Migratory Musics #01_Kimi Djabaté

 

20.07.2012 | por martalanca | Kimi Djabaté

Kimi Djabaté no PRÓXIMO FUTURO

 

Este músico guineense griot propõe um concerto que é representativo da combinação da música tradicional mandinga da Guiné-Bissau com a música actual.
O reportório musical projeta-se por um conjunto de músicas que nos falam sobre África, suas problemáticas, seus valores e vicissitudes, homenageando sempre o povo, a alma e o espírito africano de hoje e de ontem. Num concerto representativo da música tradicional mandinga da Guiné-Bissau, Kimi Djabaté vai tocar temas dos dois álbuns já editados, “Teriké” (2005) e “Karam” (2009, que mereceu o 2º lugar na World Music Charts Europe), assim como outros temas que ainda não foram editados. Pretende-se apresentar um concerto alternando entre momentos musicais, que contagiam pelo vigoroso ritmo, e por um estilo mais contemplativo enaltecido através de projeções de vídeo, com imagens sobre a aldeia de Tabato, o berço do músico guineense. Em certos momentos do concerto, Kimi Djabaté vai chamar ao palco outros músicos - seus familiares - que, em conjunto, irão cantar e nobilitar a riqueza da tradição mandinga.

KIMI DJABATÉ (Guiné-Bissau, 1975) é um músico guineense, atualmente a residir em Lisboa. É considerado uma das ligações contemporâneas à preciosa herança da música tradicional griot, que emerge com seus ancestrais na região ocidental de África. A vocação e a primazia na aprendizagem em música tradicional Mandinga fez com que se interessasse, também, por outros estilos musicais como a dança local gumbé, o afrobeat nigeriano, a morna de Cabo Verde e o jazz e o blues americano. Este conhecimento influenciou, anos mais tarde, as composições musicais de que é autor e compositor.

8 Jul 2012 - 19:00
Anfiteatro ao Ar Livre

07.07.2012 | por martalanca | Kimi Djabaté

Kimi Djabaté, 18 Fev no Musicbox, LISBOA

Há uma parte da população mundial que carrega os séculos às costas, como se de sacola com farnel se tratasse. No ponto de convergência que é Lisboa, são tantos que mais parece que a cidade está em constante viagem – e é bom lembrar que o tempo é também um espaço navegável e experimentado. Se olharmos com atenção e cuidado, é entre eles que encontramos os verdadeiros desafios intelectuais e artísticos, que abundam em densidade e perspectiva. Assim é com Kimi Djabaté, tocador de balafón nascido e criado em Tabato, território da Guiné-Bissau onde os griots, músicos originários do Mali, se firmaram há séculos. Karam, o segundo álbum do multi-instrumentista que a respeitada Cumbancha editou, tem essa matriz genética telúrica – a infância, os alicerces, a genuinidade – e uma reflexão social e política do que é África nos dias que correm. É cantado em mandinga, mas a música que debita é universal. E imprescindível.
De volta aos concertos em Lisboa, Kimi sobe pela primeira vez ao palco do Musicbox a 18 de Fevereiro.

31.01.2011 | por franciscabagulho | balafón, Kimi Djabaté, música da Guiné-Bissau, Musicbox