidade, não é um objeto, é um processo”. O GIA, portanto, está disposto a questionar as convenções sociais sempre que possível, através de práticas concretas infiltradas em pequenas transgressões.
A estética GIA, baseada na simplicidade e ao mesmo tempo irônica, procura mostrar, portanto, que a arte está indissoluvelmente ligada à vida.

O grupo existe desde 2002 e os participantes atuais são: Mark Dayves, Everton Marco Santos, Tiago Ribeiro, Ludmila Britto, Tininha Llanos, Luis Parras, Cristiano Piton.

11.05.2011 | por franciscabagulho | performance

SOSO arte contemporânea africana na SPARTE, SÃO PAULO

11.05.2011 | por franciscabagulho | arte contemporânea africana

Workshop de Butoh BODY RESONANCE

a menina dos meus olhos a.c. e o Forum Dança apresentam o Workshop de ButohBODY RESONANCE com Yumiko Yoshioka.

28 Junho a 02 Julho 2011, das 9h-22h, no Forum Dança.


“O corpo é um receptáculo de tempo. Através de uma exploração dirigida às memórias colectivas do nosso passado, podemos encontrar uma fonte de recursos abundantes, enriquecendo a essência da nossa vida. Pretendo activar essas memórias esquecidas, concentrando-nos no Ki (energia vital) e na sua circulação. Ressonância corporal(Body Resonance) é a chave para abrir o mundo em constante mudança dentro e fora de nós. Um passo para a metamorfose. Vamos desfrutar o caos!”  Yumiko Yoshioka
Yumiko Yoshika: Bailarina, coreógrafa, professora, directora artística. Nasceu em Tóquio, reside na Alemanha desde 1988.No início dos anos setenta e oitenta pertenceu à  primeira companhia feminina de dança Butoh, ARIADONE. Dançou com Ko Murobushi e Carlotta Ikeda em “Le Dernier Eden” (em Paris),a primeira coreografia de Butoh fora do Japão. Foi um membro activo da companhia de teatro japonesa e alemâ “Tatoeba - THEATRE DANSE Grotesque” com Minako Seki e Ra’i delta. Em 1995 fundou o grupo de arte e formação “TEN PEN Chii art labour” com Joachim Manger (Alemanha) e Zam Johnson (E.U.A.). Yumiko pesquisa a interactividade entre a dança, o espaço e a arte visual, afastando-se da dança Butoh convencional. TEN PEN Chii tem criado uma série de obras, como “N. Yoin” (1996), “DA-PPI” (1998), “I-ki, uma máquina de dança interativa do corpo” (1999), “Test Labour” (2000) “Minus Alpha” (2002), Waku Déjà “Furu-Zoom” (2005, em colaboração com Susanne Linke) “SU-i” (2006), “Vu” (2007), “KET - SUI “(2008), muito aclamados no cenário artístico interdisciplinar. É directora artística de “Ex … it!” (Dance Exchange Research Project, desde 1995), juntamente com Ra’i delta, em que mais de 100 artistas e estudantes de dança de todo o mundo participam. Desde 2003, trabalha como  júri em Schloss Broellin.
Preço:até 31 Maio 2011 - 82,50 €a partir de 1 Junho 2011 - 90 €Nível aberto
Mais informações e inscrições

T. 21 342 8985 forumdanca@forumdanca.pt

10.05.2011 | por martalanca | ButohBODY RESONANC

exposição fronteiras dia 13 de Maio / Baile na Garagem

10.05.2011 | por martalanca | fronteiras, próximo futuro

“Os Africanos em Portugal: História e Memória (séculos XV- XXI)

A exposição “Os Africanos em Portugal: História e Memória (séculos XV- XXI) inaugurada na passada 5ªfeira estará presente na Torre de Belém até dia 05 de Junho.
A autoria e coordenação é da Profª Isabel Castro Henriques, uma das mais proeminentes figuras da cena académica no que diz respeito aos Estudos Africanos em Portugal. O objectivo da exposição é retratar cronologicamente as relações dos africanos com Portugal desde a sua chegada aos dias de hoje.
O continente africano e os africanos ocupam um lugar central na problemática das relações de Portugal com outros homens, outras culturas e outros mundos ao longo da História, “pela longa duração dos contactos, pela natureza das formas relacionais, pela força da sua presença no imaginário português”, citando a autora. A presença de Africanos tem sido contínua até aos dias de hoje e difere por exemplo da presença dos romanos ou dos árabes que vinham para Portugal para cumprir objectivos pessoais. Os africanos vieram como escravos (duzentos e quarenta africanos desembarcaram no porto de Lisboa da primeira vez) e só depois da abolição da escravatura no séc. XVIII, pelo Marquês de Pombal, é que lentamente se foram integrando na sociedade portuguesa.


A exposição é apresentada em vários painéis compostos por textos e fotografias relativas aos sete temas:
1-      Africanos: Uma nova mercadoria (séc. XV- XVI)
2-      Bairro do Mocambo em Lisboa
3-      A Integração dos Africanos (séc. XVI- XIX)
4-      A desumanização dos Africanos
5-      Estratégias Africanas
6-      Permanências e Mudanças (séc. XVIII- XX)
7-      Novas Dinâmicas Africanas (Depois de 1974)
O interesse da UNESCO nesta exposição vem também na sequência da extraordinária e recente descoberta feita em Lagos.  A Camâra Municipal preparava-se para construir um parque de estacionamento quando teve que acabar com as obras de uma vez por todas pois foi encontrado um cemitério- ou que seria na altura a lixeira- com 155 esqueletos de homens, mulheres e crianças africanos escravos (muitos dos esqueletos ainda se encontram com as mãos atrás das costas como se pode ver em fotografia, na exposição).
Segundo a UNESCO, este cemitério é único na Europa  e provavelmente o mais antigo do mundo.  O Comité Português UNESCO “ A Rota do Escravo” assumiu a edição e o apoio da exposição.
Contou também com os apoios do ACIDI (Alto Comissariado para a Integração e Diálogo Intercultural),a Fundação Calouste Gulbenkian, a FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia), a Fundação Portugal Africa, o IPAD, e a UCCLA (União da Cidades Capitais de Língua Portuguesa).

10.05.2011 | por ritadamasio | africanos em portugal, arquelogia, colonização, dinamicas africanas, escravatura, fotografia, relações de portugal com africa

CHILE-EUA-CABO VERDE-PORTUGAL: na rota de Magaly Ponce

Inaugura hoje às 18h, no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa, a exposição InSight-s: Uma Instalação Multimédia em três Continentes da artista chilena MAGALY PONCE, produzida por Natércia Caneira com o apoio da Embaixada do Chile em Portugal.

No seu texto sobre esta instalação de Ponce, a directora da Sheldon Art Galleries em Sant Luis (EUA), Olivia Lahs Gonzales, explica:

Magaly Ponce explora a interacção entre a sua vida interior e a sua história pessoal num diálogo com a história das paisagens com que escolhe trabalhar e com o movimento de pessoas nesses cenários. O seu trabalho consiste geralmente de vídeos e instalações multimédia, por sua vez apoiado e reforçado na sua mensagem por meio da utilização de diversas formas de expressão incluindo a projecção, som, escultura, impressão digital, fotografia ou desenho.

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10.05.2011 | por martalanca | cabo verde, chile, MAGALY PONCE

Lisbon shows off its African roots

by Anja Mutic

It’s a quiet night at En’Clave. As I savour a hearty meal of kalulu — a fish and spinach stew from the island nation of Sao Tome and Principe — and slowly sip on a shot of grog — potent rum from Cape Verde — a hefty man sings a soulful morna ballad with a backdrop of two guitars. It could be a tropical night on an African square, but instead I am at an African basement restaurant in Portugal’s capital city.

It was perhaps my own immigrant experience that made me decide to look for Africa in Lisbon. The story reaches as far back as the 15th century, when Prince Henry the Navigator sailed out into the Atlantic to explore the outlying islands and the coast of Africa. What followed was an epoch of trading in spices, gold and slaves.

By the early 19th century, Portugal ruled several African outposts and only released its harsh grip with the collapse of the Salazar dictatorship in 1974. Soon after, immigrants from the newly independent nations of Lusophone (Portuguese-speaking) Africa — Mozambique, Angola, Sao Tome and Principe, Cape Verde and Guinea-Bissau — flooded Lisbon, looking for a better life. Entire African suburbs were born, like Buraka in Amadora and Vale da Amoreira in Moita, and Lisbon’s cultural and ethnic tapestry changed.

A few decades later, I am strolling through Largo de Sao Domingos, a small square at the heart of Lisbon where the city’s mainly male African population stands around chatting. I walk up Calcada do Garcia then Rua do Arco da Graca, and among the African stores and barbershops, I stumble upon a restaurant advertising African food. I sit down with my Slovak friend — the only other white European in the house — to a delicious plate of fish with fried bananas and rice. If I had to guess where I was, I’d say — Maputo? Luanda? Praia?

Near the river in Alcantara, the city’s stylish African restaurant-bar Casa da Morna draws a more mixed crowd. Owned by famous singer-songwriter Tito Paris from Cape Verde, this dimly lit space serves up live music and Europeanized versions of African dishes. Paris was away the night I visited, so my prawn moqueca, an Afro-Brazilian seafood stew, was paired with sad-tinged morna songs performed by a duet of voice and guitar.

Rumour has it Paris, who performs here regularly, is a treat to catch, as are other Afro-Portuguese performers who play anything from upbeat funana dance songs to drum-heavy batuku popularized by the young Cape Verdean Lisbon-born singer Lura.

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10.05.2011 | por martalanca | Africa, Lisbon

Estación Experimental, CA2M _ MADRID

ESTACIÓN EXPERIMENTAL. INVESTIGACIONES Y FENÓMENOS ARTÍSTICOS

INAUGURACION 13 MAY 14 MAY – 9 OCT 2011

COMISARIOS: ANDRÉS MENGS Y VIRGINIA TORRENTE

ORGANIZA: CA2M CENTRO DE ARTE DOS DE MAYO Y LABORAL CENTRO DE ARTE Y CREACIÓN INDUSTRIAL

Estación experimental es una exposición que presenta la obra de aquellos artistas para los que la razón de su trabajo es un impulso irrefrenable que les conecta con la parte más pura de la investigación científica. Desviándose de las directrices preestablecidas en el arte contemporáneo, estos creadores comparten en su trabajo una cierta fascinación por temas extra-artísticos, por lo que sucede dentro del campo de lo real pero también en el más allá.

Investigación formal, pseudo-ciencia, ciencia-ficción y sucesos paranormales son los terrenos experimentales en que se mueve y materializa la obra de estos autores, que no renuncian a su capacidad de investigar, y ésta puede expandirse fuera de los límites de la creatividad artística como es entendida en lo contemporáneo. Esta búsqueda en terrenos paralelos, que abarca de la realidad a la mentira, es extraordinariamente interesante, y se mueve en un circuito marginal por su propia dificultad de ubicación. No es lo mismo un artista interesado en la última tecnología, aplicable a su obra para la consecución de resultados estéticos, que otro que se inclina por la investigación donde el experimento es la obra en sí misma, y esa investigación convierte el estudio de artista en laboratorio y campo de pruebas, de errores y resultados.

Tanto el dispositivo artístico como el científico nos transportan a lugares de cambios y descubrimientos, ya sea con un propósito real o imaginario. Hablamos de la creación como lugar de experimentación, y en eso, ciencia y arte tienen un fin común, llevando a cabo experimentos que cuestionan lo hasta ahora conocido, buscando una nueva frontera.

Ciencia y arte comparten también una poética común ¿Dónde se tocan y dónde se distancian? Ética y estética son conceptos que las separan y las unen, puntos de contacto que hacen pensar y reflexionar tanto al artista como al científico. Este último, trabaja en un maravilloso espacio de observación, a partir del conocimiento, con procedimientos rigurosos para la obtención y recolección de datos. Los artistas penetran en este campo restringido por una vía paralela.

A lo largo de la historia, una inmensa fuente de ideas investigadas han conducido a grandes cosas y a nada. Utopías y fallos, un gran lugar común del arte y la ciencia.

ESTACIÓN EXPERIMENTAL. VIERNES 13 MAYO. 20:00 H.

Julio Adán, Guillem Bayo, Alberto Baraya, Luis Bisbe, Ingrid Buchwald, Carlos Bunga, Caleb Charland, David Clarkson, Björn Dahlem, Karlos Gil, Faivovich & Goldberg, O Grivo, João Maria Gusmão y Pedro Paiva, Lyn Hagan, Ilana Halperin, Kiluanji Kia Henda, Esther Mañas y Arash Moori, Milton Marques, Alistair McClymont, Rivane Neuenschwander y Cao Guimarães, Jorge Peris, Paloma Polo, Rubén Ramos Balsa, Conrad Shawcross, Ariel Schlesinger, Alberto Tadiello, Jan Tichy, Ben Woodeson y Raphäel Zarka.

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09.05.2011 | por franciscabagulho | arte contemporânea

Urban Africa, uma viagem fotográfica por David Adjaye, LISBOA

 

Um dos mais reputados arquitectos da sua geração, David Adjaye sai da sua linha de trabalho habitual para fotografar e documentar as principais cidades africanas, como parte de um projecto contínuo de estudo sobre a construção e os padrões de urbanismo em África. Esta colecção de fotografias é uma procura pessoal, motivada pelo escasso conhecimento existente dos ambientes urbanos no continente africano. 

David Adjaye fotografou as características mais marcantes das principais cidades africanas, incluindo bairros suburbanos, urbanizações clandestinas e paisagens urbanas. 
A exposição é introduzida por uma representação gráfica do projecto. Mapas de África em grande escala, políticos e geográficos, mostram o continente africano sob diferentes prismas: as línguas, as bandeiras, as zonas geográficas, a densidade populacional, as fronteiras e as cidades capitais que David Adjaye visitou. As fotografias, em pequeno formato, são depois apresentadas num longo mural, agrupadas por tipologia, cidade e paisagem e oferecem uma visão abrangente de cada cidade, onde estão presentes edifícios civis, comerciais, religiosos e habitacionais. Estas cerca de duas mil fotografias revelam as cidades em si, e analisam os edifícios e os lugares que têm um eco especial nas preocupações de Adjaye, como arquitecto. O projecto integral e a dinâmica do trabalho são dados a conhecer através de uma série de projecções, em escala alargada, que inundam o espaço criando um traço de união na diversidade entre arquitectura, cultura e paisagem urbana. Tudo isto sob o pano de fundo de ritmos africanos, compostos especialmente para a exposição por Peter Adjaye (irmão de David).

Museu da Cidade _ Pavilhão Preto, de 25 Maio a 31 Julho.


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08.05.2011 | por franciscabagulho | africa.cont, arquitectura, cidades africanas, David Adjaye, urbanismo

"DINA", de Mickey Fonseca, ganhou o prémio de Melhor Curta Metragem do Festival FESTICAB 2011, no Burundi

When Dina (14 yrs) falls pregnant, Fauzia(mother), begins to understand that Remane’s(husband) violent behavior has reached extreme heights. After a big fight that leaves Fauzia in the hospital, Dina convinces her mother to open a case against her father. In court Fauzia confronts Remane for the last time.

Quando Dina, a filha de 14 anos engravida, Fauzia compreende que a violência de Remane, seu esposo, atingiu novos limites. Com a mãe hospitalizada depois de uma terrível cena de violência física, Dina convence-a a  denunciar Remane à Polícia. No tribunal Faizia enfrenta Remane pela última vez. 

O filme “DINA” ganhou no dia 7 de Maio de 2011, o prémio de Melhor Curta Metragem do Festival FESTICAB 2011, em Bujumbura no Burundi.

O filme “DINA” ganhou no dia 27 de Março de 2011, o premio de Melhor Curta Metragem de Africa para 2010, no African Movie Academy Awards, na Nigeria

O filme “LOBOLO” ganhou no dia 4 de Março de 2011, o premio Especial do Jury no 22’ FESPACO em Ouagadougou..

Obrigado a todos que ajudaram a fazer estes filmes.

DINA foi escrito e realizado por Mickey Fonseca, e O Lobolo, escrito por Emidio Josine e realizado por Michele Mathison.

Os filmes foram produzidos pela Mahla Filmes lda, e financiados pela embaixada do reino dos Paises baixos, Holanda, e que fazem parte de um projecto da N’weti.

CAST

Dina - Nelsia Laquine

Fauzia - Esperança Naiene

Remane - Tomas Bie

Fatima - Francilia Jonaze

Policia - Hildizino Boa

Juiz - João Antonio

Enfermeira - Tania Antonio

Amigo - Timoteo Maposse

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08.05.2011 | por martalanca | Cinema Moçambicano, Dina, Mickey Fonseca

Tributo a Bob Marley no Elinga Teatro 11/5 - LUANDA

A 11 de Maio de 2011, passam exactamente 30 anos que Bob Marley faleceu e continua a ser um dos mais influentes músicos da humanidade e um dos que mais discos vende. O seu legado aos homens é inquestionável e a sua aceitação em quase todas as culturas do mundo é o sinal da realização do seu sonho: um mundo sem fronteiras, “one love, one heart!”

Bob Marley morreu num hospital de Miami na segunda-feira, 11 de maio de 1981. No mês anterior, Marley havia sido agraciado com a Ordem do Mérito da Jamaica, a terceira maior honra da nação, em reconhecimento à sua inestimável contribuição à cultura do país. Na quinta-feira, 21 de Maio de 1981, o Honorável Robert Nesta Marley recebeu um funeral oficial do povo da Jamaica. Após o funeral - assistido tanto pelo Primeiro-Ministro como pelo líder da oposição - o corpo de Marley foi levado à sua terra natal, Nine Mile, no norte da ilha, onde agora descansa em um mausoléu. Bob Marley morreu aos 36 anos, mas a sua lenda permanece viva até hoje.

Para marcar a data, no Elinga Teatro, em Luanda, presta-se o Tributo a Bob Marley, com a presença do Selecta Ayala (Riddim  Culture Sound) e Ulixandthemix, a partir das 11:30. preço 1000 kwz
Selecta Ayala….Começou a passar som nas festas de liceu em Macau em 1997. Hoje é membro fundador do colectivo Riddim Culture desde 2004, que continua a actuar nacional e internacionalmente. Tem percorrido o país de norte a sul nos últimos anos, seja em modo de Mc de serviço ou selector de discos. Uma festa com ele basta para se perceber que o gosto é apurado, e a fusão de estilos e ritmos é irresistível. Traz na manga sets que transpiram groove por todos os poros: Roots Reggae, Dub e Afrobeat, daqueles de fazer dançar a mais céptica das almas.
A selecção adequada a cada momento é a palavra de ordem, seja ela feita num festival cheio de mentes sedentas de ritmo na Europa, num miradouro pelo final da tarde em Lisboa ou num boda em Luanda.
Ulixinthemix, dj eclético e perfeccionista, aposta na sonoridade sofisticada dos clássicos para compor os seus sets. Apoiando-se numa larga experiência como animador de noite em diversos bares e discotecas em Portugal e Angola, Ulix surpreende com a escolha de temas que nos guiam pela história da música urbana contemporânea. O reggae e seus derivados são territórios musicais onde este dj se passeia com um à vontade desconcertante capaz de converter os mais duros de ouvido aos espirituais oriundos da Jamaica.

 

07.05.2011 | por martalanca | Bob Marley, elinga, reggae

O País de Akendenguê

“Algures em Conacri, conheço uma casa.
Quiçá o pilar de uma casa
E o coração de África
Batendo sobre um livro indestrutível.

Há quanto tempo amanhece a cidade …

Quantas noites meditou o combatente
sob as vigas do seu tecto!

…”
excerto de um poema a Amilcar Cabral no livro O País de Akendenguê de Conceição Lima

(sugestão de Margarida Paredes)

07.05.2011 | por martalanca | Conceição Lima, poesia