Angela Davis em Portugal

15 de Novembro, às 21h, no Teatro Tivoli (Lisboa)

A convite do LEFFEST, Angela Davis estará pela primeira vez em Portugal. No dia 15 de Novembro, no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, pelas 21h, a autora vai discutir com Gina Dent o tema do abolicionismo prisional, num debate moderado por Ines Branco López.

Segundo o festival, «o evento pretende incentivar a reflexão e a partilha de ideias, com foco no abolicionismo prisional. Como construir uma sociedade sem prisões, pensando com um olhar feminista, anti-racista, anticapitalista?»

A Antígona associa-se ao festival: durante o evento, estarão à venda no local, com um desconto especial, duas das principais obras da autora:

A Liberdade é Uma Luta Constante  Selecção de entrevistas e discursos, que lança uma nova luz sobre as lutas contra a violência de Estado e a opressão em vários pontos do mundo.

As Prisões Estão Obsoletas? Um dos pilares da reflexão de Angela Davis em torno do abolicionismo prisional.           

04.11.2022 | por Alícia Gaspar | Angela Davis, anti-racista, anticapitalista, antígona, feminista, gina dent, ines branco lópez, lisboa, Portugal, tivoli

Colecção de contos "Cabeças Cortadas"

Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária; é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem.  Explorando um mundo de disfunções que se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais.

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Livros Flauta de Luz | distribuição Antígona

Escrito mais de dez anos antes da eclosão da pandemia de covid-19 e da catástrofe sanitária e moral daí resultante, este conjunto de contos de Pedro Bravo manifesta perturbantes premonições do que passou a estar em curso no mundo: uma continuada repetição de desastres consubstanciais ao desenvolvimento.

Mas, abarcando também épocas anteriores à nossa, Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária; é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem, embora as empiorem. Explorando um mundo de disfunções que
se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais, quer se trate, por exemplo, de experiências médico-farmacêuticas com o corpo humano ou da necessária dependência mortal de drogas psicotrópicas.

Livro ilustrado, Cabeças Cortadas constrói-se sobre uma geometria visual de palavras e ideias não pacíficas de que decorre um paradoxal realismo semântico. Acoplamentos voluntários no ritmo dos contos desvendam, num delírio negro, duplos sentidos e amiúde miríades de significados. Mas a poderosa e ágil estrutura da composição literária não deixa que desta miríade decorra confusão. O sentido devém acção. Sexual, sem nunca ser descritivo, vibrante de fúria e imaginação, Cabeças Cortadas – cuja personagem central é o corpo humano – deixa-nos o registo de que as nossas sociedades assentam numa violência grandemente oculta.

Pedro Bravo publicou anteriormente os livros Verbo Vermelho, na Fenda, e Manual de Resistência Civil, na Letra Livre.

Desenhos da capa e do interior: Miguel Carneiro. Grafismo e paginação: Pedro Mota.

31.08.2022 | por Alícia Gaspar | antígona, cabeças cortadas, guerra, livros flauta de luz, novo livro, pandemia, pedro bravo