OS TRANSPARENTES, de Ondjaki Estreia a 31 de outubro no Teatro Estúdio Ildefonso Valério

O romance Os Transparentes, de Ondjaki, chega ao palco numa criação da companhia Cegada, com encenação de Manuela Paulo e dramaturgia de Marta Dias. O espetáculo estreia a 31 de outubro e estará em cena até 16 de novembro, de quinta a sábado às 21:00 e Domingos às 16:00 no Teatro Estúdio Ildefonso Valério, Vila Franca de Xira.

Distinguido com o Prémio José Saramago e reconhecido internacionalmente como uma das vozes mais originais da literatura de língua portuguesa, Ondjaki construiu em Os Transparentes um retrato poético e político de Luanda - uma cidade onde o quotidiano e o fantástico se entrelaçam, revelando as pequenas resistências e afetos de quem nela vive.

companhia Cegada transporta agora esse universo para o palco, dando corpo às personagens e atmosferas da obra, que descrevem Luanda como uma cidade viva, feita de vozes, cheiros, poeiras e presenças invisíveis. É dessa matéria - feita de afetos, ausências e esperanças - que nasce o espetáculo. Entre o humor, a crítica e a ternura, Os Transparentes é um encontro entre literatura e teatro, entre Angola e Portugal, entre o visível e o invisível.

Da encenação aos intérpretes o elenco é inteiramente composto por criadores luandenses: Anílson Eugénio, Eduarda Oliveira, Kássia Laureano e Kévin Cassule que, dirigidos por Manuela Paulo, contam esta história com a autenticidade de quem reconhece, por dentro, a pulsação de Luanda e da sua diáspora. No palco trabalham as memórias, sonoridades e os afetos que habitam a obra de Ondjaki, oferecendo ao público uma leitura viva e verdadeira da cidade e das suas gentes.

Durante o processo criativo, a companhia recebeu a visita de Ondjaki, num encontro de partilha e diálogo entre literatura e teatro que marcou o percurso de construção do espetáculo e reforçou a ligação entre o autor e os intérpretes. Este trabalho reflete ainda o trabalho contínuo da companhia em adaptar obras literárias originalmente não escritas para teatro, transformando textos narrativos em peças dramáticas, consolidando um percurso de diálogo entre literatura e palco.

Após a temporada no Teatro Estúdio Ildefonso Valério, “Os Transparentes” seguirá em digressão por várias cidades de Portugal e Espanha, com apresentações em Zaragoza, Lagos, Badajoz, Covilhã, entre outras.

Em cena de 31 de outubro a 16 de novembro
Quinta a sábado às 21h00 | Domingo às 16h00

Teatro Estúdio Ildefonso Valério – Alverca

Interpretação
Anílson Eugénio, Eduarda Oliveira, Kássia Laureano e Kévin Cassule

Dramaturgia

Marta Dias

Encenação

Manuela Paulo

Cenografia e Adereços

Marta Fernandes da Silva

Figurinos

Simone Rodrigues

Direção Artística

Rui Dionísio

Direção de Produção e Comunicação

Vladimiro Cruz

Produção Executiva

Rafael Pires e Tatiana Antunes

Criação

Companhia Cegada (Entidade de Utilidade Pública)

 

Estrutura financiada por
República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

 

Gratos pela atenção, ficamos ao dispo para qualquer esclarecimento ou envio de mais matérias de comunicação.

 

Atentamente,

Vladimiro Cruz

Dir. Produção e Comunicação

Tlm. 925 444 874

06.11.2025 | por martalanca | ondjaki

Olivette Otele no ICS

Olivette Otele, historiadora, vem a Lisboa falar sobre Representações e Trajetórias de Europeus Africanos, na quinta-feira dia 27 de novembro às 16h00A professora catedrática do SOAS, Universidade de Londres, é a convidada da Palestra Sedas Nunes, evento anual que tem lugar no ICS-ULisboa (Entrecampos) e que este ano é organizada por Filipa Lowndes Vicente. A conferência é gratuita e aberta ao público.

Olivette OteleOlivette Otele

Licenciada em Literatura Britânica e Americana, Olivette Otele é também Mestre em História e Doutora em História Colonial Europeia e Política da Memória. ocupando atualmente o cargo de Professora Distinta de Investigação sobre os Legados e a Memória da Escravidão no Departamento de Direito da SOAS – Universidade de Londres. Tem uma vasta obra publicada sobre a história e os legados da escravidão colonial e sobre as heranças do passado. O seu próximo livro, 15 Ports that Made European Empires through Slavery (Basic Books, 2026), analisa os portos que moldaram os impérios europeus através do tráfico de escravos.

É Membro da Learned Society of Wales e também da Royal Historical Society, da qual foi vice-presidente. Recebeu um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Concordia, no Canadá (2022), e foi professora visitante na Universidade de Huron (Canadá) e no Collège de France. Foi júri do International Man Booker Prize e presidiu ao PEN Hessell-Tiltman Prize, bem como ao Prix Goncourt des Lycéens du Royaume-Uni (Embaixada de França em Londres).

Otele é colaboradora regular de diversos meios de comunicação — BBC, The Guardian, CNN, The New Yorker, Elle, Vogue Italia e GQ — e consultora de cinema nos Estados Unidos. Entre os projetos mais recentes estão a docuficção African Queens (Netflix) e o filme Chevalier (Disney+).

 O seu terceiro livro, African Europeans (2020), foi selecionado como um dos “Melhores Livros do Ano” pelo The Guardian, e finalista do Orwell Prize for Political Writing (2021) e do Los Angeles Times Book Prize (2022). A Professora Otele também conselheira de  governos, bancos e organizações de solidariedade sobre história colonial e justiça reparatória, incluindo a auditoria do Governo do País de Gales sobre Escravidão e Colonialismo e o projeto Cotton Capital do jornal The Guardian.

É amplamente difundida - e aceite, pela generalidade das pessoas - a ideia de que a presença de africanos na Europa é recente. Em Europeus Africanos, Olivette Otele, desfaz esse lugar-comum e oferece-nos a inédita história dos europeus de ascendência africana na Europa.

Do século III até ao século XXI, a autora resgata a longa herança africana através da vida de pessoas comuns e extraordinárias, traçando uma história até agora muito desconhecida. Nada é deixado ao acaso: o longo caminho de Europeus Africanos vai do imperador Sétimo Severo aos escravizados africanos que viveram na Europa do Renascimento, terminando nos atuais movimentos migratórios que hoje vemos nas cidades do velho continente.

E é precisamente por investigar, explorar e recuperar em linhas bem definidas uma história tão esquecida  - sem com isso deixar de pôr em evidência os matizes, as razões e as contradições - que Olivette Otele dá um enorme contributo para pensarmos algumas das questões mais importantes da atualidade: racismo, identidade, cidadania, poder.

 

06.11.2025 | por martalanca | Olivette Otele

As Nossas Complexas Democracias I Lançamento do livro «A Palavra e o Poder»

26 nov 2025 quarta, 18:30 no Auditório 2, Fundação Calouste Gulbenkian, Entrada livre

Sujeita à lotação do espaçoUm debate sobre os desafios das democracias contemporâneas, com Rodrigo Tavares, José Miguel Wisnik, Milena Britto e Capicua, com moderação de Mafalda Anjos, por ocasião do lançamento, pela primeira vez em Portugal, do livro A Palavra e o Poder: Uma Travessia Crítica por 40 Anos de Democracia Brasileira.

O que pode o Brasil ensinar – e aprender – sobre democracia, quarenta anos depois do fim da ditadura? A democracia brasileira continua a produzir sinais contraditórios. O arcabouço institucional do país permanece sólido, mas as suas desigualdades persistentes limitam a cidadania plena.

Em Portugal, o percurso brasileiro desperta interesse não apenas pela afinidade histórica, mas porque levanta perguntas que também ressoam deste lado do Atlântico: como reforçar a confiança nas instituições e ampliar a participação democrática? E como pode a cultura continuar a ser o território onde a democracia se testa, se questiona e se reinventa?

No centro desta reflexão está o livro A Palavra e o Poder: Uma Travessia Crítica por 40 Anos de Democracia Brasileira, lançado no Brasil em outubro e agora apresentado, pela primeira vez, em Portugal.

O projeto distingue-se pela pluralidade e pela relevância das vozes reunidas, oferecendo um retrato rigoroso e intergeracional da experiência democrática brasileira. A obra reúne mais de 80 personalidades – entre ex-presidentes da República, intelectuais, jornalistas, economistas, ativistas e artistas –, organizadas em pares que dialogam entre si, num raro exercício de confronto e complementaridade de ideias sobre a democracia brasileira, das promessas de 1985 aos desafios contemporâneos.

Organizado por Rodrigo Tavares, Flavia Lima e Naief Haddad, o livro é publicado pelo Grupo Editorial Record, em parceria com a Folha de S.Paulo.

Este evento faz parte da programação complementar da exposição complexo brasil, com curadoria de José Miguel Wisnik, Guilherme Wisnik e Milena Britto. 

06.11.2025 | por martalanca | Brasil

O Projecto Ágora no Cacém

O Projecto Ágora procura promover a consciencialização política, a participação no debate e a formação em cidadania. A primeira sessão terá lugar no espaço da Universidade Sénior Intergeracional de Agualva e Mira Sintra (Travessa da Capela, 2), às 19h30 de sexta-feira, 7 de Novembro de 2025. Contará com a presença especial da activista e poetisa Vânia Andrade.

Sexta-feira, 7 de Novembro às 19h30 Local: Espaço da Universidade Sénior Integeracional de Agualva e Mira Sintra (USIAMS) na Travessa da Capela, 2 2735-521 Agualva-Cacém

Nota: A sessão será gravada para fins de registo e divulgação do projeto. 

05.11.2025 | por martalanca | agora, Vânia Andrade.

Apresentação de "Virá que eu vi, Amazónia o cinema" e exibição de filmes, em Braga

Apresentação do livro, no dia 11 de novembro às 18h30 na Centésima Página, Braga, com a presença da autora, Anabela Roqueno âmbito de Braga 25, Capital Portuguesa da Cultura 2025. 

Projeção dos filmes: 

Ka’a zar ukyze wà - Os donos da floresta em perigo

Ano de Lançamento (Brasil): 2019 Realização: Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara. A Terra Indígena Araribóia (MA) é uma das mais ameaçadas da Amazónia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de indígenas, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá, um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta e, se a destruição continuar, está com os dias contados.  

Zo’é rekoha – Modo de vida zo’é

Realização: Lia Malcher. Narrado pelas vozes de Tokẽ, Se’y, Awapo’í e Supi, quatro lideranças do povo indígena Zo’é, o documentário “Zo’é rekoha – modo de vida zo’é” é a primeira produção do especial “Os povos se apresentam”, que traz conteúdos feitos em colaboração com pessoas e organizações indígenas para a Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil [https://povosindigenas.org.br], do Instituto Socioambiental (ISA). Fruto de uma parceria com a Tekohara Organização Zo’é e com Instituto Iepé [https://institutoiepe.org.br], o vídeo abre uma nova janela de comunicação com o mundo zo’é, apresentando, em primeira pessoa, o território, os cantos, as festas, o artesanato, as roças e casas desse povo de língua tupi-guarani que vive no Norte do Pará.   

Primeiro livro da coleção Buala /Tigre de Papel

PREFÁCIO Ellen Lima Wassu IMAGEM  João Salaviza CAPA Ágata Ventura.
Virá que eu vi, a Amazónia no Cinema, de Anabela Roque 

“Procurei escrever sobre filmes cuja temática permitisse uma reflexão sobre a Amazónia e, entre estes, aqueles que dedicam especial atenção às cosmologias indígenas. O meu objetivo é evidenciar a diversidade de modos de fazer cinema na região, traduzidos em narrativas enraizadas nas realidades locais, capazes de resgatar ou expor fatos históricos, culturais e ambientais dos diferentes territórios do bioma.” Anabela Roque.

Ler a introdução do livro.

 

05.11.2025 | por martalanca | amazônia, Amazónia o cinema, Braga, Virá que eu vi

Mulheres na Luta Contra o Fascismo e o Colonialismo

Pela primeira vez em Portugal, o Congresso Mulheres na Luta contra o Fascismo e o Colonialismo juntou, em 2024, vozes fundamentais da memória histórica das mulheres que lutaram contra o fascismo em Portugal e contra o colonialismo nos países africanos de língua portugueses - académicas, militantes e activistas, testemunhas vivas da memória da luta das mulheres e das suas organizações que estiveram, e continuam a estar, na vanguarda do desenvolvimento, do pensar e transformar da(s) sua(s) sociedade(s).
Nos 50 anos do 25 de Abril e das independências das colónias portuguesas em África, as discussões agora publicadas neste livro demonstram a convergência entre a resistência antifascista em Portugal e os movimentos anticoloniais e pela independência em Africa. A literatura, as cartas clandestinas, a organização comunitária e militante, mas também dados concretos sobre a realidade da vida e do quotidiano das mulheres, emergem como ferramentas da sua resistência, revelando como as mulheres não só combateram a violência da colonização e do fascismo, mas estão também a construir novas identidades políticas e culturais.
Um projecto promissor de articulações na senda de Abril.

 

05.11.2025 | por martalanca | colonialismo

Biblioteca Negra

Lançamento Oficial: 7 de novembro às 19h | Casa do Comum Link: www.bibliotecanegra.pt II @biblioteca__negra

A Casa do Comum acolhe dia 7 de novembro o lançamento da Biblioteca Negra, uma nova plataforma online que se afirma como espaço de encontro entre literatura, diáspora e negritude. Concebida por Fábio Silva — realizador e doutorando em Estudos Artísticos —, a Biblioteca Negra nasce como um território vivo de partilha e criação, onde livros, autores e leitores se cruzam para ampliar o imaginário da presença negra.

Mais do que um repositório digital, a Biblioteca Negra propõe uma leitura da história através das vozes que a reescrevem, reunindo obras que exploram temas de negritude, identidade, colonialismo, memória e resistência. O projeto afirma-se como um gesto de visibilidade e valorização de narrativas afrodescendentes, assumindo a literatura como ferramenta de transformação social.

A festa de lançamento traduz esse espírito através da palavra, da música e do movimento. A noite começa com Poetry Slam, em que Poeta da Cidade convida Kenny Caetano para uma performance de palavra viva. Segue-se um círculo de conversa moderado por Fábio Silva, com as escritoras Maíra Zenun, Telma Tvon e Nuna, que partilham reflexões sobre o papel da escrita, da arte e do ativismo na criação de novos futuros. O encerramento será em tom de celebração, com atuações de Batida, André Cabral e Fábio Krayze (DJ Robe).

Com este lançamento, a Biblioteca Negra dá início a uma plataforma de reconhecimento e diálogo contínuo, dedicada a afirmar e valorizar a produção literária negra e afrodescendente.

Fábio SilvaFábio Silva

Sobre o Projeto

A Biblioteca Negra nasce como um espaço de celebração, memória e resistência.

Dedicada à literatura negra e afrodescendente, propõe-se a reunir, divulgar e valorizar obras, autores e autoras que exploram temas como identidade, colonialismo, diáspora, pertença, ancestralidade e liberdade.

O projeto conta com o apoio de Casas Parceiras — espaços comunitários, coletivos e culturais onde é possível doar, trocar ou aceder a livros, promovendo uma circulação viva entre leitores, territórios e histórias.

O seu propósito é dar visibilidade a vozes e obras historicamente silenciadas, criando um espaço de partilha, escuta e aprendizagem.
A Biblioteca Negra convida-nos a repensar o arquivo literário, tornando-o mais plural, inclusivo e representativo.

Biografia

Fábio Silva (Lisboa, 1992) fez mestrado em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2018 co-realiza o seu primeiro filme, o Hip to da Hop. Realiza as curta-metragens A Morte de Isaac e Fruto do Vosso Ventre, ambas selecionadas em vários festivais nacionais e internacionais. Atualmente trabalha na sua próxima longa documental intitulada de As Tuas Costas Ainda Ardem.

Contactos

bibliotecanegra.oficial@gmail.com 

 

04.11.2025 | por martalanca | biblioteca negra, Fábio Silva

Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco

No dia 15 de novembro, a partir das 17h, a Galeria Municipal do Porto (GMP) inaugura um novo ciclo de exposições com três propostas distintas. Em destaque estarão o trabalho da dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela, uma exposição coletiva de Kiluanji Kia Henda com três artistas angolanos - Lilianne Kiame, Flávio Cardoso e Raul Jorge Gourgel -, e ainda uma mostra a dois tempos dedicada a Elvira Leite.

Com curadoria de João Laia, a exposição Estado de espírito constitui a mais ampla apresentação já dedicada a Mariana Caló e Francisco Queimadela. Com mais de 15 anos de trabalho, os artistas exploram o filme e o vídeo através de técnicas analógicas e digitais, integrando também fotografia, desenho e escultura. A exposição reúne uma vasta seleção de obras — algumas inéditas — que se articulam em torno da ideia de comunidade, entendida como diálogo entre cultura e natureza, e que aqui surge expressa em imagens de dinâmicas sociais ligadas a costumes, crenças, hábitos e ritos, evocando o trabalho no campo, a vida familiar, a oralidade e a espiritualidade ancestral. Estado de espírito pode ser visitada no piso 0 da Galeria Municipal.

No piso 1, ficará patente Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel Centra-se no diálogo entre a obra de Kiluanji Kia Henda e três artistas angolanos — Flávio Cardoso, Lilianne Kiame e Raul JorgeGourgel — para refletir sobre as promessas, fracassos e ruínas da modernidade. A exposição é articulada pela ideia de recursão: um processo orgânico de retorno que compreende passadoe presente, marcado por movimentos recorrentes, inacabados e em constante mutação. Com fortes ligações ao território e à paisagem, as obras desenham ciclos de memória e especulação,propondo Angola como um arquivo vivo de imaginação coletiva.  Através de diferentes linguagens como a fotografia, a pintura, a instalação, o vídeo ou a performance, Recursões propõe um mapa que analisa o impacto atual das heranças coloniais. Superando narrativas históricas fixas, a exposição apresenta-se como uma bússola provisória que localiza um território de contornos instáveis a partir do qual novos horizontes podem emergir.

KKH, Rusty MirageKKH, Rusty MirageGourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023Gourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023

Já no piso -1, com curadoria de Matilde Seabra, a GMP apresenta Aprender a ensinar, ensinar a aprender com Elvira Leite. Revelando o universo singular desta artista, que também é figura incontornável na reinvenção do ensino das artes em Portugal, a exposição organiza-se em dois tempos: uma mostra de pinturas raramente vistas e uma recriação do seu atelier. O primeiro momento agrupa trabalhos de início de carreira em diálogo com uma seleção de obras recentes e inéditas, estabelecendo um diálogo entre figuração e abstração. O segundo momento transforma a galeria num espaço onde “se brinca” espacialmente com as geometrias, formas e desenhos dos seus livros-jogos, albergando também o seu arquivo, incluindo cartas, fotografias e objetos.

Com entrada gratuita, as exposições podem ser visitadas entre 15 de novembro e 15 de fevereiro, na Galeria Municipal do Porto, nos Jardins do Palácio de Cristal.

04.11.2025 | por martalanca | Galeria Municipal do Porto

Black Gaze – Mostra de Cinema Negro em Portugal

Ciclo de filmes / 08, 09, 15 e 16 nov

Esta mostra pretende dar a conhecer o Cinema Negro feito em Portugal nas últimas décadas e contribuir para o debate público em torno destes filmes e das muitas questões que suscitam.

Construídas em torno dos temas Entre-LugarMemória e AncestralidadeEcologia e FeminismoAntirracismo – Família e Rua, as sessões contam com a presença de cineastas para conversar com o público sobre as obras apresentadas. A seleção inclui obras de Denise Fernandes, Fábio Silva, Falcão Nhaga, Lolo Arziki, Melissa Rodrigues, Mónica de Miranda, Pocas Pascoal, Raquel Lima, Silas Tiny, Vanessa Fernandes e Welket Bungué.

O título deste ciclo, que tem curadoria de Kitty Furtado, parte da ideia de que to gaze não é o mesmo que olhar (to look), implica uma relação de poder assimétrico entre quem olha e quem é objeto desse olhar.

É possível adquirir um passe diário ou um passe geral, para além do bilhete individual de cada sessão.

Ler entrevista de Marta Lança a Kitty furtado.  VER PROGRAMA

Latitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket BunguéLatitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket Bungué

 


04.11.2025 | por martalanca | cinema negro, Kitty Furtado

Seminário “50 anos de independências. A descolonização portuguesa e os seus legados”

11/11/2025 14h00 • 18h00 Conferências e Cursos • Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, CESOP Universidade Católica Portuguesa • Lisboa

O seminário «50 Anos de Independência. A Descolonização Portuguesa e os seus Legados» tem por objetivo aprofundar a reflexão em torno dos resultados da sondagem «50 Anos de Independências — A descolonização portuguesa e os seus legados», realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, sob coordenação de João António e António Costa Pinto, em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril e a RTP. 

Com inquéritos conduzidos em Portugal, Angola e Cabo Verde, esta investigação inédita analisa como os cidadãos destes países percecionam hoje os processos de descolonização e os seus legados. 

O encontro reúne académicos e especialistas num espaço de reflexão plural sobre as memórias, significados e impactos duradouros da descolonização portuguesa, meio século após as independências. 

PROGRAMA:

14h00: Receção dos participantes 

14h30: Abertura institucional 

  • Representante da Reitoria (Universidade Católica Portuguesa) 
  • Comissária Executiva Maria Inácia Rezola
  • (Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril) 

14h45: Apresentação dos resultados  

  • António Costa Pinto (ICS-ULisboa; Universidade Lusófona) e João António (CESOP-UCP) 

15h30: Pausa para café  

16h00: Mesa-redonda 

  • Bernardo Pinto da Cruz (FCSH-NOVA)  
  • Edalina Sanches (ICS-ULisboa)  
  • Catarina Valdigem (FCH-UCP)  
  • Raul Tati (CIEP-UCP) 
  • Carlos Maurício (ISCTE-IUL) 

Moderação: António José Teixeira (RTP)  

18h00: Encerramento – Ricardo Reis (CESOP-UCP) 

03.11.2025 | por martalanca | seminário

Call Afro-Portugal

A Equipa Afro-Portugal convida a comunidade artística a submeter propostas para o programa de residências e exposição coletiva “O Nosso Lugar No Agora”, na Casa da Esquina.

Inspirada por James Baldwin — “The challenge is in the moment (…) the time is always now” — esta chamada reconhece o presente como espaço de ação, escuta e criação. A arte surge aqui como lugar de resistência, reimaginação e projeção de futuros.

Formulário Modalidade I. — Residências Artísticas https://forms.gle/XXF5cWrERAYcQX2n6

Formulário Modalidade II. — Exposição https://forms.gle/48DFggLGCGt5em3N9

Questões ou mais informações para info.afroportugal@gmail.com

Muito boa sorte a todes!

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The Afro-Portugal Team invites the artistic community to submit proposals for the residency program and collective exhibition “O NOSSO LUGAR NO AGORA” at Casa da Esquina.

Inspired by James Baldwin — “The challenge is in the moment (…) the time is always now” — this call recognizes the present as a space for action, listening, and creation. Here, art emerges as a place of resistance, reimagination, and projection of futures.

OPEN CALL Modality I. — Artistic Residency https://forms.gle/XXF5cWrERAYcQX2n6

OPEN CALL Modality II. — Exhibition https://forms.gle/48DFggLGCGt5em3N9

The application form and rules are available at the link in the bio.For any questions or information e-mail info.afroportugal@gmail.com

Good luck to everyone!

Co-produção / Co-production TAGVA Escola da NoiteCasa da EsquinaFundação Calouste Gulbenkian

02.11.2025 | por martalanca | Afro-Portugal

Lançamento Imaginários da Guiné-Bissau – o espólio de Álvaro de Barros Geraldo (1955–1975)

31 de outubro | 17h00 no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa
No ano em que se assinalam os 50 anos das independências das antigas colónias portuguesas em África, é lançada a publicação Imaginários da Guiné-Bissau, uma obra que propõe uma leitura crítica de um espólio fotográfico inédito, produzido na Guiné-Bissau entre 1955 e 1975.
O fotógrafo português Álvaro de Barros Geraldo (1922–1993), radicado na Guiné-Bissau desde meados dos anos 1950, registou de perto as tensões, transformações e ambiguidades de um período marcado pela guerra colonial e pelas lutas de libertação.
Este livro, tal como a exposição homónima, constitui um contributo fundamental para a reflexão sobre os legados do colonialismo português, a construção de identidades nacionais e a persistência de estruturas coloniais no presente.
Com textos de Catarina Mateus, Pedro Aires Oliveira, Inês Vieira Gomes e Catarina Laranjeiro, e um encarte de Marta Pinto Machado, esta publicação reúne perspetivas históricas, visuais e críticas para a problematização dos legados do colonialismo português.

28.10.2025 | por martalanca | Álvaro de Barros Geraldo, arquivo

Foco de Artista – Mónica de Miranda

 Mónica de Miranda é uma artista visual, cineasta e investigadora portuguesa com raízes em Angola, cujo trabalho explora as relações entre arte, política, memória e identidade. A sua prática interdisciplinar abrange desenho, instalação, fotografia, cinema e som, navegando entre o documentário e a ficção. Focada na resistência, memória e ecologias de cuidado, a investigação de Mónica de Miranda dedica especial atenção às dinâmicas do colonialismo e das geografias pessoais. É formada em Artes Visuais pela Camberwell College of Arts e doutorada pela Middlesex University. O seu trabalho tem sido reconhecido através de várias nomeações, exposições e a participação em importantes bienais internacionais, tendo representado Portugal na Bienal de Veneza com o projeto Greenhouse. Mónica de Miranda é também cofundadora do Hangar, um centro de arte e pesquisa em Lisboa.

No âmbito da exposição da artista Profundidade de Campo, apresentada na Galeria Municipal do Porto e na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, o Batalha dedica-lhe um foco, que integra uma sessão de cinema, uma conversa e o lançamento de uma publicação sobre a exposição.


Sessão seguida de conversa com Mónica de Miranda e Cindy Sissokho (curadora).


24.10.2025 | por martalanca | Monica de Miranda

Cinema e memória das independências em debate na 3ª edição dos Encontros do Património Audiovisual

A cidade de Maputo acolhe, entre 27 e 31 de Outubro, a terceira edição dos Encontros do Património Audiovisual, iniciativa que promove a reflexão em torno da memória cinematográfica dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Com o tema O Cinema e as Independências dos PALOP, o encontro propõe revisitar o ambiente pré e pós-independência através de exposições, mostras de cinema, visitas guiadas, lançamento de livros, debates e workshops com investigadores nacionais e estrangeiros.

O evento, organizado pela Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique (AAMCM), decorre no Cine-Teatro Scala, no Centro Cultural Franco-Moçambicano e no Centro Cultural Português.

Entre os destaques da programação estão as apresentações de livros das investigadoras portuguesas Raquel Schefer, Maria do Carmo Piçarra e Rosa Cabecinhas, e da brasileira Michelle Sales, além de workshops orientados pela cineasta Mila Turajlić (Sérvia/França) e pela brasileira Rosana Miziara. Pesquisadores de Moçambique, Portugal, Brasil, Alemanha e Estados Unidos também participam com artigos e comunicações.

As mesas redondas, com figuras como o guineense Sana na N’Hada, o cabo-verdiano Leão Lopes e o angolano Ery Claver, abordam temas como O Papel do Audiovisual nas Independências dos PALOP; Acervos e Projectos de Digitalização, que discute o arquivo como produto político; e Modos de (Re)Ver Moçambique, Objeto Fílmico e Activismo Cultural, com investigadoras portuguesas.

Um dos debates mais aguardados é sobre O poder do cinema na propaganda política: uma análise de Kuxa Kanema e Noticieros, Moçambique e Cuba, que contará com especialistas de Cuba, França, Portugal e Brasil, além de testemunhos de cineastas e pesquisadores moçambicanos.

O ciclo de debates encerra com a mesa Cinema, História e Ensino, que reúne nomes como Michelle Sales (UNICAMP – Brasil), Paulo Cunha (UBI – Portugal) e Inês Godinho (Lusófona - Portugal).

Diana Manhiça, da AAMCM, explicou que os debates serão realizados em formato híbrido, presencial e online, pretendendo ser um espaço de intercâmbio de ideias e investigação em torno do património audiovisual, com especial atenção ao papel do cinema na construção da memória das independências africanas, frisou.

Um dos pratos fortes dos Encontros do Património Audiovisual é a exposição que revisita a história do cinema nacional, através de fotografias documentais e arquivos audiovisuais. Com a curadoria da AAMCM, a mostra estará patente no Cine-teatro Scala, e assinala os períodos e os marcos históricos do cinema feito em Moçambique, com destaque para o marco dos 40 anos do filme O Tempo dos Leopardos.

Além disso, em paralelo nos CCFM e Cine-Scala, existirá espaço para um ciclo de cinema, com exibição de filmes históricos escolhidos a dedo e arquivos da Cinemateca Portuguesa nunca antes projectados em Moçambique.

Os Encontros do Património Audiovisual, que já vão na terceira edição, surgiram em 2023 e assinalam anualmente o Dia Internacional do Património Audiovisual, contando habitualmente com apresentações de artigos académicos, conversas com cineastas, técnicos e artistas visuais que trabalham com arquivos, debates sobre temas relacionados com os Direitos de Autor e sessões de cinema.

Este ano, o evento é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e apoiado pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), pela Embaixada de França, através do programa FEF Création Africa, e pelo Institut Français, através do programa AOCA, e conta com o apoio institucional do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas de Moçambique.

Consulte o Programa aqui ou nas redes sociais.

21.10.2025 | por martalanca | cinema, independências, Moçambique

"Virá que eu vi, Amazónia no Cinema", de Anabela Roque

Primeiro livro da coleção Buala /Tigre de Papel

PREFÁCIO Ellen Lima Wassu IMAGEM João Salaviza CAPA Ágata Ventura.
Virá que eu vi, a Amazónia no Cinema, de Anabela Roque 

“Procurei escrever sobre filmes cuja temática permitisse uma reflexão sobre a Amazónia e, entre estes, aqueles que dedicam especial atenção às cosmologias indígenas. O meu objetivo é evidenciar a diversidade de modos de fazer cinema na região, traduzidos em narrativas enraizadas nas realidades locais, capazes de resgatar ou expor fatos históricos, culturais e ambientais dos diferentes territórios do bioma.” 

Virá que eu vi, Amazónia no Cinema centra-se na análise de filmes - documentários e ficções - realizados na última década, entre os quais se destacam A Queda do Céu (2024), de Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha; A Última Floresta (2021), de Luiz Bolognesi; A Flor do Buriti (2024), de Renée Nader Messora e João Salaviza; O Avesso do Céu (2023), de Maurício Dias e Walter Riedweg; Segredos do Putumayo (2020), de Aurélio Michiles; Amazônia, a nova Minamata? (2022), de Jorge Bodanzky; À Margem do Ouro (2022) de Sandro Kakabadze; Escute: A Terra Foi Rasgada (2023), de Cassandra Mello e Fred Rahal; A Invenção do Outro (2022), de Bruno Jorge; Somos Guardiões (2023), de Chelsea Greene, Rob Grobman e Edivan Guajajara; O Território (2022) de Alex Pritz; Empate (2024), de Sérgio de Carvalho; Antônio & Piti (2019), de Vincent Carelli e Wewito Piyãko; Noites Alienígenas (2022), de Sérgio de Carvalho; Uýra - A Retomada da Floresta (2022), de Juliana Curi e A Febre (2020), de Maya Da-Rin; entre outros. 

O livro destaca também alguns clássicos do cinema brasileiro, entre os quais Iracema, Uma Transa Amazônica (1974), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna; Terceiro Milênio (1980), de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer e Corumbiara (2009), de Vincent Carelli. No total, o livro faz referência a mais de cinquenta filmes, na sua maioria produções brasileiras, que revelam a complexidade da Amazónia através de diferentes territórios e comunidades. 

LER A INTRODUÇÃO NO  BUALA.  À VENDA NAS LIVRARIAS E NA TIGRE DE PAPEL 

Lançamento 16 de outubro, às 18h na Livraria Tigre de Papel

com a presença da autora, apresentação da jornalista Cristina Serra (remoto) e participação do biólogo Fernando Ascensão, moderação de Marta Lança.

Conversa em torno da Amazónia, a partir do livro de Anabela Roque, que reúne reflexões sobre o Cinema Amazónico, fruto da colaboração entre cineastas e povos da floresta. Os filmes retratam devastação ambiental, deslocamentos e resistência social, colocando a Amazónia como tema central e urgente. O debate sublinha o papel do cinema como aliado nas lutas ambientais e culturais e a força dos povos da floresta como vozes ativas na defesa do planeta.

Anabela Roque - Realizadora, jornalista e investigadora de cinema brasileiro. Colabora com o portal Buala.org e a revista digital Amazônia Latitude Humanidades Ambientais. Formada em Realização Cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema (Rio de Janeiro). Estreou-se em realização, em 2017, com a curta Piano Forte; em 2018 lançou Sempre Verei Cores no Seu Cinza. Viveu no Brasil, onde colaborou com produtoras independentes do Rio e de São Paulo.

Cristina Serra - Jornalista e escritora amazônida, nascida em Belém do Pará, é jornalista e escritora. Trabalhou nos principais veículos de imprensa do Brasil e foi correspondente nos Estados Unidos pela Rede Globo. Tem quatro livros publicados, dois deles dedicados a questões ambientais, autora do livro Tragédia em Mariana. 

Fernando Ascensão - Biólogo e investigador em ecologia da paisagem, especializado em road ecology (os impactos de estradas e infraestruturas lineares sobre a fauna) bem como na avaliação da fragmentação do habitat e conectividade ecológica. Trabalha com infraestruturas de energia (como linhas de transporte e parques solares) num estudo que procura quantificar os efeitos dessas infraestruturas sobre populações e ecossistemas da Amazónia. 

15.10.2025 | por martalanca | Virá que eu vi, Amazónia no Cinema

Exposição Contra-feitiço de Denilson Baniwa

com show-performance-ritual de Brisa Flow e apresentação do Alkantara Festival
Curadoria de Ritó Natálio / Terra Batida
22 de outubro de 2025 (quarta-feira), 18h Galerias Municipais de Lisboa - Galeria Quadrum
Ao projetar a frase “Aqui é terra indígena” nas fachadas de vertiginosos arranha-céus na cidade de São Paulo ou numa galeria de arte em Lisboa, Denilson Baniwa manifesta a força da arte indígena contemporânea e dos seus gestos de contra-feitiço, enviando e confrontando mensagens do passado colonial com a atualidade dos debates e do espaço público.

Naquela que é a sua primeira exposição individual em Lisboa, o artista originário do povo Baniwa, nascido no Alto Rio Negro (Amazonas, Brasil), apresenta uma retrospetiva inédita do seu trabalho, bem como um conjunto de novas obras produzidas na capital portuguesa. Com um vasto reconhecimento internacional, o seu trabalho multiplica linguagens e cruza a pintura, a performance, o desenho e a intervenção digital para tensionar e questionar as narrativas hegemónicas sobre território e identidade, posicionando o seu direito à resposta. 

Denilson Baniwa, Guerra dos Mundos, série Caçadores de Ficções Coloniais, 2021 Denilson BaniwaDenilson Baniwa, Guerra dos Mundos, série Caçadores de Ficções Coloniais, 2021 Denilson Baniwa

O convite à apresentação desta exposição foi lançado pela Terra Batida, plataforma que, ao longo dos últimos dois anos, se dedicou a pesquisar acervos de comunidades indígenas do Brasil mantidos em museus e arquivos históricos e etnográficos em Lisboa e Coimbra. Para isso, atribuiu bolsas de criação e nutriu colaborações com vozes centrais da arte e do pensamento indígena contemporâneos, tais como Brisa Flow, Ellen Pirá Wassu, Juão Nyn, Lilly Baniwa, Olinda Yawar Tupinambá e Ziel Karapotó, que visitaram presencialmente essas coleções.

Contra-feitiço de Denilson Baniwa inaugura um gesto de partilha pública de um trajeto longo de diálogos e reflexões críticas sobre as políticas institucionais de desaparecimento, conservação e memória que atravessam e conectam Brasil e Portugal. 

No dia 22 de outubro, a inauguração da exposição conta, ainda, com show-performance-ritual de Brisa Flow, cantora mapurbe marrona que mistura o rap com cantos ancestrais, jazz, eletrónico e neo/soul. Mc da cultura hip hop e filha de artesãos araucanos, pesquisa e defende a música indígena contemporânea como uma ferramenta de combate ao epistemicídio.
Nesse mesmo momento, terá também lugar a apresentação do programa do Alkantara Festival 2025, coprodutor e parceiro regular da plataforma Terra Batida — e que acolherá, nos dias 15 e 16 de novembro, um ciclo de performances em diálogo com a mostra na Galeria Quadrum. 
Uma exposição de Denilson Baniwa | Curadoria Ritó Natálio | Terra Batida | Em colaboração com Laila Algaves Nuñez e Rafaela Campos | Show-concerto-ritual (vernissage) de Brisa Flow | Programa de performances Nosso Wayuri (Alkantara Festival) com Ellen Pirá Wassu & Ritó Natálio, Juão Nyn, Lilly Baniwa, Olinda Yawar Tupinambá & Ziel Karapotó | Pesquisa curatorial (2024) Ellen Pirá Wassu e Ritó Natálio | Diálogos em residência António Gouveia, Associação Batoto Yetu Portugal, Carla Coimbra, ECO - Animais e Plantas em Produções Culturais sobre a Bacia Amazónica, Jamille Dias, Karen Shiratori, Neil Safier, Museu Nacional de Etnologia, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Arquivo Nacional da Torre do Tombo | Direção técnica Ricardo Pimentel | Desenho expositivo Ricardo Pimentel, Denilson Baniwa e Ritó Natálio | Captação de imagem Violena Ampudia | Imagens adicionais Olinda Yawar Tupinambá, Ziel Karapotó, Jamille Dias, Laila Algaves Nuñez, Ritó Natálio | Edição Ian Capillé | Apoio gráfico Nayara Siler | Produção executiva Associação Parasita | Coprodução e acolhimento Alkantara Festival, Galerias Municipais / EGEAC | Direção de produção Catalina Lescano / Associação Parasita | Apoio administrativo Helena Baronet / Associação Parasita | Apoio à exposição de Denilson Baniwa The PIPA Foundation | Parceria EDGES – Entangling Indigenous Knowledges in Universities | Agradecimentos Carla Coimbra, Jamille Dias, Lysandra Domingues, Marta Lourenço

10.10.2025 | por martalanca | Denilson Baniwa

RAMONERA, da poeta muxe' Elvis Guerra, Lançamento com a autora em Óbidos e Lisboa

 

  A Embaixada do México em Portugal, o Folio Mais e as edições Orfeu Negro convidam para o lançamento do livro RAMONERA, de Elvis Guerra, no dia 11 de Outubro, Sábado, às 11h30, na Tenda Vila Literária, em Óbidos. Em Lisboa, a autora apresenta a obra na Casa do Comum, no dia 12 de Outubro, Domingo, às 16h. Em Óbidos e em Lisboa, Elvis Guerra estará à conversa com André Tecedeiro, poeta e artista plástico, e autor do posfácio a esta edição.

Ramonera é a primeira obra poética no catálogo das edições Orfeu Negro, e a primeira edição bilingue publicada em Portugal na língua indígena zapoteca e em português. Traduzida a partir da versão de Elvis Guerra para espanhol por Margarida Amado Acosta, conta com um posfácio de André Tecedeiro e ilustração de capa da autoria de Amanda Baeza.

 

Elvis Guerra é uma das convidadas em destaque desta edição do FOLIO, no âmbito da programação FOLIO Mais, com curadoria de Candela Varas, marcando presença em dois outros momentos do festival. A autora integra ainda a programação do BoCA — Bienal de Artes Contemporâneas, no dia 15 de Outubro, e participa na Noite da Literatura Ibero-Americana, no dia 16 de Outubro.

Toda a programação:

FOLIO Mais x Orfeu Negro | Óbidos
Sábado, 11 Out, 11h30, Tenda Vila Literária
Lançamento do livro de poesia RAMONERA, com Elvis Guerra e André Tecedeiro

FOLIO Mais | Óbidos
Sábado, 11 Out, 21h30, Livraria Artes e Letras
Sessão de leitura «À Volta do Fogo», com Maria Fernanda Ampuero, Fernanda Garcia e Elvis Guerra

Domingo, 12 Out, 11h30, Escola de Hotelaria
Conversa «Ramoneras, Marronas Libres, Insubmissas», com Elvis Guerra, Brisa Flow e Luna Vitrolira e moderação: Lizett Aceves e João Innecco

CASA DO COMUM x Orfeu Negro | Lisboa
Domingo, 12 Out, 16h, Livraria da Casa do Comum
Apresentação do livro de poesia RAMONERA, com Elvis Guerra e André Tecedeiro

BoCA — Bienal de Artes Contemporâneas | Lisboa
Quarta-feira, 15 Out, 19h30, Espaço BoCA
Leitura performativa em língua zapoteca por Elvis Guerra

Noite da Literatura Ibero-Americana | Lisboa
Quinta-feira, 16 Out, 18h, Biblioteca da Imprensa Nacional — Casa da Moeda
«Direito ao Presente», encontro com jovens poetas da Ibero-América, com Elvis Guerra (México), Roberto Saraiva (Angola), Valeria Sandi (Bolívia), André Osório (Portugal)

 
 
 
Ler um excerto aqui.
RAMONERA
Elvis Guerra

Tradução do espanhol
Margarida Amado Acosta
Posfácio
André Tecedeiro
Revisão
Guilherme Pires
Ilustração de capa
Amanda Baeza

1.ª Edição
Outubro 2025
112 pp. | 12,3 x 18 cm | 13,50 €
EAN 9789892252312

Nas livrarias de todo o país

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© Amanda Baeza
Elvis Guerra é uma poeta muxe’ de Juchitán de Zaragoza, no México, e tradutora de língua zapoteca. Através da sua obra indígena e cuir, reflecte sobre a dissidência de género e a etnicidade, propondo uma crítica da exclusão e da violência exercida sobre os corpos que se reconhecem em identidades não-binárias. É autora das obras Muxitán (2022), Ramonera (2019, Orfeu Negro 2025) e Xtiidxa’ ni ze’/Declaración de ausencia (2018). Traduziu do zapoteco o livro Guidiladi Yaase’ / Piel oscura, cuentos eróticos al zapoteco (2017). Em 2015 recebeu o prémio Casa Creación Literaria en Lengua Zapoteca e foi beneficiária do Fondo Nacional para las Culturas y las Artes. Os seus poemas estão traduzidos para espanhol, português, inglês, ayöök e sueco.

09.10.2025 | por martalanca | Ramonera

Cidade da Praia vai acolher a 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa

A cidade da Praia, em Cabo Verde, será palco, de 16 a 18 de outubro, da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (EELP), que este ano se realiza sob o tema “Independência, Literatura, Inteligência Artificial”. O evento é organizado pela UCCLA em conjunto com a Câmara Municipal da Praia.

A abertura oficial contará com a intervenção do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, e o encerramento do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga.

O encontro reunirá escritores, investigadores, editores, professores, críticos literários e leitores de vários países e regiões do espaço lusófono, promovendo o diálogo em torno do tema em análise. O programa coloca a Inteligência Artificial no centro das questões que hoje atravessam a criação literária e o futuro do livro. 

Nesta edição estará, também, em foco o V centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, num ano em que se assinala o cinquentenário das independências em vários países lusófonos. 

Escritores confirmados:

Angola: Israel Campos; 

Brasil: Ozias Filho; 

Cabo Verde: Adolfo Lopes, Arménio Vieira (texto), Dina Salústio, Germano Almeida, Hélio Varela (vídeo), Manuel Pereira Silva, Nardi Sousa, Paulo Veríssimo, Princezito e Sérgio Raimundo; 

Galiza: Teresa Moure Pereiro; 

Guiné-Bissau: Emílio Tavares Lima; 

Macau/China: Joaquim Ng Pereira;  

Moçambique: Sérgio Raimundo; 

Portugal: Hélia Correia, Isabel Castro Henriques (vídeo), João de Sousa (editora A Bela e o Monstro - edição comentada Os Lusíadas), Manuel Alegre (texto) e Ricardo Araújo Pereira;  

São Tomé e Príncipe: Alice Goretti Pina; 

Angola/Portugal: Cláudio Silva - Vencedor do Prémio de Revelação Literária.  

Folheto da 13.ª edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa - https://www.uccla.pt/sites/default/files/2025-10/XIII-EELP_Cabo-Verde_2025.pdf 

09.10.2025 | por martalanca | litratura

Juliet and Juliet MURMUR #2 - Isabel Cordovil

8 Out. / 15h - MACAM

Isabel Cordovil reflete sobre a personagem de Julieta de Shakespeare num gesto de emancipação e alteridade. A personagem de Julieta, protagonista da tragédia Romeu e Julieta de William Shakespeare, tornou-se ao longo dos séculos um ícone universal do amor romântico. No entanto, reduzir Julieta à imagem de uma jovem apaixonada e vítima do destino é limitar a sua complexidade. É a partir desta perspetiva que Isabel Cordovil (1994) apresenta Juliet and Juliet, uma instalação que recria a célebre varanda de Julieta, em Verona, Itália, duplicando-a e abrindo espaço para a possibilidade da existência de duas Julietas. Sem recontar a narrativa shakespeariana, Cordovil isola esta personagem, deslocando-a da sua história original e reinscrevendo-a num espaço especulativo. Nesta nova dimensão, deixa de ser objeto de fatalidade para se afirmar como sujeito de descoberta, emancipação e liberdade. A duplicação da varanda pode ser interpretada como a evocação de uma relação amorosa entre duas mulheres, mas também como metáfora de espelhamento: um desdobramento identitário no qual o sujeito se reconhece e se reinventa.

Com Juliet and Juliet, Isabel Cordovil convida a refletir sobre o amor, a alteridade e a possibilidade de habitar um espaço onde autenticidade e liberdade se sobrepõem às imposições sociais. Curadoria: Carolina Quintela

Inauguração: 10 Outubro 2025 – 18.30h | Grande Hall De 10 Outubro 2025 a 02 Março 2026 Com o apoio da Artworks.

Isabel Cordovil (Lisboa, 1994). O trabalho de Cordovil investiga a política de revisitar narrativas — seja no mito, no folclore, na religião, na literatura, nos sonhos ou em torno do inconsciente coletivo — e as novas navegações ou manipulações possíveis das mesmas. Aceitando a linguagem e os símbolos como o processo de construção de significados, a artista trabalha no sentido de alargar os seus espectros de agência. Apesar da sua ausência física, o corpo, na prática de Isabel Cordovil, funciona como um sujeito principal, como um mediador entre o eu e o mundo exterior, um dispositivo de medição, destinado a explorar temas relacionados com a identidade (de género), locais de discurso político, finitude e morte. Principalmente através da instalação e da escultura, o seu trabalho reflete uma linguagem poética de metáfora lúdica, uma liberdade e desobediência visual, enquanto procura novas formas de pertencer/ desafiar e celebrar a alteridade.

O projeto MURMUR integra-se no programa de exposições temporárias dedicado à apresentação de obras inéditas de artistas, portugueses e estrangeiros, concebidas especialmente para as paredes do Grande Hall da ala nova do Museu MACAM, e para uma intervenção única. Partindo da ideia de murmúrio, e como referência ao próprio espaço, o projeto MURMUR estabelece um diálogo entre cada artista, a arquitetura e o público. As duas paredes do Grande Hall deixam de ser apenas um suporte, tornando-se parte integrante do processo criativo

O MACAM reúne no mesmo espaço o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins e um hotel de 5 estrelas – o primeiro do género em Portugal e na Europa. Inaugurado em 22 de março de 2025, ocupa o histórico Palácio Condes da Ribeira Grande, em Lisboa, entre Alcântara e Belém. Num espaço de 13.000 m², integra arte moderna e contemporânea, arquitetura, hotelaria, gastronomia e artes performativas. O museu apresenta a Coleção Armando Martins, com mais de 600 obras de artistas portugueses e internacionais, a par de uma programação dinâmica de exposições temporárias e instalações site-specific. Com um hotel de 64 quartos, restaurante, bar, jardim, auditório e uma capela convertida em bar com música ao vivo, o MACAM é um novo marco cultural e turístico da cidade dedicado a tornar a arte acessível a todos e a proporcionar uma experiência única aos visitantes. 

07.10.2025 | por martalanca | MACAM

Companhia de dança contemporânea de Angola

2ª TEMPORADA 2025 (DE 09 A 12 DE OUTUBRO DE 2025) 

A Companhia de Dança Contemporânea de Angola apresentará na Sky Gallery (Edifício Escom), entre os dias 09 e 12 de Outubro, a sua 2ª Temporada de espectáculos da peça O Vendedor de Inutilidades, o primeiro espectáculo de dança imersivo a ser produzido no país. 

Com a duração de uma hora, a peça que tem a assinatura de Andy Rodriguez, reflecte sobre um universo onde a tecnologia redefine a maneira como nos vemos e nos relacionamos, expondo um conjunto de personagens que oscilam entre o tangível e o efémero, entre o humano e o sintético. 

A peça, com direcção artística de Ana Clara Guerra Marques, é interpretada pelos bailarinos da CDC Angola Andy Rodriguez, António Sande, David Daniel, Gabriel Lopes, Jéssica Sanga, José Ndumbu, Marcos Silva e Samuel Curti. A videografia é de Alexis Anastasiou e a produção executiva de Jorge António. 

Andy Rodriguez que se estreia como coreógrafo coma peça “O Vendedor de Inutilidades”, é formado em dança pela Escola Nacional de Arte em Cuba, seu país natal, onde se iniciou como bailarino na Companhia Rosario Cárdenas. 

Esta temporada, sob o alto patrocínio do Banco BFA, tem também o apoio da Total Energies, da Sky Gallery e da Saudabel, além das parcerias com a Criacom e a Tipografia Corimba. 

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e no exterior, sendo hoje a referência da dança cénica angolana no mundo. Em 2017 foi galardoada com o Prémio Nacional de Cultura e Artes. 

Com quase 34 anos de existência, esta companhia ocupa um lugar privilegiado na História de Angola, ao ter semeado o “novo” no vasto terreno da dança onde continua a desenvolver um trabalho artístico único e original. 

Após esta Temporada a CDC Angola segue para uma digressão internacional. 

(Fotografias de Rui Tavares)

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Fundada em 1991, pela coreógrafa Ana Clara Guerra Marques, a COMPANHIA DE DANÇA CONTEMPORÂNEA DE ANGOLA edificou, através de um percurso de inovação e singularidade, uma história exclusiva que faz dela um colectivo histórico e único, num contexto artístico que permanece frágil, conservador e fortemente cunhado pelas danças patrimoniais e recreativas urbanas e pela ausência de um movimento de criação de autor, no plano da dança. 

Provocando uma ruptura estética na cena da dança angolana e tornando-se, em 2009, uma companhia de Dança Inclusiva, a CDC Angola inaugurou o regime de Temporadas e criou uma linha de trabalho que, dispensando as narrativas de estruturação convencional, preferencia propostas que confrontem o público com as suas próprias histórias, aspectos do seu quotidiano, das suas realidades sociais, da sua condição de cidadãos de universos que se cruzam. Numa época em que as barreiras geográficas e culturais são superadas pelos recursos disponibilizados pelas novas tecnologias, estas, conjuntamente com outras linguagens, passaram a integrar o discurso artístico e estético da CDC Angola, onde o corpo e o movimento constituem o elemento catalisador. 

A utilização da dança como meio de intervenção social, expondo o Homem enquanto cidadão do mundo e protagonista da cena social angolana, é a marca desta companhia, como revelado nas peças Mea Culpa (1992); Imagem & Movimento (1993), Palmas, por Favor! (1994); Neste País… (1995), Agora não dá! ‘Tou a Bumbar… (1998), Os Quadros do Verso Vetusto (1999), O Homem que chorava sumo de tomates (2011), Solos para um Dó Maior (2014), Ceci n’est pas une porte (2016), O monstro está em cena (2018), Isto é uma mulher? (2022), Onde o vento não sopra (2024) e, agora, O Vendedor de Inutilidades (2025). 

Por outro lado, com Corpusnágua (1992); Solidão (1992); 1 Morto & os Vivos (1992), 5 Estátuas para Masongi (1993) Introversão versus Extroversão (1995) ou Ogros… da Oratura… e do Fantástico (2008), e com a intenção de deslocar a dança para fora dos palcos interiores dos teatros, a CDC Angola introduz o público a diferentes formas e conceitos de espectáculo. 

No âmbito da pesquisa e experimentação, propõe a revitalização e a releitura da cultura de raiz tradicional com obras criadas a partir de estudos de investigação efectuados em várias regiões de Angola; A Propósito de Lweji (1991), Uma frase qualquer… e outras (frases) (1997), Peças para uma sombra iniciada e outros rituais mais ou menos (2009), Paisagens Propícias (2012), Mpemba Nyi Mukundu (2014) e (Des)construção (2017), são alguns dos exemplos. 

Divulgar, surpreender, ensinar, provocar e contribuir para a educação estética do público, trazendo-o à apreciação das artes são os grandes objectivos desta companhia angolana, para o que complementa a sua acção artística com a realização de workshops, seminários, palestras, encontros, aulas abertas e outros programas de educação e divulgação da dança. 

Hoje, perto de completar 34 anos de existência e ainda pouco compreendida no seu país, a CDC Angola procura a internacionalização como forma de validação do seu trabalho no exterior de Angola onde é reconhecido. 

Para além das apresentações no país, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola partilhou já os seus espectáculos com 17 países e 39 cidades, em África, América, Europa e Ásia, onde foi vivamente aplaudida. 

05.10.2025 | por martalanca | Companhia de dança contemporânea de Angola