Non Film in Three Acts and a Prelude e Fatucha Superstar a encerrar o ciclo de cinema no terraço do Festival Rama em Flor

No último dia de Cinema no Terraço do Festival Comunitário Feminista queer Rama Em Flor, publicamos o Manifesto “WE WANT NO FUCKING ONE FOR FRESIDENT”, escrito e adaptado por Pedro Marum (originalmente apresentado numa performance homónima do colectivo artístico Rabbit Hole e publicado na Zine do Rama em Flor).

Aqui fica a programação de hoje, na Galeria Zé dos Bois:

QUINTA, 15 DE SETEMBRO

18h30 ÀS 20h30

AMORES E PRAZERES PARA ALÉM DA NORMA c/ Carmo Gê Pereira, Daniel Cardoso, Inês Rolo Martins e Rita Alcaire

Uma discussão sobre as formas de definir poliamor e outras não-monogamias consensuais, identificando a forma como vivemos numa sociedade mononormativa, e como isso interfere nas vidas afectivas e emocionais das pessoas. A partir de uma perspectiva feminista, inclusiva e crítica, pretendese reflectir sobre como os pressupostos monogâmicos fazem parte da sociedade. Tendo como ponto de partida o relato de experiências pessoais, serão abordadas vivências poliamorosas de todos os dias e os seus cruzamentos com feminismos, identidades lésbicas e activismos.

Carmo Gê Pereira (1982, Trás-os-Montes / Portugal) é mais um projecto que uma pessoa. Um one-personshow sediado na Carmo e crescido com a colaboração de muitos. Educação sexual Sex-Positive para adultos, uma cultura de aceitação e auto-determinação com enfoque num Cidadania Íntima e relacional e Feminismo Interseccional. Tudo princípios para uma plataforma que se desdobra em investigação independente, escrita, aconselhamento sexual, workshops, formações e uma sex-shop. 

Daniel Cardoso (1986, Lisboa / Portugal) Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, e Professor Assistente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. É feminista e activista, membro do grupo PolyPortugal, e procura conciliar investigação, ensino e activismo por direitos humanos e sexuais. 

Inês Rolo Martins (1988, Lisboa / Portugal) Poliamorosa, lésbica queer, feminista e activista pelos direitos LGBTQIA e Poly.

Rita Alcaire (1979, Coimbra / Portugal) Antropóloga, documentarista e activista. Membro da não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais. Doutoranda em Human Rights in Contemporary Societies e Mestra em Psiquiatria Cultural. Tem como temas de eleição identidade(s), sexualidade(s) e popular culture . O seu percurso profissional e académico tem sido uma resposta às diversas inquietações que lhe têm surgido em torno dessas áreas de interesse, a que se junta o vídeo como uma das formas privilegiadas de as trabalhar. Está neste momento a desenvolver, para o seu doutoramento, um projecto colaborativo de investigação-acção no âmbito da cidadania íntima e dos direitos sexuais intitulado The Assexual Revolution: discussing asexuality through the lens of human rights.

[Entrada livre para as conferências]

22h


NON FILM IN THREE ACTS AND A PRELUDE de Rita Macedo (Portugal/Alemanha, Experimental, 2010, 12’)

Como pode um filme ser um não-filme? Filmado inteiramente em Super 8, ‘Non-Film in three acts and a prelude’ é uma viagem absurda conduzida por um corpo sem cabeça, duas personagens invisíveis que contam pedras como corpos, uma realizadora abafada pelo seu próprio filme e duas virgens marias solitárias.

FATUCHA SUPERSTAR de João Paulo Ferreira (Portugal, Ficção, 1976, 43’)

Embora a sua obra tenha acabado por focar muito mais fortemente questões políticas e sociais, João Paulo Ferreira realizou esta obra singular, ‘Fatucha Superstar’, num registo musical inspirado no Jesus ‘Christ Superstar’, de Andrew Lloyd Webber. Com a revolução ainda quente, Ferreira desconstrói aquele que foi um dos grandes alicerces do Estado Novo: as aparições de Nossa Senhora de Fátima. Se por um lado, ‘Fatucha Superstar’ é fiel à estética hippie do musical de Webber – e a uma geração portuguesa da altura –, já Fátima, ou Fatucha, é um sofisticado travesti que surge aos três pastorinhos de óculos escuros e descapotável.

Entrada: 2€ por sessão | Bilhetes disponíveis na Tabacaria Martins e ZDB (em dias com programação)

* Uma programação Rabbit Hole em colaboração com a ZDB

Com o apoio Centro Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarãe

A seguir à última sessão de cinema haverá a festa Barghain 3.0 , no Fontória, organizada pelos Rabbit Hole.

15.09.2016 | por marianapinho | Rabbit Hole, RAMA EM FLOR, zdb

Tem calma o teu país está a desaparecer, na ZDB, LISBOA

Inaugura Sexta-feira, dia 19 de Outubro, às 22h
Exposição colectiva com Gabriel Abrantes, Tiago Baptista, Mattia Denisse, Alexandre Estrela, João Maria Gusmão & Pedro Paiva, Musa Paradisiaca (Eduardo Guerra e Miguel Ferrão), Filipe Felizardo, Carlos Gaspar, Sílvia Prudêncio, Gonçalo Pena, Alexandre Rendeiro e Rigo 23. Curadoria Natxo Checa
Para a comemoração dos seus 18 anos a ZDB apresenta uma exposição colectiva, chamando a si, por um lado, artistas com os quais partilha uma relação próxima de criação, produção e reflexão intelectual há mais de uma década, por outro, artistas emergentes com quem, nos últimos três anos, iniciou um diálogo de colaboração baseado em residências artísticas.
A situação política, social e económica actual – onde o dinheiro e a ganância se sobrepõem aos interesses colectivos -, parece-nos mais próxima de um cenário kafkiano do que fruto de uma civilização avançada.
Este momento de excepção cria uma oportunidade única para que cada indivíduo se reveja e reflicta sobre a sua experiência do real. Nesse contexto, afastando de si um pessimismo vigente, os artistas, abordando a noção de percepção e realidade, produziram trabalhos de potencial ficcional que tornam visível, por vezes com humor, uma outra e desejada experiência.

Uma Lâmpada no Deserto de João Maria Gusmão + Pedro Paiva, 2012.Uma Lâmpada no Deserto de João Maria Gusmão + Pedro Paiva, 2012.
Quarta a sexta das 18h às 23h, sábados das 15h às 23h.
Entrada: 2 euros / Entrada Livre para Sócios ZDB

17.10.2012 | por franciscabagulho | arte contemporânea, João Maria Gusmão, mattia denisse, Pedro Paiva, zdb

SENHOR COMENDADOR E SUA SOBRINHA, Djaying no 49 ZdB

Trocando uns discos no 49 da ZdB (R. da Barroca, 49, Bairro Alto)

Esta sexta 8 de Julho, pela noitinha…

06.07.2011 | por martalanca | zdb

All Power to the People: Conferência de Ericka Huggins na ZDB, LISBOA

No seguimento das acções complementares à exposição All Power to the People. Então e Agora, nomeadamente, o ciclo de cinema e a conferência de Emory Douglas, a ZDB congratula-se em poder apresentar uma conferência de Ericka Huggins. Esta oportunidade única, através da partilha da sua experiência pessoal, permitirá contextualizar momentos decisivos do Partido dos Panteras Negras. Sendo uma das mulheres líderes mais emblemáticas do Partido e com uma sólida carreira nos Estudos das Mulheres nos EUA, Ericka Huggins concretiza o interlocutor ideal para uma abordagem feminista ao BPP. Este programa engloba também o visionamento do filme “Comrade Sister: Voices of Women in the Black Panther Party” da realizadora Phyllis Jackson, com apresentação de Ericka Huggins.E para finalizar: uma sessão de boas vindas a Ericka Huggins num concerto de hiphop com sete dos mais celebrados mc’s de ambos os lados do Estuário do Tejo!

Quarta dia 1 de Junho às 18h _ Projecção do filme com introdução de Ericka Huggins:

Comrade Sister: Voices of Women in the Black Panther Party

Documentário composto essencialmente por diversas entrevistas com antigos membros femininos do Partido. Abordando diferentes assuntos, o filme apresenta-nos um contacto próximo com a perspectiva das mulheres no Partido dos Panteras Negras. Introdução de Ericka Huggin. Produção e realização de Phyllis Jackson e Christine Minor (Work-in-progress) 58 minutos. Em Inglês

Quarta dia 1 de Junho às 19h _ Conferência de Ericka Huggins: The Legacy of the Black Panther Party: What about the Children?

Ericka Huggins foi líder do Black Panther Party, prisioneira política e, actualmente, é activista dos direitos humanos, poeta e professora. Despertou cedo para o activismo político, participando em 1963 na Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade liderada por Martin Luther King. Apenas com 18 anos, em 1969, tornou-se líder da célula do Partido dos Panteras Negras de Los Angeles, juntamente como seu marido John Huggins. Após o assassinato de do John Huggins no campus da UCCLA, Ericka Huggins mudou-se para New Haven Connecticut e fundou uma nova célula do partido.
Em Maio de 1969, Ericka e o seu camarada Bobby Seale foram presos sob falsas acusações de conspiração para homicídio, dando origem a um grande movimento de solidariedade “Free Bobby, Free Ericka” com manifestações e comícios organizados um pouco por todos os EUA. Enquanto aguardava julgamento, esteve presa durante quase dois anos, até a acusação ser retirada. Grande parte do tempo que permaneceu encarcerada foi passado em prisão solitária, recorrendo à meditação como forma de resistência. Como educadora, foi directora entre 1973 e 1981 da Oakland Community School, uma inovadora escola primária e centro de desenvolvimento infantil fundado pelo BPP e gerido pela comunidade. O currículo desenvolvido no centro tornou-se um modelo a seguir por outras escolas. Durante este período, com o apoio de Maya Angelou e fundos do Bay Area Black United Fund, desenvolveu também a After School Academy, um programa dedicado às necessidades dos alunos recorrentes, procurando estabelecer uma relação mais próxima e cuidada entre docentes e estudantes. Em 1976 Ericka Huggins tornou-se a primeira mulher e primeiro membro da comunidade negra a ser nomeado para o Alameda County Board of Education. Huggins foi também responsável pelos textos e edição do Black Panther Intercommunal News Service. A sua poesia e ensaios estão publicados em numerosas revistas e livros, nomeadamente, em Insights and Poems de 1974 escrito em co-autoria com Huey P. Newton. Nos últimos 25 anos tem dado palestras, partilhando a sua extraordinária experiência de vida, abordando temas como os direitos humanos, educação, participação política e mudança social. Por ter sido a mulher que durante mais tempo (14 anos) exerceu um cargo de liderança no Partido dos Panteras Negras, Ericka tem um ponto de vista particular acerca do Partido, os seus desafios e sucessos e o seu legado na sociedade contemporânea. Actualmente, Huggins lecciona Estudos das Mulheres na Califórnia State University-East Bay, em São Francisco e Sociologia na Laney College in Oakland, California.

Quarta dia 1 de Junho às 22h _ Concerto

Sessão de boas vindas a Ericka Huggins num concerto de hiphop com sete dos mais celebrados mc’s de ambos os lados do Estuário do Tejo:CHULLAGE; PRIMERO G; LBC SOLDJAH; HEZBOLLAHL; IPAKO (TCHOLA e DIJAH); PRETO SKEMA; RÓ

Galeria Zé dos Bois + inf:  tlf: + 351 21 343 02 05

31.05.2011 | por franciscabagulho | black panthers, Ericka Huggins, zdb