ARE YOU FOR REAL?

O AFRICA.CONT/CML E O FESTIVAL DE CINEMA QUEER LISBOA

apresentam ARE YOU FOR REAL? 4 – 11 JULHO

O movimento blaxpoitation, a filosofia e estética de Sun Ra, a obra de Isaac Julien e a performance de Vaginal Davis são alguns dos destaques do ciclo “Are you for real?” Uma viagem Afrofuturista do Blaxpoitation às Utopias Queer Visuais e Sonoras

CINEMATECA PORTUGUESA-MUSEU DO CINEMA, ZDB, c.e.m, FONTÓRIA

 

20.06.2015 | por martalanca | africa.cont

Workshop Theorizing the Portuguese Colonial Experience. Images, History, Power - 16-17.Junho.2013 - Local: Companhia das Culturas, Castro Marim (actualizado)

This closed workshop is designed as an informal brainstorming meeting in dialogue with the work of Professor Ann Laura Stoler, under the following common, general, issues: What are the mutual interferences, tensions, productivities, silences, ignorances, gaps, influences between the empirical and conceptual specificities of studying the Portuguese empire, and the wider international literature on the colonial and post-colonial? How, in short, does the study of the Portuguese colonial experience interfere with old and emerging theories of colonialism and post-colonialism? 

OR

Este Workshop fechado está desenhado para promover o diálogo em torno ao trabalho de Ann Laura Stoler, em relação com as interferências, tensões, fissuras e influências existentes entre o trabalho empírico e as especificidades conceptuais do estudo do Império Português, e a bibliografia internacional sobre o colonial e o pós-colonial.

Entrada Livre sujeita a inscrição. Infos: Ricardo Roque <ricardo.roque@ics.ul.pt>

 

PROGRAMME

SUNDAY, JUNE 16, 2013

AFTERNOON

13h45 – Welcome

Eglantina Monteiro / Cristiana Bastos, Ricardo Roque, Manuela Ribeiro Sanches

14h00 - 14h45

The uses of the archive: some thoughts on colonial images and postcolonial melancholia.

Manuela Ribeiro Sanches (CEC-FLUL)

14h45 - 15h30

Empire cinema: disruptive colonial representations through Estado Novo films.

Carmo Piçarra (ICS-UL/ISCTE)

15h30 - 15h45 – Coffee Break

15h45 - 16h30

Beauty pageants and imperial power: intimacy and sexuality in the late Portuguese Empire.

Marcos Cardão (CEHC-IUL)

16h30 - 17h15

Art History, Postcolonial Theory and ‘Lusophone’ Contemporary Art.

Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL/IHA-FCSH-UNL)

20h00 – Dinner at Companhia das Culturas

AFTER DINNER EVENT:

Contemporary films by Filipa César and Daniel Barroca, O importante é ligar a cabeça à mão /’The important is to link the head to the hand´, vídeo e desenho

2008-2011

Filipa César, Cacheu, vídeo 10’

Selected and presented by Eglantina Monteiro and Nuno Faria

DAY 2: MONDAY, JUNE 17

MORNING

11h00 - 11h45

Were Portuguese citizens all those who were born in Portuguese territory? Fluid narratives on imperial citizenship.

Cristina Nogueira da Silva (FD-UNL)

11h45 - 12h30

Luso-tropical horrors: vulnerability, savagery, and the Portuguese in Timor.

Ricardo Roque (ICS-UL/University of Sydney)

12h30 -14h00 - Lunch

14h00 - 14h45

Bringing them in while keeping them out: colonial medicine, indigenous subjects and local agents.

Cristiana Bastos (ICS-UL)

Final comments & discussion: Ann Laura Stoler (New School for Social Research)

END OF WORKSHOP

companhia das culturas - uma casa rural de charme

12.06.2013 | por raul f. curvelo | africa.cont, ann laura stoler, centro de estudos comparativistas, companhia das culturas, cristina nogueira da silva, eglantina monteiro, filipa césar, FLUL, ics, manuela ribeiro sanches, maria do carmo piçarra, nuno faria, ricardo roque, the university of sidney

Conferência Imperial Debris. On Ruins and Ruination - Ann Laura Stoler - FLUL - 14.6.2013 - 17-19H

Ann Laura Stoler will discuss her recent edited volume Imperial Debris: On Ruins and Ruination (Duke University Press 2013). The book challenges us  to turn away from the placid noun “ruin” and the nostalgias it engenders to “the ruin” as a violent, political verb. It is a book that seeks to disrupt facile distinctions between political history and poetic form, urging us to think differently about both the language we use to capture the tenacious hold of colonial effects and their tangible, if elusive, forms. At the center of this project are two sets of relationships: one, between colonial pasts and how we discern their form and content in postcolonial presents without assuming we know in advance what they are, and, two, the relationship between new “tactile” methodologies and a more acute conceptual vocabulary that is attentive to the occluded, unexpected sites in which earlier imperial formations have left their durable traces, and in which contemporary inequities are refurbished and secured through them.

07.06.2013 | por raul f. curvelo | africa.cont, ann laura stoler, centro de estudos comparativistas, FLUL, ics, The New School for Social Research

Fora de Campo: arquivo de cinema de Moçambique - Instalação de Catarina Simão (O Barulhamento do Mundo)

O Barulhamento do Mundo

Fora de campo: arquivo de cinema de Moçambique

Instalação de Catarina Simão

CARPE DIEM ARTE E PESQUISA | INAUGURAÇÃO 26 novembro, 16h00

30 novembro 2011 – 28 janeiro 2012

4ª - Sáb., 13h – 19h

O trabalho apresentado em Fora de Campo é uma reflexão sobre a natureza da percepção e da memória codificada através das imagens, documentos e dispositivos que os acolhem e organizam. Este trabalho implica um diálogo continuado com um arquivo em particular, o Arquivo Moçambicano de Cinema, localizado em Maputo. Através de um processo de acumulação de documentos, reproduz narrativas de diferentes formas de condição pós-colonial: desde a ideologia da Guerra Fria que produziu uma colecção de filmes revolucionários, passando pelo capitalismo global que procura agora a sua preservação, até à sua proposta situada, como fragmento de uma investigação pessoal.

Esta instalação é concebida como uma montagem de elementos numa sala de trabalho onde o esforço de pesquisa reverbera para além de uma apresentação formal. A partilha do seu método com a comunidade articula-se em torno de um programa de visitas comentadas e o agenciamento de encontros de proximidade com especialistas em história e ficção, assim como com responsáveis de arquivos circundantes.

Catarina Simão (n. 1972) vive em Lisboa. É arquitecta, artista e investigadora. Em 2009 iniciou o projecto em curso, Fora de Campo – Arquivo de Cinema de Moçambique. Desde então, o projecto tem sido apresentado em instituições artísticas e seminários em Lisboa, Porto, Maputo, Viena, Londres, Paris, Barcelona, Amesterdão, e também na Bienal Manifesta 8, em Múrcia. É autora de artigos e outras contribuições associadas ao tema do seu projecto, como imagem política, arquivo, pós-colonialismo e práticas artísticas centradas na primazia do processo.

PROGRAMA

Instalação Quarta a Sábado, das 13h00 às 19h00

30 de Novembro 2011a 28 de Janeiro 2012

Visitas comentadas Quintas, Sextas e Sábados, das 16h às 18h. Marcação prévia necessária para todos os interessados. Contactar: catarina.simao@gmail.com

Programas de Rádio abertos ao público e gravado no local da instalação de 16 a 28 de

Janeiro 2012

Três sessões de rádio nas quais estão previstas projecções e comentários a filmes do Arquivo, conversas em torno de documentação do projecto Fora de Campo com protagonistas, historiadores moçambicanos, artistas e arquivistas.

Datas e horários a serem divulgados a partir de 2 de Janeiro 2012.

Em colaboração com www.radiozero.pt

Agradecimentos: David Guêniot, Samir Noorali, Ana Braga, Tiago Gandra, Ana Dinger

Produção GHOST Associação

Em colaboração com o AFRICA.CONT

 arquivo pessoal de L. Lemos) arquivo pessoal de L. Lemos)

Construir território. Como parte do processo de descolonização, o Presidente Samora Machel quis separar a imagem do “branco” da do “colonizador” e rodeou-se de quadros Moçambicanos de diferentes origens. Esta politica de composição exigiu um enorme esforço ao implicar a criação de um novo plano de começo histórico para a nova República Popular de Moçambique.

O cinema, e um novo modelo de produção nacional, foram elementos operativos nesse processo, onde todos os Moçambicanos participariam no desenvolvimento do mesmo território de imagem e cidadania. O processo revelou muitas contradições, tendo em conta que o nacionalismo estava a ser construído em relação directa com o anti-colonialismo. Como em muitos outros processos revolucionários, a violência na criação da sua imagem está por vezes na frágil neutralidade do seu próprio plano de começo.

O modelo convencional de exposição de imagens, de tão naturalizado, substitui-se frequentemente ao sentido da própria imagem. No entanto, ele institui-se claramente com base na ideia de representação e categorização. Ele opera imitando um processo identitário, que classifica e hierarquiza, e como um processo de identificação, que engloba e exclui, estabelece o que é e o que não é. Isto significa que estamos rodeados de “modelos de ver” que assumem uma falsa neutralidade do seu começo como parte de uma estratégia de imagem (política).

Tudo isto por vezes dificulta o entendimento de que a simples demarcação de um espaço, a projecção de um vídeo, o agenciamento de actividades, o mapeamento ou a organização de registos – alguns dos processos utilizados pelo projecto Fora de Campo – já constituem modos de criação e invenção, onde cada nova topologia de imagem corresponde à tentativa de constituição do seu próprio território de referência. O projecto Fora de Campo apresenta-se como um espaço cumulativo de documentos, onde os elementos e fontes não foram escolhidos de acordo com uma categoria ou com a expectativa de fixar um sentido em particular. Os registos são seleccionados de acordo com o seu potencial para criar novas imagens.

Registar é comandar. Até à Independência em1975, o negro em Moçambique não era considerado um cidadão pelo regime colonial, e por isso não lhe era permitido o acesso à criação de imagens cinematográficas. Foi só no início dos anos 70 que a população negra começou a ser integrada em algumas estruturas de produção do cinema colonial, como parte de uma estratégia de escamoteamento das medidas racistas do “regime de Lisboa”. “Munto”, como eram designados, também era o termo usado para o posto de servente nessas actividades.

Na fotografia desta página, o momento de uma visita Presidencial é gravado em imagem para o jornal de actualidades Kuxa kanema, por quadros formados depois da Independência. Neste contexto, também as imagens que são registadas por estes profissionais podem ser entendidas como imagens da revolução moçambicana. A sua autoridade não está apenas na prova da presença do líder, está também no acto de registo, ao prever e fixar um acontecimento político muito para além das condições ideológicas que o suportam. Curiosamente, esta reflexão opera de forma similar no caso de uma partitura musical: a partitura foi inventada com intenção de fixar uma criação sonora e com isso permitir a sua transmissão para além da condição presencial do músico. Contudo, e automaticamente, esta mesma partitura transforma-se na instância que conduz e comanda as futuras interpretações. Da mesma forma, quando o jovem camera regista para o futuro, ele comanda e determina a memória fílmica, oficial, de um processo revolucionário. Assim, a imagem que descreve um processo revolucionário ao mesmo nível que o faz operar é capaz de prever a sua construção enquanto arquivo de poder. Como abordar a evidência operativa deste arquivo Moçambicano?

Arquivo performático. Se as imagens podem contribuir para teorizar o espaço político que habitam, por outro, também determinados contextos têm a capacidade de actualizar politicamente essas imagens.

Quem viu na altura e quem vê hoje a autoridade da fotografia tirada nos anos 80? Se quem completa e cria esta imagem é sempre quem a vê, quem cria a imagem da revolução moçambicana hoje, quem e como estas imagens inventam hoje?

Apesar da predominância de uma imagem oficial, nas imagens do arquivo Moçambicano coexistem hoje diferentes atribuições: históricas, pós-coloniais, autorais, comerciais, patrimoniais, estéticas e de reapropriação politica. O projecto Fora de Campo trabalha a possibilidade do encontro num mesmo plano, entre essas diferentes atribuições do real – e não sob um mesmo plano normalizador. Essas atribuições podem ser lidas ou identificadas de vários modos, e nomeadamente sob a forma de “comentários” à imagem; uma manipulação ou a confrontação com outras imagens, uma indexação específica, o repertório de testemunhos, uma mudança de formato, uma tradução, actos de censura, a redução da imagem a objecto, mas também o rastreio de cópias por arquivos de outros países, o confronto com um espaço simbólico ou com as idiossincrasias de um dispositivo particular, como um arquivo, um museu, uma ruína, um projecto de preservação, uma distância tecnológica ou uma herança colonial.

O sentido político destas imagens é encontrado a cada nova apresentação do projecto Fora de Campo, através do convite individual para contribuir para o que é proposto: reconhecer nos registos o seu potencial operativo, e neste, uma nova topologia de imagem. O que os filmes da imagem moçambicana são, e consequentemente, como estes devem ser organizados e mostrados não pode ser algo a ser descoberto ou fixado pela História mas algo a ser sucessivamente situado.

21.11.2011 | por joanapires | africa.cont, o barulhamento do mundo

Barulhamento do Mundo

O AFRICA.CONT/CML apoia a iniciativa “AMÉRICA AFRO-DESCENDENTE”

organizada pela CASA DA AMÉRICA LATINA

20 Outubro | 18h00

PROGRAMA

I – Africanos na América: história e actualidade

II – Identidades afro-latino-americanas: testemunhos de vida

Moderador: José António Fernandes Dias, AFRICA.CONT

 

Mais informações aqui

18.10.2011 | por martalanca | africa.cont, artafrica

Urban Africa, uma viagem fotográfica por David Adjaye, LISBOA

 

Um dos mais reputados arquitectos da sua geração, David Adjaye sai da sua linha de trabalho habitual para fotografar e documentar as principais cidades africanas, como parte de um projecto contínuo de estudo sobre a construção e os padrões de urbanismo em África. Esta colecção de fotografias é uma procura pessoal, motivada pelo escasso conhecimento existente dos ambientes urbanos no continente africano. 

David Adjaye fotografou as características mais marcantes das principais cidades africanas, incluindo bairros suburbanos, urbanizações clandestinas e paisagens urbanas. 
A exposição é introduzida por uma representação gráfica do projecto. Mapas de África em grande escala, políticos e geográficos, mostram o continente africano sob diferentes prismas: as línguas, as bandeiras, as zonas geográficas, a densidade populacional, as fronteiras e as cidades capitais que David Adjaye visitou. As fotografias, em pequeno formato, são depois apresentadas num longo mural, agrupadas por tipologia, cidade e paisagem e oferecem uma visão abrangente de cada cidade, onde estão presentes edifícios civis, comerciais, religiosos e habitacionais. Estas cerca de duas mil fotografias revelam as cidades em si, e analisam os edifícios e os lugares que têm um eco especial nas preocupações de Adjaye, como arquitecto. O projecto integral e a dinâmica do trabalho são dados a conhecer através de uma série de projecções, em escala alargada, que inundam o espaço criando um traço de união na diversidade entre arquitectura, cultura e paisagem urbana. Tudo isto sob o pano de fundo de ritmos africanos, compostos especialmente para a exposição por Peter Adjaye (irmão de David).

Museu da Cidade _ Pavilhão Preto, de 25 Maio a 31 Julho.


+infos

08.05.2011 | por franciscabagulho | africa.cont, arquitectura, cidades africanas, David Adjaye, urbanismo