Priceless: recuerdos do presente: o museu é Portugal

Priceless: recuerdos do presente: o museu é Portugal Estas imagens mimetizam a "negrita" da marca, à excepção de que Gisela e ROD nos olham de frente e não se mostram de perfil. Tornam-se, de repente, um objeto para os/as brancos/as observarem (Kilomba), mas agora causam desconforto, da mesma forma que ser servida uma chávena de café desta marca por uma mulher negra me causa mal estar. Numa loja de recuerdos de um museu fictício, onde nenhum dos objetos pode ser comprado, Gisela Casimiro e ROD nomeiam o seu trabalho Priceless, trocando a língua colonial pela língua imperial, a língua em que se faz comércio global e se tomam decisões políticas. Ambos se apropriam desta língua para dizerem, em última análise: "é assim que nos representam e não é esta a representação que queremos”.

Vou lá visitar

15.06.2023 | por Laura Falésia